Mercado imobiliário residencial registra aumento na procura e na venda de imóveis no 3º trimestre, aponta indicador da Deloitte com a ABRAINC

O mercado de imóveis residenciais registrou aumento da procura e das vendas no 3º trimestre 2023, e esse impulso repercute o otimismo no segmento Minha Casa, Minha Vida (MCMV). É o que revela o Indicador de Confiança do setor Imobiliário Residencial, realizado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Deloitte, organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo. Nesta edição, a pesquisa foi realizada com 47 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, entre 29 de setembro e 15 de outubro.

Para o segmento MAP (Médio e Alto Padrão), embora tenha havido uma desaceleração durante o período, as projeções apontam para uma recuperação no curto prazo. Neste cenário, os preços se mantêm em alta, e as expectativas para lançamentos de novos empreendimentos e aquisições de terrenos permanecem em excelentes níveis, apesar de uma leve queda nas aquisições de terrenos, particularmente no segmento MAP.

A perspectiva de lançamentos de imóveis residenciais continua positiva pelo segundo trimestre consecutivo, com destaque para o MCMV, que registrou aumento de três pontos percentuais em relação ao 2º trimestre do ano: nesta edição, 97% dos entrevistados deste segmento pretendem lançar imóveis ou adquirir terrenos nos próximos 3 a 12 meses. Em contrapartida, o segmento MAP está em patamares um pouco mais baixos (93%), mas mantém tendência positiva, sustentando-se acima dos 90%. A expectativa geral de aquisição de terrenos para futuros empreendimentos de imóveis residenciais (87%) registrou leve retração de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior, resultado que reflete a manutenção da perspectiva no longo prazo para o segmento de MCMV e leve redução para MAP.

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, os dados mostram que o mercado reagiu positivamente aos incentivos concedidos ao programa MCMV e à queda da taxa Selic. “A partir desses resultados, vemos que o mercado está aquecido e os empresários esperam manter o ritmo do negócio para 2024. Nosso setor continua sendo um dos protagonistas no processo de crescimento da economia e nosso horizonte é o de crescimento, geração e manutenção de empregos e investimentos”, destaca o executivo.

O levantamento usa uma metodologia diferenciada para interpretar os resultados e facilitar a leitura entre os trimestres. Desse modo, os percentuais de respostas foram transformados em notas, variando de 1 (para forte redução) a 3 (para forte aumento), e cada segmento foi classificado dentro desse padrão. As respostas dos participantes da pesquisa indicaram se houve redução, manutenção ou aumento em relação ao trimestre anterior para os itens procura, vendas, e preços dos imóveis. Além da variação do trimestre apurado, os respondentes indicam as expectativas.

Indicador de confiança do setor imobiliário residencial  

A pesquisa aponta que o mercado imobiliário residencial, no geral, segue aquecido e com boas perspectivas para os próximos meses, especialmente para o segmento Minha Casa, Minha Vida. A alta na procura e nas vendas foi influenciada pelo recuo da taxa de juros, pelo aumento do valor dos subsídios oferecidos e das novas regras do programa MCMV. As expectativas para lançamentos de empreendimentos também são boas para ambos os segmentos, o que indica que o mercado imobiliário pode continuar a se desenvolver nos próximos trimestres”, destaca Claudia Baggio, sócia de Financial Advisory e líder da prática de Real Estate da Deloitte. 

Resultados do 3º trimestre e expectativas 

Procura de imóveis (Nota 2,18 = Manutenção). No geral, a procura de imóveis residenciais, no terceiro trimestre do ano, ficou abaixo da registrada no segundo período, influenciada principalmente pelo MAP, passando de ‘aumento’ para ‘manutenção’. O mercado de MAP teve diminuição de -0,36 pontos, enquanto MCMV manteve o desempenho positivo, com indicação de aumento de +0,20 na pontuação.

Vendas (Nota 2,18 = Manutenção). As vendas de imóveis residenciais, no geral, desaceleraram no 3º trimestre em relação ao anterior, sobretudo, devido à retração do segmento MAP, que passou de ‘aumento’ para ‘redução’, com queda de -0,67 pontos. MCMV, por outro lado, teve um aumento, fechando em 2,38.

Expectativas para vendas (Nota 2,47 = Aumento). Os executivos do setor imobiliário residencial esperam aumento nas vendas para o 4º trimestre de 2023 (nota geral = 2,47) e forte aumento nos próximos 12 meses (nota geral = 2,65). Quando analisados os segmentos separadamente, há expectativa de forte aumento (2,66) para MCMV tanto no 4T23 quanto nos próximos 12 meses (2,84). Para MAP, a expectativa é de aumento (2,26) no 4º trimestre e nos próximos 12 meses (2,43) também.

Preço de imóveis (Nota 2,52 = Aumento). No 3º trimestre, o indicador de preços de imóveis seguiu em alta, mantendo os níveis consolidados no 2º trimestre. O segmento de MCMV registrou forte aumento (2,72) no 3º trimestre e MAP registrou aumento (2,30).

Expectativa para os preços dos imóveis (Nota 2,30 = Aumento).As expectativas para os preços dos imóveis residenciais seguem com aumento para o 4º trimestre do ano (2,30), com forte aumento para os próximos 12 meses (nota 2,84) e para os próximos cinco anos (nota 3,00). Para o último período de 2023, o status dos preços de MAP indica manutenção, refletindo a desaceleração das vendas no segmento.

Alta no índice de preços se manteve no período  

No 3º trimestre de 2023, o indicador de preços dos imóveis residenciais continuou em alta, com aumento de 6% em relação ao período anterior. Apesar do crescimento em ambos os segmentos, MCMV manteve desempenho superior ao de MAP pelo segundo trimestre seguido, com aumentos de 8,1% e 3,5%, respectivamente. O indicador do custo de construção, no acumulado 12 meses até set/23, esteve em 3,21%, marcando baixo crescimento. Na edição anterior, o indicador do custo de construção continuava com a taxa de crescimento mais baixa e a variação do INCC, no acumulado de 12 meses até junho, estava em 4,29%.

O índice de procura do MCMV reforça a dinâmica mais positiva do setor, com crescimento de dois dígitos em comparação com o trimestre anterior. A alta é impulsionada, sobretudo, por estímulos oferecidos e por mudanças nas regras do MCMV, que ampliaram a elegibilidade da população para o programa. Em contrapartida, o segmento de MAP registrou pequena retração na procura durante o mesmo período. Na categoria de imóveis residenciais de médio e alto padrão (MAP), o aumento da taxa Selic, a partir do 3º trimestre de 2021, resultou em queda na procura, devido ao aumento dos custos de financiamento. O MCMV, por sua vez, se sustentou, pois tem como contrapartida o programa de auxílio governamental. A queda da taxa de juros, caso aconteça mesmo que gradualmente, poderá reverter a queda do MAP.

Metodologia da pesquisa  

O indicador de confiança do setor imobiliário residencial do 3º trimestre de 2023, realizado pela Deloitte, organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, em parceria com a ABRAINC, contou com a participação de 47 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, divididas nos seguintes segmentos: 36% Minha Casa Minha Vida (MCMV), 32% Médio e Alto Padrão (MAP) e 32% atuantes em ambos os segmentos. O levantamento, realizado entre 29 de setembro e 15 de outubro de 2023, ouviu executivos de alto escalão (C-Level) das empresas participantes.

Leilão de imóveis para pessoa física: como vender e comprar com agilidade?

Por André Zukerman, CEO da Zuk 

O leilão de imóveis para pessoa física, conhecido como leilão particular, é uma modalidade extrajudicial que oferece uma alternativa dinâmica para aqueles que desejam vender suas propriedades. Muitas vezes, essa escolha surge após tentativas convencionais por meio de imobiliárias, o que indica busca por agilidade ou resultados mais expressivos. 

Tempo de venda e transparência  

No leilão, há um prazo determinado, geralmente um mês, para divulgação  até a  finalização. O processo é transparente, eliminando a necessidade de lidar com múltiplas propostas mediadas por corretores, pois os interessados dão lances até que um vencedor seja determinado. Tudo podendo ser acompanhado pelo site. 

Comissão paga pelo comprador 

Na modalidade, a comissão, que é de 5% sobre o valor de venda, é de responsabilidade do comprador, previsto em lei. Portanto, não pode ser descontada ou inclusa no valor do imóvel, o que representa uma vantagem adicional para quem pretende vender.  

Deságio no valor do imóvel 

A maioria dos imóveis disponíveis em leilões é apresentada com valores abaixo do mercado. Essa estratégia visa não apenas tornar a propriedade mais atrativa para potenciais compradores, mas também proporcionar uma oportunidade única de aquisição a um preço mais vantajoso. O deságio, aplicado sobre o valor de mercado, torna-se um incentivo adicional para participação ativa no processo de leilão, beneficiando tanto vendedores quanto compradores. Essa dinâmica de precificação diferenciada é um dos fatores distintivos que contribuem para a popularidade e eficácia de leilões de imóveis. 

Venda condicional do imóvel 

Compradores sempre estão na busca por preços vantajosos em imóveis, o que é um ponto de atenção para que o proprietário não acabe prejudicado. O leilão condicional, modalidade em que o valor do lance vencedor precisa ser aprovado pelo proprietário antes da finalização da arrematação, garante uma segurança maior ao dono do imóvel à venda.  

Audiência e divulgação em portais  

A valorização da audiência presente no portal da empresa representa uma vantagem significativa para o vendedor, pois amplia substancialmente as oportunidades de atrair compradores interessados. Ao contar com uma plataforma já estabelecida e reconhecida, é possível se beneficiar do alcance, otimizando as chances de uma comercialização bem-sucedida. Além disso, os custos relacionados à divulgação do imóvel em leilão são integralmente assumidos pela companhia, aliviando o vendedor de despesas adicionais com estratégias de promoção e marketing. 

Em resumo, o leilão de imóveis para pessoa física surge como opção atraente, oferecendo agilidade, transparência, vantagens financeiras e recursos de divulgação. Essa modalidade, cada vez mais popular, representa uma abordagem inovadora no cenário imobiliário, proporcionando benefícios tanto para vendedores quanto para compradores em potencial. 

Grupo OLX lança aplicativo Gestão PRO focado no gerenciamento profissional de imóveis

Apresentado no Conecta Imobi 2023, app foi desenvolvido junto com o mercado, proporcionando agilidade e eficiência na atuação de corretores e imobiliárias

Empenhado em promover novas tecnologias que otimizem o trabalho e tragam mais resultados aos corretores de imóveis, o Grupo OLX, maior ecossistema imobiliário do país e da América Latina, detentor das plataformas de anúncios imobiliários ZAP, Viva Real e OLX Imóveis, anuncia o lançamento do aplicativo Gestão PRO. Aferramenta permite aos profissionais do setor, sejam eles autônomos ou de imobiliárias, fazer o gerenciamento de imóveis e de clientes de forma ágil e eficiente.

Entre as funcionalidades do novo app estão a captação e gestão dos imóveis, a publicação de anúncio diretamente nos portais e o recebimento de alertas e organização dos leads direto no aplicativo. Por meio do Gestão PRO, o usuário que é assinante da esteira digital (ZAPWay) também poderá receber e agendar visitas originadas nos portais, ao alcance da mão e em qualquer hora ou lugar.

“O aplicativo foi desenvolvido em colaboração com o mercado, a partir de conversas com clientes e parceiros, a fim de atender a uma demanda por maior eficiência na gestão desses processos. O corretor é um profissional que tem uma rotina muito corrida, majoritariamente fora do escritório, e ter toda a gestão à mão faz uma enorme diferença no dia a dia, permitindo, inclusive, um atendimento mais ágil ao cliente, que tem a expectativa de retorno do contato em até 12 horas”, explica Glaucia Miyazaki, Vice-Presidente de Produto em Imóveis no Grupo OLX.

De acordo com a profissional, um dos grandes diferenciais do aplicativo é sua integração nativa com as plataformas ZAP, Viva Real e OLX Imóveis, bem como aos recursos como a esteira digital, o que elimina a etapa de configuração com outras ferramentas e proporciona uma melhor experiência para os usuários. Entre os recursos disponíveis estão a pré-qualificação e a distribuição automática dos leads com regras personalizadas de captador, incluindo preço, região e natureza da negociação (venda ou locação), notificações de novo lead, retorno, visitas e assinatura de contrato.

Idealizado e concebido integralmente pelo time de desenvolvedores, especialistas de engenharia, UX designer e product manager do Grupo OLX, o Gestão PRO já foi baixado por mais de mil profissionais do setor imobiliário e está disponível para assinantes de qualquer plano do Grupo OLX.

3 características dos apartamentos semimobiliados para o mercado de locação

A busca por praticidade no morar é uma tendência e, por isso, os apartamentos semimobiliados têm ganhado destaque no mercado. Hoje inclusive, já existem pessoas e companhias investindo neste tipo de imóvel para alugar, oferecendo ainda mais vantagens do que as tradicionais já conhecidas.
 

Levando em consideração este cenário, Jorge Luiz Bernardo de Morais, Diretor de Operações da Vila 11, empresa brasileira referência em empreendimentos multifamily que desenvolve, administra e opera residenciais para locação em regiões estratégicas de São Paulo, lista três características que envolvem os atuais apartamentos semimobiliados do mercado.

Móveis e espaços estratégicos: Tanto companhias como proprietários já oferecem imóveis com móveis neutros e que podem ser utilizados de diferentes formas, além de já deixarem os espaços dos apartamentos organizados de uma maneira mais estratégica, otimizando os ambientes. “Atualmente, pessoas que buscam por imóveis semimobiliados, querem armários planejados e clean, agregando qualidade ao apartamento. Além disso, procuram por divisões inteligentes dos espaços, como um móvel que possui uma determinada função e ao mesmo tempo, funciona de divisão de dois locais”, afirma Morais.
 

Eletrodomésticos: Segundo o Diretor de Operações da Vila 11, pessoas já podem encontrar companhias que ao alugarem um apartamento semimobiliado vão encontrar toda a linha de eletrodoméstico já instalado e pronto para uso. “Geladeira, cooktop, fogão, micro-ondas, ar-condicionado etc. É o começo para poder morar em um apartamento e o investimento nesses itens é alto e por isso as empresas fornecem, como por exemplo a Vila 11. A praticidade para o futuro morador é a palavra-chave neste contexto”, comenta.

Versatilidade na decoração: Com uma base sólida de mobília e eletrodomésticos já disponível, os moradores podem concentrar seus esforços em acessórios decorativos e elementos que expressam sua personalidade, transformando o apartamento semimobiliado no seu verdadeiro lar. “Essa característica proporciona aos moradores a liberdade de personalizar os espaços de acordo com suas preferências estéticas, adicionando toques pessoais”, finaliza Jorge.
 

Neste contexto, é possível esperar que a geração atual siga em busca de imóveis semimobiliados que mais do que móveis, tragam experiências de sucesso, focando em conforto e praticidade.

Construção Sustentável: Sicredi e A.Yoshii se unem para alcançar o selo LEED Platinum

Parceria visa certificação verde para obra em Jandaia do Sul (PR), priorizando eficiência energética e redução de resíduos sólidos

Sustentabilidade, eficiência e design de alto padrão definem a construção da nova sede do Sicredi Valor Sustentável PR/SP em Jandaia do Sul (PR). O Grupo A.Yoshii, com 58 anos no mercado e reconhecido nacionalmente pela pontualidade nas entregas e soluções construtivas inovadoras, é responsável pelo desenvolvimento dos projetos e construção do empreendimento, incluindo etapas de planejamento, suprimentos, gestão da qualidade, construção e gestão de terceiros.

Com previsão de conclusão em 24 meses, a obra de aproximadamente 7.500 metros quadrados vai impulsionar o setor de construção civil local, gerando mais de 110 oportunidades de empregos diretos e indiretos. A parceria inédita visa obter o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) Platinum. O LEED é o selo ecológico com maior reconhecimento internacional e apenas 30 obras na região Sul do país conquistaram esse nível de certificação de edifício verde até hoje.

De acordo com o diretor de Obras Corporativas da construtora, Evandro Zagatto, diversas medidas estão sendo adotadas para garantir uma construção eficiente e sustentável, alinhada com a busca do cliente pelo selo LEED. “O Sicredi depositou toda a confiança em nossa equipe, reunindo duas das grandes expertises da empresa: a gestão de obras para clientes e o foco em construções de alto padrão. A conclusão desta obra representará um grande marco para ambas as empresas”, conclui. 

Com sete milhões de associados e 2.500 agências em todos os estados brasileiros, o Sicredi está entre as empresas de melhor reputação em Responsabilidade ESG, reconhecida pelo Ranking Merco 2022. “O Sicredi segue os ODS da agenda 2030 da ONU, por isso a parceria com a A.Yoshii vai de encontro a tudo que acreditamos, uma vez que a gestão ESG faz parte da nossa estrutura. O nosso grande propósito é a prosperidade do ser humano e o desenvolvimento comunitário. Nesse contexto, nos assemelhamos à A.Yoshii na responsabilidade social. Estamos trabalhando para construir um relacionamento de alto nível, respeito e camaradagem recíprocos, alicerçados pela confiança mútua”, fala o presidente da Sicredi Valor Sustentável, Plácido Caldas Filho.

A nova sede inclui um auditório para 300 pessoas, uma biblioteca e um espaço de memória para a comunidade local. A A.Yoshii, com sua expertise em gestão e equipes qualificadas,  acredita que a obra é o início de uma parceria  duradoura e bem-sucedida  entre as empresas.

Aluguel e financiamento: o que deve ser considerado na escolha por um lar

Escolher entre aluguel ou financiamento imobiliário é uma dúvida que muitas pessoas têm ao procurar um lar. Seja o preço do imóvel, situação financeira, localização, ou metas de vida, muitas coisas são levadas em conta em um momento tão importante. Pensando nisso, a Creditas, plataforma de produtos e soluções financeiras líder na América Latina, traz algumas sugestões do que deve ser considerado na hora de escolher entre aluguel ou financiamento imobiliário.

Eduardo Muszkat, diretor de financiamento imobiliário da Creditas, explica que o primeiro passo que os interessados devem dar na escolha por um lar é analisar o seu momento de vida. “Primeiro, pense na sua vida pessoal: Você está estabilizado? Pensa em mudar de cidade ou em ter filhos? Essas perguntas são importantes pois, antes de ir atrás de preços e taxas, é preciso entender qual é o seu cenário atual e quais são seus objetivos no curto e médio prazos”, explica.

De acordo com o executivo, o momento de vida de cada um costuma ser decisivo para a escolha entre alugar ou financiar um imóvel. “Se você está num momento sujeito a mudanças como local de trabalho, estado civil, tamanho da família ou expectativa de remuneração nos próximos anos, a compra de um imóvel pode não ser a melhor opção. Se você já está num momento mais estável de sua vida, comprar um imovel lhe trará mais opções de configuração e autonomia. Importante considerar que, para a aquisição, normalmente será exigido um sinal ou entrada de 20% a 30% do valor do imovel, o que pode ser um fator limitante”, diz Eduardo.

Por outro lado, a compra de um imóvel também abre a oportunidade para uma fonte de renda ou recursos no futuro, seja por meio do aluguel, venda ou pela solicitação de um empréstimo com garantia de imóvel, o chamado home equity.

Já Luccas Speranzini, diretor de vendas do Ecossistema Home da Creditas, explica que morar de aluguel pode ser mais fácil e menos burocrático. “Embora também tenha burocracia, o processo de alugar um imóvel continua sendo mais simples do que o de um financiamento. Além disso, para quem ainda não tem um plano de vida muito bem definido, a flexibilidade proporcionada pelo aluguel é interessante. Afinal, se for necessário mudar de bairro, de cidade ou até de país, você encerra o contrato de aluguel e não fica com uma parte do orçamento comprometida”, esclarece. “Além disso, quem tem o dinheiro para dar o sinal na compra do imóvel, pode optar por deixar o dinheiro aplicado, aproveitando o momento de altas taxas de juros e mantendo a liquidez que o aluguel lhe proporciona”, acrescenta.

O executivo ainda pontua que o aluguel permite uma maior flexibilidade nas finanças, além de exigir menos responsabilidades em questões como reparos e manutenção do imóvel, já que essa responsabilidade é do proprietário.

Do ponto de vista da interferência da região nos valores dos imóveis disponíveis no mercado, os executivos apontam que a localização não tem uma influência tão significativa a ponto de ser um motivo decisivo na escolha entre financiamento e aluguel.

“O importante é que cada pessoa entenda seu momento e decida a partir disso. Uma pessoa que mora sozinha pode optar por um imóvel que seja perto do seu trabalho, priorizando a redução no tempo de deslocamento diário, enquanto uma pessoa que divide a moradia com outros membros da família como companheiros, filhos ou outros familiares, pode preferir algo próximo à escola ou equidistante dos locais de trabalho, por exemplo. Ou seja, a decisão vai além da localização, e deve ser feita com muita calma e consideração aos fatores mencionados”, finaliza Luccas. 

INCC-M varia 0,10% em novembro

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) apresentou uma variação de 0,10% em novembro, marcando uma desaceleração leve frente ao aumento de 0,20% registrado no mês anterior. No acumulado do ano, o INCC-M demonstra alta de 3,05%, enquanto nos últimos 12 meses a variação atinge 3,33%. Comparado a novembro de 2022, quando o índice subiu 0,14% no mês, a situação atual mostra uma pequena mudança. Nessa mesma época do ano passado, o índice registrava um aumento de 9,44% em 12 meses.
 

A taxa do índice relacionada a Materiais, Equipamentos e Serviços apresentou uma queda, passando de 0,14% em outubro para -0,12% em novembro. Em contrapartida, o índice referente à Mão de Obra aumentou 0,42% em novembro, comparado à variação de 0,29% no mês anterior, outubro.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços

Dentro do grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa relativa a Materiais e Equipamentos teve uma variação de -0,17% em novembro, o que representa uma redução em relação aos 0,07% observados no mês anterior. Notavelmente, três dos quatro subgrupos componentes demonstraram um decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para “materiais para instalação”, cuja taxa passou de 0,12% para -1,24%.

A variação relativa a Serviços, por sua vez, passou de 0,79% em outubro para 0,39% em novembro. Neste grupo, é digno de nota o significativo recuo na taxa do item “aluguel de máquinas e equipamentos”, que passou de 1,47% para 0,32%.
 

Mão de obra

A taxa de variação relacionada ao índice de Mão de Obra foi de 0,42% em novembro, um aumento em relação ao índice de 0,29% observado em outubro.

Capitais

Quanto às taxas de variação, Brasília, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre experimentaram uma desaceleração. Por outro lado, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo surpreenderam com um incremento em suas taxas.

Por que a experiência dos inquilinos é tão essencial na atualidade?

Por Jorge de Moraes, Diretor de Operações da Vila 11

VILA 11 Foto: Leo Martins

Alugar imóveis tem sido uma opção cada vez mais interessante para a sociedade atual, principalmente levando em consideração o fato de que as rotinas estão mais agitadas e se transformando rapidamente, o que faz com que sejam necessárias opções de moradias práticas e em localizações estratégicas. Assim, neste cenário, são vantagens ter a possibilidade de se mudar com facilidade quando preciso e morar em ótimas regiões onde, muitas vezes, não há possibilidade de compra.

Além disso, a experiência positiva das pessoas também é um marco da atualidade. Para se ter uma ideia, de acordo com pesquisa da PwC, companhia que presta serviços de auditoria, consultoria tributária, entre outros, uma boa experiência faz com que os consumidores se sintam ouvidos, percebidos e valorizados e, assim, 48% dos brasileiros entrevistados aceitariam pagar mais para terem mais conveniência. O dado mostra que experiências que gerem satisfação são importantes para a sociedade e, por isso, no caso do setor imobiliário, o aluguel se encaixa nesta questão, possibilitando que pessoas avaliem os reais benefícios de uma determinada moradia e bairro, inclusive, para quem sabe no futuro, tomarem uma decisão mais definitiva, ou seja, comprarem um imóvel.

Essa busca por ótimas experiências de moradia tem tornado os consumidores mais exigentes e pode ser um desafio para quem aluga. Por este motivo, é necessário que os imóveis proporcionem bem-estar, conforto, que não gerem dores de cabeça e que atendam às necessidades dos inquilinos. Como exemplo, há uma tendência de mercado de condomínios com espaços para trabalhar (ambiente para montar escritório ou coworking), por conta do estilo de vida atual das pessoas, além de áreas compartilhadas multiuso, que servem para um evento social, um encontro de trabalho ou até atividades do dia a dia como um jantar em um ambiente complementar à residência. Por isso, os imóveis devem oferecer estes tipos de locais para atraírem e manterem o público. É fundamental acompanhar as movimentações do segmento imobiliário e ouvir moradores a fim de oferecer o que necessitam.

Hoje, mais do que nunca, a experiência é um fator decisivo e por isso quem se sente bem em um lugar, permanece nele. Inquilinos não querem apenas um teto, mas um local para construir um lar. É importante destacar que atualmente existem diversos tipos de residências para alugar e ferramentas digitais, portanto, ao vivenciar uma jornada ruim, o inquilino vai embora, podendo ainda deixar opiniões negativas sobre a experiência nas redes sociais.

É por isso que o multifamily tem ganhado cada vez mais destaque no Brasil, já que foca justamente na experiência dos inquilinos. O modelo que envolve residências exclusivamente destinadas à locação, desde a fase do projeto até à operação condominial, contribui para que quem aluga viva em um ambiente planejado para atender as necessidades que possui, em uma região estratégica. Isso sem contar o fato do conceito envolver contratos mais simples, funcionários altamente capacitados, cobrança unificada de contas e uma gestão patrimonial que visa o bem-estar das pessoas.

Concluo, portanto, que quando o assunto é aluguel a atual palavra-chave é experiência, o que abrange espaços pensados para as necessidades e valores dos inquilinos. Quanto mais os locadores estiverem atentos aos novos hábitos e exigências da sociedade, mais vão atrair as pessoas.

ABSeed e Terracotta investem em Construex, SaaS Enabled Marketplace equatoriano voltado à construção civil em expansão pela América Latina

A ABSeed Ventures, casa de investimento de venture capital focada em empresas com soluções SaaS B2B, e a Terracotta Ventures, principal VC brasileiro no setor de construtechs e proptechs, anunciam o investimento na Construex, um SaaS-enabled marketplace do Equador voltado para o segmento da construção civil. A rodada seed, de R$ 22,5 milhões (US$ 4,6 milhões), foi coliderada pelos VCs globais Zacua Ventures e Fifth Wall, este último o maior investidor em construtechs do mundo.

Fundada em 2019, a Construex surgiu com o objetivo de digitalizar a indústria da construção civil na América Latina, um mercado hoje estimado em mais de US$ 520 bilhões. “A construção civil latino-americana é predominantemente analógica, rudimentar e dominada por grandes players tradicionais que intermediam a relação com os fornecedores, dificultando o acesso direto a eles por incorporadores imobiliários ou mesmo clientes finais”, afirma Roberto Arroyo, cofundador e CEO da Construex. “Chegamos para digitalizar a jornada desses fornecedores e conectá-los diretamente à ponta.”

Com mais de 15 anos de experiência na indústria da construção civil na América Latina, Arroyo compreende bem as dores que atingem o setor. Além de outras experiências como empreendedor, o executivo esteve à frente de uma série de projetos de habitação em seu país de origem, gerenciando processos de compras de materiais e a contratação de serviços em condomínios de casas e apartamentos.
 

Além de atender ao Equador, a Construex tem hoje operação no México e clientes na Guatemala e no Chile. Entre seus conselheiros, a startup conta com Daniel Collins, co-fundador da Jasper Technologies e ex-CTO de IOT da Cisco. Com o investimento, a startup, que hoje possui um time de 48 pessoas distribuídas em dois escritórios, planeja expandir sua atuação para outros países da região, primeiramente para os de língua espanhola e, mais à frente, para o Brasil.
 

“A trajetória do Roberto Arroyo junto a esse mercado traz a ele um olhar privilegiado sobre as reais necessidades dessa indústria. Esse é o nosso primeiro investimento fora do Brasil e resolvemos concretizá-lo justamente por compreender que os problemas que hoje enfrentam também nos são comuns. E ter a chancela de um VC como a Terracotta, especializado na indústria em que atuam, é algo que nos deixa bastante confortável”, afirma Geraldo Melzer, sócio-fundador da ABSeed. “Queremos aproximá-los de players de nosso mercado e, a várias mãos, construir a ponte para que possam vir para cá em um futuro próximo”, diz.
 

A plataforma da Construex já possui mais de 80.000 fornecedores registrados, abordando todos os aspectos da indústria, desde arquitetura e engenharia, até construção e acabamento final para projetos de todos os tamanhos. Para além de garantir visibilidade via marketplace, esses fornecedores podem assinar a plataforma e, assim, garantir maior e melhor presença no digital.

“Estamos entusiasmados em nos associar a Roberto e a toda equipe da Construex para trazer a digitalização necessária para a indústria da construção na América Latina, que ultrapassa os US$ 500 bilhões”, afirma Sarah Liu, sócia da Fifth Wall, responsável pela área de investimentos em tecnologia imobiliária. “Atualmente, apenas 4% dos fornecedores de construção na América Latina são habilitados por tecnologia. Com a Construex, os construtores agora podem ter acesso a um vasto mercado de fornecedores, permitindo-lhes economizar dinheiro enquanto simultaneamente adquirem materiais de melhor qualidade. O mercado híbrido de SaaS da Construex está enfrentando a complexidade cada vez maior dos projetos dos desenvolvedores imobiliários de hoje.”

Investir em soluções financeiras adaptadas às necessidades e idiossincrasias dos mercados latinoamericanos também está entre os planos da Construex. “Hoje, apenas 27% dos latino-americanos têm acesso a cartões de crédito. Para digitalizar esse mercado, precisamos trazer soluções que, de fato, considerem essa realidade, que é muito distinta do mercado americano, por exemplo”, acrescenta Arroyo.

‘Em uma indústria marcada por limitada digitalização e significativa fragmentação, é imperativo entender e respeitar seus fluxos de trabalho e dinâmicas para efetivamente implantar tecnologia em escala. A Construex aborda desta forma as necessidades de fornecedores e desenvolvedores, oferecendo uma abordagem simplificada para identificar os materiais mais relevantes para seus projetos e obtê-los de forma eficiente’, diz Mauricio Tessi Weiss, sócio fundador da Zacua Ventures.
 

Prêmios

Recentemente, a Construex ganhou dois prêmios importantes em sua área de atuação. Foi medalhista de ouro no Builders of the Future, liderado este ano pela Cemex Ventures. Trata-se de uma competição entre construtechs, cujas soluções estão tornando a indústria mais sustentável, eficiente e inovadora. Foram mais de 600 startups inscritas, de um total de 39 países.
 

A Construex também participou da BuiltWorlds Venture Conference, o principal simpósio mundial para investidores e empreendedores que têm impulsionado o desenvolvimento de tecnologias emergentes na construção e no ecossistema ao seu redor. A startup apresentou sua solução e foi a única vencedora da América Latina.

Confiança da Construção fica relativamente estável em novembro

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE ficou relativamente estável em novembro ao variar -0,1 ponto, para 96,2 pontos. Na média móvel trimestral, o índice variou 0,1 ponto.
 

“O ICST acomodou em um patamar de pessimismo moderado. No entanto, a relativa estabilidade do mês resultou de movimentos distintos intersetorialmente. Na infraestrutura, a melhora em relação ao momento corrente alavancou a confiança das empresas. Vale destacar o segmento de obras viárias, que chega ao final do ano confirmando o aquecimento da atividade. Por outro lado, entre as empresas do segmento de Edificações, a confiança piorou pelo terceiro mês consecutivo. Desde janeiro, as expectativas ficaram menos pessimistas com o lançamento do novo MCMV, mas o ambiente de negócios não evoluiu como esperado. A demanda insuficiente voltou a crescer entre os fatores que representam limitação aos negócios, revelando um descompasso entre as expectativas e o momento atual”, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.”
 

Neste mês, a estabilidade do ICST foi influenciado tanto pelas avaliações sobre o momento quanto pelas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação atual (ISA-CST) permaneceu em 94,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) passou para 98,1 pontos ao variar -0,1 ponto.
Os dois indicadores que compõem o ISA-CST seguiram em direções opostas, porém, na mesma magnitude: o indicador de situação atual dos negócios cedeu 0,5 ponto, para 93,3 pontos; e o indicador de volume de carteira de contrato subiu 0,5 ponto, para 95,9 pontos.

Os componentes do IE-CST também variaram em sentidos contrários: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses subiu 1,2 ponto, para 100 pontos. E o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 1,5 ponto, para 96,1 pontos.
 

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção cedeu 0,3 ponto percentual (p.p.), para 79,0%. O NUCI de Mão de Obra também recuou 0,5 p.p., para 80,1%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos avançou 0,9p.p., para 73,5%.
 

ISA – descompasso entre os setores

O descompasso intersetorial observado na evolução da confiança em novembro, revela-se também na comparação interanual do ISA. As empresas de infraestrutura estão moderadamente otimistas (índice acima de 100) e contribuem para mitigar a queda da confiança setorial nessa comparação. “As empresas de Edificações passam por um momento de transição, com a desaceleração do ciclo de negócios que prevaleceu até meados do ano passado. Há boas expectativas em relação ao mercado de habitação social, mas que ainda não se refletem na demanda atual, gerando uma percepção mais pessimista dos negócios,” avaliou Ana Castelo.