O Presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu hoje (27/11) o presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Marcos Faraco (Gerdau) e o presidente executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, acompanhados por conselheiros do Instituto. A governança do Aço Brasil transmitiu ao Presidente o reconhecimento em relação às precisas e corajosas medidas adotadas pelo Governo no enfrentamento da pandemia que permitiram a retomada rápida e vigorosa da economia. Reforçaram a capacidade da indústria brasileira do aço de abastecer plenamente o mercado interno e informaram que, no momento, ajustes ainda estão sendo realizados no mercado face a necessidade da reposição de estoques na distribuição e consumidores. Além disso, os representantes do Aço Brasil levaram ao presidente as previsões de desempenho do setor para o ano que vem. Estiveram presentes na audiência o Ministro Chefe da Casa Civil, Braga Neto, Ministro da Economia, Paulo Guedes e o MInistro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
No ápice da pandemia de COVID-19 no Brasil, houve forte queda de consumo e a indústria brasileira do aço teve que abafar altos fornos e paralisar outras unidades de produção, chegando a operar com apenas 45% de sua capacidade instalada. Os prognósticos de queda do PIB eram então sombrios não só no Brasil como na grande maioria dos países. Logo que os sinais de recuperação da demanda de aço surgiram, o setor do aço religou seus equipamentos e reativou sua produção, para atender o retorno dos pedidos dos clientes. Hoje, a utilização da capacidade instalada (68,4%) já ultrapassou a de janeiro deste ano.
A vigorosa recuperação do mercado interno permitiu que as estimativas do Instituto para este ano em relação a 2019 sejam de relativa estabilidade nas vendas internas (0,5%), atingindo 18,9 milhões de toneladas, queda de apenas 01% no consumo aparente, que deve atingir 20,8 milhões de toneladas. No tocante à produção, a indústria brasileira do aço deve decrescer 5,6%, atingindo 30,7 milhões de toneladas este ano. As importações devem cair 17,4% em relação a 2019, totalizando 2 Mt e as exportações devem ter queda de 16,3%, atingindo 10,7 Mt.
O olhar da indústria brasileira do aço para 2021 é de otimismo, porque acredita na retomada do crescimento econômico sustentado. A expectativa é de aumento de 5,3% nas vendas internas e 5,8% no consumo de produtos siderúrgicos no próximo ano em comparação com 2020. Esse otimismo baseia-se na expectativa de um maior consumo de aço na construção civil, nas obras de infraestrutura, e uma maior participação da indústria nacional no setor de óleo e gás e energia renovável.
Foi levado também ao Presidente e aos Ministros presentes a necessidade da indústria de transformação, nela inserida a indústria do aço, de recuperar a sua competitividade, tanto na concorrência dos produtos importados quanto nas exportações. Para tanto é necessário que a abertura comercial da economia brasileira seja vinculada à correção das assimetrias competitivas (Custo Brasil), assim como sejam tomadas medidas de isonomia de tratamento entre o produto nacional e o importado. Na exportação, é preciso que a indústria tenha pelo menos ressarcimento de seus resíduos tributários (Reintegra).