Destaques de julho incluíram São Paulo e Brasília, onde preços de venda e locação do segmento avançaram
■ Análise do último mês: segundo o Índice FipeZap, o preço médio de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² apresentou ligeira queda de 0,03% em julho de 2021, enquanto o preço médio de locação do segmento avançou +0,13% no mesmo período. Comparativamente, ambas variações registradas foram inferiores à inflação medida pelo IPCA/IBGE (+0,96%) e pelo IGP-M/FGV (+0,78%). No caso específico do preço de venda, o recuo foi observado em capitais como Florianópolis (-0,85%), Rio de Janeiro (-0,48%) e Belo Horizonte (-0,44%), em contraste às altas em Brasília (+1,07%), Curitiba (+0,48%), e São Paulo (+0,23%). Já em relação ao preço de locação, as variações positivas em Brasília (+0,62%), São Paulo (+0,40%), Belo Horizonte (+0,22%), Rio de Janeiro (+0,17%), entre outras capitais, se sobrepuseram, conjuntamente, às variações negativas observadas nos preços de imóveis comerciais em Salvador (-1,26%), Florianópolis (-0,76%) e Curitiba (-0,22%).
■ Balanço parcial em 2021: no acumulado até julho de 2021, o Índice FipeZap de Venda Comercial registra ligeira queda nominal (-0,19%), enquanto o índice de locação acumula uma alta nominal de 1,04% – ambas variações inferiores à inflação apurada tanto pelo IPCA/IBGE (+4,76%) quanto pelo IGP-M/FGV (+15,98%).
■ Análise do acumulado em 12 meses: com os resultados de julho, o preço médio de venda ampliou a queda para 1,35% nos últimos 12 meses, enquanto o preço médio de locação recua 0,09% no mesmo recorte temporal. Comparativamente, esses resultados permanecem abaixo das variações do IPCA/IBGE (+8,99%) e do IGPM/FGV (+33,83%) nesse horizonte. Pela ótica individual, o aumento do preço médio de venda foi observado em: Campinas (+1,99%), Curitiba (+0,52%), Salvador (+0,25%) e São Paulo (+0,06%), em contraste aos recuos em: Brasília (-6,39%), Belo Horizonte (-4,80%), Florianópolis (-3,91%), Niterói (-3,70%), Porto Alegre (-3,11%) e Rio de Janeiro (-2,26%). Quanto ao preço médio de locação do segmentos, a alta foi apurada em: Curitiba (+2,51%), São Paulo (+1,69%), Campinas (+1,29%), Porto Alegre (+1,21%) e Salvador (+0,53%), contrapondo-se às quedas no Rio de Janeiro (-3,63%), em Brasília ( 3,14%), Niterói (-2,58%), Belo Horizonte (-1,77%) e Florianópolis (-0,06%).
■ Preço médio de venda e locação: em julho de 2021, o valor médio do m2 de imóveis comerciais anunciados nas cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial foi de R$ 8.393/m2, no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 37,41/m2, entre aqueles destinados para locação. Entre todas as 10 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial, a cidade de São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R$ 9.657/m2), quanto para locação de imóveis do mesmo segmento (R$ 44,60/m2). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados foram de R$ 9.207/m² e R$ 37,52/m², respectivamente.
■ Rentabilidade do aluguel comercial*: pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis comerciais, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir no imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel (rental yield). O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a outras opções de investimento disponíveis (como, por exemplo, investimento em imóveis residenciais para obtenção de aluguel ou aplicações financeiras). Em julho de 2021, o retorno médio do aluguel comercial (anualizado) foi apurado em 5,48% ao ano, superando a rentabilidade do aluguel do segmento residencial (4,62% ao ano), assim como o retorno médio real de aplicações financeiras de referência.
Nota (*): os preços considerados no indicador incluem apenas aqueles veiculados em anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, capta-se de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda pelo aluguel de espaços comerciais ao longo do tempo.