Seguindo a meta de entregar 2 milhões de unidades habitacionais nos próximos quatro anos, Jader Filho, Ministro das Cidades anunciou a finalização de 9 mil novas moradias até o final de abril, pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. A projeção foi confirmada ontem (12), durante a participação no painel “Parceria Estados e Governo Federal em busca da redução do déficit habitacional”, durante a 96ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC).
O evento contou também com as participações de Ratinho Junior, governador do Paraná; Inês Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa e Carlos Henrique de Oliveira Passos, presidente da Comissão de Habitação de Interesse Social (CHIS/CBIC).
O encontro teve como foco a importância da atuação conjunta da iniciativa privada com os governos federal, estadual e municipal. Na apresentação, as autoridades participantes trouxeram ao palco perspectivas dos planos de habitação social em âmbito nacional e estadual, alguns resultados e também o que tem dificultado o acesso da população ao financiamento imobiliário e iniciativas para solucionar o problema do déficit habitacional.
O Ministro, por exemplo, destacou o diálogo com a Casa Civil, para trabalhar com a possibilidade do FGTS atuar no Faixa 1, que corresponde as famílias com rendimento de até R$ 2.640 e a meta de zerar a entrada para famílias que estão nas faixas 1 e 2.
“O grande problema para as pessoas acessarem o FGTS nos empreendimentos é o valor de entrada. Iniciamos o movimento de conversar com a Caixa e com a direção do FGTS para nas regiões mais pobres diminuir a taxa de juros, aumentar o número de parcelas e o valor do subsídio e, com isso, reduzir o valor da entrada. Essas pessoas já pagam o aluguel e, muitas vezes, o valor é maior do que a parcela de uma casa que serão delas ao final do financiamento”, disse.
O governador ressaltou os resultados da parceria público-privada na área de moradia social e que o estado do Paraná tem 40 mil moradias a serem construídas. “O nosso Programa Casa Fácil conta com aproximadamente 70 empresas que constroem casas em volume e tem uma régua: elas podem ter projetos em cidades grandes, mas também devem construir em municípios menores. Isso tem contribuído para o desenvolvimento social e econômico das regiões”, afirmou Ratinho Junior.
Já Inês Magalhães destacou que o diálogo com o setor de habitação foi um dos pilares de implementação do programa e que agora volta a ser um componente muito importante para a sua retomada. “Nós temos uma aposta de que a construção civil e, principalmente, a construção nacional é um fator de desenvolvimento econômico como inclusão”, ressaltou. “Precisamos muito da parceria dos estados e municípios. O diálogo inclusive com o setor vai nos possibilitar que façamos das parcerias não a exceção, mas a regra do País.”, acrescentou.
Carlos Henrique de Oliveira Passos, presidente da Comissão de habitação de Interesse Social CHIS/CBIC defendeu a importância da atuação ampla das parcerias para atender para atender todos os estados. “A capacidade empresarial foi desafiada quando falaram em fazer 300 mil ou 1 milhão de casas, o setor teve que se reinventar, mas ele está preparado para aceitar os novos desafios buscando novas parcerias com os governos federal, estadual, municipal.
Debates sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida foi um dos destaques no segundo dia de FEICON e teve painéis como “Minha Casa, Minha Vida: Retorno das Operações Subsidiadas”; “Minha Casa, Minha Vida: Avanço das Operações Subsidiadas”; “Construção com madeira: Potencial de mercado no Brasil”.
Para participar da 27ª edição da FEICON, que acontece até sexta-feira (14), em São Paulo. O credenciamento está disponível apenas on-line, pelo site https://www.feicon.com.br/.