O setor da construção civil começou a dar sinais de melhora no último ano, é o que aponta pesquisa realizada pela Catho. Segundo o estudo “Mapa do Emprego”, a área, que foi fortemente impactada na recessão econômica, cresceu 9% em vagas no último ano. Embora abaixo do esperado, o cenário ainda é otimista, com boas expectativas até o final do ano.
O levantamento, que traz o comparativo de inclusão de vagas durante o primeiro quadrimestre de 2018 em relação ao primeiro quadrimestre de 2019, ainda apresenta o crescimento de outras áreas, tais como: serviços (6%), comércio (5%) e indústria (4%).
Os dados também são reforçados pelos números recentes divulgados pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que registrou no mês de julho 18,7 mil postos de trabalho criados no setor. Sendo esse o segmento que mais criou vagas ao longo do mês.
“Já é possível observar um aumento de postos de trabalho no setor de construção. Esse movimento corrobora o aumento de oportunidades do setor em nosso site. Os dados apontam um viés de crescimento, que pode aumentar se houver retomada do aquecimento no mercado. Novas modalidades de financiamento imobiliário têm sido propostas e há expectativa que essas e outras medidas possam dar fôlego para a construção.”, afirma Rafael Stille, diretor de Estratégia da Catho.
Ainda segundo o estudo levantado pela Catho, é possível observar que o crescimento em vagas vem sendo puxado pela região Sudeste, com um aumento de 12%. Já as regiões Nordeste e Sul apresentam um ritmo menor, de 3% e 1%, respectivamente. Enquanto Norte e Centro-Oeste apresentaram retração no número de vagas na área de construção civil entre o primeiro semestre de 2018 e 2019.
Para Stille, esse movimento acontece porque este é um setor que vem de um período recessivo bastante intenso e a recuperação vem primeiramente na região que conta com a maior participação na economia.
O levantamento ainda destaca as remunerações salariais da área. Segundo o estudo, houve um aumento de apenas de 2% – em comparação entre 2018 e 2019 – e embora o Sudeste tenha gerado mais oportunidades de contratação, esse aumento não se observa nas remunerações, que cresceu no último ano apenas 1%. “Neste aspecto, nota-se que os primeiros sinais de retomada nas contratações do setor ainda não se refletiram no aquecimento completo do mercado de trabalho, ou seja, é possível que ainda haja um excedente de trabalhadores do setor em busca de oportunidades que acaba pressionando a oferta salarial”, destaca Rafael Stille. Dentre os cargos de maior aumento salarial, destaca-se o operador de Guindaste (8%), seguido de instalador de tubulações e betoneira (7%).