Mercado imobiliário da região Sul do país registra alta de 13% nas vendas de imóveis no 1° trimestre de 2023

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Brain Inteligência Estratégica realizaram nesta quarta-feira (24/5) o webinar “Expectativas do Mercado Imobiliário no Sul do Brasil”, que contou com as presenças de alguns dos principais players do setor na região.
 

Na abertura do evento, o presidente da ABRAINC, Luiz França, reforçou a pujança desse mercado imobiliário, considerado um dos mais importantes do país. Segundo ele, em 2022 a região Sul contratou 64 mil unidades do programa Casa Verde e Amarela (atualmente, Minha Casa Minha Vida), um montante 7% acima do registrado no ano anterior, e, com isso, totalizou 17% de todas as contratações feitas de CVA no Brasil ao longo de 2022. Ainda, segundo o executivo, a região Sul possui um déficit habitacional de 1 milhão de moradias – o que representa 12% do déficit brasileiro -, e uma demanda habitacional de 3,2 milhões de unidades até 2030.
 

“O mercado imobiliário do Sul é muito forte e ainda por cima tem tido uma valorização acima da média de outros mercados brasileiros”, acrescentou Luiz França. De acordo com o Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário (IGMI-R) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), a valorização imobiliária média no país é de 14%, mas Curitiba e Porto Alegre tiveram desempenhos acima desse patamar, com 16% e 15%, respectivamente.
 

Fábio Araújo, CEO da Brain Inteligência Estratégica, também trouxe dados recentes sobre o desempenho do mercado imobiliário. Em termos de lançamentos, a região Sul do país teve um crescimento de 24% nos lançamentos no 1T22 sobre o mesmo período de 2021. No 1T23, o número de lançamentos se manteve praticamente estável frente ao intervalo anterior (-0,2%).
 

Quanto às vendas, o 1T22 havia registrado uma queda de 4% sobre o 1T21, mas o bom desempenho do mercado na região nesse início de ano permitiu um aumento de 13% nas comercializações do 1T23 sobre igual período de 2022, com um total de 16.509 unidades vendidas.
 

Em termos de VGV (Valor Global de Vendas) do total comercializado, a região movimentou mais de R$ 12,6 bilhões no 1T23, montante 30% superior ao mesmo intervalo de 2022, que já havia registrado um aumento de 2% sobre o 1T21. Com isso, a oferta final no 1T23 nas capitais da região Sul correspondem a 7,4% do estoque no Brasil no período.
 

“É muito significativo. Isso demonstra que o mercado está muito pujante nas capitais do Sul, levando a uma queda natural do estoque de imóveis”, apontou Araújo. Em termos de preço médio do metro quadrado, os maiores patamares na região Sul foram registrados em Florianópolis (SC) com R$ 16.056,00, Porto Alegre (RS) com R$ 12.741,00 e Curitiba (PR) com R$ 11.555,00.
 

Também participaram do webinar o diretor de Assuntos Econômicos da ABRAINC, Renato Lomonaco; o CEO da Prestes Construtora e Incorporadora, Breno Prestes; o CEO da Blendi Empreendimentos, Beto Justus; o CEO da Rottas Construtora e Incorporadora, Paulo Rafael Folador; o diretor comercial da Vascocivitas, Ricardo Prada; e o diretor comercial da Rôgga Empreendimentos, Thales Silva.
 

Compulsório – Luiz França reforçou também algumas medidas que estão sendo tratadas pela entidade voltadas à aquisição da casa própria pelo SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). O executivo lembrou durante o webinar que do montante captado pelos bancos com os recursos da caderneta de poupança, as instituições são obrigadas a investir 65% desse volume no mercado imobiliário. A partir disso, as entidades do setor estão pedindo ao Banco Central que aumente em 5% essa obrigatoriedade (totalizando 70%). “Essa diferença deve representar cerca de R$ 35 bilhões, que irão para o mercado imobiliário com dois aspectos importantes: mais dinheiro para investimento no setor e o impacto nos juros. Isso porque se os bancos direcionarem mais dinheiro para a área, a taxa de juros tende a ficar mais amena para o consumidor, trazendo um certo alívio para o mercado, uma vez que esse montante representaria o mesmo volume de recursos que tivemos em 2022”, acrescentou o presidente da ABRAINC.
 

Outra preocupação levantada pelos empresários do setor durante o webinar foi a proposta de mudança na forma de correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), que deve encarecer o crédito imobiliário e excluir o acesso de famílias de baixa renda da compra da casa própria. “Estamos discutindo com o Governo e com o Supremo e esperamos que o FGTS não sofra mais ataques, como estamos vendo hoje, ataques considerados muito perigosos, já que o objetivo do Fundo sempre foi direcionado à moradia popular. Esperamos que o correto prevaleça e a habitação para a baixa renda seja preservada”, finalizou França.

Vila Madalena ganhará o jardim residencial mais alto de São Paulo

Começou a ser construído o empreendimento Jardim Lobato, da premiada Gamaro Incorporadora. Localizado na parte mais elevada do bairro da Vila Madalena, o edifício ganhará o jardim residencial mais alto de São Paulo, com vegetação abundante e árvores frutíferas na cobertura, no 27º andar, e com o bônus de um pôr-do-sol espetacular.


A estética e as cores da fachada, com andares diminuindo em direção ao alto, tiveram inspiração nas montanhas e nas sedimentações rochosas multicoloridas criadas pela natureza ao longo de milhares de anos. Desta forma, a estrutura do prédio tem lajes em diferentes níveis e tonalidades, quebrando a monotonia do cinza de grandes centros urbanos. A área verde foi inspirada nos cumes das serras de parques nacionais e projetada pelo biólogo e paisagista Ricardo Cardim, da Cardim Paisagismo.


“O topo do Jardim Lobato recria uma paisagem de Mata Atlântica típica dos altos da Serra da Bocaina, na divisa entre os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. O espaço se tornará um refúgio urbano com toda a infraestrutura necessária para proporcionar segurança, tranquilidade e conforto”, explica Cardim.



Paula Otto, sócia-fundadora do escritório Arquitetura Nacional, responsável pelo projeto arquitetônico, conta que a cobertura super vegetada com declives e visuais de tirar o fôlego foi idealizada para ser um espaço de meditação, contemplação e convivência. “O projeto traz a força e a potência da montanha, mas ao mesmo tempo traz leveza, paz e tranquilidade. Este conceito permeia toda a construção, desde os exteriores até os interiores, com materialidade, cores e texturas inspiradas na natureza”, comenta a arquiteta.

  
O Jardim Lobato está situado entre três dos bairros mais desejados de São Paulo: Pompeia, Perdizes e Vila Madalena (a 350 metros do Metrô). Possui apartamentos entre 41,22m² e 205,82m², studios residenciais de 17,02m² até 43,08m² e studios não residenciais de 27,00m² a 43,08m². Em um terreno de 1.315,37m2, a estrutura conta com quatro pavimentos dedicados a áreas de lazer, sendo uma prainha (bar de apoio à piscina), piscina, brinquedoteca, playground, lounge gourmet, terraço de jogos, academia, espaço zen (yoga/pilates), sala de massagem, sauna, coworking e lavanderia coletiva, tudo para o uso residencial. A entrada, acessos e lavanderia dos studios não residenciais são separados das residências, que têm aindagaragem nos três subsolos. A obra será concluída em novembro de 2024.


Atento a rigorosos critérios de sustentabilidade, o Jardim Lobato conquistou a pré-certificação EDGE, sistema criado pelo Banco Mundial para edifícios eco-eficientes que atendam a importantes requisitos sustentáveis. O desempenho do prédio alcançará uma economia significativa em energia, consumo de água e em energia incorporada nos materiais.

Paranaense Pormade inaugura loja conceito voltada ao design e arquitetura de luxo

A Pormade, uma das líderes de mercado e que figura entre as maiores indústrias de portas do Brasil, inaugurou, no início de maio, uma nova loja conceito voltada, especificamente, ao mercado de luxo na cidade de São Paulo.
 

Localizada em região nobre, próxima à tradicional Avenida Paulista, o showroom de 45 m2 conta com investimentos de R$ 200 mil e será responsável pela geração de 50 empregos, entre diretos e indiretos.

A loja conceito traz inovação e o que há de mais moderno nas áreas de arquitetura e design, com exposição e vendas de kits prontos e avulsos de portas, rodapés, biombos, papéis de parede, fechaduras e outros acessórios.

Com a nova unidade, a empresa totaliza 8 showrooms na região. “Hoje, São Paulo corresponde a grande parte do nosso faturamento, além de todo potencial que tem para o mercado de construção civil. Em razão dessa importância, projetamos um crescimento anual em torno de 50% no Estado”, afirma João Ricardo Olinquevicz, diretor comercial e de marketing da Pormade.

Dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), apontam uma expressiva melhora nas negociações de imóveis de médio e alto padrão, o que refletiu em um crescimento de 32%, em 2021, nas vendas do segmento de luxo. Estudo do Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP) projeta alta de 20% em 2023 no setor luxo.

“Esse é um segmento dentro da arquitetura e do design com grande potencial e ainda pouco explorado. Queremos oferecer produtos de extrema qualidade e com serviços adicionados, tudo isso para satisfazer às necessidades desse nicho tão específico de consumidores e empreendimentos. A nossa expectativa é tão otimista que já estamos com novos projetos no setor luxo em São Paulo”, finaliza o executivo.


A loja conceito luxo da Pormade está localizada na Avenida Gabriel Monteiro da Silva, n° 1306, no Jardim América.

Fintech leva transparência a gestão financeira dos condomínios por meio de conta digital

 Na zona cinzenta dos bancos tradicionais, afinal, os condomínios têm CNPJ, mas não são empresas, esses empreendimentos tiveram, durante anos, grandes dificuldades em organizar e fornecer transparência a respeito de suas finanças. Segundo dados da idwall, plataforma de verificação de identidade, mais de 86% dos brasileiros possuem ao menos uma conta digital atualmente. No mercado condominial, a tendência se confirma. A fintech CondoConta, exclusiva para condomínios de todo o Brasil, auxilia síndicos e gestores a dar mais transparência aos condôminos e terem mais controle sobre as finanças do condomínio por meio de sua conta digital.
 

Em busca de solucionar a dor dos condôminos que desejam ter mais transparência sobre a aplicação do valor das cotas condominiais, os clientes do banco digital para condomínios têm agora outros perfis de acesso. Além da administradora e do síndico, que têm acesso total e conseguem movimentar as contas, a fintech também fornece a opção para os administradores da conta liberarem acessos para cada um dos moradores, no modo visualização, com permissões gerenciadas pelo síndico.

O acesso permite o acompanhamento em tempo real de como o valor está sendo utilizado e facilita a prestação de contas. Essa transparência permite que a prestação de contas seja feita a qualquer momento, facilitando as reuniões e melhorando a experiência e a relação entre síndicos e moradores.
 

Segundo Rodrigo Della Rocca, CEO e cofundador da fintech, as principais dores dos condôminos envolvem a vida financeira. Atuando diretamente nela, oferecendo aos condôminos visibilidade das finanças do condomínio, a fintech já atingiu mais de R$400 milhões em transações dentro do banco. “Isso é apenas o início, ainda temos muito espaço para crescer considerando que o Brasil tem cerca de 500 mil condomínios e praticamente metade da população brasileira habita ou trabalha neles. Ainda vemos outras oportunidades que envolvem o relacionamento entre condôminos, pets, carros e manutenção. Nosso roadmap inclui abraçar os condomínios pelas finanças para plugar parceiros especialistas em outras frentes”, complementa.

Software de gestão para imobiliárias apresenta nova funcionalidade

O Sistema Imobiliar é utilizado por grandes imobiliárias da região Metropolitana, interior do Rio Grande do Sul e estados como Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.

A gaúcha Inetsoft, desenvolvedora do Sistema Imobiliar, software de gestão para imobiliárias, apresentou uma atualização que irá reduzir o tempo gasto com o processo de emissão de boletos de aluguel e condomínio. O InetBoleto é registrado em tempo real, ou seja, o boleto pode ser pago imediatamente após ter sido gerado e a imobiliária recebe um aviso de retorno de quitação duas horas após o pagamento, dispensando o trabalho operacional de envio de arquivos.
 
Além de liberar tempo das equipes, a nova funcionalidade do Sistema Imobiliar não possui cobrança de taxas de registro, manutenção ou cancelamento de boletos bancários. A tarifa incide apenas sobre os boletos liquidados. Registro do boleto em grandes bancos, para que em caso de instabilidade bancária a operação seja garantida,  pagamentos creditados em um dia útil, QR Code nos boletos para pagamentos via pix e não ter a necessidade de abrir uma nova conta são outras vantagens do InetBoleto.

“Nossa expectativa era que nosso clientes menores se interessassem pelo novo serviço e que tivéssemos uma adesão por volta de 30 mil boletos, mas isso não se concretizou, em menos de um mês de venda, grandes e médias imobiliárias se interessaram e temos, aproximadamente, já contratados 350 mil boletos, do total de 700 mil operações que realizamos mensalmente”, conta Iury Rosa, Analista de Negócios da Inetsoft.    
   
Entre os 150 clientes ativos da Inetsoft estão importantes nomes como Auxiliadora Predial, Guarida Imóveis e Crédito Real, na Região Metropolitana de Porto Alegre; Casarão, em Pelotas; Predial Conventos, em Passo Fundo; e TRK, em Brasília. São 700 mil unidades de imóveis em todo o Brasil administradas pelo sistema, tanto em locação, quanto em administração de condomínios. 

Emccamp lança empreendimento do “Minha Casa, Minha Vida” em Contagem

Village Europa integra o Gran Europa, projeto que vai gerar negócios na ordem de R$ R$ 106 milhões e reúne três empreendimentos residenciais e um centro comercial 

O mercado imobiliário mineiro ganhou ainda mais força com a retomada dos projetos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). E, para quem deseja realizar o sonho da casa própria ainda no primeiro semestre de 2023, a Emccamp Residencial, que atua há 46 anos no setor da construção civil, traz para Contagem um projeto inovador pertencente ao programa: o Village Europa.

O condomínio é o último do complexo Gran Europa, que reúne o Parque Europa, Europa Imperial e o Europa Mall, totalizando mais de 550 unidades. O Village Europa terá um total de 160 apartamentos, distribuídos em 10 blocos de quatro pavimentos. O projeto possui unidades tipo, de 44,85 m², com dois quartos, e unidades garden, com área total 174, 5 m².

Os moradores do condomínio contarão com piscina, salão de festa, playground, quadra de esporte e previsão para Wi-fi coletivo. Serão 160 vagas de estacionamento. A previsão é de que as obras do Village sejam iniciadas neste mês de maio e concluídas em até 36 meses.

Localização privilegiada – O Village Europa está situado na Rua Pinho, 270, no Colonial. “O local foi estrategicamente escolhido, uma vez que o bairro é relativamente novo, bem planejado e com uma excelente infraestrutura de comércio, transporte, serviços básicos e acesso à educação”, explica Luciano Bernardes, gerente Regional de Vendas da Emccamp.

O residencial está a cinco minutos do Centro de Contagem, fica próximo a supermercados, posto de combustíveis, fest food, farmácia, Unidade Básica de Saúde, um grande hospital particular, escola, além de duas grandes faculdades. Os moradores do residencial estarão a 10 minutos do Itaú Power Shopping e do Shopping Contagem, entre outros locais voltados para o entretenimento. Outra facilidade é a mobilidade urbana, pois a região oferece acesso a importantes vias, diversas opções de transporte público, com linhas de ônibus e estação do metrô.

“O empreendimento terá a marca Emccamp, que há quase meia década constrói com responsabilidade, eficiência e a qualidade que a sociedade merece. Temos em nosso DNA o compromisso de realizar sonhos e contribuir para redução do déficit habitacional do país”, pontua Luciano Bernardes.

O residencial terá subsídio do governo federal, por meio do MCMV e poderá ser financiado em até 360 meses, com taxas de juros reduzidas, e entrada parcelada em até 60 meses.

Gran Europa – Podendo gerar negociações na ordem de R$ 106 milhões, o Gran Europa será composto por três residenciais e um centro comercial. O projeto foi muito bem recebido no mercado e já teve 90% das unidades comercializadas dos primeiros empreendimentos lançados: o Parque Europa e o Europa Imperial.

Centro Comercial – Seguindo o conceito de street shopping, o Europa Mall terá 4.680 m². O centro comercial oferecerá estrutura para 27 lojas e 43 vagas de estacionamento no subsolo para os clientes.  “Pensamos em um projeto completo para atender a demanda do dia a dia dos moradores que viverão em um condomínio com lazer completo, segurança e uma rica infraestrutura de serviços nos arredores de casa”, pontua Luciano Bernardes.

Mercado de galpões logísticos de alto padrão cresce 26% entre 2019 e 2022

O mercado imobiliário de galpões logísticos de alto padrão vem demonstrando bom desempenho desde 2019, é o que indica dados apurados pela Cushman & Wakefield em seu relatório geral sobre o balanço de 2022. Seguindo a tendência que tem se confirmado nos últimos cinco anos, os números do último ano evidenciam crescimento de 26% do inventário de condomínios logísticos entre 2019 e 2022, com 24 milhões de m2 mapeados atualmente. Quando a análise é por estados, São Paulo lidera com 61%, Rio de Janeiro é responsável por 8% e Minas Gerais por 8% .

Tais resultados de 2022 podem ser explicados por dois fatores: interiorização e pré-locações. Foi mapeado, ainda, um movimento importante e crescente na distribuição de operações logísticas do e-commerce e do comércio tradicional para as regiões nordeste, sul e o norte.

A porcentagem de ativos pré-locados foi de 43% e demonstra outra característica importante do mercado mapeada em 2022: a demanda por ativos de qualidade se mantém, dentro de novas especificações técnicas, de uso e em regiões estratégicas. Esses são indicadores que fazem com que a taxa de vacância não ceda em ativos de menor qualidade técnica, o resultado deste movimento reflete na média do preço pedido, que se apresenta baixa o ano todo. Já em ativos de alto padrão, em contrapartida, foi observado a majoração de seus preços em todos os mercados, demonstrando maior resiliência.

Dados do relatório da Cushman & Wakefield mostram, ainda, o desempenho dos condomínios logísticos de alto padrão no Brasil: foram entregues 2.537.000m2 de novos empreendimentos, sendo a absorção líquida de 2.214.000. Analisando as regiões separadamente, São Paulo registrou 1.110.000 m2 de absorção líquida, seguido por Minas Gerais com 590.000m. Já o Rio de Janeiro ficou na 11ª posição com absorção líquida de 6.000 m2.

Quanto às categorias das locações, o “varejo em geral” (incluindo e-commerce) compreende a 36% e “Logística em Geral” (inclusive os operadores de e-commerce) a 24%. Outro ponto observado é a redução drástica em novos projetos industriais, que respondiam por 51% dos novos projetos no biênio de 2016 e 2017, para apenas 9% no ano de 2022.

Nota-se que as localizações premium e empreendimentos de maior qualidade tiveram efeito, também, nas brechas entre preços pedidos e praticados.

As avaliações apontam que a capital de São Paulo tem tendência de descontos e negociações perto de zero. Já nas regiões circunvizinhas, tem-se a prática de no máximo 5%, chegando ao patamar de 15% nas regiões mais distantes como Campinas e Ribeirão Preto.

Por fim, Minas Gerais tem se mostrado um estado com desenvolvimento considerável em diversas regiões, destacando-se Extrema com 879.237m2 de inventário total, Betim com 458.552m2 e Contagem com 437.546m2. Outras áreas de desenvolvimento podem ser citadas também, como as regiões de Juiz de Fora (indústrias) e de Montes Claros (SUDENE).

ABDI participa do BIM Fórum Conference Brasil 2023

Leonardo Santana, analista de Produtividade e Inovação da ABDI, no BIM Fórum Conference Brasil 2023

Nesta segunda-feira (22), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) participou do lançamento do primeiro volume da coletânea “Guias de Contratação BIM”, realizado durante o BIM Fórum Conference Brasil 2023, que acontece até dia 23 de maio, no World Trade Center, em São Paulo (SP).

“Conceitos básicos e requisitos para contratação BIM” é o primeiro volume e expõe aspectos conceituais, técnicos e operacionais relacionados às formas de contratar em BIM. A coletânea é organizada pelo BIM Fórum Brasil com a correalização da ABDI e o patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC). 

“A coletânea é uma iniciativa importante tanto para a administração pública auxiliar os agentes a elaborar, avaliar e fiscalizar contratos em BIM, quanto para os profissionais do setor, no sentido de norteá-los nos contratos firmados com o poder público”, ressalta Leonardo Santana, analista de Produtividade e Inovação da ABDI.

Mais cedo, antes do lançamento, Leonardo também participou do painel “Pesquisa de digitalização do BFB/CONFEA/CAU/ABDI: análise e consequências”. Na ocasião, ele trouxe dados importantes da pesquisa de transformação digital realizada pela ABDI em 2022 que contou com o setor de construção civil.

Sondagem de Transformação Digital foi uma pesquisa que levantou informações sobre a digitalização de diferentes setores da economia, especificamente indústria, comércio, serviço e construção civil. “Comparativamente, os dados mostram que o setor da construção é o que menos investe ou tinha intenções de investimento em transformação digital”, destacou Leonardo.

Ao serem questionadas sobre a busca de crédito para investimento em transformação digital, a maioria das empresas participantes da construção civil respondeu que não há planejamento previsto, ou há pouquíssimo recurso para este fim.

O analista da ABDI enfatiza que há programas de incentivo financeiro para trabalhar a digitalização do setor, provenientes das esferas pública e privada. E que chamou a atenção dele a baixa participação do setor em editais ou programas de incentivo, conforme aponta a pesquisa.

Leonardo conta, ainda, que nas respostas para qual a necessidade da empresa de se digitalizar, o setor da construção civil foi o que menos soube especificar quais áreas seriam indicadas, enquanto outros setores respondiam investimento em equipamento, qualificação de pessoal etc.

“São dados importantes que precisamos olhar de forma estruturada para entender por que ainda estamos para trás, se já temos vários instrumentos disponíveis para avançar. E, principalmente, como podemos ajudar a melhorar esses cenários de forma transversal”, afirmou.

Para encerrar, Leonardo pontuou que a ABDI já tem algumas iniciativas concretas para compartilhar e deu o exemplo do Jornada Digital. “É um programa desenvolvido pela Agência, no qual as empresas se autoavaliam no quesito de maturidade digital. Ao final, recebem um diagnóstico personalizado, com informações de direcionamento sobre o que precisa ser feito para atingir os objetivos que identificou como empresa. O programa é gratuito e oferece acesso a uma variedade de ferramentas e soluções tecnológicas para ajudar no processo de transformação digital. Essas e outras iniciativas são ações que deixamos à disposição para apoiar o setor e que podem ser encontradas no nosso site”, finalizou.

5 vantagens de comprar um imóvel na planta

Comprar um imóvel na planta é vantajoso tanto para quem quer investir como para compra um local para morar

Adquirir um imóvel na planta pode ser vantajoso tanto para quem pretende realizar o sonho da casa própria como para quem quer investir. A compra do imóvel que ainda não está concluído pode ser uma solução para quem prefere a tranquilidade de ir morar num imóvel novinho e, muitas vezes, traz também vantagens financeiras. “Quando lançamos um empreendimento sempre buscamos oferecer as melhores condições e o melhor custo benefício para os clientes. Em empreendimentos que ainda estão em construção, é possível oferecer vantagens ainda maiores para os nossos clientes”, afirma Felipe Silveira, Diretor Comercial da Rottas Construtora.

O preço é a primeira e principal vantagem para quem compra um imóvel na planta. Naturalmente, como o imóvel ainda está em construção, o preço é menor do que imóveis que já ficaram prontos. É o caso do Bruno Stutz, coordenador comercial, que comprou um empreendimento Rottas no lançamento.  “Quando adquiri um imóvel, optei pela compra na planta. Fiz as contas e preferi por usar uma modalidade porque a valorização que vi, vale a pena e compensa a espera pelo recebimento das chaves, explica Stutz. Essa é a principal vantagem para quem não se incomoda de esperar o empreendimento ficar pronto. Mas, outras vantagens nesse tipo de negócio também podem ser determinantes para quem pretende comprar um imóvel novo. Confira:

  • Valorização do Imóvel – Como consequência da compra do imóvel por um preço mais baixo a valorização depois de pronto pode trazer vantagens para quem compra um imóvel como uma forma de investimento. Os imóveis costumam valorizar após a conclusão entre 20% à 50%, algumas chegam a dobrar de preço.
  • Parcelas mais estáveis – O setor da construção civil já sofre um impacto positivo por causa da queda do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGC), que é a responsável pelo cálculo e divulgação do índice. O novo formato de cálculo do índice pode contribuir também para a composição dos preços dos imóveis comercializados ainda na planta. Quem ganha com essa mudança é, principalmente, o consumidor, que vai enfrentar menores oscilações nas parcelas.
  • Personalização do acabamento – Quando o imóvel é comprado na planta, o cliente tem a oportunidade de escolher o acabamento do imóvel ainda durante o andamento da obra, sem precisar fazer substituições de materiais depois. Por isso, essa é mais uma vantagem para quem compra antes da entrega.
  • Condições de pagamento – Negociar direto com a construtora é um dos grandes benefícios neste tipo de negócio. Significa menos burocracia e coloca o cliente numa posição mais vantajosa para negociar valores comparado a quem opta pela compra da propriedade após a construção.
  • Segurança – O contato direto com a construtora desde a compra até a entrega das chaves aumenta a segurança do comprador durante todo o processo. Ter uma equipe de especialistas por perto facilita a resolução de eventuais problemas e outras eventualidades que possam acontecer durante o processo.

Mesmo com mercado moderado no início de 2023, expectativas para lançamentos de empreendimentos são positivas para ambos os segmentos, aponta indicador da Deloitte com a ABRAINC

O mercado de imóveis residenciais apresentou desempenho moderado no primeiro trimestre deste ano, com demanda e vendas praticamente estáveis para ambos os segmentos: Médio e Alto Padrão (MAP) e Minha Casa Minha Vida (MCMV), é o que aponta o Indicador de Confiança do setor Imobiliário Residencial, realizado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Deloitte, organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo. Nesta edição, a pesquisa foi realizada com 49 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, entre 10 e 20 de abril.

Após dois trimestres de altas, a expectativa para lançamentos de imóveis teve um leve recuo frente ao anterior, para ambos os segmentos. Mesmo assim, as perspectivas, no geral, seguem positivas em médio prazo (90% dos executivos pretendem lançar imóveis). O relatório aponta também que houve um recuo na expectativa geral de empresas que pretendem adquirir terrenos para futuros empreendimentos de imóveis residenciais. Diferente do observado em lançamentos, a perspectiva de aquisição de terreno do segmento de MAP foi menor frente ao trimestre anterior – 78% dos executivos pretendem adquirir terrenos.

O presidente da ABRAINC, Luiz França, acredita que, apesar do comportamento de estabilidade, o setor tem potencial para ter bons resultados ao longo do ano: “Nos últimos 10 anos, o investimento em imóveis se tornou mais vantajoso que outras aplicações financeiras. Por isto, a expectativa de valorização dos imóveis deve continuar aquecendo o mercado e atraindo novos investimentos. No geral, os empresários sinalizam que o desempenho do setor neste ano deve ser similar ao dos últimos anos”, avalia.

O levantamento usa uma metodologia diferenciada para interpretar os resultados e facilitar a leitura entre os trimestres. Desse modo, os percentuais de respostas foram transformados em notas, variando de 1 (para forte redução) a 3 (para forte aumento), e cada segmento foi classificado dentro desse padrão. As respostas dos participantes da pesquisa indicaram se houve redução, manutenção ou aumento em relação ao trimestre anterior para os itens procura, vendas, e preços dos imóveis. Além da variação do trimestre apurado, os respondentes indicam as expectativas.

Indicador de confiança do setor imobiliário residencial

“O estudo nos mostra que o mercado de imóveis residenciais está moderado no momento. Apesar de o indicador de vendas de imóveis residenciais ter registrado uma leve retração, o segmento MCMV segue se aquecendo e em processo de recuperação. As expectativas para lançamentos de empreendimentos também são boas para ambos os segmentos, o que indica que o mercado imobiliário pode continuar a se desenvolver nos próximos trimestres e continuar como um forte indutor da roda econômica no país” destaca Claudia Baggio, sócia de Financial Advisory e líder da prática de Real Estate da Deloitte.

Resultados do 1º trimestre e expectativas:

Procura de imóveis (Nota 2,03 = Manutenção). Apesar de o trimestre não ter sido aquecido para o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP), houve manutenção da demanda por imóveis residenciais no 1º trimestre de 2023 em relação ao anterior, o que também foi observado para o segmento MCMV. Essa manutenção, por sua vez, indica um melhor cenário que o do período anterior, quando houve retração.

Vendas (Nota 1,98 = Manutenção). As vendas de imóveis residenciais também se mantiveram no 1º trimestre de 23 frente ao período anterior, para ambos os segmentos. O segmento de Minha Casa Minha Vida aponta para expectativas de aumento, tanto em curto prazo quanto para daqui a 12 meses. Já o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) tem expectativas de manutenção.

Expectativas para vendas (Nota 2,15 = Manutenção). Os executivos do setor imobiliário residencial esperam manutenção nas vendas para o 2º trimestre de 2023 (nota = 2,15), e aumento nos próximos 12 meses (nota = 2,23).

Preço de imóveis (Nota 2,48 = Aumento). Os preços de imóveis seguiram em alta no 1º trimestre de 23 e continuam com tendência de aumento. Existe a tendência de “forte aumento” apenas para daqui a 12 meses e em longo prazo – até o trimestre anterior, foi possível observar “forte aumento” também em curto prazo.

Expectativa para os preços dos imóveis (Nota 2,41 = Aumento)As expectativas para os preços dos imóveis residenciais seguem com aumento para o 2º trimestre do ano (2,41), com forte aumento para os próximos 12 meses (nota 2,78) e para os próximos cinco anos (nota 2,94).

Índice de preços segue em crescimento e procura por imóveis apresenta leve retomada

Esta edição da pesquisa revela que o índice de preços de imóveis residenciais continua em crescimento: no primeiro trimestre do ano foi registrado aumento de 6,3% frente ao trimestre anterior. Entretanto, o aumento nos preços, em 2023, tende a ser menor que o de 2022. O indicador do custo de construção também está menor neste início de ano frente a 2022, mas ainda segue em alta: a variação do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), no acumulado 12 meses até março, esteve em 8,04%.

O estudo aponta que o índice de procura por imóveis apresentou leve retomada e voltou aos patamares do 1º trimestre de 2022. Esse cenário foi possível devido à demanda mais aquecida do segmento de menor renda (MCMV), tendo em vista que o indicador de MAP teve leve retração em sua procura. O índice de vendas geral teve leve retração neste trimestre de 0,7%, pressionado pelo desempenho de vendas de imóveis do segmento de MAP, que registrou o menor índice de vendas da série histórica (-4,4%).  Por outro lado, o segmento MCMV se aqueceu, recuperando os patamares do 3º trimestre do ano anterior. As expectativas para os 12 meses seguintes são de alta para MCMV e de leve recuperação para MAP. O crescimento lento da economia vem impactando o mercado e afetando as condições de financiamento, que não têm sido atrativas.

Metodologia da pesquisa

O indicador de confiança do setor imobiliário residencial do 1º trimestre de 2023, realizado pela Deloitte, organização com o portfólio de serviços profissionais mais diversificado do mundo, em parceria com a ABRAINC, contou com a participação de 49 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, divididas nos seguintes segmentos: 24% Minha Casa Minha Vida (MCMV), 33% Médio e Alto Padrão (MAP) e 43% atuantes em ambos os segmentos. O levantamento, realizado entre 10 e 20 de abril de 2023, ouviu executivos de alto escalão (C-Level) das empresas participantes.