Nos últimos anos, a participação feminina no mercado da construção civil, um nicho historicamente dominado por homens, vem aumentando. Na HM Engenharia, construtora com 46 anos de experiência na entrega do primeiro imóvel, 62,5% das mulheres ocupam cargos de diretoria. Do total de líderes, elas representam 46%. No Brasil, segundo a última pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, as mulheres ocupavam apenas 39,1% dos cargos gerenciais existentes, enquanto os homens preenchiam 60,9% das vagas.
Todo esse movimento de mulheres inseridas no ramo ganha ainda mais força com o Dia Internacional da Mulher na Engenharia, celebrado mundialmente no dia 23 de junho. A data foi criada pela Women’s Engineering Society (WES) do Reino Unido, como marco importante para que a presença das engenheiras na profissão seja consolidada e fortalecida.
Para Jordana Albuquerque, diretora de Gente e Gestão da HM, o aumento de mulheres na construtora reforça um dos seus principais pilares: o da Diversidade. “Nós entendemos que é importante termos equipes compostas por profissionais diversos, que possibilitem a riqueza de opiniões, perspectivas e a construção de resultados diferenciados. Trabalhamos para fortalecer a presença e desenvolvimento das nossas mulheres, construindo um ambiente de reconhecimento e valorização para todas elas”, afirma.
A pesquisa mais recente do Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho – ano base de 2020 – aponta que a participação das mulheres com carteira assinada no segmento da construção civil teve aumento de 5,5% em relação ao ano anterior. Segundo o estudo, o motivo para isso foi a grande procura feminina pela capacitação para atuar no setor. Hoje, a HM conta com a experiência de mais de 250 profissionais do gênero, um aumento de 24% em relação ao fechamento do ano passado, em 2021. Além disso, do total de estagiários, 57% são mulheres, e elas ainda ocupam 100% das vagas de aprendizes.
No canteiro de obras da HM, as mulheres representam 14% do total de profissionais, desde engenheiras, administrativas e até técnicas de segurança. A engenheira civil Aline Santos, formada há 9 anos e profissional da HM Engenharia há 8, já passou por obras da construtora como engenheira civil nas cidades de Itatiba, Valinhos e Hortolândia. Na época de sua formação, de 100 alunos presentes na sala de aula, Aline era uma das 15 mulheres. “É um ambiente masculinizado, mas tem melhorado ano após ano. Nós mulheres estamos ganhando espaço. Se eu pudesse voltar atrás, eu faria tudo novamente. Cada esforço no início da minha profissão valeu a pena”, contou.
Apesar de ter vivenciado alguns desafios no início de sua carreira, como a dedicação para ganhar espaço e confiança de atuação no ambiente de trabalho, hoje a profissional exerce a sua profissão com orgulho. “No começo é desafiador, por sermos mulheres e novas na profissão. É preciso se dedicar e não desistir, aos poucos vamos ganhando força, espaço e a confiança dos nossos colegas de trabalho. É gratificante ser engenheira, nosso trabalho é ajudar as pessoas a realizarem os seus sonhos em ter seu imóvel próprio”, disse.