O aquecimento do mercado imobiliário durante a pandemia motivou 39% das empresas e profissionais do setor a investirem e ampliarem os negócios, segundo a 4ª rodada da “Pesquisa da Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário Brasileiro” realizada pela DataZAP+, área de inteligência de dados imobiliários do ZAP+. No outro extremo, apenas 11% dos respondentes afirmaram estar reduzindo investimentos, enquanto 50% declarou estar aguardando o desenvolvimento do cenário pandêmico antes de tomar uma decisão.
“Apesar do longo período da pandemia, o setor imobiliário mostra sinais de resiliência e as percepções dos profissionais refletem tal comportamento. A pesquisa revela que o mercado de compra e venda está mais otimista, com 39% dos respondentes ampliando e investindo. Para o mercado de locação esse valor é de 29%”, analisa Edivaldo Constantino, economista da DataZAP+.
O momento favorável é confirmado novamente quando os profissionais do setor foram questionados sobre o desempenho do mercado nos próximos 12 meses: 57% responderam ter uma boa ou ótima expectativa, enquanto 27% apostam num desenvolvimento regular e 16% têm impressões ruins ou péssimas.
A pesquisa também levantou quais são os principais riscos ao mercado imobiliário no curto prazo. A instabilidade no cenário político-econômico foi apontada como fator principal de cautela, sendo citado por 77% dos profissionais. A baixa de vendas provocada pela perda de renda da população foi mencionada por 57%, enquanto que a redução na demanda por escritórios corporativos e a inadimplência nos contratos de locação foram indicados por 36% e 35%, respectivamente.
Sobre a pesquisa
A 4ª onda da pesquisa da DataZAP+ foi realizada entre os dias 15 e 22 de março de 2021, e contou com respostas de 2.224 usuários dos portais ZAP+ residentes das regiões metropolitanas do Brasil. A margem de erro é de 2 p.p. considerando nível de confiança de 95%. O mesmo levantamento tinha sido realizado anteriormente em três momentos, permitindo a comparação dos resultados: entre 24 a 29 de março de 2020 (1ª onda), de 27 de abril a 05 de maio de 2020 (2ª onda), e de 29 de maio a 7 de junho de 2020 (3ª onda).
O levantamento é o maior do setor imobiliário e tem como objetivo detalhar o comportamento e expectativas dos diversos agentes do mercado por meio de entrevistas realizadas com cerca de três mil pessoas, incluindo consumidores e profissionais de imobiliárias, incorporadoras e também corretores.