A taxa de inadimplência de aluguel no Brasil terminou o ano com média de 3,49%, abaixo do registrado no início do ano e um pouco acima do índice registrado em dezembro, que foi de 3,46% – taxa mais alta do segundo semestre. As menores taxas do ano foram registradas em agosto (3,12%) e setembro (3,14%) e o pico em fevereiro e abril, ambos com 3,86%. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
“Podemos observar uma queda das taxas de inadimplência no período entre março (com exceção de abril) e agosto, que coincide com a menor taxa Selic do ano em 10,5%”, afirma Manoel Neto, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica. “O mercado de locação foi bastante resiliente em 2024. O setor se manteve estável mesmo com o Brasil enfrentando situações de calamidade, como as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas no centro-oeste.”
Neto destaca ainda que “o aluguel é dificilmente o primeiro gasto a ser cortado. Afinal, a moradia é uma necessidade básica. Então, a inadimplência locatícia é um forte alerta de que a situação econômica da população não está saudável, principalmente para as classes mais baixas. As projeções de aumento tanto na inflação quanto nas taxas de juros devem manter o orçamento das famílias pressionado ao menos no início de 2025”.
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As regiões Norte e Nordeste alternaram entre as maiores taxas do ano. Entre janeiro e julho, os estados nordestinos apresentaram os maiores números de inadimplência e, a partir de agosto, os estados do Norte tiveram um aumento, finalizando o ano com a maior taxa da região registrada em 2024, 7,05%. Houve um avanço de 2,41 pontos percentuais no Norte e queda de 1,91 ponto percentual no Nordeste, sendo as maiores variações entre as regiões brasileiras.
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O levantamento mostra também que os imóveis comerciais registraram taxas de inadimplência mais altas do que os residenciais (apartamentos e casas). “Os imóveis comerciais podem ser mais afetados considerando a instabilidade econômica e os desafios enfrentados por empresas. Já os imóveis residenciais podem refletir mais diretamente as condições de vida das famílias e o desemprego”, explica.
Os imóveis residenciais com aluguel acima de R$ 13.000 finalizaram o ano com uma taxa média de 6,04%. Nos imóveis comerciais, a média foi maior na faixa até R$ 1.000, com 6,76% de inadimplência locatícia. Por outro lado, em ambos os tipos de imóveis, a faixa de R$ 2.000 a R$ 3.000 teve a menor média de inadimplência de aluguel – 2,08% para imóveis residenciais e 3,8% para imóveis comerciais.
“Em um ano marcado pelo crescimento das apostas esportivas e jogos online, o impacto nas finanças dos brasileiros foi considerável. Em dezembro, a inadimplência locatícia registrou o maior índice do segundo semestre, embora ainda não tenha voltado aos patamares verificados no início de 2024. No entanto, sabe-se que o público de baixa renda é o mais impactado pelas apostas e quando olhamos apenas para os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000, eles registraram não apenas o maior crescimento da inadimplência (9%) entre todas as faixas de preço, mas também a maior taxa de inadimplência do ano em dezembro”, analisa Neto.
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