Pesquisa do DataZAP+ aponta que importância de espaço para home office varia conforme nível de isolamento social

O nível de importância atribuído à disponibilidade de espaço para home office em um imóvel é maior entre aqueles que estão cumprindo mais o isolamento social recomendado durante a pandemia, revela a 4ª rodada da “Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro” realizada pela DataZAP+, área de inteligência imobiliária do ZAP+.

De acordo com o estudo, o espaço para trabalhar de casa é citado como fator muito importante na busca de um novo imóvel para 43% dos que dizem não sair de casa em hipótese alguma e para 38% das pessoas que responderam sair somente para serviços essenciais. Enquanto para os que saem somente para trabalhar e os que dizem viver sem alterações no dia a dia, o home office é muito importante para apenas 22% e 25%, respectivamente.

Os dados ainda revelam que o impacto da pandemia na renda das pessoas também afeta a importância dada a um espaço para home office: ter um local para trabalhar de casa é muito importante para 39% daqueles que tiveram um efeito positivo nos ganhos.

“Em casos em que o profissional foi demitido ou teve a carga de trabalho reduzida, é natural que o interesse por um espaço para home office seja menor. Da mesma forma, os profissionais que estão saindo de casa para trabalhar, seja por necessidade ou vontade, também priorizam menos essa característica durante a busca por um imóvel”, afirma Danilo Igliori, economista do DataZAP+.

Por outro lado, ao analisar quais itens têm mais importância no momento de escolher um imóvel, compradores e locatários colocaram a necessidade de um ambiente para escritório mais ao final do ranking.

“Com a sobreposição de espaços de trabalho e moradia, a residência desejada passou a refletir outras necessidades, como por exemplo uma cozinha melhor equipada e capaz de facilitar o preparo dos alimentos. Não à toa, os fatores que mais ganharam importância na pesquisa foram imóveis com ambientes mais bem divididos, disponibilidade de varanda, e metragem maior. Caso a tendência do trabalho remoto seja mantida após o fim da pandemia, é possível imaginar que a planta dos imóveis sofrerá mudanças para atender esses desejos”, completa Igliori.

Sobre a pesquisa

A 4ª onda da pesquisa da DataZAP+ foi realizada entre os dias 15 e 22 de março de 2021, e contou com respostas de 2.224 usuários dos portais ZAP+ residentes das regiões metropolitanas do Brasil. A margem de erro é de 2 p.p. considerando nível de confiança de 95%. O mesmo levantamento tinha sido realizado anteriormente em três momentos, permitindo a comparação dos resultados: entre 24 a 29 de março de 2020 (1ª onda), de 27 de abril a 05 de maio de 2020 (2ª onda), e de 29 de maio a 7 de junho de 2020 (3ª onda).

O levantamento é o maior do setor imobiliário e tem como objetivo detalhar o comportamento e expectativas dos diversos agentes do mercado por meio de entrevistas realizadas com cerca de três mil pessoas, incluindo consumidores e profissionais de imobiliárias, incorporadoras e também corretores.