Levantamento da uCondo revela que Alagoas, Acre e Amapá lideram a lista dos estados com maiores índices de inadimplência acima de 30 dias em condomínios. Endividamento nacional impacta pagamento das taxas
A inadimplência condominial tem sido uma dor de cabeça recorrente para síndicos, administradoras e moradores em todo o Brasil. Um levantamento realizado pela uCondo, startup especializada em tecnologia para gestão de condomínios, mostra que a média de inadimplência acima de 30 dias nas taxas condominiais no país é de 13,07% desde janeiro de 2024. No entanto, em 11 estados, esse índice está bem acima da média, atingindo percentuais preocupantes. O estado de Alagoas lidera o ranking, seguido do Acre e Amapá. Confira a lista completa:
A inadimplência condominial reflete um problema maior: o endividamento dos brasileiros. A última publicação do Serasa (setembro de 2024), mostra que o Brasil tem 72,46 milhões de pessoas inadimplentes, representando 44,79% da população. Embora os números tenham caído em relação aos meses anteriores, a inadimplência ainda é uma realidade para muitas famílias. “Para a maior parte dos endividados, contas essenciais como luz, água e gás acabam sendo priorizadas, enquanto a taxa condominial é adiada, muitas vezes virando uma ‘bola de neve”, analisa Marcus Nobre, CEO da uCondo. Ainda de acordo com o Serasa, a faixa etária mais afetada pelo endividamento vai de 41 a 60 anos, representando 35,1% dos brasileiros com restrições no nome. Logo após, vêm os de 26 a 40 anos (34,0%) e os idosos acima de 60 anos (19,0%), enquanto os jovens de 18 a 25 anos representam 11,8% do total.
A uCondo projeta que 2024 encerrará com um índice de 14% de inadimplência superior a 30 dias. Em 2023, esse índice fechou em 10,34%. Quando avaliamos atrasos no pagamento inferiores a 30 dias, o índice de inadimplência chegou a 24,04% em 2023.
O CEO da uCondo aponta que essa situação se agrava quando a cobrança condominial não é bem gerida. “A falta de comunicação entre síndicos e moradores, a ausência de políticas claras de cobrança e a inexistência de incentivos ao pagamento em dia são alguns dos fatores que contribuem para a alta inadimplência”, comenta Nobre. Ele destaca essas e outras medidas que podem ser adotadas na gestão de condomínios para combater a inadimplência:
- Comunicação clara: Informar constantemente os moradores sobre prazos de pagamento, multas e juros por atraso, além das consequências da inadimplência.
- Política de cobrança: Definir procedimentos claros para tratar da inadimplência, com prazos para notificações, cobranças e possíveis ações judiciais.
- Incentivo ao pagamento antecipado: Oferecer descontos ou benefícios para moradores que quitarem suas taxas condominiais antecipadamente.
- Participação ativa dos moradores: Incentivar a presença dos condôminos em assembleias e reuniões para que entendam a importância de manter as contas do condomínio em dia.
- Negociação antes da ação judicial: Tentar negociar a dívida com o inadimplente, oferecendo parcelamento ou outras alternativas para a regularização.
- Redução de despesas: Rever contratos e reduzir o consumo de água e energia elétrica nas áreas comuns podem diminuir as despesas do condomínio e, consequentemente, o valor das taxas.
Sistemas de gestão condominial são ferramentas que podem ser muito úteis para o controle da inadimplência. A plataforma da uCondo, por exemplo, conta com uma régua de cobrança automatizada e ainda reduz significativamente os custos com a emissão de boletos, uma vez que tudo é resolvido digitalmente. “Nossa startup já transacionou mais de meio bilhão de reais em taxas para condomínios que confiam na nossa solução”, conta Marcus Nobre.
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