Investimentos imobiliários: com alguns cuidados, é possível aprimorar a rentabilidade da aplicação

Antigamente as pessoas compravam imóveis como uma forma de preservar seu patrimônio e ter a certeza de que os descendentes ficariam amparados. A segurança oferecida por esses bens continua – e até cresceu ao longo dos anos. Entre as vantagens oferecidas pelos imóveis, estão a valorização das propriedades e a possibilidade de ter uma renda passiva.

O assunto pode parecer difícil para quem ainda não começou a poupar. Mas, com alguns cuidados, é possível ter um bom rendimento proporcionado pelos investimentos imobiliários.

O primeiro passo é ter paciência. Estudos sobre comportamento mostram que os investidores tendem a acreditar que estão se comportando racionalmente – quando estão longe disso. A Psicologia Econômica explica esse fenômeno: os pensamentos e as emoções que temos em relação ao dinheiro, muitas vezes, tomam o lugar da racionalidade na hora de fazer escolhas, controlar os gastos ou mesmo decidir onde investir a reserva financeira.

Um exemplo: as pessoas geralmente pensam que toleram mais riscos do que realmente o fazem, mas é comum que os sentimentos delas obscureçam o julgamento. Numa fase de baixa, o melhor é analisar bem a situação para resolver o que fazer.

Agir pela “emoção” ou se deixar levar pelas turbulências do mercado pode levar os investidores a comprar ou vender no momento errado, reduzindo a capacidade de gerar retornos estáveis ao longo do tempo.

“Manter os investimentos em uma plataforma gerenciada profissionalmente pode ajudar o investidor a gerar melhores retornos a longo prazo”, indica Jorge Castellar, diretor global de vendas da Bricksave. “Evite vender seus investimentos muito cedo”.

Segundo ele, quatro anos é o período médio de tempo que uma pessoa precisa para manter uma propriedade alugada, de forma a permitir que ela aprecie seu valor para que possa vendê-la com lucro.

Os investimentos imobiliários estão sujeitos a várias taxas, como impostos, honorários advocatícios e comissões que, provavelmente, anularão quaisquer ganhos de valorização do capital antes de quatro anos (em média).

No entanto, isso também depende da propriedade, das condições de mercado e do ciclo de negócios; em alguns casos, um imóvel pode ser vendido em um período menor ou maior do que quatro anos.

Com o dinheiro da venda, as pessoas costumam fazer cursos, viagens e até abrir um negócio. Porém, se o dinheiro não for necessário, uma boa opção é continuar com o investimento.

“Para aumentar o desempenho do investimento um bom caminho é reinvestir em outros ativos imobiliários”, afirma Castellar. Com cerca de 16 mil usuários cadastrados, a Bricksave financiou mais de 225 imóveis e gerou rendimentos médios em dólares de 8,8% para investidores.

“Há um ditado popular que diz que ‘dinheiro faz mais dinheiro’. Isso não é brincadeira. À medida que um investimento aumenta de valor, novos juros são ganhos sobre os juros anteriores. Isso significa que a pessoa ganha ‘retornos sobre retornos’, que vão muito além da soma inicial”, explica o especialista.

Ele faz uma simulação: se uma pessoa investiu US$10 mil em parte de uma propriedade em Chicago, poderá ganhar US$ 900 por ano com os retornos de aluguel, considerando um rendimento de aluguel de 9% e taxa de ocupação de 100%.

Se o valor do imóvel aumentar 5% ao ano durante o prazo de investimento, a rentabilidade com a venda da propriedade seria de aproximadamente 21,55%, ou seja, teria um lucro de US$$ 2.155,00 sobre os US$10 mil investidos inicialmente e, adicionalmente, teria recebido US$ 900 ao ano com a renda de aluguel. Nesse cálculo, há um lucro total no período de investimento de US$ 5.755,00 por cada US$ 10 mil investidos.

O principal é confiar nos gestores do investimento. “A equipe precisa ser experiente. Faça uma pesquisa e descubra quais foram os ganhos alcançados pelos gestores nos últimos anos”, aconselha o executivo.