Por Joaquim Venancio
Apesar de não ser um nicho tão explorado no Brasil, as proptechs, como são chamadas startups voltadas para o mercado imobiliário, são um mercado com um grande potencial. Segundo o StartupBase, mapeamento de dados da Associação Brasileira de Startups (ABS), há 109 empresas desse tipo contabilizadas no site e a expectativa é que, nos próximos anos, tenhamos mais iniciativas neste segmento, uma vez que temos um país cada vez mais digitalizado.
Lá fora, as proptechs já se estabeleceram e são destaques no cenário econômico. Prova disso é um estudo realizado pela Jones Lang LaSalle, companhia de serviços profissionais especializada em imóveis, que indicou que entre 2013 e 2017, essa fatia do mercado chegou a movimentar 7,8 bilhões de dólares, sendo a China o principal responsável pela maior parte das transações.
Inclusive, no país, temos exemplos de iniciativas muito arrojadas. Um exemplo é a presença de shopping centers “inteligentes”, em que é possível rastrear o comportamento do consumidor por meio de câmeras que registram movimentos. Fora isso, uma construtora chinesa desenvolveu sensores, que, instalados ao redor de seus prédios, capturam dados dos moradores que são usados para ajudar nas mais diversas informações: evitar inundações com chuvas de verão ou identificar elevadores quebrados.
A alta procura se justifica, dentre outras coisas, pela busca das pessoas por formas de tornar a sua relação com a própria casa mais otimizada, conveniente e inteligente, por isso uma das tecnologias “queridinhas” nesse player é a inteligência artificial. De acordo com a WGSN, empresa de previsão de tendências da organização matriz Ascential, o mercado de automação residencial vai movimentar mais de 100 bilhões de dólares no mundo todo, principalmente por conta da utilização de dispositivos de assistente virtual, como a Alexa e o Google Assistant.
Por meio de equipamentos como esses é possível apagar luzes, ligar e desligar equipamentos, abrir e fechar cortinas, enfim, uma infinidade de interações. Outra vantagem é exatamente essa facilidade de se integrar ao dia a dia dos moradores de uma residência.
No Brasil, muitas empresas já começaram a investir em tecnologias e tem buscado iniciativas nesse sentido. A Positivo, por exemplo, lançou no ano passado um Kit de casa inteligente, com uma série de dispositivos para automatizar diversos aspectos da residência. Nesse caso, todas as aplicações são integradas e controladas pelo smartphone. Outra ação interessante são as fechaduras digitais, que permitem os acessos aos locais sem precisar de chave. A startup brasileira Keyset, por exemplo, facilita o controle de acesso pela nuvem.
Nós da Noknox também apostamos nessa tecnologia, não apenas para melhorar nossa ferramenta, como também para nos aproximarmos do mercado. Dessa forma, integramos ferramentas de comando de voz para autorizar a entrada e saída das pessoas, interagindo ainda com todas as áreas comuns dos condomínios e prédios comerciais. Também é possível abrir portas de residências e de garagens combinando esse sistema e IoT.
O que podemos concluir é que o céu é o limite para a questão da utilização de inteligência artificial dentro do mercado de proptechs. O futuro já chegou e, para alcancá-lo, precisamos nos integrar. Vem com a gente?
Joaquim Venancio, CEO e fundador da Noknox, uma plataforma que tem como objetivo conectar pessoas aos seus lares e locais de trabalho unindo praticidade, segurança e conforto.