Tecnisa estuda cinco lançamentos na capital paulista para 2023 com VGV na ordem de R$ 1 bi

Fernando Perez, presidente da Tecnisa

A Tecnisa, uma das maiores incorporadoras de empreendimentos residenciais do Brasil, que trabalha de forma integrada com construção e vendas, estuda cinco lançamentos para 2023. Localizados na cidade de São Paulo (SP), três empreendimentos poderão ser desenvolvidos no Jardim das Perdizes, um na Vila Mariana e outro na Chácara Flora. A empresa não tem guidance de lançamentos, entretanto, conta com estrutura para lançamentos com Valor Geral de Vendas da ordem de R$ 1 bilhão anualmente.

Em 2022, os empreendimentos lançados pela Tecnisa, todos também na capital paulista, totalizaram um Valor Geral de Vendas de R$ 993,4 milhões, incluindo o Astral Saúde (VGV de R$ 107,4 milhões), Bosque Pitangueiras (R$ 218 milhões) e Reserva Figueiras (R$ 288 milhões). Os dois últimos marcaram a retomada do Jardim das Perdizes, um bairro totalmente planejado pela incorporadora.

O quarto e último lançamento de 2022 foi anunciado pela companhia em dezembro. Situado no cruzamento da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, nos Jardins, um dos bairros mais nobres de São Paulo, o Kalea Jardins alcançou VGV de R$ 380 milhões.

“Hoje, a Tecnisa vive um contínuo processo de renovação e de recuperação. Os quatro lançamentos de 2022, os cinco em estudo para este ano, além de uma reformulação dos processos, da redução de custos e, especialmente,depois da adoção deuma nova estratégia comercial, nos trouxeram e continuarão trazendo melhores resultados a cada trimestre. Isso nos dá motivação para intensificar o trabalho que vem sendo feito, tanto para continuar com a retomada da lucratividade quanto para reafirmar nosso compromisso em gerar valor aos acionistas”, ressalta Fernando Perez, presidente da Tecnisa.

Lucratividade após hiato de seis anos

Dados do balanço do terceiro trimestre de 2022 (3T22) da Tecnisa, divulgado pela empresa em novembro, mostraram que a construtora voltou à lucratividade após um hiato de seis anos. Durante o período, a companhia alcançou a marca de R$ 72 milhões em receita líquida, um aumento de 184% em relação ao mesmo período de 2021. Isso contribuiu para que o lucro bruto também tivesse um incremento de 453%, fechando o trimestre em R$ 10 milhões.

A empresa atingiu lucro líquido de R$ 2 milhões, número que representa uma evolução de 104% comparado ao prejuízo reportado no terceiro trimestre de 2021 (3T21). Já as vendas líquidas no 3T22 avançaram 41% em relação ao 3T21, alcançando o valor de R$ 112 milhões, parte Tecnisa.

Vendas Brutas

O balanço do terceiro trimestre de 2022 também mostrou um aumento de 30% nas vendas brutas em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 119 milhões, parte Tecnisa. No acumulado do ano, as vendas totalizaram R$ 285 milhões, crescimento de 47% em relação ao período de janeiro a setembro de 2021 (9M21).

A velocidade de vendas brutas, medida pelo indicador Venda Sobre Oferta (VSO), atingiu 12,7% no 3T22, superando em 1,2 p.p. o atingido no 3T21 e em 1,8 p.p. o 2T22.

“Conforme se observa, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, que tem impactado o setor imobiliário com as altas taxas de juros, a Tecnisa segue incrementando sua performance de vendas”, afirma Perez.
 

Redução nas Despesas Gerais e Administrativas

As Despesas Gerais e Administrativas da Tecnisa fecharam o 3T22 em R$ 13 milhões, redução de 25% em relação ao 3T21 e redução de 10% em relação ao 2T22. A redução nas despesas administrativas foi resultado dos esforços da gestão ao otimizar processos internos, revisão de contratos com fornecedores e controle de despesas, uma vez que a meta da empresa era alcançar o breakeven em 2022.

“No terceiro trimestre de 2022, comemoramos com satisfação os 45 anos da Tecnisa. Desde sua fundação, a companhia sempre esteve à frente com inovações que marcaram a construção civil brasileira, empregando tecnologia, alta qualidade nas suas entregas e contínuo foco em atender as necessidades dos clientes. Ao longo de sua história, a Tecnisa realizou o lançamento de mais de 7,2 milhões de m² e entregou mais de 45 mil unidades, concretizando o sonho de muitas famílias”, finaliza Fernando Perez.

O balanço referente ao quarto trimestre de 2022 da Tecnisa será divulgado oficialmente pela empresa em março de 2023.

Cinco tendências na gestão condominial para ficar de olho

Por Ingrid Zenatti, country manager do TownSq no Brasil

O mercado de condomínios avançou muito nos últimos anos. A tecnologia já está presente na maioria dos condomínios e uma nova geração de condôminos foi incluída nas comunidades. Para 2023, eu prevejo a continuidade dessas tendências e algumas questões se tornando centrais no trabalho de síndicos e síndicas. Selecionei cinco dessas tendências e as compartilho a seguir:
 

A segurança das informações do condomínio nunca foi tão importante


Segundo informações da Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA), o Brasil é o país da América do Sul que mais sofre com roubo de dados. Ao todo, mais de 2.800 organizações tiveram os seus dados roubados por grupos de ransomware entre 2019 e 2022. Ransomware é quando os dados são sequestrados e um resgate é cobrado da vítima.

Outra preocupação dos síndicos com dados diz respeito à LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados. Segundo a lei, o condomínio se torna responsável pela segurança dos dados coletados dos condôminos. Eu costumo perguntar para síndicos quais são as iniciativas adotadas para garantir a segurança dos dados no condomínio. É comum ouvir que os dados estão seguros na nuvem.

A nuvem é, de fato, uma estratégia inteligente para armazenamento de dados, mas precisamos ter cuidado com segurança, mesmo quando se trata de nuvem. Porque cada nuvem apresenta um nível de segurança. Portanto, é importante que os condomínios procurem uma empresa que garanta a segurança dos dados. A AWS da Amazon, por exemplo, é um dos serviços de armazenamento de dados mais seguros do mundo. Mesmo servidor de empresas brasileiras, como a Natura, e gigantes mundiais, como a Netflix. A minha aposta, neste sentido, é que mais condomínios vão perceber em 2023 a importância de armazenar os dados com segurança e vão investir mais em soluções que oferecem essa proteção.


Moradores querem pagar menos na taxa condominial e o síndico precisará encontrar alternativas de economia
 

O Banco Mundial já alertou sobre a possibilidade de uma recessão econômica mundial neste ano. Notícia ruim para o síndico que já estava planejando um aumento na taxa condominial por causa da inflação acumulada nos últimos meses. Quem trabalha em condomínios sabe que os condôminos não querem pagar mais pela taxa condominial, mesmo que seja um ajuste inflacionário. Isso coloca o síndico em uma situação delicada. Ele, muitas vezes, não tem escolha e precisa aumentar o valor da cobrança ou emitir uma taxa extra.

Eu recomendo não decidir por um aumento antes de avaliar se o condomínio pode promover economia e aumentar a arrecadação de outras maneiras. São tarefas difíceis, porém possíveis se houver uma boa gestão. Quando se trata de economia, existem algumas opções que permitem reduzir os gastos do condomínio a partir da tecnologia. Energia solar, por exemplo, é um investimento que o condomínio pode fazer para diminuir o valor da conta de luz.

O síndico Leandro Garcia, de Porto Alegre/RS, é um exemplo disso. O condomínio que ele gerencia foi responsável pela economia de mais de 100 mil reais em um ano, após a adoção de energia solar para as áreas comuns. Existem também algumas soluções de minimercado para condomínios, que podem não cobrar nada da comunidade e retornam para o condomínio uma porcentagem das vendas. A comunidade pode economizar também adotando tecnologia na gestão do condomínio, para realizar tarefas de administração e comunicação.

Há aplicativos com recursos que permitem o contato entre síndico e moradores e entre o síndico e os colaboradores do condomínio. Um mesmo aplicativo pode ser usado também para reservar áreas de lazer, aumentar a segurança da comunidade, controlar a entrada e saída de visitantes e gerar relatórios administrativos.

Todas essas facilidades centralizadas em uma tecnologia geram economia de tempo e, consequentemente, de recursos do condomínio. Tornam a gestão mais eficiente e melhoram a experiência dos moradores em comunidade.


A transparência na gestão cada vez mais valorizada pelos condôminos


A transparência vem sendo valorizada em diferentes aspectos da vida contemporânea. A nova geração de condôminos foi criada em um ambiente mais transparente que a geração anterior, e isso tem impacto na gestão condominial. A tecnologia nos acostumou a ter acesso a todo tipo de informação sem muito esforço. E condôminos esperam essa facilidade também na gestão que impacta os seus lares. E essa exigência por transparência diz respeito à gestão condominial como um todo, inclusive o serviço de administração contratado pela gestão.

Um exemplo comum de falta de transparência nesse sentido são as chamadas conta pool: contas bancárias coletivas que reúnem o dinheiro de diversos condomínios, sem distinção. Essa é uma prática muitas vezes perigosa porque pode prejudicar o controle do dinheiro do condomínio. O síndico normalmente encontra dificuldade para saber qual é a situação financeira do condomínio em tempo real: acesso aos extratos bancários, prestação de contas, relatórios. Ele passa a depender de terceiros para promover essas tarefas. E os condôminos não conseguirão acessar as informações financeiras do condomínio quando o próprio síndico encontra dificuldades.

A boa notícia é que o mercado já oferece soluções que maximizam a transparência na gestão condominial. Transparência de ambos os lados: do serviço de administração com o síndico e do síndico com os condôminos. Incluindo soluções que funcionam muitas vezes como banco, permitindo acesso em tempo real às informações financeiras do condomínio.


Síndicos cansados de complicação na prestação de contas
 

Não faz muito tempo que precisávamos sair de casa, comprar um cartão telefônico, procurar um orelhão na rua e, somente depois disso, conseguir ligar para uma pessoa e nos comunicar. Ainda correndo o risco da outra não atender e perdermos tempo, dinheiro e os créditos do cartão. Com o fácil acesso à tecnologia, agora basta enviar uma mensagem ou fazer uma chamada de vídeo e pronto: a comunicação se estabelece.

Por outro lado, quando se trata dos condomínios, parece que certas atividades ficaram paradas no século passado. A prestação de contas é um exemplo nesse sentido. Em muitos casos, o síndico precisa solicitar as informações para a administradora, aguardar dias para que os documentos sejam entregues em uma pasta, conferir e certificar-se que estão corretos, pois caso não estejam, devem voltar para a administradora. E somente depois dessa longa espera é que, finalmente, o síndico pode organizar as informações e apresentar a prestação de contas.

Então, fica o questionamento: se a tecnologia permitiu facilitar tantos serviços, por que a prestação de contas continua sendo tão burocrática? Mais síndicos estão fazendo essa pergunta e estão buscando soluções de administração condominial que permitam uma prestação de contas mais eficiente. As administradoras digitais tornaram o trabalho de todos os síndicos mais eficiente, possibilitando com que a prestação de contas possa ser feita em poucos segundos. O extrato das contas bancárias do condomínio já está digitalizado, então basta cruzar as informações das contas com o planejamento financeiro aprovado em assembleia e, em dois cliques, obter o relatório de prestação de contas completo na plataforma. O futuro da gestão condominial é automatizar tarefas burocráticas e garantir mais tempo para tarefas mais importantes da gestão, como a transparência, a economia e a segurança.


Recursos para redução da inadimplência


Em 2022, o número de inadimplentes bateu o recorde no Brasil com mais de 70% das famílias endividadas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Algumas dessas dívidas são relacionadas à taxa condominial e, por isso, alguns síndicos acabam desistindo de tentar resolver o problema.

No entanto, tenho exemplos que comprovam que é possível diminuir a inadimplência usando recursos tecnológicos. O síndico Mirtes Ribeiro Jr., de São Paulo, reduziu a inadimplência no seu condomínio em cerca de 70% em 2022 e conseguiu investir R$ 60 mil reais no condomínio, em sete meses e sem cobrar taxa extra dos moradores. Segundo ele, a antecipação da data de envio do boleto dentro do aplicativo foi um fator importante para esse número, além de adotar outras soluções simples. Uma delas é ter uma administração financeira que não seja burocrática. Por isso, é importante que o síndico trabalhe com uma solução de gestão financeira eficiente e transparente.

Por meio da tecnologia, os dados de inadimplência estão sempre atualizados e disponíveis para o síndico, permitindo navegar pela situação e avaliar o resultado das iniciativas. Além disso, voltamos para o ponto da transparência, pois os condôminos querem ver o trabalho do síndico em prol da diminuição da inadimplência. Então, é possível extrair relatórios e prestar contas aos moradores mais facilmente.

Confiança dos empresários do setor imobiliário fecha 2022 com estabilidade, aponta indicador da Deloitte com ABRAINC

A confiança dos empresários do setor imobiliário fechou com estabilidade o ano de 2022 e os executivos estimam que as vendas na incorporação imobiliária tenham uma alta nos próximos 12 meses e, nos três primeiros meses de 2023, mantenham-se no mesmo nível do último trimestre de 2022, é o que aponta o Indicador de Confiança do setor Imobiliário Residencial, realizado pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo.

A nova edição da pesquisa, realizada com 51 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial entre 10 e 23 de janeiro revela, ainda, que os preços de imóveis residenciais continuam em crescimento: no último trimestre de 2022, a valorização foi de 8,1% ante o período anterior. Entretanto, o trimestre também apresentou um arrefecimento na alta dos custos de construção, devido a variação do INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) que caiu para 9,4% em dezembro de 2022. O valor dos insumos vem contribuindo para esse movimento e o custo de mão de obra passou a crescer mais do que o dos materiais, invertendo o comportamento registrado nos últimos anos. As expectativas de aumento nos preços para o segmento Médio e Alto Padrão (MAP) apontam para uma taxa de crescimento menor que a de preços para o Minha Casa Minha Vida (MCMV) ao longo dos próximos 12 meses.

O índice de procura de imóveis se manteve em alta para o segmento MCMV no último trimestre de 2022, enquanto MAP teve demanda retraída neste mesmo período. No geral, o indicador voltou a cair depois da leve recuperação registrada no terceiro trimestre de 2022.

Após o bom crescimento no terceiro trimestre, o índice de vendas geral registrou retração neste trimestre de -5,3%, voltando aos patamares do final de 2021. Este indicador tem sido pressionado pelo desempenho de vendas de imóveis do segmento de MAP, que teve seu menor registro da série histórica no 4º trimestre de 2022. Já o desempenho do mercado de imóveis residenciais registrou um leve recuo no quarto trimestre do ano passado, em comparação com o trimestre anterior, pressionado sobretudo pelo médio e alto padrão, que teve uma ligeira baixa na procura e vendas de imóveis. O contexto doméstico, de juros elevados, também se mostra como um cenário desafiador para 2023. Nesse sentido, houve leve redução na expectativa geral de empresas que pretendem adquirir terrenos para futuros empreendimentos de imóveis residenciais. Mesmo com um cenário mais otimista no segmento de menor renda, o cenário geral é resultado da pressão em MAP.

Por outro lado, a expectativa de lançamentos de imóveis está otimista, no âmbito geral para os próximos 3 a 12 meses. O estudo aponta também que, a expectativa para lançamentos se encontra em bons patamares neste trimestre frente ao anterior, tanto para o segmento MCMV quanto para o MAP, de 93% no 3º trimestre para 96%. Além disso, houve uma leve redução na expectativa de empresas que pretendem adquirir terrenos para futuros empreendimentos de imóveis residenciais. Mesmo com um cenário mais otimista no segmento de menor renda (alta de 6 pontos percentuais no MCMV), o cenário geral é resultado da pressão em MAP, que registrou queda de 7 pontos percentuais na comparação.

“As mudanças implantadas no Casa Verde e Amarela ao longo de 2022, aliada a grande capacidade de empréstimo da Caixa na área de habitação, com a elevação do prazo máximo de financiamento de 30 para 35 anos, foram fundamentais para ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda. Com as novas medidas do governo anunciadas em fevereiro para o Minha Casa Minha Vida, acreditamos que o setor deve continuar com um bom desempenho neste ano, gerando empregos e contribuindo para que muitos brasileiros possam realizar o sonho da casa própria. O retorno do programa tem um papel fundamental neste cenário, pois amplia o acesso das famílias mais carentes à moradia, contribuindo no combate ao déficit habitacional e na inclusão social para a população de menor renda”, analisa o presidente da ABRAINC, Luiz França.

O levantamento usa uma metodologia diferenciada para interpretar os resultados e facilitar a leitura entre os trimestres. Desse modo, os percentuais de respostas foram transformados em notas variando de 1 (para forte redução) a 3 (para forte aumento) e cada segmento foi classificado dentro desse padrão. As respostas dos participantes da pesquisa indicaram se houve redução, manutenção ou aumento em relação ao trimestre anterior para os itens procura, vendas, e preços dos imóveis. Além da variação do trimestre apurado, os respondentes indicam as expectativas.

Indicador de confiança do setor imobiliário residencial

O mercado imobiliário segue sendo um forte indutor da roda econômica no país, entretanto, o desempenho do setor tem sido afetado frente às incertezas econômicas. Apesar de o indicador de vendas de imóveis residenciais não ter sofrido grandes variações, sustentado pelo índice de procura e aquisição no segmento MCMV, a procura e as vendas de imóveis de forma geral desaceleraram neste trimestre, indicando que as condições de financiamento atuais, aliada a tendência de alta nos preços podem impactar decisões de compra nos curto e médio prazos”, destaca Claudia Baggio, sócia de Financial Advisory e líder da prática de Real Estate da Deloitte.

Resultados do 4º trimestre e expectativas:

Procura de imóveis (Nota 1,78 = Redução). Houve redução da demanda por imóveis residenciais no 4º tri/2022 em relação ao anterior. O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) vem pressionando os indicadores, de modo geral. Por outro lado, o mercado sentiu uma manutenção na procura por imóveis do segmento Minha Casa Minha Vida no final do ano passado.

Vendas (Nota 1,84 = Manutenção). Apesar da queda na procura, em geral, houve manutenção nas vendas de imóveis residenciais no 4º tri/22, sustentadas por MCMV, já que MAP registrou redução. As expectativas apontam que o MAP pode ter manutenção nas vendas ao longo do ano, enquanto o segmento MCMV pode se aquecer nos próximos trimestres.

Expectativas para vendas (Nota 2,02 = Manutenção). Os executivos do setor imobiliário residencial esperam manutenção nas vendas para o 1º trimestre de 2023 (nota = 2,02), e aumento nos próximos 12 meses (nota = 2,28).

Preço de imóveis (Nota 2,57 = Aumento). Mesmo com um cenário de demanda e vendas menos otimistas, sobretudo em MAP, os preços de imóveis continuam com tendência de aumento para os próximos trimestres e, também, em longo prazo.

Expectativa para os preços dos imóveis (Nota 2,49 = Aumento). As expectativas para os preços dos imóveis residenciais seguem com aumento para o 1º trimestre do ano (2,49), com forte aumento para os próximos 12 meses (nota 2,82) e para os próximos cinco anos (nota 2,97).

Metodologia da pesquisa

O indicador de confiança do setor imobiliário residencial do 4º trimestre de 2022, realizado pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo, em parceria com a ABRAINC, contou com a participação de 51 empresas construtoras e incorporadoras do setor imobiliário residencial, divididas nos seguintes segmentos: 28% Minha Casa Minha Vida (MCMV), 35% Médio e Alto Padrão (MAP) e 37% atuantes em ambos os segmentos. O levantamento, realizado entre 10 e 23 de janeiro de 2023 ouviu executivos de alto escalão (C-Level) das empresas participantes.

INCC-M varia 0,21% em fevereiro

O Índice Nacional de Custo da Construção — M (INCC-M) varia 0,21 % em fevereiro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice variara 0,32%. O INCC-M acumula alta de 0,53% no ano e de 8,76% em 12 meses. Em fevereiro de 2022, o índice subira 0,48% no mês e acumulava alta de 13,04% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de -0,12% em janeiro para 0,32% em fevereiro. O índice referente à Mão de Obra variou 0,10% em fevereiro, ante 0,77% em janeiro.
 

Materiais, Equipamentos e Serviços

No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos variou 0,16% em fevereiro, após queda de 0,26% no mês anterior. Três dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de -0,55% para -0,06%.
 

A variação relativa a Serviços passou de 0,53% em janeiro para 1,10% em fevereiro. Neste grupo, vale destacar o avanço da taxa do item projetos, que passou de 0,18% para 1,87%.
 

Mão de obra

A taxa de variação referente ao índice da Mão de Obra variou 0,10% em fevereiro, após subir 0,77% em janeiro.
 

Capitais

Apenas a capital de Belo Horizonte apresentou decréscimo em sua taxa de variação. Em contrapartida, seis capitais apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo.

Tecnisa vende cobertura de R$ 32 milhões pela Internet

O apartamento duplex de 728 m², localizado na cobertura do Kalea Jardins, empreendimento lançado pela Tecnisa, acaba de ser vendido pelo valor de R$ 32 milhões. Seria uma venda normal de um imóvel, se não fosse pelo fato de que toda a negociação foi realizada de forma online.

A transação teve início pela Internet. Depois de visualizar um anúncio sobre o lançamento do Kalea Jardins, o cliente entrou em contato via aplicativo de mensagens com um dos corretores de imóveis do time de vendas da Tecnisa. Em seguida, o comprador “visitou” o apartamento decorado e as áreas comuns do empreendimento por meio do “Virtureal Experiência 3D”, tour virtual imersivo e interativo lançado pela construtora recentemente.

Para complementar a negociação, o comprador da cobertura fez o cadastro e enviou os documentos necessários via aplicativo de mensagens. A documentação foi automaticamente enviada para a plataforma de análise de crédito da Tecnisa. O processo foi finalizado com a assinatura do contrato via plataforma de gerenciamento de contratos eletrônicos.

Embora ainda seja novidade para muitos compradores, a aquisição online de imóveis vem ganhando força, especialmente depois da pandemia da Covid-19, que impulsionou mudanças de hábitos em todos os segmentos, incluindo o mercado imobiliário. Uma pesquisa realizada pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), lançada em novembro de 2021, apontou que 6% das compras de imóveis feitas em 2020 foram efetivadas totalmente pela Internet, sem a necessidade de o comprador sair de sua casa.

 

“Nossa primeira venda online ocorreu em 2009, pela rede social Twitter, mas acredito que esta foi a primeira vez que negociamos um apartamento de valor agregado tão alto de forma online, o que não é comum no mercado imobiliário. Isso só reforça o legado de inovação da Tecnisa, que sempre marcou a construção civil brasileira”, comemora Fernando Tadeu Perez, presidente da empresa.

Luxo nos Jardins

Lançado em dezembro do ano passado, o Kalea Jardins conta com 27 unidades residenciais de luxo com 368 m² (uma por andar), além do duplex de 728 m² na cobertura. Situado no cruzamento da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, nos Jardins, um dos bairros mais nobres de São Paulo, o projeto totaliza um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 380 milhões, participação 100% Tecnisa. A previsão é que o empreendimento esteja pronto no segundo semestre de 2026.

Tour virtual e imersivo

O “Virtureal Experiência 3D” permite que o público “passeie” pelas áreas comuns e apartamentos decorados do Kalea Jardins. Com navegação controlada por tablet, a inovação da experiência está na rapidez e na fluidez, uma vez que as imagens 3D são geradas e renderizadas em tempo real.

Desenvolvido pela MetaOriginal, o tour virtual transmite as imagens de ambientes em um telão posicionado em uma das salas do Kalea Jardins by Tecnisa. O novo estande está situado na esquina da Alameda Lorena com a Rua da Consolação, em São Paulo, mesmo local onde o Kalea Jardins será construído.

Interessados em “passear” pelos ambientes do Kalea Jardins podem ir diretamente ao estande do Kalea Jardins by Tecnisa, de segunda a domingo, das 08h00 às 20h00, desde que haja um corretor disponível para o atendimento. Se optarem por agendar uma visita guiada com um profissional do time de vendas da Tecnisa, basta acessar a página do produto.

Valores dos imóveis em Curitiba fecham acima da inflação em 2022

Segundo o Imovelweb, o aumento no ano passado foi tanto para as propriedades para alugar quanto para compra e venda

Seja para alugar ou comprar, os valores dos imóveis em Curitiba fecharam em alta em 2022, de acordo com o levantamento de dezembro do Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País.
 

No caso do aluguel, 2022 finalizou com alta de 23,2%, bem acima da inflação (5,9%) e do ajuste do IGP-M (5,5%), resultando em uma alta de 17,1 p.p. Em 2021, o índice anual de preços registrou um incremento de 14,5%, contra 5,4% em 2020.
 

Os imóveis à venda também encerraram o ano em alta: 14,5%, o que representa 8,1 p.p. acima da inflação.Os registros anteriores foram de 11,8% de crescimento, no ano passado, e de 7,7% em 2020.
 

Vale ressaltar que, mesmo com a valorização acima da inflação, o mercado imobiliário em Curitiba tem registrado aumento de buscas tanto para locação quanto compra. Além de reforçar a maturidade do setor, a demanda pela aquisição de imóveis mostra que o investimento nesta área é visto como algo seguro e, em muitos casos, mais rentável. 


 

Casa com 3 dormitórios, 2 banheiros, 2 vagas de garagem, churrasqueira e piscina: pesquisa do QuintoAndar revela imóvel dos sonhos dos brasileiros

Uma casa com três dormitórios, dois banheiros (sendo uma suíte), duas vagas de garagem e que tenha, além de um escritório, salão de jogos, salão de festas, piscina, churrasqueira, horta e espaço pet. Para a maior parte da população brasileira, essa é a descrição de seu imóvel dos sonhos. É o que mostra uma pesquisa inédita encomendada pelo QuintoAndar, a maior plataforma de moradia da América Latina.

O estudo aponta que o brasileiro mora, em média, numa casa com dois quartos, com apenas um banheiro e com uma vaga de garagem. A maioria não conta com um espaço para home office nem tampouco uma área de lazer.

Um aumento no número de quartos é tido como o principal desejo da população hoje. Questionados sobre o que não abrem mão caso só possam escolher uma opção para sua casa dos sonhos, 38% citam “quartos” – e outros 21% falam “suíte”. A pesquisa, encomendada pelo QuintoAndar, foi realizada pela Offerwise com 1.500 pessoas em todo o Brasil.

Engana-se, porém, quem acha que o brasileiro almeja morar numa mansão ou numa casa gigantesca. Itens de luxo também não parecem atrair a maioria: 59%, por exemplo, dizem não fazer questão nenhuma de um cinema privativo. A maior parte também não faz questão de brinquedoteca, quadra, elevador, sauna, pomar e portaria 24h.

A pesquisa mostra que a maioria quer mais espaço, mas nada de glamour. Tanto que 73% dos entrevistados dizem que o imóvel ideal não deveria custar mais de R$ 500 mil. Apenas 7% citam um imóvel de mais de R$ 1 milhão como seu sonho de consumo.

Até por isso, mais da metade dos ouvidos (53%) sonha estar vivendo em seu imóvel ideal em “5 anos ou menos”. Só 4% acreditam que nunca conseguirão morar em sua casa dos sonhos.

“A pesquisa reforça que a maioria da população não quer nada suntuoso. Almeja uma casa maior e mais comodidade, algo que atenda suas principais necessidades”, afirma Thiago Reis, gerente de Dados do QuintoAndar. “Esse levantamento traz insights importantes que fazem com que a gente busque os elementos para viabilizar esse sonho das pessoas de conquista de seu imóvel ideal.”

De acordo com os entrevistados, o imóvel dos sonhos é uma casa: 67% citam essa opção, contra 21% que apontam um apartamento e 11% que citam um sítio ou uma chácara. E esse imóvel deve estar na capital para 44% dos ouvidos; 34% preferem o interior ou o litoral.

Segurança, mais espaço e tranquilidade

Segundo o levantamento, os dez principais critérios escolhidos ao decidir por esse imóvel dos sonhos são:

  1. Morar em uma região mais segura: 30%
  2. Sair do aluguel: 25%
  3. Ter espaço externo (como quintal ou varanda): 24%
  4. Morar numa região mais tranquila/silenciosa: 23%
  5. Morar num imóvel com mais espaço ou cômodos: 22%
  6. Um imóvel com melhor infraestrutura: 21%
  7. Ter espaço para lazer (para festas, área de churrasco, playground): 19%
  8. Infraestrutura do bairro melhor (transporte público, escolas, comércio): 19%
  9. Ficar mais perto da família: 15%
  10. Valor do imóvel/condomínio: 14%

A principal dificuldade para conseguir atingir o sonho da casa ideal não é nenhum segredo: dinheiro. De acordo com a pesquisa, 62% citam as condições financeiras como impeditivo. Encontrar um imóvel do jeito desejado (com 10%) e ter um emprego que permita fazer home office/morar onde quiser (com 8%) fecham esse top 3.

A pesquisa também quis saber se a percepção sobre o imóvel ideal foi afetada pela pandemia. Mas 47% dizem que não. Do restante, 28% dizem que sim, que acham que o lar precisa ser maior/ter um quintal ou uma varanda, e 16% consideram que um espaço para ter um escritório é agora essencial.

Metodologia

A pesquisa, encomendada pelo QuintoAndar, foi realizada pela Offerwise, por meio de um questionário online. Foram entrevistados 1.500 homens e mulheres com 18 anos ou mais, de todas as classes sociais, nas cinco regiões do Brasil. O levantamento foi feito de 5 a 12 de dezembro e tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%.

É importante salientar que algumas questões, por permitirem a escolha de mais de uma opção, extrapolam a somatória de 100% nas respostas.

Conheça algumas das características do novo Minha Casa, Minha Vida

O Minha Casa, Minha Vida foi retomado oficialmente nesta terça, 14/2. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou em Santo Amaro (BA) uma Medida Provisória que moderniza o programa habitacional e enfatiza a prioridade ao atendimento da Faixa 1, voltada a pessoas de baixa renda. A intenção do Governo Federal é contratar 2 milhões de obras até 2026.

O programa é voltado para residentes em áreas urbanas com renda bruta familiar mensal de até R$ 8 mil e famílias de áreas rurais com renda bruta anual de até R$ 96 mil. Esse valor não leva em conta benefícios temporários, assistenciais ou previdenciários, como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família.

A divisão de acordo com faixas de renda é assim:

a) Faixa Urbano 1 – 
renda bruta familiar mensal até R$ 2.640
b) Faixa Urbano 2 – 
renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400 e
c) Faixa Urbano 3 – 
renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000

No caso das famílias residentes em áreas rurais: 

a) Faixa Rural 1 – renda bruta familiar anual até R$ 31.680
b) Faixa Rural 2 – renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52.800 e
c) Faixa Rural 3 – renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 até R$ 96.000

A aposta do Governo Federal com o Minha Casa, Minha Vida é gerar trabalho e renda, promover o desenvolvimento econômico e social e ampliar a qualidade de vida da população. As habitações podem ser oferecidas sob forma de cessão, doação, locação, comodato, arrendamento ou venda, mediante financiamento ou não.

Há uma lista de requisitos que direcionam aplicação dos recursos do Orçamento da União e de diversos fundos que ajudam a compor o Minha Casa, Minha Vida. Um deles é que o título das propriedades seja prioritariamente entregue a mulheres. 

Entre os outros requisitos, estão:

» Famílias que tenham uma mulher como responsável pela unidade familiar.
» Famílias que tenham na composição familiar pessoas com deficiência, idosos e crianças e adolescentes
» Famílias em situação de risco e vulnerabilidade
» Famílias em áreas em situação de emergência ou de calamidade
» Famílias em deslocamento involuntário em razão de obras públicas federais
» Famílias em situação de rua

O Minha Casa, Minha Vida vem para enfrentar um passivo expressivo.  O país tem  mais de 281 mil pessoas em situação de rua (estudo preliminar do IPEA, 2022), um déficit habitacional de 5,9 milhões de domicílios (2019) e outros 24,8 milhões com algum tipo de inadequação. Adicionalmente, há mais de 5,1 milhões de domicílios em comunidades (IBGE 2019), concentrados nas grandes cidades do Sudeste e do Nordeste e com crescimento expressivo na Região Norte.

ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE – Os projetos, obras e serviços do Minha Casa, Minha Vida devem levar em consideração aspectos de acessibilidade e sustentabilidade. As unidades precisam ser adaptáveis e acessíveis ao uso por pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida ou idosas, e devem ter atenção à sustentabilidade social, econômica, ambiental e climática, com preferência por fontes de energia renováveis, equipamentos de maior eficiência energética e materiais de construção de baixo carbono, incluídos aqueles oriundos de reciclagem.

O novo programa prevê cinco linhas de ação:

» Subsidiar parcial ou totalmente unidades habitacionais novas em áreas urbanas ou rurais
» Financiar unidades habitacionais novas ou usadas em áreas urbanas ou rurais
» Locação social de imóveis em áreas urbanas
» Provisão de lotes urbanizados
» Melhoria habitacional em áreas urbanas e rurais

Fonte: https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2023/02/conhecas-algumas-das-principais-caracteristicas-do-novo-minha-casa-minha-vida

Quais os pontos de atenção na hora de alugar um imóvel em 2023?

Seja pelo desejo de um ter um novo espaço próprio ou por questões econômicas, a crescente busca por residências para alugar tem sido um marco na mudança de comportamento sobre moradia da população brasileira. Para se ter uma ideia, de acordo com pesquisa da agência Today, 80% dos millenials – geração que nasceu após o início da década de 80, até aproximadamente, o final do século – preferem alugar imóveis em vez de comprar.

Assim, com o objetivo de oferecer uma solução para quem quer alugar um imóvel em 2023, Ricardo Laham, Sócio e CEO da Vila 11, empresa brasileira pioneira e referência em empreendimentos multifamily que desenvolve, administra e opera residenciais para locação em regiões estratégicas de São Paulo, destaca pontos de atenção importantes.

Localização –Escolher um empreendimento para morar com localização estratégica é uma forma de gerar mais praticidade na rotina e ganho de tempo. “Estar mais próximo do trabalho e onde tenha boa infraestrutura de serviços e conveniência é um aspecto fundamental, já que a mobilidade é uma questão definitiva nas grandes cidades. O tempo que se ganha ou se perde em deslocamentos traduz bem a percepção de qualidade de vida das pessoas”, afirma Laham.

Condições da residência – Para o Sócio e CEO da Vila 11, é muito importante na hora de escolher um imóvel para alugar, o conhecimento das condições físicas e tudo o que este oferece. “Ter a comodidade de uma moradia equipada com os principais mobiliários e eletrodomésticos, nas melhores condições de uso e conservação é um fator muito importante. A segurança de ter os detalhes técnicos e as instalações em ordem faz uma enorme diferença na confiança de quem procura um imóvel para alugar. Temos visto crescer muito o interesse pela solução semimobiliada com padrões de qualidade estabelecidos pois simplifica o processo de mudança e adaptação”, diz.

Futuro – Escolher um imóvel para alugar tendo em mente as perspectivas de curto e médio prazo ajuda as pessoas a tomarem melhores decisões à longo prazo. “O aluguel é uma forma das pessoas conhecerem melhor um determinado bairro e vizinhança, que possibilita a flexibilidade para mudanças conforme o processo de adaptação ou necessidade de adequação aos diferentes momentos de vida”, explica Laham.

Questões legais –De acordo com o Sócio e CEO da Vila 11, é essencial o conhecimento das partes envolvidas em uma locação residencial para a segurança. “É necessário ter atenção à solidez do locador, ou seja, o proprietário do imóvel, e às condições de crédito dos locatários, que são os inquilinos, para que as relações aconteçam de forma transparente e profissional pelas condições do contrato e do regulamento dos empreendimentos”, informa.

Ainda segundo Laham, é por isso que os empreendimentos multifamily têm chamado a atenção das pessoas, já que trazem diversos benefícios, como segurança, praticidade e conforto. “O conceito parte da concepção dos imóveis que são projetados exclusivamente para alugar, priorizando a percepção do usuário. Os materiais utilizados e os equipamentos são em geral, de qualidade superior, visando durabilidade e redução de custos e manutenção, dentro de um processo profissionalizado de gestão patrimonial. A empresa, que também faz a comercialização e administração, busca de forma permanente oferecer melhorias nos processos e na infraestrutura para garantir a experiência de morar sem as dores de ser dono ou as inseguranças de ser inquilino de um imóvel comum. Cada vez mais esta nova solução de moradia tem se tornado conhecida e a tendência é o crescimento exponencial do multifamily nos próximos anos”, finaliza.

Projeções positivas e inovação tecnológica ampliam busca por atualização profissional e negócios na Construção Civil

A construção civil segue registrando números de PIB acima da média do País e, a tendência é de continuidade neste ano, movimento que, acompanhado das novas tecnologias construtivas e inovações tecnológicas, tem estimulado os profissionais do setor a buscarem especialização e atualização de mercado. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o setor seguirá aquecido, com projeção de crescimento de 2,4% do PIB da Construção para 2023. Dado que supera a previsão positiva de 1,2% do PIB Nacional e, somado aos 17% contabilizados no acumulado dos dois últimos anos, faz a projeção do segmento alcançar 20% de aumento do PIB setorial no período 2021-2023.

“A projeção para 2023 é uma média entre os crescimentos projetados de 5% para o setor de edificações, 1% para as obras de infraestrutura, 4% para os serviços especializados e 1% para os demais segmentos. Esta estimativa sofrerá revisões. Poderá tender para cima, se o Governo Federal conseguir implementar uma agenda que reverta expectativas, incremente os investimentos públicos e anime os investidores privados”, destaca Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP. 

Segundo o executivo, a estimativa segue positiva por conta de obras já contratadas e a retomada de investimentos em projetos de habitação social como o Minha Casa, Minha Vida e os recursos garantidos do FGTS; porém, menor que em anos anteriores devido a fatores como a manutenção da alta de juros, o cenário macroeconômico internacional e o endividamento da população.

Mercado

O desempenho positivo tem favorecido os investimentos em novas tecnologias e novidades em plataformas para modelagem de projetos, sistemas construtivos, materiais e o surgimento e difusão das construtechs e, consequentemente, a atualização de profissionais de engenharia civil, arquitetura, varejo, distribuição e de obras para atuar com as novas ferramentas, já que de acordo com analistas da área, estimular a capacitação constante é um dos pilares para acompanhar a evolução do mercado.

“Por se tratar de um setor bastante concorrencial, a indústria da construção segue esses avanços com bastante interesse.  No SindusCon-SP, temos divulgado estas novidades por meio de nossos seminários que abrangem Estruturas e Fundações, Sistemas Prediais e BIM. Temos também o iCON Hub, para o fomento da inovação na construção com a participação de startups. Durante o ano todo, realizamos uma série de cursos sobre sistemas construtivos, gestão, qualidade, tecnologia, contabilidade fiscal, jurídico e alguns abertos a universitários e estagiários, ministrados por empresas da indústria de materiais de construção e especialistas”, acrescenta Estefan.

FEICON

Todo este movimento do mercado também tem impactado positivamente o maior encontro da Construção Civil da América Latina.

A 27ª edição da FEICON, que acontecerá entre os dias 11 e 14 de abril, no São Paulo Expo (SP), voltou a registrar comercialização total de sua área de exposição, com aproximadamente 6 meses de antecedência ao evento, mesmo ampliando em mais de 40% o espaço disponibilizado para vendas com relação a 2022. A organizadora informa que não há mais espaços disponíveis para negociação já que, ainda durante o evento de 2022, a planta da FEICON 2023 já havia sido 80% negociada. A expectativa também é de considerável aumento no número de profissionais e compradores presentes nos 4 dias do evento, superando os mais de 82 mil visitantes da edição anterior.

“A construção civil é um termômetro para o brasileiro. Nos últimos dois anos, por exemplo, o setor cresceu 17,7% ante 8,2% da economia nacional. Diante disso, neste ano, temos como objetivo apresentar a FEICON como uma plataforma completa para capacitação profissional, debates sobre o atual cenário e a agenda nacional da construção, impulsionar negócios e gerar relacionamento. É dessa forma que seguimos como o maior e principal evento de negócios desta indústria para a América Latina”, destaca Mayra Nardy, Diretora de Portfólio da RX Brasil.