O Imovelweb, um dos maiores portais imobiliários do País, e oVMV Group promovem, de 28 de setembro a 2 de outubro, a Semana dos Incorporadores, um evento online e gratuito voltado às incorporadas. A programação incluirá palestras, debates e apresentação de cases de sucesso.
Ao longo dos cinco dias, os debates irão abordar temas como gestão de leads, tecnologia, comportamento, consumo e futurologia. Entre os palestrantes confirmados estão:
Leonardo Paz, CEO do Imovelweb; Tiago Galdino, CFO do Imovelweb; Tatiane Guelfi, gerente comercial do Imovelweb; Marcelo Volker, diretor de planejamento da VMV Group; Bruno Gama, fundador & CEO da Credihome; Eduardo Tinari, cofundador, COO & CCO da Keyfast; Gil Vasconcelos, diretora de incorporação daKazzas; Glauco Farnezi, fundador & CEO do App Facilita; Cristiano Rabelo, CEO do Grupo Prospecta; e François Rahme, CEO da F2 Incorporadora e Construtora.
Paralelamente, a Semana dos Incorporadores realizará 20 lives com a participação de executivos renomados do setor. O objetivo é discutir os caminhos para digitalizar as áreas de comunicação e vendas, como agregar valor aos imóveis de alto padrão, o futuro dos imóveis corporativos, como avaliar pesquisas de mercado e consumo, entre outros temas.
“A pandemia mudou a relação das pessoas com os imóveis. O que era importante antes, como localização próxima ao metrô, pode não ser a prioridade neste momento para se ter uma residência com mais espaço. Vivemos um momento de mudanças com grandes oportunidades para as incorporadoras e construtoras. Este evento será uma oportunidade para refletirmos o cenário atual e analisar tendências que irão nortear o setor nos próximos meses e anos”, destaca Leonardo Paz, CEO do Imovelweb.
“Entendemos que o mercado de incorporação está em um momento muito positivo, porém também de muitos avanços que precisam ser acompanhados pelos incorporadores. Por isso, a necessidade de compartilhar experiências, vendo o que está acontecendo não só no Sudeste, mas em outras regiões do País. Esse evento é feito para os incorporadores debaterem assuntos estratégicos do seu dia a dia, que desafiam seus negócios. Esse é nosso objetivo”, comenta Vinícius Marques, Growth Strategy Director do VMV Group.
A Juntos Somos Mais , start-up lançada há menos de 2 anos e que tem como acionistas Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, anuncia a sua primeira aquisição. A plataforma gaúcha Triider , marketplace de serviços que conecta clientes com profissionais qualificados do mercado da construção civil, agora faz parte do rol de negócios da empresa.
No Brasil, o varejo de construção movimenta aproximadamente R﹩ 225 bilhões ao ano com 136 mil lojas e 4,6 milhões de profissionais de obra. A Juntos Somos Mais tem o propósito de fortalecer o varejo da construção e transformar a vida dos profissionais do setor. Para fazer frente a esse propósito, a empresa desenvolveu o maior ecossistema do setor com mais de 20 indústrias da construção e empresas de serviços e 500 mil membros – lojistas, vendedores e profissionais de obra.
Por meio desse ecossistema, proprietários de lojas têm acesso a produtos e serviços que os ajudam a ampliar vendas e melhorar a gestão das lojas. Profissionais de obra conseguem realizar capacitações e obter ferramentas que ajudam na sua profissionalização. A aquisição da Triider complementa esse ecossistema endereçando o maior desafio dos profissionais do setor: conseguir trabalho.
A Triider, marketplace de serviços, usa tecnologia para estreitar o gap entre profissionais de obra e serviços fazendo esse match de forma digitalizada e acompanhando o processo de ponta a ponta. “Ficamos impressionados com o time e com a solução tecnológica da Triider – trazendo muito valor para consumidores finais e profissionais de obra” conta Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais, que acrescenta: “a Triider complementa nossa oferta de valor para o profissional de obra e aproxima o ecossistema da Juntos Somos Mais do consumidor que constrói ou reforma”.
A transação foi finalizada no último dia 17 de setembro e não teve seu valor revelado, mas prevê investimentos para aceleração exponencial. “O negócio com a Juntos Somos Mais permitirá que a Triider lance novos serviços e acelere seu crescimento pelo Brasil; essa transação chancela o grande trabalho realizado pela equipe desde a nossa fundação em 2016, oferecendo cada vez mais opções para que brasileiros tenham uma melhor experiência ao fazer manutenções e reformar suas casas”, conta Juliano Murlick, CEO e fundador da Triider. A Juntos Somos Mais planeja investir do seu caixa mais de R﹩ 50 milhões nos próximos 2 anos e parte significativa desse valor será aplicado na Triider para que se torne o maior marketplace de serviços para construção do país.
Assim, é inaugurada uma importante etapa da história da Juntos Somos Mais, que cresce de forma acelerada e sustentável. Os planos da empresa são robustos: transformar a experiência de construir combinando varejistas e profissionais com tecnologia. “Há alguns pontos do nosso ecossistema que estamos desenvolvendo internamente e outros que buscamos novas aquisições e parcerias”. Para acelerar, a empresa prevê levantar até R﹩ 300 milhões em investimentos vindos de fundos de private equity.
Atualmente, as receitas da empresa vêm do programa de fidelidade Juntos Somos +, criado em 2014 na Votorantim Cimentos, e também da Loja Virtual, o maior marketplace B2B do setor. Principal canal de vendas digital entre indústria e varejo com mais de 17 mil lojistas cadastrados, a plataforma transaciona mais de R﹩ 6,5 bilhões de reais anualmente, realizando mais de 100 mil vendas online mensalmente e comprovando a relevância da digitalização do setor.
Nascida dentro de empresas que acumulam 300 anos de experiência e são reconhecidas como marcas tradicionais, a start-up Juntos Somos Mais adota uma cultura ágil com um propósito bem definido e estrutura de squads. A aquisição da Triider reforça essa cultura de empreendedorismo e representa mais um passo na jornada de reinvenção do varejo da construção civil.
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 1,15% em setembro, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,82%. Com este resultado, o índice acumula alta de 4,57% no ano e de 5,01% em 12 meses. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços passou de 1,18% em agosto para 2,40% em setembro. O índice referente à Mão de Obra variou de 0,52% em agosto para 0,06% em setembro.
Materiais, Equipamentos e Serviços
No grupo Materiais, Equipamentos e Serviços, a taxa correspondente a Materiais e Equipamentos subiu 2,97%, contra 1,43% no mês anterior. Todos os subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para estrutura (1,78% para 2,96%) e materiais para instalação (2,25% para 5,59%).
A variação relativa a Serviços passou de 0,20% em agosto para 0,13% em setembro. Neste grupo, vale destacar o recuo da taxa do item projetos, que passou de 0,52% para 0,14%.
Mão de obra
O índice referente à Mão de Obra variou 0,06% em setembro. No mês anterior, este índice subira 0,52%.
Capitais
Seis capitais apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e São Paulo. Em contrapartida Rio de Janeiro apresentou decréscimo em sua taxa de variação.
A Tenda, uma das maiores construtoras e incorporadoras do Brasil, concluiu nesta semana a montagem das primeiras casas em woodframe em condomínio fechado no interior de São Paulo, um importante passo no desenvolvimento de um modelo de negócios inovador baseado na construção off-site – em que os imóveis são produzidos em fábrica para, em seguida, serem transportados para os canteiros de obra apenas para montagem e acabamento.
As casas incrementam o portfólio de produtos da companhia, que até agora estava focada exclusivamente no lançamento de empreendimentos verticais em regiões metropolitanas. Com o novo produto, a Tenda poderá atender também as cidades médias do Brasil, mantendo seu diferencial de custo de obra competitivo através da já comprovada abordagem industrial na construção civil.
Caso os planos sejam bem-sucedidos, a empresa pode atingir uma produção total de aproximadamente 60.000 unidades/ano, quase quatro vezes o seu tamanho atual (foram cerca de 18 mil unidades lançadas em 2019).
Inovação
Há dois anos estudando a construção off-site, a Tenda dedicou, no final de 2019, uma equipe exclusivamente para a iniciativa. Após inúmeras rodadas de prototipagem em centro de inovação situado na região de Campinas, no Estado de São Paulo, a Tenda definiu uma casa-modelo que será referência para seus primeiros projetos-piloto.
“A definição de uma casa-modelo abre portas para acelerarmos a validação de diversos conceitos da construção off-site”, afirma Rodrigo Osmo, CEO da Tenda. “Diferentes formatos de casas e tecnologias construtivas continuam sendo prototipados, mas, agora, podemos avaliar outros aspectos igualmente importantes e relacionados à construção off-site, como logística e montagem do produto no canteiro de obras”, destaca.
O novo modelo de negócios está focado em viabilizar produtos de maior qualidade e mais acessíveis para as famílias que adquirem seu primeiro imóvel dentro do Programa Casa Verde e Amarela (PCVA).
A casa-modelo utiliza tecnologia woodframe, amplamente aplicada em residências de alto padrão em países como Canadá, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Suécia. “Mercados desenvolvidos utilizam woodframe no alto padrão pois ele garante um conforto térmico e um isolamento acústico superiores ao que as tecnologias convencionais oferecem”, explica Osmo.
A Tenda acredita ser viável proporcionar as vantagens deste produto para o segmento da habitação popular, algo pouco usual no mundo.
Segundo Osmo, “o mercado de habitação popular brasileiro tem um tamanho expressivo e aceita bem a padronização de tipologias. Esses dois componentes são muito importantes para viabilizar uma operação industrial de larga escala e com ganhos de produtividade. Apostamos nesta combinação para oferecer um produto de qualidade superior a um preço acessível”.
A construção off-site em woodframe é transformacional em termos de impacto ambiental, com a tecnologia mais sustentável da construção. Diferente de outros insumos, como aço e concreto, que são emissores de carbono, a madeira sequestra carbono do meio ambiente para crescer. Além disso, a construção em fábrica reduz significativamente o volume de resíduos e o consumo de água nas obras.
Construtech
Com o desenvolvimento de um modelo de negócios inovador, permitindo construção cada vez mais eficiente e sustentável, a Tenda se posiciona como a maior Construtech brasileira.
“O termo Construtech tem sido banalizado. Ser uma Construtech não significa simplesmente adotar ferramentas digitais, como o BIM, em modelos construtivos tradicionais. Ser Construtech é criar modelos de negócio disruptivos, que enderecem a ineficiência histórica do setor da construção civil”, afirma Osmo.
“Empresas pequenas têm dificuldade de liderar transformações relevantes no nosso segmento, com ciclo longo e alta necessidade de capital. O desafio também é relevante para grandes empresas, focadas em maximizar a rentabilidade de cada projeto”, complementa o executivo. “Uma inovação realmente disruptiva, e não incremental, demanda tirar o foco da rentabilidade de curto prazo para construir uma plataforma, que será muito competitiva após anos de ganho de escala e de eficiência pela melhoria contínua.”
A companhia deve continuar realizando testes visando comprovar os principais elementos de viabilidade técnica e econômica da construção off-site. Até 2021, a empresa estará focada em testar conceitos para então tomar as decisões que darão escala para esta plataforma de crescimento.
Após os testes, o projeto deverá exigir importante alocação de capital para ganhar escala. A Tenda ainda não tem detalhes dos investimentos necessários, mas afirma que a posição de caixa líquido (atualmente em R$ 188 milhões) mostra a capacidade financeira para promover transformações.
“Estamos comprometidos com a visão de futuro de uma construção verdadeiramente inovadora, que passa pela industrialização”, finaliza o CEO.
O modelo de plataforma de negócios é um conceito que vem ganhando espaço no mercado de maneira muito rápida e tem transformado as relações comerciais entre empresas e consumidores. Estudo da McKinsey sobre criação de ecossistemas digitais indica que “a economia das redes integradas pode representar um pool de receitas mundial de US$ 60 trilhões em 2025, com possível aumento da participação total na economia dos cerca de 1% a 2% de hoje para aproximadamente 30% em 2025”.
Dentro do mercado B2C, a disrupção veio por meio de empresas como Uber e Airbnb. No mercado B2B, a criação de plataformas é uma tendência, mas a oferta de soluções ainda é escassa.
Neste cenário, o Sienge desponta como a iniciativa pioneira na indústria da construção brasileira, fato totalmente aderente, por exemplo, ao estudo global “Transformação Digital: O Futuro da Construção Conectada”, da consultoria IDC, que revelou que 72% das companhias do setor da construção civil acreditam que a transformação digital é uma prioridade, mas ainda com muitos desafios para se digitalizarem completamente.
Nascido como ERP em 1990, o Sienge, conta com mais de 3 mil clientes em todo o País e se tornou líder em tecnologia de gestão para a construção civil. Há dois anos, a empresa catarinense reformulou a maneira de atuar para assumir o protagonismo na criação de um ecossistema de soluções tecnológicas para a indústria da construção. Com uma infraestrutura robusta e conforme as melhores práticas de governança e compliance, o Sienge Plataforma permite às construtoras e incorporadoras personalizar a gama de soluções tecnológicas com as quais preferem contar. Dessa maneira, o Sienge Plataforma se posiciona como um sistema que integra soluções desenvolvidas por empresas terceiras e organiza o acesso ao banco de dados.
“O Sienge deixa de ser o fornecedor exclusivo de soluções e se torna a espinha dorsal tecnológica que permite a cada cliente desenvolver uma solução personalizada, sem risco à base de dados”, explica Fabrício Schveitzer, diretor de Operações do Sienge.
Para Schveitzer a transposição do conceito de plataformas para as relações B2B foi a grande inovação por parte do Sienge. “Nosso principal desafio foi integrar as tecnologias necessárias para criar uma plataforma e os aspectos de segurança que envolvem o provisionamento aos usuários”, afirma.
Além de a empresa ter extrapolado a atuação como ERP para se tornar uma plataforma que integra soluções, o Sienge passou a atender o mercado a partir de jornadas de negócio, com foco nas áreas de crédito imobiliário, financeira, aquisição, construção e estoque, vendas/pós-vendas e compliance.
Como funciona
Plataformas são caracterizadas pela formação de um ecossistema digital, uma estrutura que compreende três tipos de players:
1. Proprietário da plataforma, que controla a governança e propriedade intelectual; 2. Fornecedores de soluções, que fazem a interface entre plataforma e usuário e que criam novas ferramentas e produtos; 3. Consumidores, que adquirem produtos e serviços.
Assim, as funções que o Sienge, enquanto ERP, exercia continuam no Sienge Plataforma e constituem sua estrutura central. Entretanto, o sistema proporciona uma nova dinâmica para os clientes, pois permite a conexão com fornecedores externos de tecnologia.
Um desses fornecedores é a ferramenta de CRM Construtor de Vendas. A solução permite às incorporadoras gerenciar toda a jornada de vendas, desde a prospecção de clientes até a conclusão da venda. Como está totalmente integrada ao Sienge Plataforma, quando a venda é efetivada e o contrato entra no sistema, o Sienge inicia a geração dos recebíveis e controles financeiros. A integração proporciona confiabilidade às informações financeiras e à gestão de estoque dos empreendimentos.
As integrações ocorrem nas mais diferentes frentes, como no controle de obra. Por meio do Agilean, outro sistema integrado, o Sienge Plataforma acompanha todo o processo de planejamento e execução, alimentando o módulo de engenharia e trazendo grandes ganhos em produtividade. “As integrações homologadas proporcionam agilidade e confiabilidade às informações. Tudo isso ocorre num único ambiente tecnológico”, explica Guilherme Brasil, CTO do Sienge.
Tecnologia em função do modelo de negócios
De acordo com Schveitzer, a transformação do ERP em Sienge Plataforma só foi possível porque, além das mudanças tecnológicas, a visão mudou de produto para ecossistema. “Isso significa olhar a atividade da construção sob a perspectiva das grandes jornadas de negócio. Uma missão que só um especialista neste mercado consegue executar. Para isso acontecer na prática é necessário olhar para um processo de compras, por exemplo, e considerar as influências que ele sofre e exerce nas áreas financeira, de suprimentos, dentre outras. Mais do que isso, demanda entender e aceitar que nem sempre será o ERP a única tecnologia a endereçar soluções”, informa.
De qualquer maneira, conforme pontua a McKinsey no estudo sobre ecossistemas digitais, o sucesso de uma plataforma está relacionado à expansão do negócio principal, à criação de novos produtos e serviços e, sobretudo, ao desenvolvimento de uma solução ponta a ponta que permita aumentar a eficiência operacional dos clientes. Ou seja, totalmente coincidente com a proposta de valor do Sienge para o mercado de construção.
Para garantir a confiabilidade das informações, o compliance e a governança, é fundamental permear todas essas camadas. É necessário também extenso domínio dos processos para chegar à curadoria das melhores soluções disponíveis no mercado. “Nasce aí a visão de jornada, em que o Sienge extrapola a atuação como ERP para se tornar uma plataforma especialista líder de Construção Civil que integra soluções, sejam elas próprias ou desenvolvidas por terceiros”, comenta.
Validação internacional
Outro diferencial da plataforma é que ela contará com a validação e desenvolvimento do modelo de negócios do processo de seleção de abrangência mundial do IBD Berkeley Hass, que está entre os cinco melhores MBAs Executivos do planeta. “Isso significa que os alunos em fase de conclusão de curso – profissionais de altíssimo nível das maiores empresas do mundo – estão fazendo uma imersão no universo das plataformas B2B por todo o planeta e conhecendo o ambiente da construção civil no Brasil, tendo o Sienge como interlocutor, para entender e contribuir com o nosso processo de desenvolvimento do modelo de negócios. Somos uma das cinco empresas brasileiras que conseguiram participar do programa até hoje”, pontua Guilherme Quandt, gerente de Gestão Estratégica e de Mercado do Sienge.
Esta é uma validação importante, pois, conforme o estudo “Como as empresas criam valor a partir de ecossistemas digitais?”, um ecossistema é complexo especialmente no que diz respeito à definição da abordagem adequada para captar o máximo de valor possível. E o Sienge Plataforma segue a cartilha recomendada pela consultoria para determinar “sua estratégia de ecossistema avaliando características e tendências do mercado, bem como sua “adequação” a ecossistemas específicos”.
Investimentos e resultados
Mesmo com os consecutivos anos de sofrimento econômico da indústria da construção, a empresa fechou 2019 com um crescimento de cerca de 15% em relação a 2018. Ao longo de 2019 mais de 500 empresas se tornaram clientes do Sienge, incremento de mais de 10% em sua base. Para 2020, a empresa entra em um novo ciclo estratégico, que trabalhará na visão 2020-2024, projetando assim, mais do que dobrar de tamanho. Para tanto, a empresa irá iniciar um ciclo de investimentos de mais de R$ 50 milhões em sua estrutura e operações.
Com presença nacional, o Sienge tem entre os seus principais clientes as construtoras Vitacon, Cury Construtora, Pacaembu Constutora, Lock Engenharia, Dimas Construções, FG Empreendimentos, Prestes Construtora e Incorporadora, entre outros.
Em julho foram vendidos, nas cidades de Belo Horizonte e Nova Lima, 370 apartamentos novos, o que representou uma alta de 16,7% em relação a igual mês do ano anterior (317). As vendas continuaram se destacando e superando o volume de lançamentos, o que têm levado o estoque disponível para comercialização aos menores patamares históricos. É o que aponta o Censo do Mercado Imobiliário, realizado pela Brain Consultoria para o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
Foram lançados dois empreendimentos nas referidas cidades, totalizando 63 unidades, o que representou um recuo de 14,86% em relação a julho do ano passado. Para o vice-presidente da Área Imobiliária, Renato Michel, os lançamentos represados em função da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus deverão acontecer nos próximos meses: “Após a queda histórica de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no segundo trimestre, em relação aos três primeiros meses do ano, indicadores relativos ao segundo semestre demonstram resultados mais satisfatórios, evidenciando que o pior ficou para trás. A produção da indústria, o desempenho do comércio varejista e até mesmo o setor de serviços vêm apresentando resultados positivos. Esses fatores, aliados ao baixo patamar da taxa de juros e ao incremento do financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança fortalecem as expectativas mais promissoras para o desempenho do mercado de imóveis novos”.
Entretanto, Renato Michel destaca: “Um desafio que está preocupando os construtores e pode estar contribuindo para o adiamento de novos investimentos é o aumento acentuado nos custos dos materiais de construção. Produtos básicos como o aço e o cimento têm apresentado altas elevadas, prejudicando o andamento das obras e das atividades do segmento. Os indicadores de custo da construção já demonstram isso”.
Em agosto, o Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m²), calculado e divulgado pelo Sinduscon-MG, aumentou 1,69%, a maior elevação desde dezembro de 2018. Este resultado é justificado pela alta de 4,13% no custo com materiais de construção, a maior desde novembro de 2002 (4,93%), ou seja, dos últimos 18 anos. Aço, concreto e cimento, que juntos representam 30% do custo com materiais de construção, apresentaram os seguintes aumentos em agosto: 12,24%, 4,75% e 21,23%, respectivamente. Para o vice-presidente do Sinduscon-MG, esse processo de expressiva alta dos insumos pode interromper o fortalecimento das atividades do setor, num momento tão delicado como o que o País vivencia.
Em função do baixo patamar de unidades novas disponíveis para comercialização, que está inferior a 3.000 mil unidades, o preço dos imóveis novos já tem sofrido pressão. Em relação a julho do ano passado a alta observada no preço de apartamentos novos foi de 5,27%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)/IBGE, indicador oficial da inflação do País, foi de 2,31%. “Com o aumento acentuado no preço dos insumos, essa situação pode se agravar e prejudicar a recuperação da oferta das cidades, levando a uma falta de imóveis novos. E o resultado dessa situação poderá ser a menor geração de emprego e renda no setor”, destaca Michel.
Em julho foram vendidos, nas cidades de Belo Horizonte e Nova Lima, 370 apartamentos novos, ou seja, elas mantiveram-se em patamar elevado, registrando o terceiro melhor resultado do ano, atrás somente de junho (382 unidades) e janeiro (402 unidades). Desagregando as vendas por região observa-se que que a Centro Sul foi destaque, com 106 unidades, seguida pela Pampulha (77 unidades) e pela Região Oeste (59 unidades).
As vendas de apartamentos novos em Belo Horizonte e Nova Lima, nos primeiros sete mese deste ano, em relação a igual período de 2019, registraram incremento de 11,56% . O aumento observado nos lançamentos foi ainda mais expressivo: 23,46%. As vendas, neste período, também foram superiores aos lançamentos, contribuindo, portanto, para a continuidade da queda da oferta de imóveis novos nas referidas cidades. Há quatro meses consecutivos a oferta está registrando retração. Também há quatro meses seguidos as vendas são superiores aos lançamentos. Apenas 17,9% dos imóveis residenciais que entraram no mercado estão disponíveis para venda.
A Sondagem da Indústria da Construção realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), com o apoio do Sinduscon-MG demonstrou que os empresários da construção estão com expectativas mais positivas para os próximos seis meses para o lançamento de novos empreendimentos, para a compra de insumos, para a geração de novas vagas de emprego e para o aumento do seu nível de atividades, o que certamente poderá contribuir para o País voltar a encontrar o caminho do crescimento econômico.
“Os aumentos de custos em função de elevação de preços de insumos, e em alguns casos até com desabastecimento de produtos, pode interromper esse processo, gerando mais desemprego e recuo ainda maior do que já é aguardado para a economia nacional”, comenta Renato Michel. Assim, o otimismo para os próximos meses esbarra neste momento na preocupação com a expressiva elevação dos custos do setor. É necessário aguardar os desdobramentos dessa situação para ver o comportamento do mercado imobiliário.
A Allianz Partners, líder do segmento em assistência 24h, inaugura, em conjunto com o Grupo Tigre, multinacional brasileira presente em 30 países e líder em soluções para construção civil e cuidado com a água, um espaço especialmente projetado para oferecer treinamentos e atualizações aos prestadores de serviço residencial e demais públicos relacionados à área, que ficará alocado dentro da sede da empresa, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
“Essa parceria com a Tigre, uma empresa de renome no ramo de obras e construção, reitera nosso compromisso com a qualidade, a confiança e a busca pela excelência e proximidade com nossos parceiros e clientes”, afirma Vincent Bleunven, CEO da Allianz Partners.
Especialistas da Tigre e da Allianz Partners ministrarão aulas práticas nas modalidades elétrica e hidráulica, voltadas a situações de prevenção de danos e rotinas sequenciais no mercado de assistência 24h, com destaque para a formação de instalador hidráulico. Todos os participantes receberão certificados e poderão oferecer serviços cada vez mais assertivos aos clientes, gerando ainda mais satisfação. A sala tem capacidade para receber 10 profissionais por sessão e o plano inicial é treinar mais de 200 profissionais no primeiro ano de funcionamento.
De acordo com o executivo, trata-se de um projeto amplamente estratégico, uma vez que a maioria da demanda de serviços residenciais em assistência 24h provém de serviços hidráulicos e elétricos e a satisfação dos clientes é a grande chave para a perenidade e sucesso. “Aliar inovação às melhores práticas e ao atendimento assertivo e humanizado é o que nos leva além. O conhecimento de ambas as marcas será aplicado em prol de uma solução rápida, ainda na primeira visita”, completa.
O crescimento do projeto será faseado e prevê ainda mais benefícios diretos e indiretos aos prestadores de serviço e clientes finais.
“Capacitação dos profissionais da obra, tanto na construção quanto na manutenção, é um forte pilar na Tigre. Neste momento, desenvolvemos uma série de ações que procuram amenizar o impacto da pandemia e do isolamento no dia a dia dos nossos parceiros. Com mais esta iniciativa, em parceria com a Allianz Partners, queremos contribuir para que o profissional da obra possa estar ainda mais preparado”, destaca Otto von Sothen, presidente do Grupo Tigre.
Fundador da ConstructWeb, ferramenta de gestão de obras, o empreendedor de Miracema-RJ Daniel Paiva concorre ao 100 Open Startups pela terceira vez. A plataforma reúne e reconhece soluções inovadoras nas mais diversas áreas e contribui para que esses negócios sejam encontrados por cientistas, pelo mercado e por empresários interessados em realizar investimentos.
A ideia de fundar a startup surgiu em 2015, depois que Paiva foi mandado embora do emprego devido à crise econômica da época. “Quando atuava numa construtora, sentia a necessidade de algo para aperfeiçoar e agilizar o meu trabalho. Então comecei a pesquisar no mercado para ver se havia algumas soluções disponíveis e até encontrei, mas não eram acessíveis a todos devido ao alto valor. Foi aí que tive a ideia de desenvolver a ConstructWeb”, relembra.
De 2015 até hoje, a ConstructWeb já evoluiu bastante e agora, além da construção civil, busca também oferecer soluções para a Indústria. Além de figurar no 100 Open Startups, e ser reconhecida pela imprensa especializada, a companhia ganhou aceleração numa das dez melhores empresas desse nicho no Brasil – a Spin Capital -, e também passou a integrar o Distrito: ecossistema de inovação independente do Brasil, que ajuda startups a terem sucesso. Acresce a isso a figura do sócio-investidor Paulo Azevedo e o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Miracema.
“Hoje, a ConstructWeb também descobriu um nicho no mercado. Vamos passar a focar em controle de estoque de almoxarifado”, argumenta Daniel Paiva. O empreendedor se diz ainda bastante satisfeito pelo reconhecimento no 100 Open Startups. “Isso mostra que estamos fazendo um bom trabalho. Independentemente do resultado, estamos felizes por ser ranqueados para disputar o prêmio pela terceira vez”, afirma.
A vida profissional de Daniel Paiva figura ainda com outros desafios. Mais uma vez, agora em razão da pandemia do novo coronavírus, ele sente na veia as dificuldades se empreender no Brasil. Isso porque, devido ao fato de a covid-19 afetar os negócios da construção civil, Daniel precisa exercer outras atividades profissionais.
“Devido ao coronavírus, estou trabalhando com marketing político. Mas não deixei a startup de lado. Pela manhã me dedico a ela e pela tarde faço trabalho extra”, comenta. Agora, ele sonha alçar voos mais altos. “Quero finalizar a plataforma, focar em investidores e realizar meu sonho de ter a startup reconhecida no mercado de engenharia civil a nível global”, afirma.
Se depender das funcionalidades da ConstructWeb, isso não será tão difícil. A startup gere obras de forma eficiente, com soluções como orçamentos detalhados, geração automática de contratos, fácil controle de contas e equipamentos, controle de furtos, roubos e fraudes, além de relatórios e indicadores de acompanhamento. Todos os processos ainda podem ser realizados off-line.
Com o objetivo de cooperar para o desenvolvimento dos profissionais da construção civil e de colaborar para a transformação digital do setor, a Amanco Wavin, marca comercial da Wavin, uma das maiores empresas mundiais em tubos e conexões, e o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) lançam, a partir de 14 de setembro, um curso gratuito sobre o uso da metodologia BIM em projetos hidráulicos. A expectativa é de que 1000 alunos sejam capacitados em todo o país, até o fim do ano.
Chamado de “Projeto de hidráulica com as bibliotecas BIM Amanco Wavin”, o curso foi desenvolvido pela Wavin em parceria com o time técnico do SENAI. Todas as aulas serão realizadas no formato on-line e são direcionadas para projetistas, arquitetos, engenheiros e estudantes que estejam em busca de uma solução em BIM para projetos de redes hidrossanitárias. Ao todo, o curso tem duração de 15 horas e estará disponível na plataforma Mundo Senai (http://loja.mundosenai.com.br/senainacional/projeto-de-hidraulica-com-as-bibliotecas-bim-amanco-wavin.html).
As inscrições para participar do curso devem ser feitas neste mesmo link.
“Nós da Amanco Wavin acreditamos que o investimento em capacitação profissional é a melhor forma de apoiar a sociedade. Profissionais mais preparados garantem excelência no serviço prestado, que resulta em consumidores satisfeitos e valorização do mercado”, diz Fábia Guerra, gerente de Marketing da Wavin no Brasil.
O gerente-executivo de Educação Profissional do SENAI, Felipe Morgado, avalia que o curso será uma excelente oportunidade, especialmente por causa do decreto federal que estabelece a utilização da ferramenta em obras de engenharia realizadas pela administração pública federal, a partir de janeiro de 2021. “O profissional que dominar essa metodologia certamente estará na frente no setor da construção civil”, explica Morgado, destacando que “essa ferramenta permite estimar preços e prazos, além de reduzir erros por meio de detecção de interferência de elementos construtivos, garantindo economia, ganho de produtividade e transparência nos gastos”.
Sobre o BIM
A metodologia BIM é o futuro dos projetos de engenharia porque simula a obra real em 3D agregando inteligência e, com isso, colaborando para a precisão do projeto.
Para aplicar os produtos da marca em um projeto hidráulico, basta acessar gratuitamente o link http://bim.amanco.com.br/pt/Paginas/default.aspx e baixar as bibliotecas da Amanco Wavin. A ferramenta possui o diferencial de ser a única do mercado que reconhece, de forma automática, o ambiente que está sendo projetado e recomenda quais tubos e conexões devem ser utilizados.
“Nossas bibliotecas permitem a inserção de tubos e conexões nos softwares de planejamento, com medidas e atributos reais. Além disso, foram criadas com todas as funcionalidades requeridas para trabalhar adequadamente sob a metodologia BIM, oferecendo um ambiente amigável para projetistas de redes hidrossanitárias”, finaliza Fábia.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) enaltece a iniciativa do Itaú Unibanco de lançar uma nova linha de financiamento imobiliário, combinando taxa fixa de 3,99% ao ano mais a variação da Poupança. Com a medida, a instituição financeira acata sugestão feita pela associação junto ao mercado e ao Banco Central (BC).
“A decisão do Itaú Unibanco é um gesto importante para ajudar a reduzir o déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias existente no Brasil. Temos defendido, desde o início do ano, um novo indexador para o financiamento imobiliário. A ABRAINC apresentou ao Banco Central um modelo formado por spread bancário mais a remuneração da poupança. O Itaú Unibanco sai na frente, após a nossa articulação. Esperamos que os demais bancos possam acompanhar a medida. Quanto menor os juros, mais brasileiros conseguirão comprar a casa própria”, afirma o presidente da associação, Luiz Antonio França.
A nova linha anunciada torna a taxa de juros para financiamentos contratados em setembro equivalente a 5,39% ao ano. A redução para a primeira parcela é de 18% na primeira parcela, em relação ao praticado atualmente pelo mercado. Além disso, o Itaú Unibanco elevou para 82% do valor do imóvel o total que poderá ser financiado na nova modalidade de crédito, cujo teto será de 10,16% ao ano, caso a taxa Selic volte a subir.