A startup Credihome, plataforma online de soluções de crédito para compradores e proprietários de imóveis, encerrou o mês de novembro com R﹩ 4,131 bilhões em volume de crédito – 64% acima da meta estabelecida para 2019, que era de R﹩ 2,5 bilhões. Com o ritmo de crescimento acelerado, a companhia estima agora encerrar o ano com cerca de R﹩ 5 bilhões em originações e quadriplicar em 2020, chegando a R﹩ 20 bilhões.
De acordo com Bruno Gama, CEO da Credihome, o cenário de juros mais baixos favorece o ritmo de expansão da plataforma. “Há três anos, os juros para financeiro imobiliário rondavam o patamar de 12% ao ano e hoje já chegam a 6,5%. É uma queda brusca que estimula o mercado em diversas frentes, desde a inserção de famílias com renda menor que hoje já conseguem encaixar a parcela nos 30% da renda, aumentando a demanda por investimentos em imóveis, como na procura por portabilidade para buscar taxas mais atrativas em financiamentos já existentes, entre outros”, explica. De acordo com cálculos da Credihome, a cada 0,5 ponto percentual de queda da taxa de juros Selic, cerca de 4 milhões de consumidores tem o potencial de acessar o mercado.
Apenas no mês de novembro, foram quase R$ 1 bilhão em volume entre financiamento imobiliário e crédito com garantia de imóveis movimentados na plataforma que funciona tanto como um marketplace – agrupando as ofertas dos principais bancos – como com soluções próprias de crédito.
Criadas para sanar gargalos de ofertas ainda inexistentes no mercado imobiliário, entre os exemplos de produtos próprios da Credihome que ganham cada vez mais tração na base de empréstimos da plataforma estão soluções como o “Price Light”, financiamento para aquisição de imóveis que permite pagar um valor reduzido das parcelas nos três primeiros anos de financiamento, a possibilidade de uso de até 5 CPFs para compra coletiva de imóveis, além do “Compra Garantida”, produto criado para quem já tem casa própria, mas quer vender para compra de outro imóvel, liberando até 40% do valor do bem em recursos para dar entrada na compra do novo bem e prazo de até três anos para vender com calma. Ao longo dos 36 primeiros meses, o cliente ainda paga apenas 20% do valor das parcelas.
“Entendemos muito rapidamente que a maneira de se fazer negócios e os tipos de produtos de crédito para cadeia imobiliária precisavam se adaptar às reais necessidades do consumidor. Entender o ciclo financeiro dos nossos clientes, as necessidades de liquidez e criar soluções que atendam esses perfis”, diz Gama.
Outra vantagem é a forma como a Credihome faz a avaliação de crédito em seus produtos próprios. Diferente dos grandes bancos, a startup utiliza um método próprio que dá um peso de 60% para a avaliação do imóvel e de apenas 40% para o mutuário. “Projetar como estará a situação financeira de uma pessoa daqui 30 anos é um exercício de fé, enquanto avaliar a valor do imóvel é muito mais preciso. Queremos capturar esses falsos negativos de outras instituições nesses casos de imóveis com liquidez, bem localizados e com potencial de valorização”.