A pesquisa Nível de Confiança do Empresário do Setor Imobiliário Residencial, realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), mostra expectativa positiva do mercado para o próximo ano. Entre CEO’s e diretores de 38 das maiores construtoras do país entrevistados, 97% pretendem lançar novos empreendimentos habitacionais nos próximos 12 meses. Para fazer frente à essa expectativa, 92% das incorporadoras pretendem comprar terrenos para novos projetos, motivadas por forte projeção no aumento da comercialização de imóveis feita por 87% dos ouvidos na pesquisa entre 23 e 30 de setembro.
“O setor imobiliário já vem se comprovando como importante vetor da retomada econômica pós-pandemia. O Nível de Confiança registrado pela ABRAINC reforça essa tendência, o que irá significar novos investimentos e empregos gerados para atender ao desejo do brasileiro de comprar imóveis”, avalia o presidente da associação, Luiz Antonio França.
Tal movimento já foi sentido no terceiro trimestre de 2020, com a maioria (87%) registrando aumento na procura por imóveis e nas vendas. Com destaque para o segmento de médio e alto padrão (MAP), cuja procura cresceu 90% entre julho e setembro. “Estamos observando um retorno consistente de compradores do segmento de médio e alto padrão, geralmente composto por pessoas com maior nível de renda em busca de um segundo imóvel e ou de oportunidade para investir, agora que aplicações em renda fixa não são opções de ganho elevado”, afirma França.
Já o segmento de habitação popular segue com nível máximo de expectativa entre os executivos (100%) para as vendas e os lançamentos de novos empreendimentos nos próximos 12 meses. Isso mostra resiliência do setor em atender a uma demanda represada diante do déficit habitacional de 7,797 milhões de domicílios nos país.
Os executivos do ramo imobiliário se mostram confiante também quanto aumento no valor dos imóveis. Para 84%, a valorização será acima de 10% nos próximos 5 anos. A expectativa supera o aumento no mesmo patamar verificado entre 2009 e 2019, conforme estudo realizada pela Abrainc. Ou seja, os imóveis devem se consolidar como opção para investimento em meios à perda de aplicação de renda fixa, atraindo pessoas menos dispostas ao risco ao mercado de capitais.