A digitalização atingirá a construção civil, incluindo a cadeia de materiais cimentícios, com ganhos de produtividade e redução de impacto ambiental. E a introdução da produção digital em países em desenvolvimento passa pelo desenvolvimento de soluções específicas às condições sociais, à disponibilidade de recursos econômicos para investimento e ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico.
O setor cimenteiro tem atuado forte e conjuntamente com a cadeia produtiva e o universo acadêmico na busca de soluções, alternativas e projetos inovadores a fim de apoiar o país no desenvolvimento econômico e social através de uma infraestrutura mais adequada e mais moderna que garantam o bem-estar dos brasileiros.
O recente lançamento do hubic – o primeiro espaço cooperativo de inovação e construção digital de base industrial do Brasil – reforça a vocação da indústria do cimento em Inovação e assegura seu papel de protagonismo e vanguarda acompanhando a transformação global com a Quarta Revolução Industrial – popularmente conhecida como Industria 4.0.
Além dessa iniciativa também estão previstas a inauguração de um espaço de Coworking, para a elaboração de pesquisa e desenvolvimento de empresas da cadeia de valor, grupos desenvolvendo soluções consideradas promissoras e startups; a criação de uma plataforma de construção digital através do compartilhamento de infraestrutura laboratorial multiuso com capacidade de produção/impressão digital 3D de componentes cimentícios e edificações na escala 1:1; o desenvolvimento de atividades de educação continuada (EaD) on-line voltadas para inovação e Indústria 4.0 e a criação da Cátedra Ary Torres para atrair profissionais de ponta do mundo para coordenar plano de atividades, educação, pesquisas e inovação, além promover atividades de transferência de conhecimento e tecnologia a partir de experiências internacionais
Além do mais, haverá a promoção de Consórcios de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação com objetivos específicos, explorando a sinergia produzida pelo acordo de cooperação técnica assinado recentemente com a USP.
O Acordo de Cooperação Técnica – USP e ABCP / SNIC
A Universidade de São Paulo (USP), por meio da Escola Politécnica (Poli), a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) assinaram, na tarde do último dia 3 de setembro, um acordo de cooperação técnica que tem como objetivo acelerar a transição da construção civil para uma economia digital e circular, por meio de soluções inovadoras, competitivas, com baixa pegada ambiental e de alta produtividade e qualidade.
Para sua implementação, o hubic já tem assegurado R﹩ 8 milhões em investimentos e será instalado em espaço compartilhado entre a USP e a ABCP, interligado ao campus da Universidade, em São Paulo.
O projeto será conectado ao Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICS USP), um ecossistema de empresas e academia dedicado a promover a inovação, a sustentabilidade e a produtividade na construção civil.
“Vivemos um tempo de múltiplos desafios, nos âmbitos ambiental, concorrencial e institucional. A indústria de cimento tem se mostrado capaz de enfrentar esse mundo complexo, tanto dentro de suas fábricas, quanto nas diversas aplicações do cimento. O acordo com a USP está inserido nessa lógica. Se, por um lado, o convênio resgata uma história construída ao longo de décadas, por outro, ele projeta o elemento inovação como variável de importância crescente para que nossa indústria continue gerando valor e qualidade de vida para toda a sociedade”, afirma o presidente da ABCP/SNIC, Paulo Camillo Penna.
Ainda segundo o executivo, a digitalização atingirá a construção civil, incluindo a cadeia de materiais cimentícios, gerando ganhos significativos de produtividade e redução de impacto ambiental.
Para absorver esse processo evolutivo, a USP e a ABCP reúnem expertises e ações que, somadas, cuidarão de alavancar a produção digital de componentes e a transferência de conhecimento e tecnologia para toda a cadeia produtiva da construção e sociedade.
“O hubic é uma iniciativa que traz a tecnologia da indústria 4.0 para os componentes da construção civil e de infraestrutura, fruto da união da academia, da indústria e dos órgãos públicos e privados, trazendo a tecnologia de ponta para a melhor eficiência das obras, otimização dos materiais, economia e sustentabilidade, beneficiando a indústria e a sociedade”, destaca a diretora da Poli, Liedi Legi Bariani Bernucci.