Construtivo anuncia parceria com StreamBIM no Brasil

O Construtivo, empresa de tecnologia com DNA em engenharia, acaba de se tornar distribuidor oficial do StreamBIM, tecnologia de streaming de dados, que fornece informações dos modelos em BIM (Modelagem de Informação da Construção) diretamente para o canteiro de obras. Com o anúncio, a empresa se destaca como a única autorizada a realizar a distribuição da plataforma no Brasil.
 

O StreamBIM insere todos os modelos 3D, documentos e desenhos de produção de obra dentro da plataforma, facilitando a visualização e o acompanhamento do projeto por meio de smartphones ou tablets, eliminando, assim, o uso de papel. A proposta do Construtivo também inclui o fornecimento de um monitor na forma de comodato para o uso da aplicação nos escritórios concentrados dentro das obras.
 

A solução permite que os usuários enviem informações instantaneamente do escritório para o canteiro de obras, proporcionando controle sobre modelos, documentos, checklists, issues, nuvem de pontos, planejamento, entre outros dados de projeto.
 

Um dos casos de uso mais famosos do StreamBIM foi realizado no projeto do Hospital Metropolitano de Oslo, na Noruega. Com a premissa de priorizar a inovação e a sustentabilidade, o foco era buscar soluções ecologicamente corretas e flexíveis tanto para a construção quanto na operação do edifício.
 

A adoção do Stream BIM simplificou o fluxo de trabalho substituindo o trabalho manual por uma solução digital. Com mais de 2 mil desenhos digitais sincronizados e acessíveis em dispositivos móveis, a solução transformou o canteiro de obras em um ambiente virtual sem papel, aumentando a eficiência e reduzindo o desperdício.
 

Além disso, o StreamBIM facilitou a integração do planejamento Last Planner System (LPS), da Engenharia Concorrente Integrada (ICE) e da Modelagem da Informação da Construção (BIM), permitindo à equipe a coleta e o compartilhamento de informações de forma eficiente. Os detalhes deste caso de sucesso estão disponíveis neste link.
 

Entre as funcionalidades do StreamBIM está a garantia do controle de segurança nas obras, por exemplo, que conta com o recurso “captura” na plataforma para que os usuários possam comunicar qualquer desvio ou incidente no canteiro de obras.
 

Todas essas informações ficam disponíveis pelo tempo necessário dentro do sistema. Essa função simplifica a criação de listas de verificação, oferecendo uma visão abrangente do progresso e resolução de problemas. Ao contrário das listas de verificação em papel, as checklists no StreamBIM são atualizadas em tempo real, proporcionando uma abordagem dinâmica para o gerenciamento de quaisquer desvios na construção.
 

Além disso, o StreamBIM transmite gigabytes de nuvens de pontos para qualquer dispositivo. Essa funcionalidade permite comparar o que foi projetado com a construção real “As Built”. Ou seja, com essa função, tanto o proprietário do edifício quanto o empreiteiro têm uma digitalização da construção real combinada com o BIM projetado para detectar quaisquer desvios na obra em tempo real, garantindo controle e segurança para o projeto.
 

Para o sócio-diretor do Construtivo, Marcus Granadeiro, o StreamBIM é uma ferramenta que inova o mercado AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção) numa proporção jamais vista no Brasil. “O StreamBIM oferece uma visão geral de todos os elementos de construção em apenas alguns cliques. Trazer essa solução para nosso portfólio reforça nosso compromisso em continuar fomentando a transformação digital do nosso setor”, finaliza Granadeiro.

Moura Dubeux registra lançamento de R$ 347 milhões e vendas de R$ 372 milhões no primeiro trimestre

Conforme prévia operacional protocolada nesta terça-feira, 9 de abril, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Moura Dubeux, incorporadora com mais de 40 anos de atuação no Nordeste, lançou três projetos no primeiro trimestre de 2024, totalizando VGV líquido (valor geral de vendas) de R$ 347 milhões. São 651 unidades, distribuídas nos empreendimentos Jardim do Parque, em Maceió (240 apartamentos), Beach Class Iracema, em Fortaleza (279), e Rivê, em Salvador (132).
 

No período, a empresa, que é líder em market share na região, também entregou a primeira fase do maior projeto imobiliário em desenvolvimento na região Nordeste. Trata-se do Mirante do Cais e do Parque do Cais, em Recife, totalizando 417 unidades e VGV líquido de R$ 627 milhões.
 

Diego Villar, CEO da Companhia, informa também que as vendas e adesões líquidas no primeiro trimestre foram de R$ 372 milhões. Esse volume manteve a VSO da Companhia, principal indicador operacional do setor, em um patamar muito saudável. O montante comercializado representa aumento de 14% em relação a igual intervalo de 2023 e redução de 6,3% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. No período, a Moura Dubeux adquiriu 4 terrenos. Com isso, o total de terrenos passou para 61, que apresentam VGV bruto potencial de R$ 8,8 bilhões. Vale mencionar que o banco de terrenos da Moura Dubeux está bem distribuído, considerando a participação de cada praça no plano de lançamento anual da empresa.

Cury inicia 2024 com novos recordes e atinge R$1,6 bilhão em vendas líquidas e R$1,9 bilhão em lançamentos

A Cury Construtora, uma das empresas líderes no segmento residencial no Brasil, apresenta mais um trimestre de bons resultados, e inicia o ano com novos recordes. Na prévia operacional do 1T24, os dez lançamentos do período alcançaram um VGV de R$1,9 bilhão, aumento de 32,7% em relação ao 1T23. No acumulado dos últimos doze meses, o VGV atingido foi de R$ 5 bilhões, 24,1% acima do mesmo período do ano anterior.

Outro destaque é para as vendas líquidas, que somaram R$ 1,6 bilhão, um acréscimo de 43,9% em relação ao 1T23 e uma alta de 71,6% em comparação ao 4T23. Na análise dos últimos doze meses, o VGV de vendas liquidas foi de R$ 4,6 bilhões, 27,9% acima do mesmo período do ano anterior.

A carteira de terrenos também teve recorde histórico na Cury e alcançou 52.402 mil unidades. A companhia encerrou o 1T24 com landbank de R$ 15,7 bilhões em VGV potencial, aumento de 57,9% em relação ao 1T23, e crescimento de 7,8% em relação ao 4T23. Atualmente, o banco de terrenos da construtora é composto por R$ 9,6 bilhões localizados em São Paulo e R$ 6,1 bilhões no Rio de Janeiro.

“A estratégia de apostar em um forte volume de lançamentos nos primeiros trimestres do ano continua sendo assertiva. Apresentamos um alto desempenho operacional no período, com crescimento no VGV de lançamentos e vendas, além de um landbank histórico”, destaca Fábio Cury, CEO da Cury Construtora.

Preço médio de lançamentos, vendas e VSO (Venda sob Oferta)

  • O preço médio das unidades lançadas atingiu R$ 316,2 mil no 1T24 (+ 13,5% versus o 1T23), e acréscimo de 15,3% se comparado com o 4T23.
  • O preço médio de vendas registrado no 1T24 foi de R$ 292,2 mil, alta de 9,4% em relação ao 1T23 e um crescimento de 3,4% versus o 4T23.
  • A VSO trimestral líquida foi de 47,9% ante 43,4% no 1T23; e 38,9% no 4T23.
  • Nos últimos doze meses, a VSO foi de 73,2%, crescimento de 1,2 p.p. em relação a 72% apresentada no 1T23.

Produção e estoque

  • No 1T24, foram produzidas 2.932 unidades, alta de 19,3% em relação ao 1T23.
  • Foram 790 unidades concluídas, número inferior às 2.563 unidades concluídas registradas no 1T23.
  • O estoque do 1T24 é de R$ 1,7 bilhão. Desse total, 98,5% se referem a unidades lançadas ou em construção e apenas 1,5% a unidades concluídas.

VGV Repassado e geração de caixa

  • O VGV repassado no 1T24 aumentou 53,1% em relação ao 1T23 e aumentou 3,4% em relação ao 4T23.
  • Evolução das unidades repassadas de 2.451 no 1T23 para 3.157 no 1T24, uma alta de 28,8% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior; e acréscimo de 4,6% no 4T23.
  • No 1T24, a Geração de Caixa operacional positiva foi de R$ 17,1 milhões, 850% acima dos R$ 1,8 milhão registrado no 1T23.

FGTS Futuro: CAIXA inicia contratações nesta segunda-feira (8)

Operação está disponível para trabalhadores com renda de até R$ 2.640
 

A CAIXA inicia nesta segunda-feira (8) as contratações de financiamentos habitacionais com utilização do FGTS Futuro. A operação está disponível aos trabalhadores com renda de até R$ 2.640, para aquisição de imóveis novos e usados pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
 

O FGTS Futuro poderá ser utilizado pelo titular da conta vinculada do FGTS, que deverá autorizar, no ato da contratação do crédito habitacional, a realização da caução dos créditos disponíveis nas contas do FGTS, por um prazo de 120 meses. A autorização poderá ser feita diretamente pelo app FGTS.

Como funciona o FGTS Futuro:

Para os trabalhadores com carteira assinada, é depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo empregador, todos os meses, o equivalente a 8% de seu salário. Por meio do FGTS Futuro, é facultado ao trabalhador utilizar esse valor para complementar a capacidade de pagamento, na obtenção de financiamento habitacional do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), por meio da opção de caucionamento dos depósitos futuros da conta vinculada do FGTS. Dessa forma, o trabalhador poderá ter acesso a um financiamento maior para aquisição do seu imóvel.

Se o trabalhador for demitido, ele não poderá sacar o saldo da conta que estiver comprometido com o financiamento do imóvel. Todo o excedente disponível na conta de FGTS é utilizado para reduzir a dívida, com exceção do recolhimento da multa rescisória de 40% no caso de demissão, que é exclusiva do trabalhador.

Contratações na CAIXA:

No processo de contratação, a CAIXA, enquanto agente financeiro, informará ao trabalhador a capacidade de pagamento para financiamento habitacional, com e sem a utilização dos depósitos futuros, e, havendo a opção pelo uso do FGTS Futuro, os valores serão bloqueados na conta vinculada até a quitação total do saldo devedor.

A CAIXA esclarece que o uso ou não desse recurso é uma decisão exclusiva do trabalhador e a medida é válida apenas para novos contratos de financiamento.

A opção pelo FGTS Futuro só pode ser feita no momento da contratação da operação. Caso o cliente não opte nesse momento, não há possibilidade de adesão posterior e ele poderá fazer uso dos recursos depositados em sua conta vinculada do FGTS, conforme demais modalidades previstas em lei.

Ademi-PE cria comitê voltado para loteamentos

Condomínio Reserva de Aldeia, na Região Metropolitana do Recife

A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) criou um novo comitê para debater as demandas do mercado de loteamentos e condomínio de lotes no Estado, atraindo novas empresas e ampliando a atuação da Associação. O Loteia-PE terá como objetivos fomentar a troca de experiências, aproximar-se de entidades e órgãos públicos ligados ao tema e elaborar uma pauta voltada para as empresas imobiliárias e de construção civil que atuam nesse segmento.

Além da integração do setor, estão, entre as propostas do plano de ação do comitê Loteia PE o desenvolvimento de missões técnicas, a realização de eventos setoriais, compras em conjunto, a realização de um feirão imobiliário com foco em loteamentos, a realização de pesquisas de mercado, entre outras. Estão previstas reuniões técnicas periódicas para a organização e execução do plano de ação.

“Enxergamos a possibilidade de crescermos como um grupo forte e representativo que irá atuar em todo o Estado. De forma organizada, traremos benefícios para os associados que trabalham com loteamentos e para a sociedade, que adquire um imóvel de forma mais segura e com qualidade”, afirma o presidente da Ademi-PE, Rafael Simões.

Rafael Simões, presidente da Ademi-PE. Foto: Armando Artoni/Divulgação

“O loteamento é, em muitos casos, a primeira forma de aquisição de um imóvel das classes sociais com menor poder aquisitivo. Outro mercado promissor é das famílias que buscam moradias mais exclusivas ou em locais mais tranquilos e afastados dos centros urbanos, em condomínios de loteamentos. Hoje temos uma tendência grande de interiorização desses empreendimentos, onde esses espaços são vistos como uma ferramenta de urbanização de muitas cidades do Agreste e Sertão”, acrescenta o gestor do Comitê Loteia-PE, Eduardo Gonçalves.

A Região Metropolitana do Recife tem hoje 23 loteamentos, com total de 18,2 mil unidades lançadas. O preço médio é de R$ 617,55 por metro quadrado. O tamanho médio do lote é de 481 metros quadrados. A cidade com maior número de loteamentos é Camaragibe, seguida por São Lourenço, Igarassu, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão. Os dados são da pesquisa de mercado da BCB Inteligência.

No coração do Itaim Bibi, a arquiteta Marcela Fazio redesenha uma casa para se tornar um oásis particular com um jardim exuberante

Em uma charmosa vila no bairro do Itaim Bibi, um projeto de renovação de residência surpreende ao honrar e valorizar o conceito original da casa. A ênfase foi colocada na preservação desse conceito, realizando modificações somente nos elementos danificados ou que não atendiam às necessidades dos novos proprietários.

De cara, na entrada, encontramos uma sala de estar vibrante, com uma explosão de cores e mobiliário de marcas expressivas do design como Lumini, Breton, Arquivo Contemporâneo, LS Selection, Todeschini Gabriel, Estúdio Plume e Fernando Jaeger. Essa seleção cuidadosa traz uma atmosfera de aconchego para a ambientação, deixando qualquer visitante encantado.

A primeira fase do programa acrescentou um lavabo para facilitar o bem-estar no andar térreo da residência. Além disso, o closet para o casal e a churrasqueira localizada na edícula, compõem o estágio inaugural do projeto. Na segunda etapa da repaginação do layout, a cozinha ampliada ganhou um anexo para a sala de jantar, com caixilhos de vidro generosos que proporcionam uma deslumbrante vista para o jardim exuberante. A antiga área de serviços deu lugar a uma generosa despensa, e ocupou um antigo banheiro.

A residência também passou por uma modificação estrutural tanto no hall de entrada quanto no telhado, demonstrando como o design inteligente e a criatividade podem ser aplicados a projetos residenciais, resultando em ambientes encantadores e funcionais, como afirma a arquiteta Marcela Fazio.


Durante a segunda fase, foi necessário reforçar a estrutura do local antes de proceder à demolição de certos trechos das paredes. No novo anexo, optou-se por empregar uma estrutura metálica autônoma, acompanhada de lajes pré-moldadas de concreto. O espaço externo também foi redesenhado para se tornar um oásis particular, um lugar acolhedor para a família desfrutar e receber seus familiares e visitantes.

O jardim bem cuidado, com uma área de churrasqueira, foi pensado para estar perfeitamente integrado à morada, proporcionando um ambiente de descontração e lazer. E, para completar, uma rede foi instalada para embalar o relaxamento ao ar livre. Vale ressaltar que essa região também abriga o escritório da arquiteta Marcela Fazio, que criou um espaço interessante onde pode trabalhar, em meio ao respiro verde da natureza, sem se afastar do núcleo familiar.

“A Casa de Vila é um local onde minha família consegue aproveitar diferentes situações, desde a preparação de refeições até reuniões na sala de jantar, e até mesmo relaxar no balanço construído por meu pai ao seu neto no jardim”, ressalta a arquiteta, destacando como o espaço foi projetado para proporcionar momentos únicos para os moradores.

Com o intuito de proporcionar um ambiente mais aconchegante para receber amigos e familiares, a arquiteta expandiu a cozinha de sua casa. O cômodo foi totalmente renovado, seguindo o conceito aberto e recheado de utensílios para bancarem o mestre cuca com estilo.

Na ‘Casa de Vila’, cada ambiente foi projetado de forma criativa para otimizar o espaço, e a combinação de cores, materiais e mobiliário reflete o estilo de vida cheio de personalidade da arquiteta, que é a dona do pedaço.

Como funciona uma construção modular? Técnica é promissora no Brasil

A construção modular, também conhecida como ‘construção a seco’,tem sido uma promessa no Brasil nos últimos anos. Ao contrário de modelos tradicionais, ela não necessita de mão de obra e é baseada na sustentabilidade.
 

Dados divulgados pela Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) e pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) confirmam o expressivo crescimento da produção modular no Brasil. Em 2020, o setor registrou um faturamento de R$ 10,6 bilhões, marcando um aumento significativo de 49,3% em comparação com o ano anterior. Além disso, atingiu a marca de 1,03 milhão de toneladas no mesmo período.

“Com estruturas pré-fabricadas e montagem em módulos, esse tipo de criação reduz consideravelmente o tempo e os recursos necessários para erguer edifícios de alta qualidade”, afirma Jaime Freitas, CEO da Brasil Modular, empresa catarinense especializada em módulos habitacionais.
 

Enquanto nos métodos convencionais o procedimento se inicia praticamente do zero, na abordagem modular diversas partes podem ser montadas simultaneamente, o que otimiza o tempo e aumenta a eficiência do projeto. O processo é semelhante à montagem de veículos automotivos, o que o torna tecnológico.
 

“Além do âmbito tecnológico, um dos pontos positivos é que ela também pode ser realizada com uma variedade de materiais, dependendo das especificidades do projeto e das preferências do construtor. Dentre os mais comuns estão aço, madeira, concreto pré-fabricado e PVC”, explica Freitas.
 

De acordo com outra pesquisa, esta, conduzida pela empresa indiana Markets and Markets em 2020, a construção modular continua a ganhar destaque globalmente, com uma projeção de crescimento anual de 5,75% até 2025. O estudo também destaca o Brasil, junto com a China e o Japão, como mercados promissores para o desenvolvimento da construção modular.
 

A empresa de Jaime é a prova disso. Com início em 2022, a Brasil Modular, que começou como uma serralheria, já possui mais de 1000m² de galpão e cerca de 10 projetos entregues por mês. Ainda, esperam um crescimento de 2000mts dos galpões até o final do ano, com cerca de mais de 100 projetos entregues no ano

“Como fabricantes desses produtos, estamos comprometidos em seguir essa tendência de permanecer ativos neste mercado, contribuindo para solidificar o Brasil como uma referência em construção modular. Reconhecemos que para impulsionar a inovação, é essencial desafiar os métodos tradicionais, e estamos alcançando sucesso ao adotar essa abordagem”, conclui o CEO da Brasil Modular.

FEICON 2024: Softplan leva inovação e lançamentos para os mercados da construção civil e imobiliário

A Softplan participou nesta semana da FEICON 2024, uma das feiras mais relevantes para o setor da construção civil e arquitetura da América Latina. Com seu ecossistema de soluções – formado por Sienge, Construmarket, CV CRM, Prevision, eCustos e Gestor Obras –, a empresa catarinense líder em tecnologias especialistas levou inovação e lançamentos ao evento, destacando sua estratégia de impulsionar a digitalização e a integração de toda a cadeia da construção civil.
 

“Por meio da transformação digital e da organização e do uso dos dados de forma estratégica para a tomada de decisão, nós estamos reinventando a construção civil sob a ótica da produtividade e da conectividade – fatores ainda pouco desenvolvidos neste segmento. Na FEICON, estamos apresentando evidências do potencial transformador da tecnologia em todas as faces desta indústria”, destaca Ionan Fernandes, Diretor Executivo da Softplan para a Indústria da Construção.
 

Entre as novidades apresentadas ao mercado está o lançamento do “CV Smart Doc”, tecnologia “OCR” desenvolvida para agilizar o processo de digitalização de documentos e disponibilizada no CV CRM, plataforma especialista no mercado imobiliário. De forma automatizada, a ferramenta identifica os dados e exporta para o software, evitando trabalho manual e eventuais erros de digitação. Integrado ao CV Magic, inteligência artificial destinada ao apoio na geração de leads, o recurso permitirá que os corretores realizem buscas por informações via comando de voz. Para os clientes da solução, que registra cerca de 16 mil vendas de unidades habitacionais por mês, o novo serviço trará agilidade e maior assertividade em relação à consulta de dados, o que proporciona uma experiência de venda de imóveis ainda mais rápida e descomplicada.
 

Outra inovação apresentada na feira é o novo produto da Prevision, focado no planejamento de incorporação. A solução, que já é líder de mercado no planejamento Lean, agora utiliza uma outra metodologia ágil, com aplicação do modelo kanban, para auxiliar as construtoras na estruturação do processo de lançamento de empreendimentos, oferecendo fluxos, listas de checagem e indicadores de prazo em todos os procedimentos necessários para iniciar uma nova obra.
 

O novo produto também organiza as demandas relacionadas à incorporação por área, facilitando a atribuição de atividades às equipes jurídica, comercial e financeira. “Percebemos uma solicitação latente no mercado que é a falta de uma gestão eficiente das incorporações, aspecto que impacta diretamente na sustentabilidade dos negócios. Com essa nova tecnologia, esperamos reduzir o tempo de lançamento de empreendimentos em até 20%”, explica Ionan.
 

O Sienge, software líder em gestão de obra, também se destacou na FEICON com o lançamento de integrações com outras plataformas do ecossistema da Softplan. Uma delas é a integração com a solução especialista em orçamento de obra eCustos, que busca simplificar e otimizar o processo de orçamentação de construtoras e incorporadoras. O movimento oferece ao mercado uma solução inédita e pioneira, que irá garantir maior assertividade nos orçamentos, com margens estáveis na média de 5%.
 

A ferramenta de planejamento e acompanhamento de obras Construpoint também anunciou uma integração direta com o Sienge, permitindo um fluxo mais completo do acompanhamento de obras. A novidade leva mais mobilidade aos canteiros – evitando que os profissionais preencham informações em pranchetas e documentos em papel –, além de permitir que os clientes das duas ferramentas realizem medições e verificações de itens das obras em tempo real, por meio de um aplicativo no celular.

ABRAINC Explica: Benefícios da utilização do FGTS Futuro

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na última terça-feira (26/03) a implementação do FGTS Futuro para compor a renda das famílias nos financiamentos de imóveis pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Inicialmente, o uso será direcionado às famílias com renda mensal de até R$ 2.640, que são enquadradas na Faixa 1 do programa habitacional.

A ABRAINC estima que essa iniciativa vai ampliar o acesso à casa própria, e pode incluir aproximadamente 60 mil famílias anualmente no MCMV. Ou seja, o uso do FGTS Futuro está alinhado a um dos principais propósitos do Fundo, que é o fomento à habitação de interesse social.

A principal vantagem está na possibilidade de aumentar a capacidade de pagamento das famílias. Isso possibilita, por exemplo, a aquisição de um imóvel de maior valor sem elevar a parcela.

Por exemplo, um beneficiário do programa, que ganha R$ 2 mil mensais atualmente, pode comprometer 25% dessa renda e assumir uma prestação de até R$ 500. Ao utilizar o FGTS Futuro, esse trabalhador poderia assumir uma prestação de R$ 660, mantendo o pagamento mensal de R$ 500. A diferença dos R$ 160, que corresponde à contribuição retida do salário do empregado todos os meses, seria automaticamente coberta pela Caixa Econômica Federal – agente operador do FGTS. Dessa forma, o fluxo de pagamento mensal do FGTS pelo empregador seria diretamente direcionado ao financiamento habitacional.

A Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão do FGTS, já está preparada para implementar essa nova modalidade.

O presidente da ABRAINC, Luiz França, destaca o potencial do FGTS Futuro para ampliar o acesso à moradia e impulsionar o crescimento do setor. Ele enfatiza que essa medida reduzirá as barreiras financeiras enfrentadas por muitas famílias na busca pela casa própria, principalmente aquelas com renda mais baixa.

“Permitir aos trabalhadores utilizarem seus futuros depósitos do FGTS para complementar o financiamento habitacional aumentará o poder de compra das famílias e tornará a aquisição da casa própria mais acessível. Além disso, essa medida representa um avanço significativo na democratização do acesso à moradia no Brasil, promovendo o desenvolvimento social e econômico do país”, avalia Luiz França.

De acordo com ele, é importante ampliar esse benefício no futuro. “A expectativa é que, com o tempo, seja feito um acompanhamento da capacidade de pagamento desses beneficiários e que, eventualmente, um número maior de famílias possa se beneficiar dessa iniciativa.”

No Minha Casa, Minha Vida, as taxas de juros variam entre 4% e 8,16% ao ano, com um prazo de pagamento de até 35 anos. Imóveis de até R$ 350 mil, em todo o país, podem ser financiados através do programa.

Millennials e o mercado imobiliário:  “investidores tecnológicos” redefinem a compra e venda de imóveis no Brasil e no mundo

Sofía Gancedo, Cofundadora e COO da Bricksave

Em plena era digital, os millennials se destacam como a geração do imediatismo, da flexibilidade e da inovação. Nascidos entre os anos 80 e o início dos anos 2000, não estão apenas adotando as últimas tendências tecnológicas, mas também remodelando o panorama imobiliário em todo o mundo. Com 52% já possuindo casas, de acordo com a Apartment List, e notáveis 40% sentindo-se confortáveis para comprar propriedades totalmente online, de acordo com a Zillow, fica claro que a geração Y está liderando o caminho em direção a uma abordagem digital para o investimento imobiliário.

No Brasil, o interesse dos jovens em adquirir a tão sonhada casa própria está em alta. De acordo com uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, millennials representam a segunda maior fatia de intenção de compra de imóveis (43%) no Brasil, perdendo apenas para a Geração Z (45%) e superando a Geração X (34%) e os baby boomers (30%). “É fundamental compreender a mentalidade e as prioridades dos millennials, cujo impacto digital no mercado imobiliário está a transformar o processo de compra de casa”, afirma Sofía Gancedo, Cofundadora e COO da Bricksave.

Ainda segundo a pesquisa, a maior fatia de intenção de compra de imóveis entre os 39% dos brasileiros que pretendem adquirir o bem nos próximos dois anos encontra-se entre os ainda mais jovens, a geração Z – 45% manifestam o interesse -, que compartilha com a Y as motivações para a compra: a transição demográfica (saída do aluguel, da casa dos pais, casamento), que representa 81% no primeiro caso e 55%, no segundo.

Contudo, a geração millennials enfrenta o desafio trata de poupar para comprar uma casa ou apartamento. O estudo Tendências de Moradia, realizado em 2023 pelo DataZAP, do Grupo OLX, mostra que os millennials representam apenas 16% dos compradores de imóvel, enquanto a geração X e os baby boomers compõem 82% do grupo. Já no cenário das locações, os números mudam: a geração Y representa 27% das pessoas que vivem de aluguel, ficando atrás apenas da geração X, que somam 42%.

As causas são variadas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, divulgada em maio de 2023, a taxa de desemprego entre pessoas de 25 a 39 anos é de 8,2%, enquanto na faixa dos 40 a 59 anos a porcentagem cai para 5,6%. Além disso, segundo a Millennial & Gen Z Survey 2023, pesquisa global feita pela empresa de contabilidade Deloitte, o alto custo de vida é a principal preocupação social da geração Z (nascida no final dos anos 90) e dos millennials, sendo seguida pelo desemprego.

“A verdade é que esse público jovem que atravessa a era digital está reconfigurando o conceito de ser “dono”. Hoje existem alternativas no mercado que lhes permitem adquirir uma casa própria de uma forma mais acessível. Ao reunir múltiplos investidores e agrupá-los para financiar grandes ativos imobiliários, esta prática facilita a entrada dos millennials no mundo imobiliário, alocando quantias menores para investimentos nos quais, de outra forma, seria muito mais difícil participar”, explica Gancedo.

A tecnologia remodela todos os ambientes em que está envolvida e o setor imobiliário não é exceção. “A digitalização não só simplifica o acesso aos imóveis, mas também os aproxima de um público acostumado a passar grande parte do dia no celular”, destaca Gancedo.

Isto fez com que as “PropTechs” evoluíssem e se tornassem mais sofisticadas na última década, o que não só deu origem ao surgimento de novas plataformas de compra e venda de imóveis, mas também incentivou o uso de inovações como big data, geolocalização e criptomoedas no setor imobiliário. A executiva menciona que uma das últimas adições ao mercado foi a tokenização combinada com blockchain, que garante mais transparência e flexibilidade para ativos altamente ilíquidos ―ou seja, com períodos de resgate de longo prazo―, e garante maior acesso a pequenos investidores .

“O processo consiste em criar uma representação digital do ativo para facilitar sua negociação no ambiente digital. Desta forma, o token gera uma série de códigos, baseados em regras e processos de identificação, que permitem a compra e venda do imóvel na sua totalidade ou em partes. Ao dividir o valor do imóvel em frações menores, a tokenização abre espaço para investidores iniciantes e com menos capital, como os millennials, e democratiza o acesso ao setor”, afirma Gancedo.

Em linha com as tendências impulsionadas por este grupo de jovens e com o contexto econômico atual, algumas plataformas imobiliárias começaram a reduzir os prazos de investimento, ou seja, o período de tempo durante o qual os fundos estariam comprometidos com um determinado imóvel. Isto permite aos investidores reinvestir mais rapidamente os seus fundos em novas oportunidades e dá-lhes mais flexibilidade para se adaptarem às mudanças nas condições do mercado. Além disso, abre a possibilidade de diversificar suas carteiras, alocando fundos para múltiplas propriedades em prazos mais curtos, o que distribui riscos e potencialmente melhora os retornos globais.

Assim, investir em imóveis torna-se uma alternativa mais atrativa para muitos millennials, que constituem 35% dos investidores em criptomoedas segundo estudo realizado pela CoinGecko. Embora seja um ativo com alto potencial de lucro no curto prazo, costuma ser considerado mais volátil, o que acarreta maior risco.

No Brasil, os millennials compõem a maior parte da população brasileira: são 34% da população total, e representam 50% da força de trabalho. Nesse sentido, é evidente que sua visão de mundo, seus interesses e sua forma de consumir abalam a economia e as tendências em todos os mercados. “No que diz respeito ao imobiliário, esta geração está abrindo caminho para um setor imobiliário pautado pela procura de alternativas acessíveis e tecnológicas e que desafia paradigmas estabelecidos, com os olhos postos num futuro financeiro mais sólido e contexto desafiante”, sustenta Gancedo.