Distorção no reajuste dos aluguéis de lojistas na pandemia necessita de uma revisão urgente, avalia especialista

A Fundação Getulio Vargas (FGV) tem estudado a criação de um novo indicador para substituir o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) na base de cálculo dos contratos de aluguel no país. Ao mesmo tempo, o Núcleo de Assessoria Legislativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) emitiu recentemente uma nota técnica para sugerir a substituição do IGP-M pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) no reajuste de aluguéis.

Para Daniel Cerveira, consultor jurídico do Sindilojas-SP e sócio do escritório Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen & Longo Associados Advogados Associados, os números demonstram a distorção que lojistas e comerciantes têm sofrido ao tentar preservar os negócios na crise sanitária. “É evidente que os indexadores da família dos IPCs são os indicados para amparar os reajustes, além de serem mais estáveis. Ou seja, além da queda vertiginosa das vendas por força do lockdown, os comerciantes enfrentam desafios que envolvem o aumento do aluguel em torno de 30% por conta dos reajustes com base no IGPs”, avalia.

Desde o ano passado, os reajustes do IGP-M têm sido mais elevados que o IPCA-15. A tendência se acentuou no segundo semestre, com um aumento acumulado de 24,52% e 4,22%, respectivamente. Nos últimos 12 meses concluídos em março, o IGP-M acumulou uma alta de 31,12% em meio à pandemia e à desvalorização cambial.

Na opinião do especialista, ainda é urgente que seja criada uma política nacional de auxílio para lojistas e comerciantes. “Incrivelmente, até o momento, não foi realizada nenhuma política pública voltada para estes agentes econômicos, lembrando que eles são responsáveis por uma grande parte dos empregos no Brasil. É imperioso que, como o ocorreu no início da crise sanitária, sejam criados mecanismos que compensem os comerciantes pelos prejuízos gerados pela pandemia”, defende.

Projeto que limita reajuste de aluguéis ao IPCA traz prejuízos ao mercado imobiliário, diz Abrainc

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 7/4, por maioria de votos, o regime de urgência para o Projeto de Lei 1026/21, que determina o uso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para a correção dos contratos de aluguel residencial e comercial. Atualmente, a Lei 8.245/91 prevê o uso do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), cuja taxa acumulada nos últimos 12 meses está em 31,1 %. Com a aprovação da urgência, o projeto poderá ser votado nas próximas sessões do Plenário.

A Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) considera que o PL pode trazer impactos negativos ao mercado imobiliário ao desestimular os investimentos no setor. Para entidade, o IPCA reflete a inflação do consumidor, ao qual é calculada por meio da cesta de consumo das famílias, e não está relacionada a negócios. Dessa forma, o IPCA é um índice indicado para ajustes salariais e não para aluguéis.

“Esse tipo de intervenção no mercado traz insegurança jurídica para os investidores, afetando proprietários de imóveis, fundos imobiliários e demais instrumentos lastreados em recebíveis imobiliários”, comenta Luiz França, presidente da entidade. O executivo acrescenta, ainda, o fato de que os investimentos sempre foram feitos tendo como expectativa o retorno pelo IPG-M, e uma eventual mudança impactará na falta de incentivos para o investidor.

De acordo com dados levantados pela Abrainc, existem no Brasil cerca de 12 milhões de moradias alugadas, sendo que 75% dos locatários têm apenas um imóvel e o utilizam como fonte de renda para sobreviver. Em relação aos fundos imobiliários, existem atualmente mais de 200 fundos listados com cerca de 760 mil investidores como pessoas físicas, que dependem do pagamento de aluguel como complemento de renda. Outro dado nos mostra que o total de investimento na aquisição de imóvel como renda – incluindo escritório, imóvel industrial, shopping e hotéis – bateu a marca de R﹩ 23 bilhões em 2019.

Para Luiz França, tornar o mercado imobiliário menos interessante ao investidor acarreta em uma série de prejuízos em outras áreas. “Se as vendas caírem, por exemplo, teremos uma menor geração de impostos e queda no número de trabalhadores da construção civil – uma das áreas que mais emprega no País”, afirma. “O mercado está negociando um valor de aluguel adequado, entretanto, esse item precisa ser condicionado à oferta e à demanda, e o desalinhamento do IGP-M não pode ser motivo para intervenção no mercado, pois este já é um índice oficial que rege os contratos firmados.”

O presidente da entidade defende a livre negociação entre o inquilino e o locador diante de um processo de renegociação do aluguel. “Esse é o melhor caminho, assim como tem prevalecido nos últimos tempos. Muitos proprietários, inclusive, têm feito concessões por conta dos reflexos da pandemia no cenário econômico, mas o importante aqui é ressaltar que essa decisão cabe às partes envolvidas na negociação”, finaliza Luiz França.

Movimento Construção Saudável promove evento sobre a importância das causa sociais

A presidente da Fundação Toyota do Brasil, Viviane Mansi, e a presidente do Movimento, Fabíola Cecon, falarão sobre as ações efetivas que as empresas precisam liderar

O Movimento Construção Saudável promove o debate “Propósito e Causa – Por que as empresas devem adotar em sua governança as causas sociais?”. O evento acontece em 14 de abril, às 9h30, no InovaBraHabitat e será transmitido ao vivo pela internet. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui .

Com mediação do professor doutor Júlio Cesar Barbosa, diretor executivo do Movimento Construção Saudável, Viviane Mansi, presidente da Fundação Toyota do Brasil, Fabiola Vasconcelos Cecon, presidente do Movimento Construção Saudável, e Jorge Cardoso, vice-presidente do Movimento Construção Saudável, conversam sobre a importância de adotar causas sociais, os problemas de saúde causados pelos alergênicos e a importância do ensino sobre impermeabilização para os profissionais de arquitetura e engenharia.

O painel sobre Saúde e Educação será mediado por Danilo Pastorelli, mestre em economia e sócio-proprietário da Invictus desenvolvimento humano. Ele conduzirá a discussão sobre os pilares que sustentam a causa impermeabilização é saúde, a relação entre educação e saúde e o comportamento humano como foco de mudanças efetivas para a conscientização da sociedade, com a participação de Fábio Soares, engenheiro Civil, doutorando e pesquisador CNPq.

Em consonância com o ODS 3 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), Boa Saúde e Bem-estar, da ONU (Organização das Nações Unidas), o Movimento Construção Saudável assumiu um grande compromisso com a sociedade brasileira: de propiciar qualidade de vida pela adoção de conceitos fundamentais ao conhecimento e à prática da impermeabilização como fator de melhoria da saúde. “O objetivo do Movimento é sensibilizar diretores, gerentes de marketing e sustentabilidade sobre a importância da nossa causa. No evento, falaremos sobre como a união entre educação e tecnologia podem trazer benefícios à saúde humana. Como o comportamento humano é um desencadeador de novos valores sociais e a tecnologia para a disseminação em larga escala de conceitos e práticas para a construção saudável”, conta Fabiola.

Viviane acredita que as causa sociais devem fazer parte do propósito de uma empresa. “No Brasil, temos uma alta demanda social, são muitas questões que precisam ser melhoradas e que necessitam de um olhar das empresas. Não consigo imaginar uma empresa que sobreviva sem considerar seu impacto na sociedade. É nosso dever contribuir para resolver grandes questões sociais, mais do que vender produtos, temos que ter uma atuação social. É impossível ignorar o ambiente em que vivemos e as questões sociais do país. Tudo está conectado e é nosso dever nos perguntarmos como podemos fazer parte da solução”.

Conheça os palestrantes:

• Fabiola Vasconcellos Cecon

Fabiola é presidente do Movimento da Construção Saudável e diretora da Mactra indústria de impermeabilizantes. Formada em Arquitetura pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) Campinas, Fabíola tem extensa experiência no segmento. Há mais de 20 anos na Mactra, foi dela a ideia de criar um movimento em prol da conscientização sobre a importância da saúde das construções e daqueles que vivem nelas.

• Viviane Mansi

Viviane é presidente da Fundação Toyota do Brasil, diretora de Comunicação, Relações Públicas e Sustentabilidade da América Latina da Toyota do Brasil e conselheira na revista HSM Management. Formada em Relações Públicas e mestre em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, possui especialização em Gestão de Pessoas e Liderança Organizacional pela Fundação Dom Cabral.

• Jorge Luiz Cardoso

Jorge Luiz Cardoso é vice-presidente do Movimento Construção Saudável e diretor da Sika. Formado em Engenharia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, está há mais de 30 anos na multinacional Suíça.

• Júlio Cesar Barbosa

Julio é o diretor executivo do Movimento Construção Saudável. Profissional do ano em Relações Públicas em 2019, é doutor em Ciências da Comunicação pela ECA, USP (Universidade de São Paulo). Professor há 26 anos, com passagens pelas faculdades Cásper Líbero, Centro Universitário Belas Artes, FGV (Fundação Getúlio Vargas como convidado) e Universidade São Judas, já conquistou mais de 100 prêmios acadêmicos como orientador de projetos. Em 2019, ficou em primeiro lugar no APP Brasil campanhas universitárias da Associação Paulista de Publicidade.

• Fabio Soares

Fabio é engenheiro civil, mestre, doutorando, pesquisador CNPq e integrante no grupo de pesquisa Observatório das Metrópoles São Paulo. Atua nas áreas de Pesquisa acadêmica sobre Habitações Precárias e Inadequadas, Construções Sustentáveis, Cidades Inteligentes, Mercado Imobiliário e Novas Arenas Multiuso (estádios e arenas). É coordenador e docente dos cursos de Engenharia, Tecnologia e Química no Centro Universitário das Américas – FAM.

• Danilo Pastorelli

Danilo é mestre em economia e sócio-proprietário da Invictus desenvolvimento humano.

Êxodo urbano: mais de 1,3 milhão de famílias brasileiras pretendem migrar para o campo

O isolamento social criou uma nova tendência no setor imobiliário. Muitos brasileiros, na tentativa de sair dos grandes centros, estão se mudando da cidade para casas de campo. Com isso, a procura por imóveis na área rural tem aumentado de maneira expressiva, principalmente, em locais próximos às cidades com melhor infraestrutura, pois favorece o consumo de produtos e serviços do dia a dia.

Estudo realizado pela Datastore traz números que comprovam o fortalecimento do setor, refletindo o desejo dos brasileiros na aquisição de imóveis no campo em diversas partes do país. Considerando o período de 24 meses, 2.751.096 famílias querem adquirir um imóvel. Quando analisada a tomada de decisão no curto prazo de 12 meses, essa intenção passa de 791,1 mil para 1,32 milhão. “Isso representa o incremento de 529,4 mil famílias interessadas em comprar propriedade na zona rural em 2021, um aumento de 66,9%”, ressalta Marcus Araujo, CEO e fundador da Datastore.

O resultado da pesquisa leva a crer que esse crescimento na intenção de aquisição de imóvel está relacionado ao cenário de pandemia. “Trata-se de uma re-interiorização do Brasil, na qual as pessoas capitalizadas estão buscando locais com menos aglomerações e mais contato com a natureza, mas com fácil acesso à internet, onde possam manter suas atividades profissionais a distância, explica Marcus Araujo.

O movimento de migração vem acontecendo em todo o Brasil. Segundo o CEO da empresa, a procura por esses imóveis têm sido por famílias com renda acima de seis mil reais. Além da busca por mais qualidade de vida, existem outras razões que colaboram com o interesse de grande parte da população em viver no campo, como o fato de as taxas de juros estarem no menor nível da história para crédito imobiliário, mantendo o setor aquecido.

Shoppings centers se reinventam durante a pandemia

A pandemia do Coronavírus e as medidas de distanciamento social fizeram com que todos precisassem se adaptar a uma nova forma de existir no mundo. Por isso, ao longo do último ano, os shoppings centers e o comércio também tiveram que inovar e buscar formas de fazer sua parte na luta contra o vírus. 

Apesar da perda de faturamento durante o fechamento dos shoppings, lojistas e administradores trabalharam em conjunto para desenvolver estratégias para a manutenção das lojas e dos serviços oferecidos: “Nunca antes vi com tanta clareza essa união entre lojistas e shoppings a fim de superar obstáculos”, diz Maurício Romiti, diretor financeiro e administrativo da Nassau Empreendimentos, empresa que atua há quase 30 anos na gestão e administração de shoppings centers em todo o Brasil.

O especialista destacou algumas boas iniciativas, como a participação dos shoppings nas campanhas de testagem e imunização da população, e a inovação e criatividade para oferecer novas opções de entretenimento, como os cinemas drive-in. O uso da tecnologia para aprimorar a experiência de compra dos consumidores também se intensificou ao longo do último ano.

Confira outras boas ideias que os shoppings colocaram em prática durante a pandemia: 

1. Campanhas de vacinação

Com a necessidade de facilitar o acesso da população aos testes rápidos e, mais recentemente, à vacinação contra a Covid-19, shoppings centers em diversas cidades das cinco regiões brasileiras se mostraram pontos estratégicos para a aplicação da imunização e realização de testagens. Seguindo todos os protocolos, o atendimento é realizado em sistema drive-thru.

“Os shoppings são locais estratégicos para o acesso da população aos postos de vacinação. Com a instalação de pontos drive-thru, é possível realizar testes rápidos, como fez o Shopping Eldorado, de São Paulo”, aponta Maurício.

2. Cinema drive-in

Os estacionamentos dos shoppings, antes tão movimentados, se viram de repente esvaziados. Ao transformar esse espaço em cinemas a céu aberto, os shoppings trazem uma novidade inspirada nos antigos drive-ins americanos e contribuem para gerar, além de uma opção de entretenimento segura e confortável, um vínculo com a comunidade.

“Vimos muitos drive-ins surgirem durante a pandemia. Pessoas se organizaram para realizar casamentos, shows e até mesmo apresentações de comédia stand-up. Nos shoppings, um movimento natural foi usar os espaços como cinemas. Essa foi uma forma muito inteligente de continuar lucrando com um serviço que é quase exclusivo dos shoppings”, comenta o especialista.

3. Conceito omnichannel

A internet já faz parte do dia a dia dos brasileiros há anos, mas a pandemia mostrou que essa é uma ferramenta poderosa no relacionamento entre consumidores e empresas. O digital hoje é um caminho sem volta, e o uso de canais alternativos de venda e de mídias online para a comunicação entre lojistas e o público se intensificou no último ano. O conceito omnichannel, estratégia de uso simultâneo e interligado de diferentes canais de comunicação com o objetivo de estreitar a relação entre o online e o offline.

“É fato que o varejo online nunca substituirá a importância da loja física. Mas a digitalização de tudo, até mesmo de nossas relações, fez com que as pessoas mudassem a forma como interagem entre si e com as empresas, e impôs o investimento na alternativa complementar das compras digitais. O omnichannel é um caminho sem volta, até mesmo após a vacinação e reabertura dos shoppings”, diz Maurício.

4. Marketplaces

A criação de marketplaces, e-commerces que reúnem diversos lojistas em um único site, transformou os shoppings em um espaço virtual onde as compras podem ser feitas online, em um único carrinho, sem que o consumidor precise sair de casa e da loja.

“Essa foi uma inovação que quebrou um paradigma de mercado.Os lojistas das lojas acabaram migrando para marketplaces, ambiente que oferece uma solução pronta para as vendas. Desta forma, os comerciantes podem continuar atendendo os clientes e consequentemente continuarem lucrando durante este difícil período”, explica o especialista.

5. Campanha #VaiDarCerto

Transmitir mensagens de esperança e otimismo é essencial em momentos de dificuldade. Durante a pandemia, inúmeros empreendimentos participaram da campanha online #VaiDarCerto, fazendo publicações em redes sociais para difundir uma corrente do bem entre os shoppings centers.

“Um de nossos projetos, o Shopping Center 3, de São Paulo, participou da campanha com postagens nas redes sociais, e convidou empreendimentos de outras cidades para integrarem a corrente. A união faz a força e, por mais difícil que a situação esteja no momento, é importante lembrar que vai dar certo no final”, complementa Maurício.

BORGES 3647, da Cité Arquitetura, explora vistas para o Cristo Redentor e paisagem da lagoa Rodrigo de Freitas

O projeto do Edifício Borges 3647, da Cité Arquitetura, adotou como premissas a valorização das vistas – de alguns pontos do prédio pode se enxergar o Cristo Redentor – e a integração com a paisagem marcante da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, um dos locais mais adequados para a contemplação e a prática de exercícios na cidade.
“O edifício se mimetiza na paisagem e, quando você se aproxima, os detalhes são ricos. O desenho se encaixa, visto de dentro, com a delicadeza desse projeto. que se integra de forma potente a partir dos detalhes. Como tem muito vidro, torna a lagoa muito próxima do ‘morar’. Entre a cidade e a paisagem buscamos fundir interior e exterior”, afirma o arquiteto Celso Rayol, sócio da Cité Arquitetura.

Em busca de qualidade das vistas, além da solução de implantação na direção exata do Cristo Redentor, o projeto buscou grandes vãos, em franca aproximação visual com a paisagem circundante, composta também por generosas copas das árvores da rua, elementos usados parar se integrar de forma elegante com o entorno. Ainda em relação ao diálogo com o exterior, a edificação busca através dos seus detalhes interpretar o Skyline da Lagoa, aproveitando os cheios e vazios para emoldurar vistas, como grandes quadros do cotidiano. Se destaca o uso de materiais discretos: além do vidro, uma primeira camada que forma a fachada é composta por concreto e chapas metálicas perfuradas, enquanto uma segunda camada, a das varandas, é composta por perfis de madeira em desenhos assimétricos e variados.

“Usamos concreto aparente em todas as vigas, cimentado que acaba de alguma forma fazendo a textura que parece um chapisco fino. O gradil de alumínio com acabamento amadeirado e o cinza perolizado das esquadrias formam um pano de fundo para tudo, conferindo coesão. O recorte do gradil faz o detalhe especial, com o caminho das linhas percorrendo toda a fachada até a matriz volumétrica e detalhes que finalizam a mesma”, afirma o arquiteto Fernando Costa, sócio da Cité Arquitetura.

O Borges 3647 tem seis andares e é composto por dois apartamentos em cada pavimento tipo, sendo um de três e o outro com dois quartos. Nas plantas, o posicionamento de banheiros e cozinhas foi pensado de maneira a garantir o maior número possível de variações, atendendo as necessidades de transformação da casa ao gosto e necessidades do morador. As unidades do primeiro andar têm jardins privativos, devido a configuração do pavimento de acesso, enquanto as unidades do sexto andar possuem dependências na cobertura com terraços de vista panorâmica.

Este projeto, assim como o Edifício Carmela Dutra e Lygia Reisen, faz parte do Cité Design 360, onde a Cité Arquitetura participa ativamente de todas as etapas de projeto, desde os estudos de viabilidade até a criação do nome do empreendimento, de seu material de divulgação e o projeto executivo.

Inter e Suno se unem para criar o mercado de fundos imobiliários 3.0

Inter Invest e Grupo Suno anunciam parceria estratégica para o desenvolvimento de ações e produtos com o objetivo de trazer mais eficiência e transparência para o mercado de fundos imobiliários.

Como parte desse acordo, a Inter Invest se compromete a distribuir de forma não exclusiva os fundos imobiliários geridos pela Suno Asset pelos próximos 12 meses. Esse movimento é uma resposta à restrição dos maiores players do setor à distribuição de fundos imobiliários em que não coordenaram a oferta pública ou cujas taxas sejam menores às desejadas. Na prática, os clientes da Inter terão acesso garantido aos produtos originados pela Suno Asset independentemente desses dois aspectos.

Outra iniciativa é a co-criação de um fundo imobiliário com padrão ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) com a Suno Asset como gestora. O fundo deve ser lançado no terceiro trimestre do ano e a expectativa é captação de R﹩ 1 bilhão para investimentos em energia renovável e reflorestamento. O fundo terá taxas combinadas equivalentes à metade das praticadas pelos grandes players atualmente.

“É preciso unir forças para quebrar o oligopólio de distribuição de produtos financeiros no Brasil e levar o que existe de melhor para o varejo com taxas justas.” destaca Felipe Bottino, head da Inter Invest.

“Muitas emissões de fundos imobiliários têm vindo ao mercado com custos que chegam a 5% do valor total. É possível fazer bons produtos com taxas em torno da metade desse valor. O pior é que, na maioria das vezes, o investidor nem sabe quanto está pagando”, diz Vitor Duarte, diretor de Gestão da Suno Asset.

A ideia da parceria surgiu após o lançamento do programa de cashbacks de ofertas públicas divulgado pela Inter Invest no início do mês. Tiago Reis, fundador do Grupo Suno, e Felipe Bottino, da Inter Invest, identificaram muitas similaridades entre os propósitos das duas empresas e oportunidades para criar uma nova indústria de fundos imobiliários.

Ambas as casas têm atuação reconhecida e bem-sucedida no ramo de fundos imobiliários. De um lado, a Inter Invest conta com mais de 350 mil investidores, ou 10% do total registrado na Bolsa. No outro, a Suno foi uma das primeiras casas de análise a falar sobre esse tipo de ativo e, hoje, é a principal fonte de informação do setor, com mais de 4,5 milhões de seguidores em suas redes sociais e mais de 12 milhões de acessos mensais aos seus diferentes sites dedicados a investimentos.

RNI avança com crescimento e lança condomínio econômico no Ceará

A incorporadora RNI, uma empresa Rodobens, que completa trinta anos de atuação neste ano, lança seu terceiro empreendimento de 2021, o condomínio de casas Moradas Parque, em parceria com a SM Incorporações e a Imobiliária Jereissati. O novo residencial de 560 imóveis, que será construído no município de Pacatuba (CE), região metropolitana de Fortaleza, contará com os benefícios do programa Casa Verde Amarela, além de ampliar as opções de moradia na grande Fortaleza, que já conta com sete empreendimentos da RNI, sendo três em Pacatuba e quarto na capital cearense.

O condomínio fechado será 191º empreendimento da RNI em território nacional. A ser construído em localização estratégica, cerca de 30 minutos de Fortaleza, atendendo a crescente demanda da região, o novo residencial ocupará um terreno de 89,4 mil metros quadrados. Além disso, A RNI já construiu na grande Fortaleza os empreendimentos Moradas Pétalas, Moradas Buquês e Moradas das Flores. Já na capital cearense foram construídos o Villa Jardim, Espaço Jardim, Alameda Jardim e La Piazza”

“O Ceará tem sido parte importante dos nosso negócios. Com o lançamento do Moradas Parque, além de consolidar a nossa expertise atendendo a crescente demanda local, o consumidor contará com a habitual qualidade e excelência dos empreendimentos da RNI, que tem buscado desenvolver cada vez mais as regiões onde atua”, diz Henrique Cerqueira, diretor de vendas, marketing e novos negócios da RNI.

Moradas Parque – benefícios e facilidades

Seguindo a tendência implantada em outros municípios onde atua, de uma moradia ainda mais moderna, ampla área de lazer e convívio, o Moradas Parque terá unidades com um e dois dormitórios, com metragem entre 42,58m² e 42,91m² e uma vaga na garagem. O novo residencial também ofertará unidades para pessoas com necessidades especiais.

As unidades serão entregues com piso cerâmico em todos os ambientes, estrutura para medição individualizada de água e preparação para instalação de aparelhos de ar-condicionado nos dormitórios, reservatório de água individualizado e tomadas USB no quarto do casal e na sala. Pacote de soluções oferecido pela RNI para que a mudança dos moradores aconteça logo após a entrega do condomínio. “Esses são benefícios que a RNI oferece para facilitar a mudança imediata, sem que haja necessidade de reformas iniciais se o morador assim desejar”, explica Cerqueira. Para este empreendimento, a RNI já possui planos de iniciar as obras ainda na fase de lançamento do produto, trazendo mais flexibilidade e aproximando ainda mais os novos moradores de seu sonho.

Para proporcionar comodidade a todos, o novo empreendimento contará com um complexo de lazer e recreação próximo da entrada do condomínio. As áreas comuns contarão com playground, quiosque com churrasqueira, área fitness, campo gramado, piscina adulto e infantil, salão de festas e vagas de garagem para visitantes e moradores.

Em Pacatuba, que tem população estimada em mais de 84 mil pessoas, segundo dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , e se destaca economicamente no setor industrial. A região é conhecida como a maior cidade-dormitório do Ceará. Possui o segundo maior produto interno bruto do estado, atrás apenas de Fortaleza, e o segundo maior produto interno bruto per capita do Ceará, estando atrás apenas do município de Eusébio.

E-commerce e estande de vendas

A RNI disponibilizou uma plataforma online que permite a visualização das plantas das unidades, a realização de tours virtuais, simulações de financiamento e até o agendamento de visitas ao imóvel decorado do empreendimento. Dessa forma, o consumidor poderá obter mais informações sobre o Moradas Parque sem sair de casa. Além disso, a incorporadora implantou um estande de vendas, e os atendimentos presenciais ocorrem apenas com hora marcada, respeitando os protocolos determinados pelas autoridades públicas.

Perspectiva do mercado imobiliário para 2021 é tema de evento promovido pelo Sienge e pela Brain

Sienge e a Brain Inteligência Estratégica realizam na próxima quinta-feira, dia 15, às 11h, um evento on-line para falar sobre as perspectivas do mercado imobiliário para 2021. Haverá a apresentação de dados de uma pesquisa feita pela Brain e que destaca a inovação na construção civil brasileira.

O estudo será apresentado por Marcelo Gonçalves, sócio-consultor da Brain. Em seguida, Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi, Fabrício Schveitzer, diretor de estratégia e mercado do Sienge, e Fábio Garcez, CEO do Construtor de Vendas, vão debater sobre o que esperam do setor neste ano. A mediação é de Karin Salomão, editora-assistente do UOL Economia.

O evento é gratuito e, para participar, é possível acessar o link http://bit.ly/3fUDJm0. A pesquisa completa será disponibilizada na sexta-feira, dia 16, pelos canais de comunicação das empresas.

Evento: Perspectivas do mercado imobiliário para 2021

Dia: 15/04/2021 às 11h

Inscrições gratuitas pelo http://bit.ly/3fUDJm0

Programação

11h – Abertura do evento e apresentação dos participantes

11h05 – Apresentação da pesquisa da Brain sobre inovação na construção

11h15 – Debate sobre perspectivas para o mercado imobiliário em 2021

11h55 – Encerramento

Caixas de suco recicladas estão virando telhas para casas populares em todo o Brasil

Em programa de compensação ambiental desenvolvido pela Polen, a marca de bebidas Do Bem está neutralizando os impactos de suas embalagens descartadas, transformando o material reciclado em novos produtos

A marca de bebidas Do Bem está transformando as caixas de suco descartadas, e recicladas, em telhas para a construção de casas populares, sedes comunitárias e moradias emergenciais em vários estados do Brasil, entre eles, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiáis e Paraná já foram beneficiados. Para cada telha produzida, são necessárias cerca de 1.100 caixinhas recicladas.

A iniciativa faz parte do programa de compensação ambiental desenvolvido pela startup de sustentabilidade Polen, que é referência no mercado por oferecer soluções tecnológicas e inovadoras de logística reversa para empresas que geram resíduos através de suas embalagens.

“Desenvolvemos um programa personalizado para a Do Bem, com um grande diferencial no modo em que a marca neutraliza os impactos de suas embalagens descartadas: todas as matérias primas provenientes das caixas de suco recicladas, no caso o papel e o polialumínio, estão sendo transformadas em produtos para beneficiar ONGs e instituições, além de ajudar outras iniciativas socioambientais”, explica o CEO da Polen, Renato Paquet.

A meta do projeto, que ganhou o nome de Bagaço, é compensar 100% dos resíduos da produção das embalagens longa vida da marca, ou seja, retirar do meio ambiente mais de 1000 toneladas de resíduos produzidas por ano. Cada embalagem Do Bem é formada por papel (75%), alumínio (5%) e plástico (20%).

A produção das casas está a cargo das organizações sociais, Teto e Ecolar, que atuam na construção de moradias sustentáveis em áreas de vulnerabilidade urbana. Por meio da parceria com a ONG Teto, já foram construídos 3 banheiros comunitários, 2 sedes comunitárias, 1 praça comunitária, 1 biblioteca e 18 moradias emergenciais – outras 17 estão em processo de construção. Com a ONG Ecolar, as telhas já produzidas foram utilizadas na construção de 10 casas (8 delas construídas este ano). Novas unidades estão sendo produzidas para contemplar também outros estados do Brasil. 

 “Acreditamos na inovação para sustentar essa nova maneira de como as empresas e a sociedade lidam com seus resíduos sólidos, por isso procuramos desenvolver soluções que entram nas estratégias de governança das organizações, para que sejam programas perenes, não somente um projeto temporário”, destaca Renato. 

Atualmente, a Polen atende cerca de quatro mil indústrias em nove países: Colômbia, Paraguai, Canadá, Portugal, Espanha, China, Chile, Tailândia e Brasil.