Vedacit anuncia investimento com Terracotta Ventures para expandir estratégia com startups

O aporte por meio da Trutec faz parte da segunda rodada de captação do Terracotta Warriors Ique vai investir R﹩ 100 milhões em até 20 construtechs e proptechs nos próximos quatro anos

A Vedacit, por meio da Trutec, se uniu à Gerdau, Cyrela e demais investidores no aporte do primeiro veículo de venture capital da América Latina voltado para os segmentos de construtechs e proptechs. O Terracotta Warriors I, é uma iniciativa da Terracotta Ventures – empresa de venture capital especializada em startups de construção civil e ao mercado imobiliário -, que pretende captar cerca de R﹩ 100 milhões até o final de 2021 para investir em startups promissoras do setor nos próximos quatro anos.

De acordo com Luís Fernando Guggenberger, Executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit, o aporte tem um viés muito mais do que financeiro. Primeiro ele viabiliza a estratégia de Corporate Venture da empresa por meio da Trutec, spin-off criada para oferecer soluções tecnológicas em conjunto com startups para a indústria da construção civil. O interesse da empresa está no acesso qualificado às oportunidades de startups que a Terracotta avaliar, no acompanhamento periódico de tendências e potenciais startups para futuras oportunidades de investimento, além da massificação da divulgação do Vedacit Labs, programa de Inovação Aberta, atualmente no terceiro ciclo de aceleração. “Nosso objetivo é atrair as startups e obtermos retorno em cima dos investimentos, além de qualificar e nos aproximarmos de construtechs, proptechs e retailtechs preparadas e aderentes ao nosso negócio”, afirma Guggenberger.

O Vedacit Labs passa a ser além do programa de aceleração da Vedacit, a área de Pesquisa e Desenvolvimento da Trutec. “O Vedacit Labs é uma porta de entrada para a Trutec. O Programa faz a seleção de novos modelos de negócio, acelera e encontra as iniciativas aderentes à proposta. O objetivo é oferecermos cada vez mais projetos de impacto para transformar a construção civil com serviços voltados para as construtoras e para o varejo”, afirma Alexandre Quinze, CEO da Trutec.

Desde o início da captação, que começou este ano, a venture capital já utilizou os recursos levantados em dois grandes investimentos – na Yuca, que recebeu R﹩ 56 milhões com rodada liderada pela Monashees; e da Livance, que captou R﹩ 30 milhões, puxado pelo grupo Cadonau e Astella. Até o final do ano a previsão é investir em mais cinco startups.

A Terracotta Ventures ganhou espaço no mercado brasileiro e internacional com a tese de mapear e investir em startups capazes de promover a inovação em todas as pontas no segmento, abrangendo desde a cadeia de suprimentos até as soluções para canteiros de obras, intermediação imobiliária, condomínios, serviços financeiros e outras demandas dos consumidores que habitam uma edificação. Desse olhar, surgiu o Mapa das Construtechs e Proptechs, um estudo feito desde 2017 que faz um levantamento anual de todas as startups do segmento no país, número hoje que já chega a 839. Somente no ano passado, mais de R ﹩1,5 bilhões foram investidos em negócios inovadores do setor. “A multiplicação do número de startups e de recursos destinados a elas são um termômetro do interesse que o setor desperta. Há uma visão muito clara de que é possível fazer mais, melhor e com maior eficiência no setor, que, em muitos casos, preserva um mindset tradicional”, avalia Marcus Anselmo, Managing Partner da Terracotta Ventures..

Segundo o executivo, tanto a tese quanto o know how no mercado fizeram com que a venture capital atraísse o interesse de grandes empresas investidoras, family offices”, que fazem a gestão de grandes fortunas familiares do país, e de companhias de construção, engenharia e incorporação de mais de 10 estados. É o caso de grupos empresariais regionais como Bild Vitta, de São Paulo, Massai Construções, da Paraíba, Hydronorth, do Paraná, e Time Now, Mocelin e Fortes Engenharia, do Espírito Santo. “Nossa missão é apoiar empreendedores capazes de desenvolver negócios escaláveis que transformem a indústria da construção, ainda repleta de ineficiências e, justamente por isso, também cheia de possibilidades”, diz Anselmo

Entre outras startups que receberam investidas da venture capital estão EmCasa, plataforma que conecta compradores e vendedores de imóveis; Rede Vistorias, líder em vistorias em ativos imobiliários no país; InstaCasa, plataforma de projetos e realidade aumentada para o segmento de loteamentos; e OrçaFascio, software para orçamento de obras para construtoras, orçamentistas e órgãos públicos. Este portfólio de startups cresceu mais de 216% nos últimos dois anos e faturaram em 2020 mais de R﹩ 35 milhões.