Três em cada quatro locadores residenciais são proprietários de um único imóvel em São Paulo, diz AABIC

Um levantamento realizado pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC) mostra que o mercado de locação residencial é formado majoritariamente por proprietários de apenas um imóvel, ou seja, que dependem do aluguel como complemento de renda ou de aposentadoria. Numa amostragem de 10.612 locadores de imóveis residenciais mapeados em São Paulo, 7.906 detêm apenas uma propriedade, o que corresponde ao percentual de 74,5% da base de clientes de empresas associadas à AABIC. 

Segundo a entidade, os locadores consultados são donos de 14.398 imóveis residenciais, o que corresponde a uma média de 1,4 imóvel por proprietário. Nesse sentido, avalia José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC, os dados demonstram que não se trata de um mercado de concentração de renda, mas, sim, de complemento. 

A pesquisa da AABIC fortalece a defesa da entidade diante das discussões que ainda estão em andamento no Congresso Nacional, sobre iniciativas que preveem a isenção total ou parcial de aluguéis para inquilinos de imóveis residenciais. O tema entrou em pauta na semana passada quando o senador Antonio Anastasiaprotocolou o Projeto de Lei n° 1179, com um capítulo exclusivo sobre a locação de imóveis residenciais, prevendo a isenção total ou parcial do pagamento dos aluguéis, com vencimento entre 20 de março e 30 de outubro, por força da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). 

A AABIC tomou posição contrária ao PL, sob o argumento de que a intervenção do poder público provocaria caos no mercado imobiliário e instabilidade na relação entre proprietários e inquilinos. Diante das diversas manifestações negativas, a proposta foi retirada do texto original antes da aprovação do PL. No entanto, o assunto permanece em pauta entre os parlamentares. “Continuamos em estado de alerta para evitar que um novo Projeto de Lei possa trazer o assunto à tona de novo. A intervenção do poder público em contratos e negociações entre partes pode criar insegurança jurídica e ser desastrosa para a credibilidade do mercado”, diz o presidente da AABIC. 

Uma das principais preocupações de Graiche Júnior, neste momento, é evitar o surgimento de iniciativas que prejudicam o equilíbrio das relações de mercado. O dirigente afirma que são compreensíveis os esforços e as medidas adotadas pelas autoridades públicas para estancar os prejuízos da sociedade diante das consequências da pandemia. No entanto, diz ele, é preciso que o País tenha cautela diante de medidas protetivas que beneficiem apenas umas das partes em negociações, provocando graves assimetrias no mercado. “O mercado é autorregulado. Com a pandemia, proprietários e inquilinos já começaram a firmar acordos, de modo que a interferência é desnecessária para garantir equilíbrio nas negociações”, observa. 

Segundo a AABIC, intervenção do poder púbico no mercado imobiliário não pode ser confundida com iniciativas do Governo Federal, como a Medida Provisória 936, do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda), criado para proteger empregos e fornecer contrapartidas aos trabalhadores. “No caso de isenção parcial ou total do aluguel, os proprietários praticamente financiariam os inquilinos, sem nenhum respaldo ou contrapartida”, diz. Para Graiche Júnior, iniciativas que intervêm na autorregulação e, consequentemente, na livre negociação vão desproteger os proprietários, sobretudo aqueles que dependem de aluguéis como complemento de renda e de aposentadoria, muitas vezes para custear seus planos de saúde, alimentação e até mesmo sua própria sobrevivência. 

Para 36% das pessoas, a compra de um novo imóvel será adiada em até 6 meses, aponta pesquisa

Um levantamento exclusivo do Grupo ZAP, responsável pelos portais imobiliários ZAP e Viva Real, sobre o mercado imobiliário e os efeitos do coronavírus no setor, revela que para 36% das pessoas, a busca por um novo imóvel para compra será adiada por até 6 meses. O levantamento feito com mais de 3500 pessoas das regiões metropolitanas de todo o Brasil. 

Os dados do relatório “A influência do Coronavírus no mercado imobiliário brasileiro” ainda mostram que para 36% dos respondentes que declararam que vão adiar a compra do novo imóvel, o prazo pode se postergar de 7 meses a 1 ano e para 28% a transação pode ser adiada por mais de 1 ano. 

O estudo também revela a expectativa dos consumidores sobre os preços, considerando os efeitos do COVID-19. Para ¼ dos consumidores, os preços de compra durante a pandemia devem permanecer os mesmos e 12% acreditam que o valor dos imóveis pode até mesmo aumentar nesse período. Contudo, para grande parte dos entrevistados, a expectativa é que os preços “diminuam um pouco” (42%) ou “diminuam muito” (22%). 

Para Deborah Seabra, economista do Grupo ZAP, o mercado de compra residencial deve sentir um pouco mais os efeitos da crise. “Pensando que a compra de um imóvel é uma das decisões mais importantes da vida de uma pessoa e será, para boa parte, o bem material mais caro dela, é natural que em um momento de incerteza como o que estamos vivendo os consumidores ponderam um pouco mais. Contudo, vale ressaltar que essa demanda reprimida vai voltar com tudo em alguns meses e é importante que as imobiliárias e os corretores estejam preparados para esse momento, com os potenciais clientes em vista para recuperar o tempo perdido”, explica. 

Entre as medidas sugeridas para que imobiliárias e corretoras pudessem adotar neste período de pandemias estão: colocar o endereço completo do imóvel para que seja possível ver a vizinhança do imóvel online (63%), disponibilizar a opção de tour 360° do imóvel (39%), transmitir visitas em imóveis via ferramentas de vídeo, para que não precise sair de casa e ter contato físico com o corretor (348%), colocar mais opções de imóveis nos portais e sites imobiliários (28%) e disponibilizar fotos profissionais do imóvel (28%). 

Proptech Vivalisto solicita à Corregedoria Geral de Justiça de São Paulo ampliação das normas cartorárias para tramitação de atos notariais com assinatura eletrônica

Com a pandemia do Coronavírus, o Governo de Estado de São Paulo e autoridades médicas estão incentivando a população a permanecer em isolamento domiciliar para evitar o aumento dos índices de contaminação e que se instaure o caos no sistema de saúde. A quarentena aconselhada precisa ser conciliada, à medida do possível, com a manutenção do ambiente de negócios. Um dos complicadores é o fato de pessoas físicas e jurídicas terem dificuldade de evitar algumas aglomerações e contato físico, como no caso dos cartórios.

Diante deste cenário, a Vivalisto Proptech, startup nacional criadora de uma plataforma com soluções inovadoras para o setor imobiliário, encaminhou um Pedido Administrativo de urgência à Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo solicitando a regulamentação emergencial da alternativa de oferecer serviços notariais e registrais com assinatura eletrônica. Este pedido, enviado aos cuidados do Desembargador Ricardo Mair Anafe, inclui a possibilidade de lavrar escrituras com assinatura eletrônica. Isto porque a Corregedoria é a responsável pela regulamentação das normas dos cartórios extrajudiciais (notas, protesto, registro de imóveis etc). O pedido foi apreciado pelo Juiz Assessor da Corregedoria Geral da Justiça Dr. José Marcelo Tossi Silva, que oficiou o Colégio Notarial do Brasil, Seção de São Paulo, para manifestação.

“Nosso pedido se baseia na Medida Provisória nº 2.200-2/2001, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), desde 2001, autorizando a implementação de medidas para a prática remota das atividades cartoriais. Ou seja, a lei existe, podendo a Corregedoria juntamente com as Entidades de Classe e o CNB(Colégio dos Notários do Brasil) regulamentar as normas e provimentos a utilizarem o formato de assinaturas eletrônicas como uma alternativa para os atos cartorários, sem prejuízo das Normas existentes, implementando o artigo 10, parágrafo 2º da MP 2.200-2/200[1] na norma. Desta forma, as pessoas poderão optar entre obter estes serviços fisicamente, estando presencialmente diante de um Tabelião, ou diante dele via online, por meio da implantação de sistemas de certificação capazes de validar a autoria de assinatura eletrônica.”, explica a advogada Dra. Aline Bueno, Diretora Jurídica da Vivalisto.

Segundo ela, se o pedido for acatado, poderá ser incluído no Provimento CG nº 08/2020, ou realizado um ato específico para a referida regulamentação, que passará a prever que as escrituras públicas poderão ser assinadas à distância, pelas partes envolvidas no negócio jurídico, respeitando as exigências já previstas nas Normas da Corregedoria, como identificação segura das partes.

“Se conseguirmos esta implementação, será um grande avanço do setor imobiliário, que há tempos está em um processo lento de modernização, sem falar na conquista para a população, que ganhará uma nova opção com eficiência, agilidade e total segurança para assinar e validar documentações e atos de seus negócios de forma 100% online. É uma medida que permite ao cidadão resolver estas questões sem a necessidade de enfrentar filas, idas a Cartórios, ou deslocamentos desnecessários dos Escreventes”, reforça a advogada.

Atualmente a Vivalisto tem como objetivo principal empacotar e se encarregar de todas as questões operacionais envolvidas em uma negociação de venda e compra ou locação de imóveis, após a condição comercial realizada entre as partes. Desta maneira, a startup libera corretores e imobiliárias para manterem o foco em seu negócio principal – o comercial e o relacionamento com os clientes. Sua plataforma de serviços possibilita a contratação simples, rápida e prática, com base em tecnologia e metodologia de trabalho ágeis e modernos.

Seus serviços incluem na locação a validação das propostas; análises cadastrais com a due diligence dos locatários; seguros e garantias; vistorias profissionais; contratos, e coordenação da entrega de chaves, entre outros. Nos contratos de compra e venda, a Vivalisto valida as propostas; realiza a due diligence das partes e do imóvel envolvido; faz os contratos, promove as assinaturas eletrônicas no instrumento particular,  e coordena toda fase dos trâmites junto aos Cartórios, sejam os notariais com as Escrituras Públicas, os registrais ou a Matrícula com a averbação da Compra e Venda.

“A regulamentação dos processos de escritura pública eletrônica permitirá a melhor solução possível dentro do cenário atual, que é a preservação da saúde das pessoas e, ao mesmo tempo, manter a economia girando através da continuidade das negociações de compra e venda de imóveis no estado de São Paulo”, finaliza Dra. Aline Bueno.

Airbnb capta US$ 1 bi em investimentos

O Airbnb, maior empresa global de compartilhamento de lares e experiências em viagens, anunciou a captação de US$ 1 bilhão em investimento dos fundos Silver Lake e Sixth Street Partners. 

De acordo com Brian Chesky, CEO e cofundador do Airbnb, os recursos vão permitir à empresa investir na comunidade de anfitriões e se manter forte à medida que as viagens se recuperem após a pandemia de coronavírus. “O desejo de explorar, conectar, ter novas experiências e um lugar confortável para chamar de lar é universal e duradouro. E nosso compromisso de criar um senso maior de pertencimento, para todos, em qualquer lugar, nunca vai mudar”, afirma. 

Fundado em meio à crise financeira de 2008, o Airbnb é uma plataforma que abre a possibilidade de renda extra para milhões de pessoas que compartilham suas casas e oferecem experiências. Os anfitriões de estadias ficam com até 97% do valor cobrado pelas acomodações, enquanto os hóspedes têm fácil acesso a uma grande variedade de lugares em mais de 220 países e regiões do mundo. 

“O Airbnb criou uma categoria enorme, sustentada pela liderança da marca e sua plataforma tecnológica, e uma comunidade baseada na confiança. Suas conquistas falam por si e estamos entusiasmados com as oportunidades no horizonte enquanto a empresa continua a aumentar sua presença geográfica, as acomodações e as Experiências”, afirmou Alan Waxman, CEO e sócio-diretor da Sixth Street Partners. 

“A plataforma revolucionária do Airbnb transformou a maneira como as pessoas viajam, proporcionando estadias e Experiências únicas em grande escala. Isso foi possível graças à liderança inspiradora de Brian, Joe e Nate e aos cuidados com a comunidade de hóspedes e anfitriões. Embora o ambiente atual seja claramente difícil para o setor de hospitalidade, o desejo de viajar e ter Experiências autênticas é permanente”, disse Egon Durban, co-CEO e sócio-diretor do Silver Lake. 

Parte dos recursos investidos pelo Silver Lake e pelo Sixth Street Partners, US$ 5 milhões, será destinada pelo Airbnb como aporte adicional ao Fundo de Ajuda ao Superhost, anfitriões mais experientes e bem avaliados da plataforma, que agora passa a totalizar US$ 15 milhões. Esse fundo faz parte de um pacote de ajuda anunciado pelo Airbnb em 30 de março, que contempla ainda outro fundo, de US$ 250 milhões, para ajudar os anfitriões a cobrir custos dos cancelamentos relacionados à pandemia contemplados na Política de Causas de Força Maior

Para 45% das pessoas, a locação de um novo imóvel será adiada por no máximo 3 meses, aponta pesquisa

Um levantamento exclusivo do Grupo ZAP, responsável pelos portais imobiliários ZAP e Viva Real, sobre o mercado imobiliário e os efeitos do coronavírus no setor, revela que para 45% das pessoas, a busca por um novo imóvel para locação será adiada em no máximo 3 meses. O levantamento foi feito com mais de 3.500 pessoas das regiões metropolitanas de todo o país. 

Os dados do relatório “A influência do Coronavírus no mercado imobiliário brasileiro” ainda mostram que,para 26% dos respondentes que vão postergar o aluguel do imóvel, o prazo será ainda maior: de 4 a 5 meses, seguido de 6 a 8 meses (17%), mais de 8 meses (12%). 

O estudo também revela a expectativa dos consumidores sobre os preços de locação, considerando os efeitos do Coronavírus no mercado imobiliário. Para 45% dos entrevistados, os preços devem “diminuir um pouco” nesse período, enquanto 19% acreditam que vão”diminuir muito”. No entanto, 22% acreditam que os preços permanecerão iguais e 15% acreditam que os preços podem até aumentar durante a pandemia. 

“O mercado de locação residencial deve sentir a crise de forma menos acentuada por ser mais dinâmico quando comparado com o de compra e venda. Isso pode ser visto na pesquisa, uma vez que quase metade dos consumidores revelam que a transação será adiada por um período de até 3 meses. Disponibilizar mais alternativas que facilitem a continuação da negociação, sejam elas fotos melhores dos imóveis ou assinatura digital de contratos, serão importantes nesse momento para fazer o mercado continuar funcionando”, explica Deborah Seabra, economista do Grupo ZAP. 

Os consumidores sugeriram ainda medidas que poderiam ser adotadas por imobiliárias e corretores neste período, visando facilitar a experiência de busca por um imóvel para locação Dentre as mais votadas estavam “colocar o endereço completo do imóvel para que seja possível ver a vizinhança do imóvel online” (57%), “transmitir visitas em imóveis via ferramentas de vídeo, para que não precise sair de casa e ter contato físico com o corretor” (40%), “disponibilizar a opção de tour 360° do imóvel” (36%), “colocar mais opções de imóveis nos portais e sites imobiliários” (28%) e “disponibilizar fotos profissionais do imóvel” (28%). 

Os Fundos Imobiliários em tempos de crise: saiba a diferença entre fundos de tijolo x fundos de papel

Em 2019, novos investidores escolheram os Fundos Imobiliários (FIIs) como opção para rentabilizar seu capital. O segmento colecionou um recorde: o volume de novas emissões foi o maior da história, com R﹩ 32,5 bilhões captados até novembro, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). De lá para cá, tivemos uma grande mudança de cenário: ninguém suspeitaria que antes do final do primeiro trimestre de 2020, estaríamos vivendo uma pandemia mundial que impactaria todos os aspectos de nossas vidas, incluindo o financeiro. 

Tal momento pede cautela – “A recomendação é moderação. Os investidores devem ficar atentos ao que está acontecendo no cenário global e local, pensar em um rebalanceamento de carteiras pode ser útil. Mas é bom enfatizar que é preciso olhar a longo prazo, ter em mente que retornos rápidos não virão tão cedo”, afirma Diego Siqueira, CEO da TG Core. Enquanto não sabemos ao certo como será o cenário econômico daqui para a frente, estudar e se preparar para investir melhor é uma das medidas adotadas pelos investidores durante essa quarentena. 

Fundos de Tijolos x Fundos de Papéis 

Se tratando dos FIIs, eles podem ser divididos em dois tipos: os chamados fundos de tijolo e os fundos de papel. “Podemos dizer que os fundos de tijolo são representados pelos imóveis físicos, que possuem CEP. Eles podem gerar renda constante a partir de aluguéis ou também da sua venda. Já fundos de papel atuam especialmente em recebíveis imobiliários: os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e os LCI (Letras de Crédito Imobiliário) são os mais conhecidos e utilizados”, explica Diego Siqueira. 

Portanto, os fundos de tijolos são os empreendimentos físicos como escritórios, shopping centers, faculdades, galpões e armazéns, enquanto os fundos de papel são investimentos em títulos financeiros ligados ao mercado imobiliário, que geram lucro a partir dos juros e dividendos pagos por esses título, ou mesmo da venda deles. 

“Para quem deseja começar a investir oudiversificarambos os fundos são boas opções, ainda que não enxerguemos um cenário positivo agora, os FIIs já mostraram sua capacidade de rendimento ao superar o Ibovespa no ano passado, quando o balanço da B3mostrou o índice IFIX no topo, com retorno de 35,98% e o Ibovespa, em segundo lugar, com 31,58%” comenta o CEO da TGCore.Portanto, ainda que o risco tenha se intensificado nos últimos dias, afetando o desempenho dos mercados ao redor do mundo,ainda existem bons fundamentos para os ativos imobiliários no Brasil. 

Projeto transforma planta de apartamento antigo em uma proposta moderna

Arquiteto Fábio Frutuoso integra ambientes e faz uso das cores para trazer nova vida ao decor!


Fotos: @leila.viegas

Os apartamentos dos anos 50 eram entregues com quarto e banheiro de empregada, sem lavabo e com os espaços da área social eram divididos (setorizados). Os dormitórios dividiam um único banheiro, mas tinham área generosa – o que já não se vê nos apartamentos recém-construídos. Neste projeto do arquiteto Fábio Frutuoso, após uma reforma em duas etapas, o que se vê é uma área social integrada, numa proposta contemporânea que deu novo uso aos espaços que hoje já não fazem sentido (como a área de serviço) e com nova funcionalidade. 

Segundo Fábio, o cliente já vivia no apartamento há algum tempo e convivia com uma cozinha apertada e sem janela. O quarto e banheiro de empregada serviam de depósito. A ausência de um lavabo e a cozinha segregada eram as suas maiores queixas. “Por outro lado, ele adora cozinhar e receber os amigos. Por isso, o desenho da cozinha foi o ponto inicial do projeto”, conta o arquiteto. 

A pia da cozinha foi voltada para a parede, ao lado da geladeira e do fogão. Foi possível, então, criar uma ilha para ampliar a bancada de trabalho e a área de armários. A mesa de jantar, feita sob medida, é solta e se encosta-se à ilha, criando um bloco central que integrou o antigo corredor de acesso aos quartos como área útil para as cadeiras da sala de jantar. 

Fotos: @leila.viegas

As prumadas de água e esgoto que atendiam a pia original (onde fica a atual ilha) ficaram aparentes e receberam pintura para dialogar com o resto do ambiente. Sob o tampo da ilha as tomadas foram escondidas e estão em uma posição muito útil para ligar desde uma batedeira a um notebook. 

Fotos: @leila.viegas

A lavanderia foi eliminada como ambiente e integrada à cozinha, sob uma bancada de granito que acomoda o filtro e a cafeteira. Ao lado, um gaveteiro estreito acomoda sabão líquido e amaciante. “Do outro lado, junto à janela, criamos uma cuba auxiliar, que pode atender tanto a lavanderia como a cozinha. Sob essa bancada, temos duas portas vai e vem, que abrigam a caixa de areia dos gatos”, detalha Fábio. 

A cozinha da casa em que o cliente cresceu era laranja com azulejos estampados em azul e ele gostaria de fazer uma referência a essa memória deste ambiente em que aprendeu a gostar de cozinhar em seu apartamento. “Utilizamos o azulejo no painel da bancada dos eletrodomésticos e criamos uma composição de laranja e azul nos armários”, explica. 

Fotos: @leila.viegas

Nichos acomodam os eletrodomésticos e panelas que são utilizadas pontualmente. A coifa fica integrada ao projeto do armário, passando quase despercebida. A parte superior do armário alto não toca a laje justamente para que os gatos possam acessar essa área elevada. 

Fotos: @leila.viegas

O quarto de empregada foi reduzido para se tornar uma despensa. O banheiro de serviço foi reformado e virou um lavabo. Uma nova porta foi instalada no corredor oferece privacidade aos dois dormitórios remanescentes e banheiro, utilizados como uma grande suíte, estimulando o uso do lavabo pelos amigos e visitantes. 

O lavabo recebeu um papel de parede com um desenho art deco, que dialoga com a arquitetura do próprio edifício dos anos 50. A cuba esculpida em granito preto ganha interesse pela textura natural em seu exterior. O vaso e o cabideiro de cerâmica preta reforçam a referência retrô. 

Os móveis já existentes receberam tecidos azuis e laranjas, para dialogar com a cozinha, integrando essa área social como ambiente único que é. Tapetes e portas cinza grafite criam um contraponto às cores vibrantes e a madeira equilibra o conjunto dando um tom de aconchego. Peças de mobiliário novo convivem com peças garimpadas ou peças herdadas da família. A vegetação, que aparece também em vasos e jardineiras antigas, completa a sensação de acolhimento e de casa afetiva desse apartamento. 

Fotos: @leila.viegas

Os quadros são fotos, gravuras, pôsteres e postais coletados pelo cliente ao longo dos anos e que foram distribuídos pelas paredes em composições que interagissem com o restante da composição do espaço. 

Fotos: @leila.viegasFotos: @leila.viegas
A sala de estar recebeu uma meia parede, que se tornou um fundo para acomodar o sofá laranja e que esconde uma grande escrivaninha atrás e pode acomodar uma situação de home office. 

A estante antiga abriga as taças enquanto duas estantes projetadas especialmente para esse apartamento acomodam todo os livros do casal. 

Atrás da porta do lavabo, há um armário que armazena os produtos de limpeza, vassouras e escadas, de forma discreta. No fim do corredor de serviço, próximo ao acesso do lavabo, um armário alto sem puxador esconde o aquecedor a gás e os cestos de lixo. 

IT’S Informov oferece solução completa para operação de imóveis para locação

Os hábitos de consumo estão mudando. A tendência que vem sendo fortalecida pelos Millenials e pela Geração Z é a compra de serviços e experiências, ao invés de produtos. Isso significa que as pessoas tendem a se importar menos com a posse e mais com a possibilidade de utilizar algo. Isso se reflete, por exemplo, na contratação de aplicativos de transporte, no lugar da compra de automóveis. Mas não é só isso. 

A forma de morar também está, aos poucos, mudando. Muitas incorporadoras estão investindo na construção e reforma de edifícios para aluguel, ao invés de venda. Os interessados, normalmente jovens solteiros, pagampara ir morar em apartamentos de um dormitório, bem decorados, modernos, em condomínios com uma enorme quantidade de serviços e conveniências. Normalmente, estes imóveis estão localizados em regiões das cidades que misturam endereços residenciais e comerciais. O locatário não precisa se preocupar com a parte burocrática do processo. Existe inclusive, a possibilidade de trocar de endereço, bastando negociar com a incorporadora a mudança para outro imóvel, do mesmo tipo, em outra localização. 

Pensando neste mercado, a IT’S Informov – escritório de arquitetura, engenharia e design – vem fortalecendo a operação que proporciona uma solução ágil e com custos extremamente competitivos para este segmento, indototalmente ao encontro dos objetivos de grandes players do setor, como como Loft, Vitacon, entre outros. A empresa cuida dos projetos destes apartamentos novos ou reformados, montando a parte interna deles, incluindo piso, forro, iluminação, móveis e eletrodomésticos. 

Daniel Iannicelli, diretor comercial da It’s Informov, explica que os clientes querem agilidade e qualidade na implantação, ao mesmo tempo em que desejam um custo competitivo, proporcionando um aumento darentabilidade na operação de locação. “Além de nossa equipe própria de implantação, possuímos grande poder de negociação pelo fato de sermos distribuidores de todos os tipos de produto. Recentemente entregamos aproximadamente 100 apartamentos em apenas 30 dias”, conta. 

Iannicelli reforça que além da otimização dos custos de implantação, o processo deixa de ser complexo quando se contrata uma empresa experiente para coordenar tudo: “Durante nossos 28 anos de experiência em turnkey, controlamos todo o processo, desde a concepção do projeto, compra de todos os produtos, gerenciamento da obra e dos fornecedores, enfim, de todos os serviços para uma implantação completa. Entregamos o apartamento completo para locação. Durante o processo, nossos clientes têm apenas um único ponto de contato, ou seja, é uma única empresa que cuida de todo o processo de implantação para eles”. 

Cooperação entre administradoras, síndicos e funcionários ajuda condomínios a atravessar pandemia

Por José Roberto Graiche Júnior,
Presidente da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo

O engajamento de administradoras, síndicos e funcionários neste período de combate ao novo coronavírus(covid-19) tem sido uma das maiores provas de eficiência do setor. Com as mudanças de hábitos e rotinas por conta das recomendações dos órgãos de saúde oficiais para o isolamento social, cada um de nós está sendo testado na sua capacidade de adaptação, de comunicação e entrega, para manter as operações funcionando, os negócios minimamente sustentáveis, além da tranquilidade e segurança de condôminos e moradores em tempos tão difíceis. 

Desde o início de março, as administradoras começaram a intensificar os canais de comunicação com seus síndicos, conselhos consultivos e moradores. As primeiras circulares, com orientações de prevenção e avisos sobre os sintomas da doença, logo evoluíram para mudanças práticas na rotina, com intensificação da limpeza em áreas comuns, controle de portarias, adiamento de assembleias, criação de regras para uso de elevadores e de protocolos no caso de pessoas que contraíssem a doença. 

Com os desdobramentos do combate à pandemia e a necessidade de adaptação ao isolamento, as empresas administradoras também se ajustaram para diminuir o trabalho presencial, aumentar o efetivo do pessoal emregime home office e fazer a intercalação de turnos dos profissionais nos departamentos. Simultaneamente e em tempo integral, não mediram esforços para o aconselhamento de síndicos e aplicação de planos de trabalho e contingência na operação dos empreendimentos. 

Isso só foi possível com a experiência das administradoras em crises passadas e, sobretudo, o investimento contínuo em modernização, o que nos permitiu constituir uma estrutura tecnológica robusta à disposição do cliente na era digital. Para todos nós que vivemos a rotina dos empreendimentos imobiliários, foi surpreendente ver a mobilização condominial e todo o potencial do aparato em mobilidade, segurança, comunicação e transparência.

Apesar de todos os desafios que o isolamento social impõe à população, a nossa estrutura mais modernapropiciou aos moradores explorar recursos dos aplicativos mobile, descobrir que é possível interagir com toda sua comunidade condominial, buscar documentos, emitir boletos, solicitar providências e ainda conferir a prestação de contas sem precisar sair de casa. As soluções remotas também foram cruciais para a comunicação direta, a troca rápida de informações e disponibilização de dados para os condôminos e moradores.

Para que a tecnologia faça ainda mais sentido na prática, administradoras trabalham na cooperação dos seussíndicos e gestores dos empreendimentos. Neste momento, é fundamental alertá-los sobre a necessidade de manter os procedimentos de prevenção junto aos condôminos e, não menos importante, para ajudar as empresas no cumprimento das obrigações trabalhistas, contábeis e fiscais. Cabe atenção, principalmente, no prazo de envio de folhas de ponto, mesmo que eletrônicas, além do envio rápido dos pagamentos a vencer, seja por malote eletrônico ou físico.

Para um segmento como o nosso, que já atravessou outras crises e que mostra capacidade de se adaptar e inovar diante dessa nova dinâmica no mundo, o atual cenário revela o quanto é preciso estar preparado para novos desafios. Ainda, destacamos o quanto as administradoras são responsáveis e empenhadas pelo bem-estar dos moradores e do ambiente condominial. A força e a cooperação de administradoras, síndicos, funcionários e condôminos são motivos de orgulho e merecedoras de reconhecimento. Unida, a comunidade condominial mostrará que somos fortes para superar – e vamos – essa crise. 

APSA firma parceria com startup e disponibiliza exercícios gratuitos para serem feitos em casa

Estar saudável é fundamental para enfrentar esse momento de isolamento social causado pela pandemia docoronavírus. Pensando no viver bem dos seus clientes, a APSA, uma das maiores empresas em gestão condominial e negócios imobiliários do Brasil, fechou parceria com a startup Fit Anywhere e está disponibilizando treinos gratuitos para serem feitos em casa através de um aplicativo. A estimativa é que cerca de 350 mil pessoas de 8 estados que vivem em edifício e imóveis administrados pela APSA sejam beneficiadas pela iniciativa. 

“O viver bem em espaços urbanos sempre foi uma questão fundamental para a APSA. Por isso, temos tomado várias medidas para oferecer mais conforto aos nossos clientes neste momento tão difícil, por isso oferecemos agora este serviço de forma gratuita todos os nossos núcleos de clientes, condôminos, proprietários e locatários de imóveis, bem como aos nossos colaboradores, pois são eles nossos principais patrimônios. Se eles estiverem saudáveis, enfrentarão esse momento com mais disposição e terão também mais facilidade para voltar à normalidade quando a quarentena acabar”, afirma Giovani Oliveira, gerente geral de imóveis da APSA. 

O aplicativo, disponível nos sistemas iOS e Android, oferece cinco modalidades de treino, cada uma com seis a dez exercícios que se ajustam ao condicionamento físico e às necessidades de cada usuário. Todo o material é acompanhado por vídeos com orientações sobre a maneira correta de realizar os movimentos e a indicação sobre o número de repetições que devem ser feitas. O objetivo é que a atividade seja praticada dentro dos apartamentos, sem a necessidade de equipamentos específicos. Basta adaptar objetos que já fazem parte do dia a dia de uma casa. 

“Os médicos advertem que manter o exercício físico aumenta a imunidade e ajuda na proteção contra o vírus, além dos demais benefícios usuais”, alerta Giovani. 

De acordo com Pedro Kauffman, CEO e fundador do Fit Anywhere, até o final desta semana mais três modalidades de treinos devem estar disponíveis para os condôminos da APSA. Para aumentar ainda mais a oferta de serviços voltados para a saúde e o viver bem, a startup também vai ceder, gratuitamente, receitas culinárias fit e low carb, além de treinos, brincadeiras e jogos para crianças. 

“O Pedro foi de grande sensibilidade social ao entrar junto conosco nesta parceria, a união de esforços neste momento é fundamental”, reforça Giovani Oliveira.