Elevação nos preços residenciais foi registrada em 47 das 50 cidades monitoradas. Na maioria delas, todavia, alta foi inferior à inflação
■ Análise do último mês: o Índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, apresentou elevação de 0,48% em dezembro em 2021, após alta de 0,53% em novembro. Comparativamente, a expectativa do mercado para a variação do IPCA/IBGE de dezembro de 2021 é de alta de 0,68%, segundo informação divulgada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil* – resultado que, caso efetivado, representará uma queda real de 0,20% no Índice FipeZap. Individualmente, 47 das 50 cidades monitoradas pelo índice apresentaram aumento nominal de preço de venda de imóveis residenciais, sendo que em 24 delas a variação apurada pelo índice superou a inflação esperada para dezembro. Em termos de magnitude, as altas mais expressivas no último mês foram registradas em: Balneário Camboriú (+2,94%), São José (+2,70%), São José dos Campos (+2,55%), Vila Velha (+2,36%), Maceió (+2,17%), Pelotas (+2,02%), Florianópolis (+1,56%), Itapema (+1,29%), Curitiba (+1,25%) e Goiânia (+1,13%). Levando-se em conta apenas os resultados para as 16 capitais incluídas no índice, apenas Manaus apresentou recuo no preço dos imóveis residenciais (-1,14%), contrapondo-se às altas apuradas em: Maceió (+2,17%), Florianópolis (+1,56%), Curitiba (+1,25%), Goiânia (+1,13%), Vitória (+1,10%), João Pessoa (+0,89%), Campo Grande (+0,86%), Fortaleza (+0,75%), Brasília (+0,51%), Recife (+0,42%), Porto Alegre (+0,37%), São Paulo (+0,36%), Belo Horizonte (+0,30%), Salvador (+0,20%) e Rio de Janeiro (+0,20%).
■Análise de 2021: com os últimos resultados do ano, o Índice FipeZap encerrou 2021 com alta acumulada de 5,29% – o maior avanço desde 2014, período em que os preços dos imóveis residenciais apresentação uma elevação nominal de 6,70%. Na comparação com a inflação acumulada pelo IPCA/IBGE em 2021 (+9,28%)*, todavia, a alta nominal do Índice FipeZap se traduz em uma queda de 3,66% em termos reais. Na ótica desagregada, apenas 3 das 50 cidades monitoradas encerraram o ano com recuo nominal no preço médio de venda de imóveis residenciais: Santos (-2,07%), Campinas (-0,44%) e Niterói (-0,36%). Entre as outras 47 cidades, apenas 17 apresentaram alta superior à inflação acumulada no ano, sendo as mais expressivas em: Itajaí (+23,77%), Itapema (+23,57%), Balneário Camboriú (+21,21%), Vila Velha (+20,24%), Vitória (+19,86%), Maceió (+18,50%), São José (+18,16%), Florianópolis (+15,74%), Curitiba (+15,41%) e Goiânia (13,70%). Considerando-se apenas as 16 capitais incluídas no Índice FipeZap, por sua vez, todas encerraram o ano com elevação nominal no preço de venda, embora apenas 6 delas tenham apresentado uma variação superior à inflação: Vitória (+19,86%), Maceió (+18,50%), Florianópolis (+15,74%), Curitiba (+15,41%), Goiânia (+13,70%) e Manaus (+9,48%). Em Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, as altas acumuladas em 2021 foram de 5,54%, 4,13%, 3,06%, 2,16% e 1,57%, respectivamente.
■ Preço médio de venda residencial: com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em dezembro de 2021, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap foi de R$ 7.874/m². Entre elas, os maiores valores médios foram apurados em: São Paulo (R$ 9.708/m²), Rio de Janeiro (R$ 9.650/m²), Balneário Camboriú (R$ 9.358/m²), Itapema (R$ 8.856/m²), Brasília (R$ 8.788/m²), Florianópolis (R$ 8.582/m²), Vitória (R$ 8;562/m²). Já a lista com as cidades com menor preço médio de venda para imóveis residenciais incluiu: Betim (R$ 3.091/m²), São José dos Pinhais (R$ 3.788/m²), Pelotas (R$ 3.914/m²/m²), São Vicente (R$ 4.047/m²), Ribeirão Preto (R$ 4.147/m²), São Leopoldo (R$ 4.171/m²) e Londrina (R$ 4.206/m²), além das capitais: Campo Grande (R$ 4.569/m²), João Pessoa (R$ 4.893/m²) e Goiânia (R$ 5.114/m²).
Nota: (*) informação publicada no Boletim Focus do Banco Central do Brasil em 03/01/2022. A variação real do Índice FipeZap será efetivamente conhecida apenas após a divulgação do IPCA efetivo de dezembro/2021 pelo IBGE