Fintech passa a ser hub de empresa de Aço e Cimento

A pandemia, de fato, acelerou o processo de buscar novas maneiras de inovar dentro das organizações, seja na área da comunicação, por meio de aplicativos de reuniões virtuais, no uso em escala de uma estrutura de home office ou em medidas para apoiar a sustentabilidade de toda a cadeia. De uma forma ou de outra, as companhias que estão se destacando nessa época, agora procuram novas ações para fazer diferente.

Com isso, muitas empresas começaram a procurar por hubs financeiros que servissem de apoio ao funcionamento de suas cadeias produtivas, como é o caso da gigante InterCement Brasil , uma das líderes na produção de cimento no País. A organização encontrou na Monkey Exchange , startup de soluções financeiras que permite que fornecedores de grandes grupos ganhem acesso a uma liquidez maior e que possuam, de forma isolada, um custo extremamente competitivo, o parceiro ideal para melhorar o relacionamento entre seus fornecedores, clientes e instituições financeiras, criando um ambiente propício para o crescimento, com uma série de vantagens para todos.

“Nos últimos cinco anos, o setor de cimento estava em um momento de baixa, sem valores reajustados, com número de obras públicas em queda. Porém, este ano, a economia voltou a crescer exponencialmente, o que faz com que a Intercement Brasil esteja em um momento espetacular, sendo um dos modelos de negócios mais promissores, tanto para a empresa de cimento, quanto para nós”, comenta o CEO da Monkey Exchange, Gustavo Muller.

Além disso, o executivo destaca que sobrevivência e sustentabilidade são questões imperativas em momentos de crise como a que vivemos. “As empresas se reinventaram, trazendo impactos muito positivos para seus negócios. Por meio da plataforma da Monkey, a antecipação de recebíveis acontece de forma 100% digital e os clientes têm total controle e podem escolher quais recebíveis querem antecipar”, explica Gustavo.

Por meio de um sistema inteligente, a fintech atua com 22 bancos e instituições financeiras e os fornecedores das empresas, que são conectadas à Monkey e recebem à vista a prestação que iriam receber a prazo, encontram uma taxa 30% menor do que um empréstimo convencional.

“A InterCement Brasil entende que com essa parceria será possível reduzir o custo financeiro e gerar irrigação com maior liquidez, não somente garantindo a sobrevivência dos fornecedores, como também, causando impacto na sustentabilidade de nossa empresa e das cadeias produtivas. A Monkey atua como instrumento de indução para democratizar o crédito e será nossa aliada para auxiliar no crescimento sustentável de toda nossa base de fornecedores e parceiros, especialmente em cenários econômicos cada vez mais desafiadores”, ressalta Lucilene Carriel, Gerente Financeira da InterCement Brasil.

Crescimento de portarias remotas abre novas vagas de emprego

Com atendimento realizado à distância, as portarias remotas têm atraído condomínios em busca de mais segurança e economia. Estima-se que a tecnologia custe cerca de 30% a 40% a menos do que uma portaria tradicional e represente uma economia de até 70% nas contas do condomínio – podendo resultar até uma diminuição no valor repassado aos moradores. Em plena expansão, as empresas de Portaria Remota enfrentam um grande desafio: a falta de mão de obra qualificada para ocupar as vagas de emprego.

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) com representantes do segmento de Portaria Remota mostrou que 62,9% das empresas estão com vagas abertas imediatamente, enquanto 28,6% pretendem abrir novos postos de trabalho ao longo de 2021.

“O ano de 2021 prevê um nível de contratação de operadores de portaria remota maior que nos últimos anos girando em torno de aumento de 20% nas contratações. Essas podem ser profissionais do mercado de atendimento ou telemarketing e do programa de qualificação de porteiros físicos para operação de portaria remota”, informa José Antonio Talarito, Diretor Operacional da Energy Portaria Remota.

Contudo, 94,3% das empresas apontam que sentem falta de mão de obra qualificada para ocupar as vagas remanescentes. Para suprir essa lacuna, 62,9% das empresas realizam projetos de capacitação internamente. Muitas dessas iniciativas são voltadas aos porteiros que são realocados em novas funções após a chegada da tecnologia. Cerca de 60% dos entrevistados já contrataram porteiros para realizar uma nova função após a implantação da Portaria Remota, 54,3% durante a pandemia.

“Temos grandes expectativas para 2021. O setor está em alta e o mercado cada vez mais maduro. É uma excelente oportunidade de novos empregos e, para isso, criamos uma plataforma de treinamentos para capacitar interessados nessa nova profissão de operador remoto e requalificar os porteiros presenciais”, explica Cassio Kienen, Diretor de Operações da Folk Portaria Remota.

O fenômeno aponta para o posicionamento que a Abese vem construindo ao longo dos anos para desmistificar a relação entre portaria remota e desemprego. Primeiro, porque muitas vezes a função do porteiro não desaparece completamente, muitos condomínios optam por uma operação híbrida – o porteiro continua atuando no período diurno e a Portaria Remota no período noturno e de madrugada quando o movimento é menor. Assim, os benefícios garantem uma economia importante, uma vez que não há adicional noturno, por exemplo.

“Esse tipo de transição se parece muito com a antiga profissão de telefonista, os profissionais acabaram sendo incorporados em outras funções. É preciso ter em mente que a tecnologia também cria muitos novos postos de trabalho como ofertas de trabalho para atividades pertinentes ao atendimento, ao monitoramento externo, instalações de sistemas, desenvolvimento de softwares, dentre outras funções”, finaliza a Presidente da Abese, Selma Migliori.

Vagas de construção civil aumentaram 37% em 2020

Houve aumento de 37% no número de vagas de construção civil até novembro de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, segundo levantamento realizado pelo Banco Nacional de Empregos (BNE). Apesar da crise econômica e sanitária causada pela pandemia de Covid-19, a compra da casa própria f oi facilitada , pois houve redução dos juros e a criação de linhas de financiamento nos bancos.

Para Marcelo de Abreu, CEO do BNE, muitas pessoas buscaram por casas na pandemia devido ao conforto. “Com o isolamento social, muitas famílias acabaram procurando por oportunidades de compras de casas devido ao conforto, maior espaço e áreas de lazer. Além disso, com o aumento de pessoas trabalhando em home office mudou a dinâmica do uso da residência para o trabalho. Esse comportamento, além das facilidades com juros baixos, interferiu diretamente no setor de construção civil, que teve maior movimentação de vagas do que em 2019”, conta.

De acordo com a pesquisa, os meses com mais vagas abertas no setor de construção de civil foram agosto, setembro, outubro e novembro de 2020 – consolidando uma retomada do setor no segundo semestre. “Esses meses marcaram a flexibilização das medidas de isolamento e o retorno das atividades econômicas, o que obviamente aqueceu ainda mais o mercado”, explica.

Mais de 324 mil imóveis foram financiados só neste ano no Brasil, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). “Além de ter tido bons resultados neste ano, o setor imobiliário e de construções deve ainda continuar em crescimento em 2021, sendo que as profissões de pedreiro e mestre de obra serão ocupações com disponibilidade de vagas”, finaliza.

Creditas adquire Bcredi para potencializar sua atuação no mercado imobiliário

A Creditas inicia o ano com o anúncio da aquisição da Bcredi, plataforma digital focada em crédito imobiliário.

Com a aquisição, a Creditas tem os objetivos de reforçar a estrutura de seu vertical imobiliário, que já é referência no Brasil, e aumentar a aposta em parcerias. Com ela, vai acelerar ainda mais e avançar na criação de um ecossistema imobiliário para democratizar o acesso ao Home Equity tanto para seus clientes quanto para empresas que querem oferecer o produto para o consumidor brasileiro.

Fundada em 2017 por Maria Teresa Fornea Caron (“Tete”), a Bcredi é reconhecida por ser uma fintech especializada nos produtos empréstimo com garantia de imóvel e financiamento imobiliário. Com foco em canais de B2B2C e com o desenvolvimento de soluções de “LaaS” (lending-as-a-service).

A Tete passa a ser a nova VP de crédito imobiliário e consolida a liderança do produto de home equity da Creditas e o negócio imobiliário da Bcredi. Juntamente com ela, a liderança da Bcredi vai ter um papel essencial no desenvolvimento da vertical imobiliária na Creditas. “Nosso propósito de descomplicar o crédito imobiliário e impactar de forma positiva a economia se potencializa ainda mais com esse novo passo junto à Creditas”, comenta Tete. 

Viviane Sales, anterior VP de Home Equity, passa a assumir a área Creditas @work, que agrupa todos os produtos de benefícios para nossas empresas parceiras: crédito consignado, antecipação de salário, cartão de benefícios e previdência privada, assim como a coordenação do canal empresas para os demais produtos da Creditas, incluindo nosso inovador e-commerce (Creditas Store).

O Banco Bari, atual sócio e cofundador, vende sua participação na empresa. O fundo de investimento brasileiro eBricks (agora Igah Ventures) vira acionista da Creditas, somando sua expertise aos demais investidores da fintech.

A marca Bcredi vai continuar operando nos próximos meses e esperamos que a integração dos times aconteça progressivamente durante 2021. A transação ainda precisa ser aprovada pelo CADE. Com a integração da Bcredi, reforçamos nossa posição como plataforma de clientes focada em três ecossistemas: imobiliário, auto e salário.

Fonte: Creditas

Wimoveis mostra perfil de busca de imóveis residenciais no Distrito Federal

De acordo com informações do portal Wimoveis, o maior portal imobiliário do Distrito Federal, em novembro de 2020 os moradores da região estavam mais interessados em comprar imóveis do que alugar. Do total de buscas do portal no mês, 58% eram de imóveis para venda e 42% para locação. Em 2019, esse número era diferente: 51% buscavam por imóveis para alugar e 49% para comprar.

O portal Wimoveis mostra ainda que, em novembro de 2020, os moradores do Distrito Federal estavam mais a procura de apartamentos (82%) do que casas (18%). As buscas eram, em sua maioria, por imóveis de três quartos (31%) e dois quartos (30%). O percentual de buscas por um quarto era 21%, por quatro quartos 16% e apenas 2% dos que entraram no site procuraram por imóveis sem quartos.

“Quando observamos os dados de Brasília, percebemos que o mercado se mantém aquecido apesar da crise. Tanto é que muitos moradores preferem comprar imóveis, até pensando que a longo prazo isso pode trazer um retorno muito positivo. Além disso, os dados do Imovelweb indicam uma valorização nos valores de venda de imóveis”, explica Leonardo Paz, CEO do Imovelweb.

Em novembro de 2020, o preço médio do metro quadrado em Brasília foi de R$ 9.885, o que representa um aumento de 3,2% em 12 meses.

Preço de venda de imóveis residenciais encerra 2020 com alta acumulada de 3,70%

Com avanço 0,47% em dezembro, Índice FipeZap mostra ligeira aceleração nos últimos meses do ano, mas se mantêm abaixo da inflação
■ Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades, registrou avanço de 0,47% em dezembro, acelerando ligeiramente ante os avanços de 0,43% (setembro) e 0,45% (em outubro). Comparativamente, a variação mensal do índice foi inferior ao comportamento esperado do IPCA/IBGE para o mês (+1,22%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil*. Uma vez confirmada a variação esperada dos preços ao consumidor, o preço médio de venda de imóveis residenciais encerrará o último mês de 2020 com queda de 0,74% em termos reais. Individualmente, à exceção de Brasília, onde os preços permaneceram praticamente estáveis no último mês (-0,03%), as demais capitais monitoradas pelo Índice FipeZap de Venda Residencial apresentaram elevação de preço, com destaque para as variações registradas em: Manaus (+2,65%), Maceió (+1,85%), Vitória (+1,66%), Fortaleza (+1,12%), Florianópolis (+1,02%), João Pessoa (+0,95%), Campo Grande (+0,87%), Goiânia (+0,84%), Porto Alegre (+0,80%), Recife (+0,59%) e Curitiba (+0,58%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, municípios com maior peso na composição do Índice FipeZap, as variações nominais registradas em dezembro de 2020 foram de +0,37% e +0,30%, respectivamente.

■ Balanço final de 2020: com o encerramento do ano, o Índice FipeZap acumulou alta nominal de 3,70%, ante variação de +4,38% esperada para o IPCA/IBGE nesse período*. Na comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e a inflação esperada, a expectativa é que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com queda real de 0,66%. À exceção de Recife, onde o preço médio de venda residencial apresentou queda de 0,38% no ano, as demais capitais monitoradas pelo Índice FipeZap registraram avanço no período, destacando-se as variações observadas em: Brasília (+9,13%), Manaus (+8,76%), Curitiba (+8,10%), Maceió (+7,90%), Vitória (+7,49%), Florianópolis (+7,02%) e Campo Grande (+5,91%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os preços médios de venda do segmento residencial encerraram o ano com altas acumuladas de 3,79% e 1,60%, respectivamente.

■ Preço médio de venda residencial: tendo como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda nas as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap de Venda Residencial, o preço médio calculado em dezembro de 2020 foi de R$ 7.487/m². Mais especificamente, as capitais monitoradas que registraram o preço de venda mais elevado no último mês foram: Rio de Janeiro (R$ 9.437/m²), São Paulo (R$ 9.329/m²) e Brasília (R$ 7.985/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por metro quadrado no último mês, destacaram-se: Campo Grande (R$ 4.376/m²), Goiânia (R$ 4.483/m²) e João Pessoa (R$ 4.515/m²).

Nota (*): Informação publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil em 04/01/22. A variação real efetiva será conhecida apenas após a divulgação do IPCA/IBGE.

O que o período pós-pandemia deve ensinar para o mercado imobiliário

Por Silvio Kozuchowicz, CEO da SKR Arquitetura Viva

Um vírus chegou com tudo no mundo e chacoalhou as estruturas de sociedades, economias, mercados e, principalmente, a vida das pessoas. Estamos escondidos, praticando isolamento social, desempenhando nossas atividades na frente do computador e sem muita certeza do impacto do que isso vai trazer para a forma de pensar, viver, escolher, interagir, decidir e consumir. Posso afirmar que existirá o AC/DC – não a conhecida banda australiana de rock and roll e nem o Antes/Depois de Cristo – mas sim o “Antes do Coronavírus/Depois do Coronavírus”, mas por enquanto estamos no meio, ainda tentando sobreviver aos efeitos devastadores desse enorme tsunami, que ainda está passando, porém, modificando cenários e nos fazendo refletir e repensar muita coisa.

O vento indomável ainda deixa tudo baseado no inesperado, mas alguns sinais já se mostram no meio disso tudo. Esse período intermediário que vivemos agora trouxe a oportunidade de experimentar um contato ainda maior com a nossa casa, descobrindo novas formas de interação com esse ambiente tão importante e que hoje nos aconchega, protege e ressignifica a nossa vida. A tecnologia, que antes distanciava, hoje aproxima.

A forma como viveremos a vida na etapa do “Depois do Corona” terá um grande impacto em vários setores, incluindo o imobiliário. A forma de arquitetar, construir e propor o viver deve passar por uma grande renovação, assim como a forma de interagir com os entornos e as cidades. Ou seja, iremos transpor cada vez mais as barreiras da imobilidade do imóvel.

Porém, eu acredito que a atemporalidade é um aspecto que ganha valor. Eu gosto muito de um artigo do estilista Giorgio Armani no qual ele faz uma reflexão sobre como serão os desfiles após a pandemia. Qual será o sentido de investir em coleções que logo perdem o seu valor. Qual é o sentido de manter a moda tão volátil? Qual é o sentido de investir em apartamentos cada vez menores que sacrificam a qualidade do morar? O barato pode sair caro.

Algumas tendências irão se tornar em movimentos que se consolidarão cada vez mais, como o coliving e a arquitetura de hospitalidade. Áreas comuns compartilhadas com estilo e funcionalidade, união de princípios como serviços, interação e a comunicação por meio da tecnologia. Isso já é realidade em alguns empreendimentos e deve se tornar ainda mais presente no período pós-pandemia.

A reflexão que o pós-Covid 19 nos deixará de lição é que a arquitetura será o principal vetor de mudança para o desenvolvimento imobiliário. Não poderemos nos ater aos modismos. Não haverá mais espaço para a criação de mercados que amanhã não terão mais a preferência das pessoas. As pessoas vão valorizar cada vez não somente a forma de habitar, mas de viver.