O mercado de escritórios de alto padrão de São Paulo teve aumento na taxa de vacância no 1º trimestre de 2021. O índice atingiu 24,1%, o que representa 1,7 p.p. a mais do que no final de 2020, conforme aponta estudo First Look realizado pela JLL.
A absorção líquida ficou negativa em cerca de 80 mil m², contudo o volume de absorções subiu 20% em relação ao estudo anterior, chegando a 65 negociações no período. O setor farmacêutico foi responsável por 27% dos novos negócios, seguido pelo financeiro, com 11%. Destaque para a ocupação de 11 mil m² na Chácara Santo Antônio por parte da Roche. Cresceu também a área média absorvida pelas empresas: de 720 para 913 m².
Para Yara Matsuyama, diretora da Divisão de Escritórios da JLL, as devoluções de espaços que aconteceram no começo deste ano já eram esperadas pelo mercado e há uma demanda represada que deve ser vista ao longo de 2021. “Estamos em um período movimentado, com empresas buscando alternativas e focando nas negociações. São decisões que demoram meses para serem concretizadas, mas que são expressivas”, sinaliza a executiva.
IGP-M segue impactando os preços
A pandemia de COVID-19 e a alta do IGP-M seguem elevando os preços médios de locação da cidade, que atingiu o patamar de R$ 87,91. Yara destaca que, apesar de o valor ter subido 3,7 p.p. em relação ao estudo anterior, é preciso olhar para as diferentes regiões da cidade com atenção. “Na Faria Lima, os valores chegam a R$ 119/m², já que se trata de uma área nobre, com vacância em torno de 10%. Lugares com maior estoque disponível apresentam preços menores”, aponta.
Este é um bom momento para quem busca espaços. “As empresas já entenderam seus desafios e agora conseguem planejar a ocupação de forma mais adequada. As negociações são longas, por isso, é preciso se movimentar com agilidade para garantir boas condições como descontos, flexibilidade de contrato e carência, por exemplo”, lembra a diretora da JLL.
Acesse o estudo First Look SP do 1º trimestre de 2021 aqui.