A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) lamenta a decisão do Banco Central manter a taxa Selic em 13,75% e reforça a importância crucial de uma redução na taxa Selic para impulsionar o desenvolvimento econômico do país.
É preocupante constatar que o Brasil detém as maiores taxas de juros reais do mundo (quando descontada a inflação), com uma taxa de 9,4% ao ano, muito acima do segundo colocado, o México, que possui 6,6%. Esses números representam um obstáculo significativo para investimentos e têm um impacto prejudicial na geração de empregos, especialmente para a população de baixa renda.
Os impactos negativos da Selic elevada são particularmente severos para os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A taxa de 13,75% inviabiliza a aquisição de imóveis para milhares de famílias, uma vez que os altos juros resultam em um aumento exorbitante de 23% nas parcelas do financiamento.
Além disso, a manutenção da Selic em 13,75% também contribui para o aumento da inadimplência das empresas, sendo alarmante o fato de que aproximadamente 6,5 milhões delas estão negativadas, conforme dados do Serasa. O cenário também demonstra um crescimento preocupante nos casos de empresas em recuperação judicial (40%) e falências (30%).
Diante desses dados, a ABRAINC reitera a importância de uma redução na taxa Selic como medida essencial para impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil, estimular investimentos, criar empregos e proporcionar moradia digna para a população brasileira.