A tecnologia para residências é a chave do futuro

PorJoaquim Venancio, CEO da Noknox

Você já parou para pensar em como a tecnologia tem impactado a vida das pessoas? De dez anos para cá, muita coisa mudou. Hoje, é possível encontrar soluções simples de locomoção com apenas um toque no celular, seja para pedir um motorista de aplicativo ou liberar um patinete compartilhado, pagar qualquer coisa sem sair de casa, escolher um filme ou série para assistir e até mesmo, autorizar a entrada e saída de visitantes na sua residência ou reservar espaços comuns sem ter que se comunicar com a portaria.

Ao me deparar com tantas transformações, tenho a certeza de que soluções tecnológicas são mesmo a chave para o futuro e com frequência me pergunto: para onde vamos agora? Falando do mercado em que atuo, acredito que soluções para automação de residências, bem como o conceito de casas conectadas, fazem parte de um mercado que deve ser bastante promissor nos próximos anos.

O conceito de dispositivos e apps baseados no uso da internet das coisas (Iot) será o principal agente nas inovações do setor para os próximos anos. Segundo estudo realizado pela IDC, empresa líder em inteligência de mercado e consultoria, 10% dos valores destinados ao investimento nessa tecnologia serão aplicados no setor de residências conectadas.

Hoje, automações residenciais e equipamentos conectados, como displays que controlam câmeras, temperaturas e objetos eletrônicos, já são realidade em 4% das residências brasileiras, ainda de acordo com o mesmo estudo. Em um futuro próximo, essa é uma lógica que só tende a crescer.

Outras tendências importantes para o futuro das moradias na próxima década tem relação com as preocupações e necessidades dos consumidores dessa e das próximas gerações. Um estudo encomendado junto a IDC pela Positivo, empresa líder de tecnologia no mercado, aponta que 80% dos brasileiros de classe média têm interesse em segurança. E, quando se fala em mercado, 60% das iniciativas em IoT serão baseadas em soluções de proteção.

Apesar de sermos uma empresa com o DNA de tecnologia, na Noknox, entendemos a necessidade do capital humano em qualquer uma das tendências citadas acima. É por isso que procuramos criar soluções que façam com que o usuário fique seguro otimizando a sua conexão com os outros players do condomínio como porteiros, vizinhos e síndicos. A nossa ideia é misturar comunicação com praticidade, conforto e segurança, valores tão procurados pelos usuários assíduos de ferramentas modernas ultimamente.

Em resumo, apesar de enxergar o grande papel da tecnologia, automação e de tendências de consumo colaborativo, acreditamos também na necessidade de aliar o uso dessas soluções a melhora da vida e do trabalho das pessoas, ao invés de substituí-las. E é nesse caminho que pretendemos seguir nas próximas décadas!

Fundos de Investimentos Imobiliários Híbridos: os “Hedge Funds” do mercado imobiliário

Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) estão ganhando a preferência dos investidores pelas diversas vantagens que eles apresentam. Distribuição de dividendos, possibilidade de isenção de Imposto de Renda para pessoa física, aporte inicial com pequenos valores para investir mensalmente. A lista de benefícios é imensa, o que tem feito esse mercado crescer significativamente nos últimos anos. Mas neste universo, um dos produtos tem chamado atenção dos investidores: os FIIs Híbridos, fundos que investem em diferentes tipos de ativos vinculados ao mercado imobiliário.

A composição dos FIIs Híbridos envolve todos os ativos do segmento como, por exemplo, para renda (aquisição do imóvel para locação); desenvolvimento (construção de imóveis para venda); imóveis para compra e venda (objetivo de lucrar com as transações financeiras); recebíveis imobiliários (ativos lastreados em imóveis); cotas de outros fundos imobiliários.

Bruno Nunes, diretor da TG Core, gestora especializada em fundos imobiliários, explica que os FIIs Híbridos apresentam boas perspectivas de rentabilidade devido à diversificação de portfólio de ativos e oportunidade de aproveitar o bom momento de algum nicho do mercado. “Isso sem estar restrito à atuação de algum segmento específico”, ressalta.

A proximidade com o conceito dos Hedge Funds – conhecida no Brasil como Fundos Multimercados – é um dos fatores que também vem alavancando esse produto no país. “A flexibilidade desse tipo de produto, ao investir em diversos tipos de ativo, dá ao investidor uma combinação que promove cobertura do portfólio frente aos movimentos de mercado, limitando potenciais riscos e ofertando maiores lucros aos investidores”, analisa Bruno. “Os FIIs Híbridos proporcionam ao investidor tanto a geração de resultados aptos à distribuição de dividendos quanto à possibilidade de valorização patrimonial dos investimentos no longo prazo”, complementa.

Integrante de um mercado em expansão – com mais de 390 mil investidores registrados na B3 – os FIIs Híbridos fazem parte do movimento expressivo de expansão do número de investidores e capital alocado nos últimos meses. Segundo dados divulgados pela própria B3, a quantidade de pessoas que está investindo nos Fundos de Investimento Imobiliário cresceu mais de 150% entre 2018 e 2019, e o volume médio de negociação diária aumentou em mais de 82% no mesmo período.

O diretor da TG Core destaca os FIIs como uma categoria de investimento atraente aos investidores em geral que visam rentabilidade do capital no longo prazo, independente do montante de capital disponível para aplicação. “Saem na frente os investidores que, além de avaliar muito bem os ativos e a estratégia do fundo, analisam a estratégia e a capacidade do gestor do fundo, uma vez que ele se mostra essencial ao gerir ativamente a carteira de investimentos e de se antecipar a movimentos de mercado, retornando em benefícios a eles”, aponta.

Quanto ao futuro, Bruno se mostra otimista, tanto em relação ao mercado imobiliário quanto sobre a indústria de FIIs. “Estamos otimistas com a retomada de crescimento do segmento, impulsionado por uma maior oferta de crédito barato, viabilizando a venda de um maior número de unidades imobiliárias, com aumento dos preços e maior geração de receitas para os investidores. Mas, ainda existem alguns desafios a serem percorridos para o crescimento ser retomado de fato, como a diminuição do desemprego, ajustes fiscais e tributários por parte do governo, que possibilitem um crescimento sustentável da economia no longo prazo”

“Com a queda dos juros e a consequente redução da atratividade dos investimentos tradicionais, o mercado de FIIs vem experimentando um acentuado ciclo de expansão. O Índice de Fundos de Investimento Imobiliários (IFIX), por exemplo, tem apresentado desempenho histórico superior às principais alternativas de investimento no setor imobiliário e ao CDI. Com isso, tanto o número de fundos negociados quanto o de investidores crescem aceleradamente, o que se reflete na liquidez destes produtos”, enfatiza Nunes.

Sucesso de um FII Híbrido:

Estratégia de investimentos bem definidaü Capacidade de geração de bons projetos

Gestão/monitoramento constanteReceita TG Core de administrar um FII Híbrido:ü

– Manter o investidor em sinergia com todo o ecossistema imobiliário a partir dos seguintes pilares:

Originação criteriosa

Gestão ativa

Transparência
Mescla de distribuição de dividendos e potencial de valorização da cota

Built to Suit e Leaseback: operações imobiliárias aquecem o setor e estimulam o crescimento econômico

A estimativa de retorno médio em rentabilidade de aluguel comercial foi de cerca de 5,31% em julho deste ano, segundo o indicador FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados, índice que acompanha os preços de venda e locação de imóveis no Brasil. A partir desse cenário, alternativas de lucratividade são cada vez mais presentes no mercado de imóveis como a Sale-leaseback e Built to Suit, que buscam garantir a melhor destinação do imóvel ao uso fim pela empresa, e preservar os recursos do locatário.

No mês de julho houve aumento de 0,09% na locação de salas e conjuntos comerciais. Já a venda de imóveis corporativos, no mesmo período, apresentou queda de 0,30%. Apesar do baixo crescimento, a rentabilidade do aluguel comercial se mostra vantajosa para investidores do segmento. Tal rentabilidade, como indica o FipeZap, é calculada pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda de imóveis comerciais.

Duas operações imobiliárias têm sido utilizadas como opções lucrativas para aqueles que atuam neste setor: Sale-leaseback, transação imobiliária que torna o ativo imobilizado da organização em recurso financeiro para a própria companhia e o Built to Suit, uma forma de locação imobiliária onde o imóvel é construído especificamente para as necessidades do seu futuro locatário.

Na prática, o Leaseback ocorre quando uma empresa proprietária de um imóvel o vende para um investidor e tal investidor, após efetuada a compra, aluga o espaço para o antigo proprietário. Dessa forma, com o montante da venda, a empresa adquire capital e continua usufruindo do imóvel necessário ao negócio, só que agora como locatária. No caso do Built to Suit, a empresa locatária aluga um imóvel construído especialmente para atender suas necessidades e interesses.

Os dois modelos de negócio permitem a capitalização dos recursos disponíveis e dispensam a burocracia dos financiamentos comuns. O Leaseback gera benefícios financeiros, mas também operacionais, já o Built to Suit diversifica o negócio e pode concentrar os investimentos na própria empresa, como defende Valdir Piran Jr, vice-presidente do grupo Piran, empresa que também opera o Leasing Back e atua no mercado imobiliário corporativo.

Em bom português: “No Built to Suit a Piran faz o imóvel adaptando às necessidades da empresa que vai alugar. O cliente faz um projeto e nosso dever é executá-lo para depois alugar o imóvel para o mesmo. O Sale-Leaseback, por sua vez, é uma transação imobiliária em que o proprietário vende o imóvel, obtém capital de giro através da venda, e ainda permanece no imóvel com um contrato de aluguel”, esclarece o vice-presidente do grupo.

Piran explica que muitas empresas não têm o ativo imobiliário como principal produto do negócio, e que por essa razão, optam pela contratação de um intermediário, que possa operar o leasing, comprando delas o imóvel e depois o alugando.

Vantagens do Leaseback e do Built to Suit

Valdir Piran Jr. lista as principais vantagens para empresários que procuram no LeaseBack e no Built to Suit maneiras vantajosas de alavancar o negócio.

Built to Suit

– Operação com respaldo na legislação brasileira, conforme a Lei. 12.744 de 2012, que tornou mais segura, transparente e menos burocrática esta operação;

– Os custos da realização do empreendimento são contemplados com base no cálculo do lucro, ou seja, a empresa prestadora do serviço poderá deduzir do contrato de locação os gastos com o imóvel;

– Para o locatária, não há necessidade de envolvimento com reformas e melhorias no imóvel, além de possuir atendimento específico em relação ao ambiente, como localização, arquitetura, infraestrutura, layout, luminosidade, etc;

– O retorno do lavor da locação nessa modalidade tende a ser mais vantajosa que a locação comum, por possuir uma relação mais estreita com o cliente.

Sale-LeaseBack

– Melhora do índice de liquidez corrente e aumento do retorno sobre o ativo, resultando na liberação de capital, que poderá ser reinvestido na atividade fim da empresa;

– Redução de impostos gerados pelos aluguéis, já que os tributos são contabilizados como despesas operacionais e deduzidos do imposto de renda;

– Pode haver a substituição de dívidas por aluguéis com taxas mais baixas, o que poderá beneficiar ambos os lados;

– Expansão do negócio e relação mais próxima entre os atores do negócio.

Com perspectiva de crescimento de 8,5%, o setor de casa e construção é opção para quem quer empreender

Escolher um negócio é um grande desafio para os empreendedores. Estar de olho nos setores promissores é uma alternativa para os indecisos. O mercado de casa e construção vem se mostrando bem atrativo para quem pensa em investir na abertura de uma empresa. De acordo com o levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor cresceu 12,9% no primeiro trimestre de 2019, em comparação com o mesmo período do ano passado, consolidando-se como um dos segmentos de destaque da pesquisa.

Esse movimento positivo do setor já vem sendo verificado desde o ano passado. Em 2018, o varejo de material de construção cresceu 6,5% e teve um faturamento de R$ 122 milhões. Para este ano, a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) prevê 8,5% de crescimento do segmento em 2019 em relação a 2018.

A Casa do Construtor, rede de franquias especializada em locação de equipamentos para construção civil e soluções para o dia a dia, foi uma das empresas que foram impactadas com este cenário. No primeiro semestre de 2019, a rede cresceu mais de 23% na comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando 270 unidades distribuídas pelo Brasil. Em 2018, o negócio faturou R$ 223 milhões. “Para nos destacarmos no mercado, estamos investindo em tecnologia para tornar os nossos processos mais ágeis tanto para o consumidor como para o franqueado”, afirma Altino Cristofoletti, sócio fundador da Casa do Construtor.

Recentemente, a empresa também vem investindo na ideia do “faça você mesmo”, com equipamentos como a lavadora de alta pressão, capaz de limpar rejuntes e grandes áreas com maior rapidez, e a extratora, voltada para a limpeza de estofados, carpetes e tapetes.

Homer promove evento para profissionalizar corretores

Homer, startup que conecta corretores de imóveis por meio de Inteligência Artificial em todo o Brasil, promove a segunda edição do Conexão Corretor, evento voltado a profissionais do mercado imobiliário, que acontece no próximo dia 17 de setembro no Centro de Convenções Rebouças, a partir das 9h. As inscrições são gratuitas, mas limitadas, e devem ser feitas pelo link.

O evento conta a participação de dois palestrantes convidados, que vão dividir dicas com os corretores presentes sobre como se profissionalizar, impulsionar as vendas e estreitar o relacionamento com clientes. Luiz Monclar, fará uma apresentação sobre “Marketing Digital para corretores de imóvel”. Formado em Publicidade pela PUC – RJ, com pós-graduação em Marketing Digital pela FGV, Luiz se dedica há 4 anos ao empreendedorismo no mercado de comunicação e produção de conteúdo estratégico. Como Consultor de Marketing Digital, auxilia empresas e marcas a conquistar presença digital e alcançar sucesso nas redes sociais. 

Por sua vez, Vinicius Capella deve abordar o assunto “O mercado está mudando, e você?”.  Empreendedor com interesse nas transformações mais recentes e na interferência da tecnologia no mercado imobiliário, Capella é Broker e sócio na RE/MAX Complete, além de fazer treinamentos constantes para fortalecer a carreira do corretor de imóveis.

Livia Rigueiral, CEO da startup, afirma que “além de oferecer um ambiente seguro em que novas parcerias sejam fechadas, o Homer ainda investe de forma frequente na qualificação do corretor de imóveis. São eventos, workshops e treinamentos, como o Conexão Corretor, que ajudam este profissional a estar por dentro do mercado e apto a atender seu cliente de forma personalizada”.

O Homer é um aplicativo gratuito que ajuda profissionais do mercado imobiliário a estabelecer parcerias entre si de forma mais prática, segura e com garantia de comissão. A iniciativa iniciou operação em 2016 e, desde então, já conta com 25 mil corretores cadastrados. A maior parte está concentrada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A meta da startup é de chegar a 100 mil corretores na plataforma até o final do ano e otimizar o processo de compra e venda de imóveis, valorizando o profissional desta área.

Serviço:

Evento: Conexão Corretor – SP

Data: 17 de Setembro

Local: Centro de Convenções Rebouças – Avenida Rebouças, 600

Horário: 9h às 13h

Inscrições: https://materiais.homer.com.br/conexao-corretor-sp

Sodimac faz parceria a Rappi para entregas rápidas

Sodimac, varejista líder no setor de materiais para construção, reforma e decoração na América Latina, celebrou uma parceria com a Rappi – primeiro superaplicativo latino americano. Com isso, em poucos cliques, os clientes podem entrar na loja virtual da marca no app, fazer suas compras e receber em casa logo na sequência. O serviço tem o propósito de atender ao cliente que tem uma emergência em casa e precisa de uma solução com urgência.

Inicialmente, o serviço atende clientes localizados a uma distância de até 7 km da loja Sodimac Homecenter|Constructor Anchieta e das lojas Sodimac Dicico na Marginal Tietê, na Radial Leste e em Santo Amaro, todas na capital paulista. Após as compras, os produtos são entregues em até 1 hora. Em breve, haverá também a expansão para toda a região metropolitana e cidades do interior onde há lojas.

No espaço da Sodimac na Rappi, já estão disponíveis cerca de 2 mil produtos, englobando desde tens para organização da casa, utilidades domésticas, iluminação, hidráulica, pisos, tintas, ferragens, jardim, área externa até ferramentas e produtos para obra grossa.

“Estamos sempre em busca de inovações para oferecer mais conveniência e praticidade aos nossos clientes. A parceria com a Rappi atende exatamente a esse objetivo e somos a primeira loja do segmento no aplicativo”, comenta Eduardo de Vries, diretor presidente da Sodimac Brasil. O executivo explica que a iniciativa faz parte da estratégia ominicanal da companhia, que visa disponibilizar aos clientes diversos canais de compras integrados. Além das lojas físicas, a companhia também conta com televendas e e-commerce com mais de 30.000 itens.

“Nascemos como um delivery de tudo e nosso objetivo é facilitar a vida dos nossos usuários sempre que pudermos, por isso, para nós, é muito importante oferecer um extenso portfólio de produtos e serviços. Com a Sodimac no app, nossos clientes poderão comprar também itens de construção e decoração, e poderemos resolver mais uma tarefa deles,” afirma Fernando Vilela, diretor de crescimento da Rappi no Brasil.

A Rappi é uma startup colombiana que cresce 30% ao mês no Brasil e já atua em 30 cidades brasileiras. Com uma extensa gama de serviços, pretende ser o assistente pessoal de seus usuários, auxiliando-os de todas as maneiras que puder. Já oferece outros serviços, como o aluguel de patinetes elétricos, test drive delivery, manicure, massagens, além de entrega de produtos de restaurante e supermercados, entre outros. 

Os Fundos de Investimentos Imobiliários e a alternativa por rentabilidade

Por Felipe Medeiros

O atual cenário da economia brasileira tem levado muitas pessoas a buscarem novas formas de investimentos ou até mesmo se adaptarem a uma realidade de retornos mais escassos. E é nesse panorama, que um tipo específico de aplicação ganha força entre os investidores: os Fundos de Investimento Imobiliário (FII).

Para entender um pouco a força desse investimento em termos de valorização e volume, um dado. De acordo com a consultoria Economática, o valor de mercado dos FII registrou o maior patamar da história ao fim de maio, somando R$ 48,2 bilhões. A título de comparação, em relação ao final de 2018, o aumento foi de 7,3%. O número de fundos também saltou: de 42 para 135 em quase dez anos.

Mas por que esses fundos têm atraído a atenção de tantas pessoas? A resposta não está tão longe de ser compreendida. Historicamente, o brasileiro, sobretudo os que pertencem às classes A e B, sempre viram na aquisição de imóveis uma forma clara de investimentos de médio e longo prazo, especialmente pelo seu caráter de valorização.

Entretanto, a conjuntura macroeconômica do Brasil hoje, com a taxa de juros no seu patamar minimamente histórico, não favorece mais à aquisição de imóveis com esse propósito. Isso ocorre porque o movimento das taxas de juros é inversamente proporcional ao valor dos imóveis. Ou seja, quando cai, o preço dos ativos imobiliários fica mais caro. E optar por financiamento ou consórcio pode não ser a melhor opção quando se almeja rentabilidade futura.

Foi então que os FII começaram a ganhar espaço como forma de captação de recursos e, consequentemente, de investidores na busca por retornos. As principais vantagens em optar pelos fundos direcionados aos investimentos imobiliários quando comparado com a aquisição de fato de um imóvel são: você não paga juros, como ocorre com financiamentos, não paga taxas altíssimas de administração, como acontece nos consórcios, e, ao contrário de uma carteira de propriedades, a renda dos fundos imobiliários é isenta de imposto.

Tudo isso se soma ao retorno obtido, que torna o investimento bastante atrativo. De acordo com a Economática, o retorno sobre os aluguéis (dividend yield) foi superior ao retorno sobre os dividendos pagos pelas ações. Segundo a consultoria, até o fim de maio, esse número estava em 7,43% contra 1,76% do mercado acionário brasileiro.

Com a clareza do potencial de rentabilidade dos FIIs, é importante agora saber o que deve ser observado ao investir em um fundo específico, e como a conjuntura macroeconômica influencia no mercado imobiliário. Apesar do cenário econômico ainda fraco, o setor em específico ainda apresenta boas perspectivas, com os preços dos ativos subindo acima da inflação.

A despeito de eventual volatilidade, esse seria o momento ideal para qualquer investidor compor uma carteira imobiliária, sem as amarras da posse direta de um imóvel, da seguinte forma:

  • Informação: acompanhando os relatórios elaborados pelas corretoras. Sendo um setor importante, é rico em dados para fundamentar uma boa decisão;
  • Ação: tal como pagaria mensalmente por um financiamento ou consórcio, uma pessoa pode se programar para comprar cotas de fundos todos os meses, sem os custos das outras opções;
  • Reaplicação da renda: o que fará a grande diferença no longo prazo e que nenhuma outra alternativa oferece. Reaplicando a renda que é distribuída todos os meses, o dinheiro passa a trabalhar sozinho.

Os FIIs podem ser destinados para investimentos em diferentes tipos de imóveis. Os mais comuns são lajes corporativas, shopping centers, galpões logísticos e hotéis. Independente do perfil, é importante ter em mente qual categoria cada fundo foi definido, com base na classificação da Anbima – atualmente há cinco categorias pré-definidas -, além de verificar se a gestão do fundo é ativa ou passiva. Todas essas questões podem impactar diretamente na rentabilidade e no perfil do retorno a ser atingido.

A busca por uma renda mensal passiva e isenta, com relativa simplicidade para efetuar o investimento, além de custos inferiores e uma gestão profissional, têm levado muitas pessoas a aportarem em FIIs. O investimento em imóveis sempre será uma boa opção de longo prazo. Entretanto, uma série de mudanças na conjuntura econômica está alterando essa modalidade. E como uma alternativa, os fundos imobiliários, apesar da recente valorização, ainda são um excelente meio de se formar uma carteira de base imobiliária a longo prazo.

Felipe Medeiros é economista e sócio-fundador do Mais Retorno, plataforma de investimento personalizado com conteúdo educacional. http://maisretorno.com /

Maior construtora da América Latina abre inscrições para programa de estágio

A MRV, maior companhia da América Latina em seu segmento, está com inscrições abertas para o Programa de Estágio Jovens Talentos. Estudantes de engenharia civil nas mais de 155 cidades onde a construtora atua podem se inscrever até o dia 15 de setembro por meio do link www.mrv.com.br/programadeestagio.

O processo de seleção é composto por cinco etapas, que são: inscrição e prova de raciocínio lógico, game online individual, game online em grupo, dinâmica online e entrevistas presencial e online.  Os jovens selecionados irão participar de um programa que prevê o fomento ao conhecimento técnico, o protagonismo e a visão sistêmica do negócio, alinhados com os valores e propósito da MRV.

“A MRV está em constante transformação para oferecermos soluções de habitação cada dia mais inovadoras e aderentes às necessidades da população. E para isso queremos contar com profissionais jovens, dispostos a inovar e a construir a habitação do amanhã”, fala Teresa Raquel De Rabelo Campos, gestora de desenvolvimento humano da construtora. 

Ainda com o objetivo de aproximação com o universo acadêmico e impulsionamento da educação no país, a MRV desenvolve também o Programa de Trainee e o Portas Abertas. Este último tem o objetivo de oferecer aos alunos de ensino técnico e universitário a oportunidade de vivenciar o dia a dia da companhia, os métodos construtivos, as inovações adotadas e os processos e gestão sustentável.

Empregadores Mais Atraentes

Divulgado no início deste ano, os Rankings de Empregadores Mais Atraentes, desenvolvidos pela consultoria internacional Universum, apontou a MRV como a segunda empresa mais lembradas pelos universitários de engenharia do país.

“Para nós estar na lembrança e no plano de carreira destes jovens é um grande orgulho. Comprova que estamos no caminho certo, construindo sonhos que transformam o mundo dentro de pilares e valores sólidos, como ética, inovação e comprometimento com clientes, parceiros, colaboradores e sociedade”, finaliza a gestora.  

Retomada da construção civil: área cresceu 9% em vagas no último ano

O setor da construção civil começou a dar sinais de melhora no último ano, é o que aponta pesquisa realizada pela Catho. Segundo o estudo “Mapa do Emprego”, a área, que foi fortemente impactada na recessão econômica, cresceu 9% em vagas no último ano. Embora abaixo do esperado, o cenário ainda é otimista, com boas expectativas até o final do ano.

O levantamento, que traz o comparativo de inclusão de vagas durante o primeiro quadrimestre de 2018 em relação ao primeiro quadrimestre de 2019, ainda apresenta o crescimento de outras áreas, tais como: serviços (6%), comércio (5%) e indústria (4%).

Os dados também são reforçados pelos números recentes divulgados pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registrou no mês de julho 18,7 mil postos de trabalho criados no setor. Sendo esse o segmento que mais criou vagas ao longo do mês.

“Já é possível observar um aumento de postos de trabalho no setor de construção. Esse movimento corrobora o aumento de oportunidades do setor em nosso site. Os dados apontam um viés de crescimento, que pode aumentar se houver retomada do aquecimento no mercado. Novas modalidades de financiamento imobiliário têm sido propostas e há expectativa que essas e outras medidas possam dar fôlego para a construção.”, afirma Rafael Stille, diretor de Estratégia da Catho.

Ainda segundo o estudo levantado pela Catho, é possível observar que o crescimento em vagas vem sendo puxado pela região Sudeste, com um aumento de 12%. Já as regiões Nordeste e Sul apresentam um ritmo menor, de 3% e 1%, respectivamente. Enquanto Norte e Centro-Oeste apresentaram retração no número de vagas na área de construção civil entre o primeiro semestre de 2018 e 2019.

Para Stille, esse movimento acontece porque este é um setor que vem de um período recessivo bastante intenso e a recuperação vem primeiramente na região que conta com a maior participação na economia.

O levantamento ainda destaca as remunerações salariais da área. Segundo o estudo, houve um aumento de apenas de 2% – em comparação entre 2018 e 2019 – e embora o Sudeste tenha gerado mais oportunidades de contratação, esse aumento não se observa nas remunerações, que cresceu no último ano apenas 1%. “Neste aspecto, nota-se que os primeiros sinais de retomada nas contratações do setor ainda não se refletiram no aquecimento completo do mercado de trabalho, ou seja, é possível que ainda haja um excedente de trabalhadores do setor em busca de oportunidades que acaba pressionando a oferta salarial”, destaca Rafael Stille. Dentre os cargos de maior aumento salarial, destaca-se o operador de Guindaste (8%), seguido de instalador de tubulações e betoneira (7%).

InstaCasa leva inovação para o setor de loteamentos

O mercado de loteamentos é um dos que mais cresce no Brasil, apenas no Estado de São Paulo são licenciados aproximadamente 150.000 lotes por ano. Segundo estudo da Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil), os lotes residenciais aparecem na liderança dos interessados em investir nesse setor, representando 80% do total.

Para trazer mais inovação ao setor, os empreendedores Maurício Carrer, Denis Cossia, Alexandre Hepner e Odilon Castriota criaram a InstaCasauma construtech que permite que potenciais compradores visualizem uma grande variedade de projetos de arquitetura para implantação em cada lote no lançamento do empreendimento. Desde 2017, a startup já ajudou mais de 15 loteadoras na fase de vendas, facilitando a tomada de decisão ao tangibilizar o sonho do potencial cliente, se estabelecendo como o “decorado” dos loteamentos

Segundo Maurício Carrer, CEO da InstaCasa, a ideia é reduzir as incertezas quanto ao que pode ser construído, aumentando a percepção de valor no momento da compra, com um projeto que satisfaça as necessidades do comprador. “É possível aplicar filtros na busca pelo projeto ideal como, por exemplo, o número de dormitórios, área construída e até estilo. Já chegamos a desenvolver mais de 500 modelos diferentes para um único empreendimento. A ideia é que, independente da necessidade do comprador, ele ache o projeto ideal em nossa plataforma”, conta Maurício.

O principal objetivo é apresentar ao potencial comprador a sua casa dos sonhos. Desta forma, usando diversas tecnologias como realidade aumentada, a tomada de decisão no momento da compra é mais assertiva. “Nós conseguimos eliminar a percepção de que um lote é ruim em função de altas declividades, por exemplo, já que existem boas soluções arquitetônicas para qualquer tipo de lote”, explica o empreendedor, que também é arquiteto, formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, com pós-graduação em Administração de Empresas pela FGV e MBA em finanças pela FIA-USP.

Investimentos

A primeira rodada de investimentos da InstaCasa acaba de ser fechada em R$700 mil e foi liderada pelo Gávea Angels, tradicional grupo de investidores anjos do Brasil , e pela Construtech Angels, primeira rede de investidores anjo do Brasil focada no segmento de construtechs, que teve sua origem dentro da Softplan/SIENGE, um dos softwares de gestão mais utilizados por loteadoras e incorporadoras do Brasil, que também participou do aporte. “Fizemos o aporte na InstaCasa, pois a empresa traz tecnologia para um setor muito importante, mas ainda carente em inovação”, diz André Petroucic, do Gávea Angels. “A visão dos empreendedores e o impacto social também foram determinantes para o nosso investimento”, complementa Petroucic.

O investimento da Construtech Angels na startup é o primeiro de sua nova tese de investimento em negócios já validados e entrando em fase de tração. “O investimento será empregado principalmente no aprimoramento de nossa tecnologia e na oferta de novos serviços. Queremos facilitar o acesso do comprador ao financiamento de sua obra, onde já temos alguns pilotos em andamento e assessoria nas demais etapas do processo, como na aprovação municipal”, explica Maurício.

Até o final de 2019 a InstaCasa estará presente em mais de 35 empreendimentos espalhados por cinco estados do país, e espera dobrar este número até o final de 2020. “O setor de loteamentos é bastante tradicional e pulverizado, não existem muitas iniciativas de inovação voltadas a este mercado. Por isso, queremos levar mais tecnologia e dinamizar os processos de venda e ocupação dos empreendimentos”, destaca o executivo, que atua há mais de 10 anos no mercado imobiliário, acumulando passagens por algumas das principais empresas do setor de incorporação e desenvolvimento urbano do Brasil.