Conheça as cinco startups vencedoras do 8º MITHUB CHALLENGE com foco em ESG na construção civil

Startups de São Paulo, Minas Gerais e de Israel são as vencedoras do desafio que buscou selecionar as melhores startups com soluções ESG na construção civil

O MITHUB, plataforma de conexão e inovação em negócios nos setores da construção civil e mercado imobiliário — gerenciado pela empresa de venture capital Terracotta Ventures —, anunciou nesta quinta-feira (22) as startups vencedoras do 8º MITHUB Challenge. O desafio de inovação contou com participação de grandes players do setor como Cyrela, Dexco, Gerdau, Votorantim, Tenda, e teve como foco selecionar as startups com as melhores soluções tecnológicas direcionadas a governança ambiental, social e corporativa (ESG) na cadeira da construção civil. O segmento foi responsável por quase metade das emissões de carbono no planeta no ano passado, além de consumir entre 40% e 75% dos recursos naturais.

As vencedoras do 8º MITHUB Challenge são: Cubi Energia de São Paulo (SP), voltada para eficiência energética; Standard Carbon de Tel Aviv (Israel), dedicada a descarbonização e Carbono Reciclado; Tupinambá de São Paulo (SP), do ramo de eletrificação dos transportes; LandApp de São Paulo (SP), com atuação em Gestão de Resíduos e Construção Civil; e Ecomud de Belo Horizonte (MG), com soluções para reutilização de rejeitos.

As cinco empresas de tecnologia escolhidas passaram por um rigoroso processo de seleção no qual especialistas do setor avaliaram mais de 60 startups nos últimos dois meses. Os avaliadores tiveram como objetivo encontrar inovações de impacto sustentável e social ao longo de todo o ciclo da construção, que vão desde a produção dos materiais até o uso e operação das edificações.

De acordo com Marcus Anselmo, managing partner da Terracotta Ventures, dois fatores principais levam o ESG a ser priorizado como foco do desafio neste ano, devido a necessidade de fomentar e desenvolver os novos negócios que estejam visando um futuro mais sustentável para a construção civil.

Conforme Marcus Anselmo, o primeiro fator é a própria complexidade da cadeia de serviços e insumos, que obrigará empresas a se responsabilizar não somente sobre suas práticas, mas sobre a de contratadores e fornecedores de insumos.

“Isso exigirá que as áreas de compras e suprimentos passem a monitorar outros indicadores além de preços e prazos, o que pode aumentar o custo de contratação e insumos. E isso abre espaço para startups atuarem em cadeias digitais de suprimentos que reduzam o custo transacional de validação de fornecedores com validade sócioambiental”, explica.

O segundo ponto é o avanço de plataformas digitais de transação de imóveis. Isso porque, a relação do mercado entre incorporadoras, imobiliárias e corretores e outros prestadores de serviço é complexa e o avanço de plataformas digitais aprofunda a discussão sobre questões como precarização do trabalho e segurança social. 

“Plataformas digitais com intermediação serão questionadas sobre sua responsabilidade social e tem o desafio de demonstrar como conseguem equilibrar relações sustentáveis com resultado de crescimento e mercado”, aponta.

O movimento de ESG também vem ampliando sua importância no mercado corporativo. Segundo dados da Global Sustainable Investment Alliance, estima-se que os ativos sob gestão por fundos com estratégias sustentáveis alcançaram um valor de US$35,3 trilhões em 2020.

Processo de seleção e prêmios

Das mais de 60 inscritas,  o júri definiu as 25 propostas mais promissoras e que melhor atenderam aos requisitos e desafios do MITHUB Challenge para rodadas de matchmaking coletivas. A seleção ocorreu com base em alguns critérios, como contribuição da inovação ao setor, maturidade da equipe e da organização, maturidade do produto ou tecnologia empregada e o potencial de escala do negócio.

As grandes empresas participantes do desafio também tiveram um peso determinante na escolha das startups nas quais havia maior interesse de conexão e para o desenvolvimento do setor de construção civil. Nessa fase, as startups participaram de rodadas de matchmaking com os mantenedores: Cyrela, Dexco, Gerdau, Votorantim, Grupo Lírios e Tenda.

Após este processo de matchmaking coletivo, as corporates já realizaram mais 17 conversas individuais visando originar negócios com estas startups. Com conhecimento mais aprofundado nas soluções, formou-se um comitê que votou nas melhores startups participantes, formando assim o TOP5. 

Nesta última etapa, a startup vencedora ganha um ano de digital membership MITHUB, a segunda e terceira colocadas terão direito a seis meses do programa, enquanto a quarta e a quinta melhor colocadas serão premiadas com três meses de digital membership do MITHUB. A entrada também dá às startups um acesso a todos os programas do hub como startup associada, que inclui materiais, acesso a empresas do setor e conexões com diferentes empreendedores e negócios.

Conheça as startups vencedoras do 8º MITHUB Challenge | ESG:

1) Cubi Energia
Ramo de atuação: Eficiência Energética
Modelo de Negócio: SaaS
A startup: A CUBi é uma startup focada em inteligência energética. Auxiliando indústrias de médio e grande porte a entender como a energia é consumida e paga e quais são as alternativas e opções para que as operações sejam mais eficientes. Em um serviço completo e verticalizado que vai desde o comodato dos equipamentos necessários (medidores de energia) para mapear processos, até uma ferramenta web, acessível de qualquer computador e que traz informações detalhadas da realidade de consumo de cada cliente e de seus ativos.
Fundador (es): Ricardo Dias (CEO); Rafael Turella (CMO); Bruno Scarpin (COO)

Sede: São Paulo, SP

Site: https://www.cubienergia.com/

2) Standard Carbon
Ramo de atuação: Descarbonização, Carbono Reciclado
Modelo de Negócio: A startup tem algumas maneiras de monetização: Aluguel dos módulos de reciclagem do carbono; fee sobre o carbono capturado e gás natural produzido. 
A startup: A Standard Carbon é uma startup que se propõe a reciclar o gás carbono, transformando-o em gás natural a partir de reações químicas com água. Este processamento é realizado em uma estrutura modularizada (container) de fácil instalação próximo à unidade emissora de gás carbônico. 
Fundador (es): Nathan Sahar (CEO), Benyamin Clayman (Co-founder); Dell Perelman (Co-founder); Boris Boruch (Co-founder).

Sede: Tel Aviv, Israel

Site: https://www.standardcarbon.com/ 

3) Tupinambá
Ramo de atuação: Eletrificação dos Transportes
Modelo de Negócio: SaaS, Instalação dos carregadores elétricos (Hardware).
A startup: Operador de estações de recarga para veículos elétricos. Entregamos um App para localização das estações e plataforma de pagamentos e gestão.
Fundador (es):´Davi Bertoncello (CEO); Pedro de Conti (COO).

Sede: São Paulo, SP

Site: http://tupinambaenergia.com.br/

4) LandApp
Ramo de atuação: Gestão de Resíduos, Construção Civil
Modelo de Negócio: Marketplace
A startup: Somos um marketplace com a primeira solução de tecnologia que conecta Construtoras e Caminhoneiros para o transporte de materiais/resíduos sólidos da Construção Civil.
Fundador (es): Matheus Protti (CEO), Mayara Protti (CMO), Bruno Cipolla (CTO).

Sede: São Paulo, SP

Site: https://landapp.com.br/

5) Ecomud
Ramo de atuação: Reutilização de rejeitos
Modelo de Negócio: Por projeto
A startup:  Com o desafio de encontrar uma solução para o reaproveitamento dos rejeitos de mineração e para a má qualidade e o alto custo de construção e manutenção de estradas o pavimento ECOMUD é desenvolvido a partir de rejeitos de mineração sendo altamente resistente e capaz de preservar o aspecto natural do solo, além de reduzir a geração de poeira e a formação de lamaçais nas estradas, tudo isso a um baixo custo.
Fundador (es): Vitor Hugo (CEO)

Sede: Belo Horizonte, MG

Site: www.ecomud.com.br