O metaverso e suas aplicações para a construção civil são temas da FEICON

Desde que o Facebook anunciou, em outubro do ano passado, investimentos no metaverso e mudou o nome empresarial para Meta, a corrida pelo uso de tecnologias imersivas para impulsar negócios se tornou mais acirrada. De um lado, desenvolvedores de olho em um mar de oportunidades. De outro, empresas apostando em novos níveis de experiências e, claro, ampliação de seus resultados. Na construção civil o cenário não é diferente e a FEICON trouxe essa pauta para sua programação.  

A organização do evento, já reconhecido por apresentar inovações e tendências, buscou referências e conteúdos que pudessem esclarecer melhor o tema (e suas vantagens) para o setor de construção civil e arquitetura. Para isso, trouxe em seu episódio especial do Conversas Construtivas, promovido pela FASSA BARTOLO, o especialista Igor Hosse, fundador da Evil Schnitzel, empresa de desenvolvimento de jogos, e professor coordenador do Game Design Lab conversando com Lúcia Mourad, gerente da FEICON, no qual, além de esclarecer as principais dúvidas sobre o que é o metaverso, também explicou outros conceitos essenciais do universo digital para quem quer entender essa nova tendência, como NFTs e blockchain.

A FEICON também foi conversar com Marcelo Rodino, cofundador e diretor da Flex Interativa, empresa especializada em digital experience, a respeito do que a indústria da construção pode esperar do metaverso e o impacto desse novo universo para o setor, e ele indicou que existem 3 aplicações principais nesse sentido:

  1. Gêmeos Digitais: O conceito está relacionado às representações virtuais de projetos. Em um prédio feito dentro de um ambiente digital, por exemplo, é possível simular ações do tempo e de condições climáticas através do input de uma série de dados e do uso de inteligência artificial. “Em um estande de vendas ou showroom esse tipo de experiência pode ajudar muito o processo de venda, pois o cliente consegue escolher o lado com mais sol, checar a vista a partir dos diferentes andares, etc.”, explica o especialista.
  1. Gamificação das visitas: já existem alternativas de navegação em plantas com visão 360 graus, mas as possibilidades aumentam consideravelmente com o metaverso. “Imagine entrar no elevador, subir até o apartamento e ver o modelo decorado, mas com a oportunidade de se relacionar com outras pessoas dentro deste ambiente, visitantes ou vendedores, a partir de avatares. O céu é o limite para a criação de interações que permitam algo extremamente impactante e que pode ser vivenciado de qualquer lugar”, completa.
  1. Treinamentos: é o ambiente virtual como um novo nível de ferramenta de capacitação, seja para enriquecer os detalhes de uma apresentação técnica ou para fazer com que os contratados de uma obra estejam preparados antes mesmo do início de qualquer operação nos canteiros. “Com certeza será um grande aliado neste sentido. A segurança do trabalho será reforçada e os envolvidos poderão participar juntos e em tempo real nos projetos”, fecha Rodino.

O especialista esclareceu, ainda, que o metaverso está relacionado à realidade virtual, mas que não é restrito aos óculos especiais. “É um ambiente onde as pessoas podem se relacionar, mas o acesso também pode ser com os aplicativos mobile e jogos de consoles. No game Fortinite, por exemplo, comunidades inteiras podem se juntar para curtir, em tempo real, shows e eventos”, complementa o diretor da Flex.

Início para as empresas de construção

O setor ainda tem muito a avançar em termos de tecnologia, mas a transformação digital está em curso e foi impulsionada pela pandemia. Em relação ao metaverso, entretanto, Marcelo explica que é cedo para que as empresas tenham ferramentas próprias para construir seus espaços virtuais. “O primeiro passo é o entendimento de que o jeito de comunicar vai mudar e que é preciso aprender como utilizar essas ferramentas. Depois, procurar empresas especializadas em tecnologias, realidades virtual e aumentada para um cenário das experiências possíveis”, explica.

Como a tendência é que o metaverso seja um ambiente compartilhado, alguns cuidados são necessários. “Será preciso atenção para a Lei Geral de Proteção de Dados, por exemplo, mas os desafios não param por aí. Assim como os inúmeros níveis de oportunidade e de criação, existem muitas questões que podem ser sensíveis e precisam ser mapeadas”, finaliza o especialista.

Metaverso na FEICON

Marcelo Rodino é um dos convidados da programação de conteúdo da próxima edição da FEICON e vai demonstrar, ao vivo, os benefícios e possibilidades do metaverso aplicado à construção civil. O assunto será um dos destaques da programação de conteúdo e promete atrair os profissionais do setor que buscam por soluções inovadoras.

Enquanto o evento, marcado para começar no dia 29 de março, no Pavilhão do São Paulo Expo, não chega, vale descobrir um pouco mais sobre esse tema fascinante tanto no episódio especial do Conversas Construtivas já disponível na plataforma FEICONNECT https://cutt.ly/9OKWkpI quanto no novo conteúdo do Blog da FEICON que detalha um pouco mais esse universo e seus termos tecnológicos no link https://cutt.ly/KOKT9r9

FEICON – 26ª EDIÇÃO

Data: 29 de Março a 1º de Abril de 2022
Horário: Terça a Sexta, das 10h às 20h
Local: São Paulo Expo – São Paulo/SP
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – Água Funda

Informações: https://www.feicon.com.br/