Mercado imobiliário refloresce na zona oeste de São Paulo

Por Fernando Nekrycz

Boêmia, universitária e jovem, mas, ao mesmo tempo, tradicional. Essa é a zona oeste da capital paulista, plena facilidades, serviços e lazer para quem nela habita. Na área de transportes, é servida por grandes avenidas, linhas de ônibus que a conectam a toda a cidade, por várias estações de metrô e até mesmo por um terminal rodoviário, o da Barra Funda. Oferece várias opções gastronômicas, de bares e de compras em sua área, com shoppings, supermercados e lojas de todos os tipos. A região tem sido palco de um grande número de lançamentos de bom padrão e de várias tipologias, inclusive na Avenida Rebouças. Entretanto, é preciso saber aproveitar as vantagens imobiliárias que oferece por meio de plataformas e corretores que conhecem os locais mais valorizados e em alta. Conheça os atrativos de quatro bairros da região.

Pinheiros – Considerado por muitos como o bairro mais antigo de São Paulo, começou a surgir em 1562, quando índios ocuparam o local que hoje conhecemos como Largo da Batata. No entanto, o desenvolvimento do bairro situado ao longo do Rio Pinheiros só ocorreria a partir do início do século 20. Hoje, apresenta elevado padrão, tem agitada vida noturna com bares e restaurantes para todos os gostos bem como apresentação de espetáculos e peças no Sesc Pinheiros. Localizado perto de importantes avenidas, como Brigadeiro Faria Lima, Nações Unidas, Eusébio Matoso, Rebouças e Marginal Pinheiros, tem boas opções de transporte público. Abriga estações de metrô como Pinheiros, Faria Lima e Fradique Coutinho; é servido por shopping, supermercados, farmácias e comércio em geral. Vale lembrar que o nome do bairro é atribuído à suposta grande quantidade de araucárias que existiam na região.

Vila Madalena – Essa área de Pinheiros se tornou uma região boêmia pela grande oferta de bares e restaurantes, lojas e serviços sofisticados. Abriga até galerias de arte. A estação de metrô mais próxima é a Vila Madalena. Tem recebido lançamentos imobiliários residenciais e comerciais diferenciados em sintonia com o aspecto jovial e descolado do bairro.

Perdizes – Tradicional, é conhecido por ser um bairro de classe média e por abrigar a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Tanto ela quanto seu teatro, o Tuca, foram focos de resistência ao regime militar. Com boa infraestrutura de serviços e transporte, deverá abrigar estações da linha 6-Laranja do metrô. Hoje, pode ser acessado por meio das estações de metrô Sumaré, Clínicas e Barra Funda. Em sua área se encontra o Allianz Parque, estádio do Palmeiras, que também é palco de shows internacionais, o Parque da Água Branca e shoppings. Lançamentos imobiliários de elevado padrão também têm aparecido por lá.

Pompeia – Outro bairro tradicional, tem sido palco de um movimento de rejuvenescimento, pois apresenta uma grande atividade boêmia, com bares que atraem público jovem e boas opções gastronômicas. Além disso, está atraindo um grande número de lançamentos imobiliários que vão renovar o aspecto do bairro. Em sua área se encontra o Sesc Pompeia, um grande polo de atividades culturais, e uma boa infraestrutura de serviços e transporte. Pode ser acessado de metrô por meio das estações Barra Funda e Vila Madalena.

Fernando Nekrycz, CEO da Xaza, plataforma de intermediação imobiliária que facilita a compra e venda de imóveis exclusivos

Yuca dá dicas de como modernizar e otimizar imóveis antigos

Yuca, proptech brasileira referência em co-living, promoveu seu primeiro webinar para convidados transmitida de dentro de um apartamento Yuca. A live tour guiada pela Paula Blankenstein, head de arquitetura da Yuca, e Sergio Fontes, gerente de Supply da startup, compartilhou algumas dicas da Yuca para transformar imóveis antigos e valorizar o ativo, otimizando a planta para facilitar a venda. 

Com o objetivo de movimentar o mercado imobiliário, a Yuca surgiu para ressignificar o conceito de moradia oferecendo apês compartilhados em pontos centrais da cidade, aumentando a proximidade do trabalho ou de áreas onde há opções de cultura e lazer. Os apês Yuca estão localizados em bairros onde os preços são elevados para morar sozinho – como Brooklin, Pinheiros, Campo Belo, Vila Olímpia -, mas que são importantes polos econômicos da cidade de São Paulo. 

A proposta da Yuca é oferecer apartamentos de personalidade, com espaços modernos e que garantem a individualidade de cada Yuker, entregando também acesso à cidade. “Nosso padrão Yuca é não ter um padrão. Entendemos que cada apartamento é único e precisa de reformas e conceitos diferentes”, comenta a head de arquitetura da empresa. 

A maioria dos apartamentos Yuca são dos anos 50 e 60, inicialmente projetados para famílias, tendo a característica central de contarem com espaços muito amplos para longos períodos de tempo em casa e com dinâmicas hoje ultrapassadas. Por isso, os arquitetos atualizam sua arquitetura, adaptando os espaços à contemporaneidade e à tendência de moradia compartilhada e ao modo de vida urbano. Os apartamentos que contavam com um banheiro, por exemplo, passam a ter de dois a três, valorizando o ambiente. 

Os quartos que antes eram maiores agora diminuíram, porém com um espaço melhor aproveitado. A exemplo, a arquiteta Paula apresentou de um apartamento de 94m² na Alameda Santos, que antes tinha 2 quartos e 1 banheiro e conta agora com 4 quartos e 2 banheiros. 

“As pessoas precisam de espaços flexíveis. Nesta unidade, espelhamos a sala, fizemos uma área de transição com cimento queimado e sem muita elaboração para facilitar o aluguel. Adicionamos um banheiro, que valoriza o imóvel e atrai a atenção de pessoas que moram em co-livings”, comenta Paula. 

Além de integrar espaços de convivência e abrí-los de maneira que os torne mais amplos, os apartamentosYuca contam com muitas janelas e iluminação natural. Todos os quartos possuem colchões de padrão de hotel e chuveiro a gás de alta vazão. “Quando conversamos com os primeiros clientes, as principais exigências eram uma noite bem dormida e um bom banho”, conta o gerente Sérgio. 

Vamos às dicas! 

Aproveitar o espaço. Para a Yuca, é importante preservar o micro e o macro espaço do morador, deixando-lhe sempre confortável no imóvel que compartilha. As áreas comuns incentivam a companhia, enquanto os quartos garantem a privacidade. 

Preservar. Na reforma dos apartamentos a Yuca respeita a história do que já esteve ali. Detalhes como revestimento, que garantem a essência do apê, são reaproveitados, assim como lad icônicos. 

Modernizar. A Yuca tem uma linguagem visual moderna e própria que harmoniza e cria uma unidade entre seus apartamentos, mas faz questão de manter traços únicos para que tenham personalidade. Nenhum apê Yuca é igual ao outro e, essas decisões podem ser inspiradas pelo nome do edifício ou por um elemento inusitado do espaço, como um banheiro com azulejos retrô. 

Com 180 quartos ocupados, a Yuca pretende ter mais 200 apartamentos sob gestão até o final do ano. Para se adaptar aos novos yukers, a startup identificou uma nova tendência: casas. Com a época de quarentena e isolamento social, houve aumento na demanda por lugares com quintal para tomar sol e usufruir da dinâmica do espaço. Outra tendência trazida pela pandemia foi a necessidade de contar com uma rede de apoio e de ter pessoas por perto, algo que o compartilhamento resolve muito bem. 

Independentemente da configuração e do tamanho, a Yuca promove reformas que incorporam e valorizam as pequenas imperfeições do local. Mostrando a sua beleza, reaproveitando recursos e ampliando ambientes sem descaracterizar os imóveis. Ao mesmo tempo, design e conceitos diferentes são aplicados em todas as renovações, garantindo a singularidade de cada conjunto. 

Negociações dos contratos de locação comercial em tempo de pandemia

Por Daniel Cerveira 

A pandemia da Covid-19 impactou frontalmente o setor varejista, o que demandou a tomada de diversas providências pelos lojistas, sendo uma delas a redução dos custos fixos até a retomada da normalidade. Dentro destes gastos existe o chamado “custo de ocupação”, formado pelo aluguel e encargos locatícios oriundos das locações dos pontos comerciais. 
Diante do cenário gerado pelas quarentenas decretadas pelos Poderes Públicos, as quais acarretaram na interrupção das vendas no comércio físico ou em drástica redução, os lojistas procuraram seus locadores com o objetivo de negociarem ajustes temporários nas bases dos seus contratos de locação de seus estabelecimentos. Frise-se que os contratos de locação continuaram e continuam normalmente vigentes, bem como que o inadimplemento pelo inquilino autoriza que o locador promova as medidas de despejo e de cobrança. 

Naturalmente, verificou-se negociações bastante variadas, ou seja, alguns senhorios concordaram em abonar o aluguel dos dias parados, outros ofereceram descontos em patamares diversos (25%, 50%, 75% etc.) ou somente aceitaram postergar os vencimentos das prestações, sendo que uma minoria negou qualquer concessão. No universo dos shopping centers, onde o custo de ocupação é constituído pelo aluguel, condomínio, fundo de promoção, encargos específicos e outras despesas, observou-se que uma boa parte dos empreendedores isentaram o aluguel para os dias sem funcionamento, bem como cobraram valores reduzidos de condomínio e fundo de promoção (alguns centros de compras também isentaram ou postergaram o pagamento das verbas do fundo de promoção). 

Quanto aos aluguéis, uma outra fatia de empreendimentos por enquanto unicamente suspendeu a sua exigibilidade para posteriores cobranças e há ainda uma parte de locadores de espaços em shoppings que aceitaram aplicar descontos em determinados patamares. Cumpre destacar que muitos centros de compras condicionaram as isenções e descontos ao regular pagamento das quantias exigidas, bem como que existem notícias de lojistas que, uma vez que não conseguiram adimplir as prestações nas datas dos vencimentos, “perderam” os abonos e agora estão sendo cobrados pelos valores totais. 

Nas hipóteses em que não há a celebração do acordo, impõe destacar que o Código Civil traz dispositivos que tratam da revisão judicial ou a rescisão sem ônus dos contratos, independentemente de sua natureza, quando ocorrer um fato imprevisível, extraordinário e superveniente que desequilibre a relação, tornando a “prestação” excessivamente onerosa para uma das partes e gerando extrema vantagem para a outra, ou na hipótese de sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução. 

O Código Civil prevê ainda a hipótese de caso fortuito e força maior como excludentes de responsabilidade, bem como traz o artigo que trata da redução do aluguel quando o bem locado sofre deterioração (possível a sua aplicação por analogia). Assim, a partir do momento que a Covid-19 acarretou na suspensão ou na diminuição do faturamento dos lojistas é cabível defender que os contratos de locação dos respectivos pontos comercias merecem ser ajustados temporiamente até que a situação seja normalizada (entenda-se até que seja observada retomada do nível de faturamento pré-crise) e que os inquilinos têm o direito de rescindi-los sem qualquer penalidade. 

Daniel Cerveira, sócio do escritório Cerveira, Bloch, Goettems, Hansen & Longo Advogados Associados

Construtora doa mais de uma tonelada de alimentos para pessoas em vulnerabilidade social e promove campanha do agasalho

A disseminação da Covid-19 interferiu no aumento da desigualdade social e econômica no território brasileiro. A população em situação de vulnerabilidade é uma das mais afetadas pela pandemia, ficando mais exposta ao contágio e com menos alternativas para se manter financeiramente no período de crise.

Com a chegada do inverno no mês de junho, o Instituto A.Yoshii, entidade do Grupo A.Yoshii voltada à responsabilidade social, vem mobilizando colaboradores para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade, por meio de uma campanha interna. O objetivo é arrecadar agasalhos femininos, masculinos e cobertores que serão doados para entidades nos locais onde a construtora atua: Londrina (PR), Maringá (PR), Curitiba (PR) e Campinas (SP). A campanha acontece até dia 10 de julho e o objetivo é arrecadar mais de 600 peças.

“Nosso objetivo é ajudar a comunidade a passar por esse período difícil, principalmente as pessoas em situação de rua. Para este inverno, estamos arrecadando agasalhos para tentar amenizar o impacto do frio na população, reduzindo a exposição a outros problemas de saúde, como resfriados, gripes e pneumonia. Esperamos que a ação gere impacto inclusive na redução de pessoas que ocupam os leitos de hospitais”, explica a presidente do Instituto A.Yoshii, Simoni Bianchi.

Além da mobilização entre os colaboradores, a A.Yoshii convida a população a contribuir com a campanha. Os pontos de coleta são os showrooms nas cidades onde a construtora está instalada. Ainda, em Campinas, o Mercatto Gourmet Claudia Porteiro e o Tênis Clube de Campinas são parceiros para arrecadação. Em Curitiba, os interessados podem levar suas doações, também, nas unidades do salão de beleza Torriton Presidente Taunay, Torriton Men e Torriton Sete de Setembro.

Doação com responsabilidade

Os doadores podem fazer o repasse dos itens já higienizados. Contudo, para garantir a segurança de todos, as doações somente serão manuseadas após cinco dias do recebimento. “É necessário que os itens sejam contabilizados antes de doarmos, para controle interno da campanha e para termos um número final de peças e de arrecadações. Desta forma, evitamos qualquer possível propagação do novo coronavírus”, diz Simoni.

As entidades atendidas serão: Lar Bom Samaritano, em Londrina; Lar Preservação a Vida, em Maringá; Fundação de Ação Social (FAS), de Curitiba, e Sociedade Educativa de Trabalho e Assistência em Campinas.

Arrecadação de alimentos

Durante o mês de maio, os colaboradores da A.Yoshii Engenharia também se mobilizaram para amenizar os efeitos do novo coronavírus na população, com a doação de 1,5 tonelada de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade social. A ação envolveu mais de 90 colaboradores.

Na unidade de Londrina (PR), foram arrecadados 1,1 tonelada de alimentos, destinados para a Guarda Mirim. Em Maringá (PR), os 200 quilos recolhidos foram entregues ao Instituto Isis Bruder, que realiza diversas ações sociais na cidade. O município também recebeu da A.Yoshii a doação de 10 mil máscaras, entregues ao Provopar, que serão destinadas a profissionais essenciais, como médicos e enfermeiros, além de pessoas em situação de vulnerabilidade, como catadores de lixo e pessoas em situação de rua. Já na capital paranaense, os 200 quilos arrecadados foram entregues à Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS), destinados a 45 famílias do programa de Menor Aprendiz.

“Os colaboradores da A.Yoshii são muito engajados socialmente. Com uma causa tão nobre, que é o combate à Covid-19, os colaboradores e seus familiares estão se envolvendo de forma voluntária para ajudar entidades e reduzir o impacto na comunidade local”, explica o diretor de Recursos Humanos do Grupo A.Yoshii e vice-presidente do Instituto A.Yoshii, Aparecido Siqueira.

No estado de São Paulo, a construtora aderiu à campanha #MobilizaCampinas, que criou uma rede com mais de 60 Organizações da Sociedade Civil (OSC), visando atender mais de dez mil famílias. Cada uma delas está recebendo R$ 200 por mês, via cartão de alimentação, para a compra de alimentos e produto de higiene, durante cinco meses.

Startup de gestão de cobrança de loteamentos levanta R$ 5 milhões em investimentos

A Hent, startup que fornece uma plataforma digital para gestão automatizada de recebíveis de compra e venda de loteamentos imobiliários, captou mais de R$ 5 milhões em investimentos. 

Criada para donos de loteamentos comerciais administrarem seu negócio de forma simplificada, a tecnologia da startup de Recife (PE) otimiza toda a burocracia dos processos de cobrança dos lotes comercializados pelos proprietários, além de fazer a gestão dos contratos.

Em breve, a Hent começará a oferecer produtos financeiros para os loteadores alavancarem os seus negócios e para os compradores adquirirem terrenos e financiarem a construção de casas.

A captação teve a liderança do fundo brasileiro Canary, com participação de Brian Requarth, co-fundador do VivaReal e chairman do Grupo ZAP, do investidor-anjo Julian Toniol, e do fundo Norte Ventures, clube de investimentos composto somente por founders, como Gabriel Benarrós (co-fundador da Ingresse) e Bruno Nardon (co-fundador da Rappi). 

O dinheiro captado será utilizado para acelerar a expansão da startup, além de viabilizar a contratação de 15 funcionários ainda neste ano. Atualmente, a Hent conta com seis colaboradores.

A Hent foi fundada em Agosto de 2019, por David Aragão (fundador da Motonow, empresa de delivery vendida em 2015 para a Loggi), Leo Pinho (fundador da Kaplen, fintech comprada pelo Itaú em 2015) e Thiago Diniz (fundador da Eventick, startup de eventos adquirida pela Sympla em 2016). Em janeiro deste ano, a proptech passou pela aceleração da Y Combinator, no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Mercado de R$ 500 bilhões

A Hent tem um grande mercado para ser explorado. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), a cada ano são aprovados cerca de 400 projetos, com aproximadamente 150 mil novos lotes, somente em São Paulo. Estima-se que o mercado de lotes ativos seja superior a R$ 500 bilhões no Brasil.

“O mercado de loteamentos no país é ainda muito fragmentado e faz pouco uso de tecnologia para tornar os processos mais ágeis. Vemos uma grande oportunidade para a Hent”, afirma Marcos Toledo, cofundador e sócio diretor do fundo de investimento Canary. Ele também destaca a experiência do time de fundadores da proptech como um diferencial. “São líderes que já tiveram experiência anterior à frente de outras empresas e, portanto, são capacitados para superar desafios e atrair bons talentos para ajudá-los nessa empreitada”.

Como funciona

A compra de terrenos costuma ser feita via carnê, com prestações que duram entre 10 e 30 anos. Como boa parte das incorporadoras gerenciam milhares de lotes, fazer a administração dos contratos e cobrança das parcelas exige uma operação complexa, que abrange altos custos de processamento financeiro e operacional com os funcionários do time de cobrança. O modelo de negócio da proptech também ajuda os loteadores a diminuir a inadimplência, que gira entre 18 e 22% no país.

A plataforma da Hent simplifica a gestão de contrato de venda de loteamentos imobiliários, além de emitir e enviar boletos e notificações de cobrança (via e-mail, WhatsApp ou SMS) para os compradores e fazer a conciliação dos pagamentos. 

Hoje, a Hent está administrando pagamentos de 24 mil lotes. “Não concorremos com CRMs ou ERPs, inclusive, já possuímos integrações com muitos ERPs do mercado. Nosso objetivo é automatizar o processo de cobranças, melhorando a eficiência operacional e financeira do loteador”, explica Leo Pinho, CEO e cofundador da Hent. 

Mantendo foco no sistema de cobrança, a startup consegue fazer uma análise de crédito mais assertiva para financiamentos a proprietários e compradores de terrenos.

Crédito para combater o déficit habitacional

Além da tecnologia para otimizar os processos de administração de loteamentos, a startup também começará a oferecer, ainda neste ano, acesso a capital, tanto para as incorporadoras (ou loteadores), como para compradores de lotes. O crédito poderá ser destinado à aquisição de novos terrenos, financiamento de obras e para a construção de casas.

“Mantendo foco no sistema de cobrança, vamos conseguir fazer uma análise de crédito mais assertiva para financiamentos a proprietários e compradores de terrenos”, diz Pinho.

Segundo Pinho,  mesmo com a dificuldade para obtenção de crédito e do cenário econômico atual, existe demanda no mercado imobiliário causada pelo déficit habitacional. É o que mostra um levantamento feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo aponta que o déficit de moradias cresceu 7% entre os anos de 2007 e 2017, atingindo mais de 7 milhões de unidades habitacionais em 2017. 

“Olhando para o estudo, a conclusão é que seria preciso construir 1,2 milhão de imóveis por ano, para atender à demanda por moradia no país ao longo desta década”, comenta o CEO da Hent. 

Para se ter uma uma ideia, a relação entre crédito imobiliário e PIB no Brasil fica entre 8% e 10%. Nos EUA, essa mesma relação é de 68%. Na Inglaterra, de 75%. No Chile, de 20%. “É inversamente proporcional ao custo do crédito. O custo Brasil é de 12% ao ano, enquanto nos EUA é 5%. Portanto, oferecer crédito é essencial para fazer o mercado de loteamentos crescer e também vamos simplificar isso”, esclarece Pinho.

O cofundador do VivaReal, chairman do Grupo ZAP e investidor da Hent, Brian Requarth, está otimista com o futuro da proptech. “Desde quando fundei o VivaReal, há mais de 10 anos, tenho visto diversas oportunidades no mercado imobiliário. A Hent está desenvolvendo algo que o mercado precisa e estou muito feliz em contribuir com esses experientes empreendedores, reduzindo o déficit habitacional no Brasil e ajudando todos os players da cadeia, desde o loteador até o comprador”, conclui o executivo.

Juro de financiamento imobiliário pode cair até 6,5% ao ano com repasse de corte da Selic, aponta Credihome

Após a forte sequência de quedas nas taxas de juros de financiamentos imobiliários no ciclo iniciado desde o ano passado, o novo corte da taxa básica de juros Selic em 0,75 ponto percentual (pp) pode levar a um repasse adicional de mais 0,5 pp aos novos contratos, segundo a Credihome, plataforma online de soluções de crédito para compradores e proprietários de imóveis.

“Entendemos que os principais players de crédito devem afunilar as taxas ao redor de 7% com um viés de baixa podendo chegar até 6,5% em algumas situações de clientes com avaliação alta de crédito. Assim, saímos de uma faixa de 7% a 7,99% para outra entre 6,50% a 7%, gerando um representativo impacto na redução do custo do crédito para aquisição de imóveis”, afirma Bruno Gama, CEO da Credihome .

A preocupação com renda e inadimplência, no entanto, segue no radar. No último corte da Selic para 3% ao ano, as incertezas sobre o cenário no pós-pandemia impediram um repasse da queda para os financiamentos imobiliários. Apesar da situação ainda não estar controlada, os impactos percebidos pelo setor até agora foram menores que o esperado, restaurando os níveis de confiança e abrindo espaço para novos repasses da queda de juros para o consumidor a partir desse corte.

“Em junho, já com o entendimento mais claro dos impactos da crise, enxergamos uma retomada mais forte do mercado imobiliário a partir de reabertura da economia, que se inicia agora, indicando uma retomada da demanda. O impacto da inadimplência nas carteiras de crédito existiu, e ainda está sendo analisado, mas por enquanto, não pareceu muito significativa”, aponta Gama.

De acordo com a Credihome, era estimada queda dos financiamentos imobiliários nos primeiros meses de pandemia, mas o mercado vem se mostrando mais resiliente que o esperado, com o apetite para aquisição – sobretudo de imóveis prontos e de usados – ainda aquecido com esses níveis de juros. Segundo dados da Abecip, o crescimento em abril foi de 27,9% ante igual período de 2019.

“As quedas constantes nas taxas de juros do crédito imobiliário tiveram um papel fundamental para esse desempenho que tem proporcionado um custo de aquisição de imóveis bastante inferior ao que ocorria no Brasil há alguns anos e inserido milhões de famílias nesse mercado. A busca por melhores condições continua sendo vital, modelo no qual a Credihome acredita e se debruça para oferecer uma experiência fácil e digital na busca do financiamento mais adequado para cada cliente”, ressalta o CEO da Credihome .

Índice Abramat – Indústria pode ter sinal de início de recuperação da pandemia

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa quarta-feira, 17/06, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE sobre faturamento na indústria de materiais de construção. A pesquisa aponta que em maio de 2020 a indústria de materiais de construção faturou 10,6% mais do que em abril de 2020, porém 24,8% a menos que maio de 2019. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresenta queda de 5,1%. Já no acumulado (de janeiro a maio) de 2020, o indicador tem queda de 13,3% em relação ao mesmo período de 2019. O Índice da ABRAMAT também aponta que abril 2020 apresentou queda de 33,7% em relação a abril de 2019. Maio já apresentou melhora em relação a abril, que foi até o momento o pior resultado de toda a série histórica do índice ABRAMAT.

De acordo com o presidente da ABRAMAT, Rodrigo Navarro, os dados do Índice refletem os danos causados pela pandemia que atingiu o país a partir de março. “As previsões apontam para uma retração dos efeitos da pandemia a partir de maio em vários estados do país, que iniciaram processos de flexibilização das medidas restritivas, porém ainda há riscos nesse processo e incertezas sobre os impactos negativos na economia neste momento de crise e também no pós-crise“. Ainda de acordo com o executivo da ABRAMAT, a revisão da estimativa de resultado para o ano de 2020 deve ser divulgada na edição de julho do Índice ABRAMAT, quando mais dados oficiais estarão disponíveis sobre os impactos, permitindo à FGV realizar uma estimativa mais precisa, ainda assim sujeita à fortes externalidades .

Quanto aos empregos no setor, a ABRAMAT esclarece que como a FGV utiliza como fonte primária o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), cuja última edição disponibilizada pelo Governo é relativa a dezembro de 2019, não publicará informações sobre as vagas de emprego no setor até que os dados oficiais sejam atualizados.

Saiba mais: http://hubimobiliario.com/wp-content/uploads/2020/06/38.pdf

A nova realidade da compra e venda de imóveis

Por André Zukerman

Não é novidade para ninguém que a pandemia de COVID-19 transformou o mundo como um todo, promovendo novos hábitos e ignorando outros. A sociedade dificilmente será a mesma no futuro – e isso tem provocado preocupações em diversos setores da economia. No caso do mercado imobiliário, algumas tendências já começam a ser observadas não só pelas empresas que atuam na área, mas pelos próprios consumidores. A partir de agora, é preciso oferecer oportunidades adequadas a este novo perfil, com agilidade no momento da busca e diversidade de ofertas.

Antes, é preciso voltar ao período pré-COVID-19 e entender um fenômeno global que acontecia com o mercado imobiliário como um todo. Havia maior busca por imóveis menores e bem localizados, com maior proximidade a centros comerciais ou até mesmo ao local de trabalho do proprietário, sendo um dos fatores principais da busca a fácil mobilidade no local e opções para locar, uma vez que a casa própria (assim como o automóvel) não eram questões tão relevantes aos jovens adultos. Claro que para muita gente, isto continua sendo uma realidade, mas mesmo com o déficit habitacional e fator cultural brasileiro a favor da propriedade, o país acompanhava esse movimento.

A questão é que, com a pandemia do novo coronavírus, observa-se uma mudança de pensamento e de postura no mercado para muitas outras pessoas, que certamente vai movimentar bastante a procura por imóveis. O home office tende a ser o grande vetor dessa transformação, uma vez que esse regime de trabalho tende a se fortalecer por trazer economia de espaço e de dinheiro às empresas e de tempo às pessoas. Dessa forma, casas e apartamentos em regiões mais afastadas, com diferentes atributos (espaço em vez de localização), passam a ter a preferência dos consumidores.

Além disso, é importante ressaltar que a necessidade de ter uma casa própria ficou mais evidente com o isolamento social. Com a residência sendo o lugar em que a família convive, trabalha e se diverte, ser proprietário do imóvel não só se torna uma segurança patrimonial, mas amplia as possibilidades do dia a dia. Passa a ser mais vantajoso investir em pequenas reformas, por exemplo, e adaptar o imóvel à nova realidade, buscando o melhor conforto tanto na hora de trabalhar quanto nos momentos para descansar.

Embora com menor quantidade de ofertas como o mercado tradicional, mas com muito mais vantagens de preço, os leilões on-line são uma excelente oportunidade para aqueles que buscam um novo lar e querem aproveitar esse movimento de “redescoberta” do imóvel. Nessa modalidade, é possível encontrar propriedades com diversas especificidades e perfis (metragem, cômodos e áreas privadas para lazer), em diferentes regiões e localidades, com um preço vantajoso e processo totalmente on-line, respeitando as regras de isolamento social durante a pandemia. Pela internet, é possível se cadastrar, obter todas as informações no edital do imóvel, se habilitar e dar lances no lote escolhido.

O momento ainda é de grande preocupação com a pandemia de COVID-19. Mesmo assim, aos poucos, empresas e sociedade civil conseguem vislumbrar tendências e hábitos que marcarão o “novo normal”. Para o mercado imobiliário, o que era importante antes pode se tornar irrelevante. A meta tende a se tornar conforto e comodidade para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

André Zukerman, CEO da Zukerman Leilões, empresa referência em leilões imobiliários 

Ações do QuintoAndar para apoio a clientes movimentam mais de R﹩ 35,8 milhões

O QuintoAndar, imobiliária digital com R﹩28 bi de ativos sob gestão, movimentou mais de R﹩ 35,8 milhões em ações de apoio a clientes e parceiros durante a pandemia de Covid-19. No total, mais de 50 mil pessoas foram impactadas positivamente. Para dar mais transparência aos resultados dessas iniciativas, a companhia lança hoje (17) o Negociômetro, portal que reúne informações e dados sobre todas as medidas adotadas.

Para apoiar quem teve dificuldade para pagar o aluguel por conta da crise, a empresa passou a parcelar o pagamento do aluguel no cartão de crédito e criou soluções para incentivar a negociação voluntária entre inquilinos e proprietários. Os acordos resultaram em descontos que variam entre 5 e 90% e com duração média de 2,7 meses. Somadas, as iniciativas movimentaram mais de R﹩ 15 milhões.

Além disso, milhares de proprietários foram apoiados por iniciativas como o pagamento garantido, que prevê o recebimento do valor do aluguel sempre em dia, mesmo se o inquilino atrasar o pagamento, e a antecipação do aluguel do mês subsequente. As duas medidas já movimentaram mais de R﹩19,6 milhões.

A empresa criou também um fundo de crédito para apoiar parceiros corretores, fotógrafos e imobiliárias tradicionais. Essa iniciativa já movimentou mais de R﹩ 1 milhão.

“A gente se propôs a buscar soluções que apoiassem todo o nosso ecossistema durante esse momento tão complicado. Com o Negociômetro, queremos dar visibilidade e transparência para os resultados disso”, diz Gabriel Braga, co-fundador e CEO do QuintoAndar. “É o tipo de coisa que nos dá ainda mais fôlego para continuar desenvolvendo as melhores soluções para impactar positivamente o mercado”.

Alta no preço médio de aluguel residencial desacelera para 0,42% em maio

■ Análise do último mês: após elevação de 0,99%, em março, e de 0,95%, em abril, o Índice FipeZap de Locação Residencial desacelerou em maio, encerrando o período com alta de 0,42%. A despeito desse comportamento, a variação do no preço médio do aluguel residencial no último mês superou mais uma vez a deflação registrada pelo IPCA/IBGE (-0,38%), resultando em uma alta real de 0,81% no mês . À exceção do Rio de Janeiro e de Salvador – capitais em que os preços médios registraram variações negativas de 0,15% e 0,04% em maio (respectivamente) – as demais capitais monitoradas pelo Índice FipeZap apresentaram alta nominal no preço do aluguel residencial, movimento liderado pelos avanços registrados em Belo Horizonte (+1,64%), Florianópolis (+0,89%), São Paulo (+0,65%), Brasília (+0,57%) e Porto Alegre (+0,52).

■ Balanço parcial de 2020: com a quinta alta consecutiva no ano, o Índice FipeZap de Locação Residencial acumula um avanço nominal de 3,29% em 2020, variação que, quando comparada à inflação medida pelo IPCA/IBGE no período (-0,16%), resulta em uma alta real de 3,46%. Vale notar que, além do IPCA (IBGE), a variação acumulada do Índice FipeZap de Locação Residencial também superou o comportamento acumulado do IGP-M (FGV) no ano (+2,79%).

■ Análise dos últimos 12 meses: com os últimos resultados, o Índice FipeZap de Locação Residencial acumula alta nominal de 5,15% ao longo dos últimos 12 meses – superando também, neste horizonte, a inflação medida pelo IPCA/IBGE (+1,88%). Com efeito, o preço médio de locação residencial apresentou alta real de 3,21% nessa janela temporal. À exceção de Fortaleza, todas as capitais monitoradas pelo Índice FipeZap registraram avanços no acumulado dos últimos 12 meses. Dentre elas, destacam-se: Curitiba (com alta de 11,35%), Florianópolis (+10,82%), São Paulo (+8,24%), Porto Alegre (+7,72%), Recife (+7,34%) e Brasília (+5,46%). No Rio de Janeiro, a alta acumulada ao longo dos últimos 12 meses (+1,16%) permanece abaixo da variação do Índice FipeZap (+5,15%) e também do IPCA/IBGE (+1,88%).

■ Preço médio de locação residencial: com base em dados de todas 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial, o preço médio do aluguel encerrou o mês de maio de 2020 em R$ 30,82/m². Entre as 11 capitais monitoradas, São Paulo se manteve como a capital com o preço médio de locação residencial mais elevado (R$ 41,37/m²), seguida pelos valores médios registrados em Brasília (R$ 32,11/m²) e no Rio de Janeiro (R$ 30,98/m²). Já entre as capitais com menor valor de locação residencial no mês de maio, destacaram-se: Fortaleza (R$ 17,06/m²), Goiânia (R$ 17,22/m²) e Curitiba (R$ 21,69/m²).

■ Rentabilidade do aluguel: a razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel ao longo do tempo. Nesse sentido, o indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a outras opções disponíveis aos investidores a cada momento do tempo. Impondo ligeira alta frente ao percentual calculado há um ano (4,59%), o retorno médio do aluguel residencial (anualizado) avançou a 4,86% em maio de 2020 (alta de 0,27 ponto percentual em 12 meses), mantendo-se em patamar superior ao retorno médio projetado para aplicações financeiras de referência.