Com a alta do agronegócio, ativos relacionados ao setor chamam a atenção de investidores interessados em diversificar suas carteiras e alcançar maior rentabilidade. Segundo dados da consultoria IHS Markit, as terras em locais de interesse para o agronegócio tiveram uma valorização média de 6% nos doze meses entre novembro de 2019 e 2020.
Para este ano, as expectativas sobre o setor também são otimistas: a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) projeta crescimento de 3% no PIB do agronegócio, enquanto o VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária – índice calculado a partir dos números de produção e preço) tem alta estimada em 4,2%.
Segundo a entidade, o aumento será mais tímido que em 2020 porque, no ano que passou, o cenário de pandemia e alta do dólar fizeram disparar os preços das commodities. Porém, segundo a CNA, os números representam um crescimento “robusto” do setor. E, claro, os bons ventos do setor devem continuar impactando positivamente no valor dos imóveis em áreas rurais.
Fundos de Investimento Imobiliários ganham destaque
“Mesmo olhando diversos segmentos, acreditamos principalmente nos loteamentos, que em nossa opinião são o berço do mercado imobiliário. Essa classe de ativo tem como diferencial a possibilidade de parcelamento e, com isso, mescla diversos segmentos, como incorporação vertical, residências, comércios, entre outros”, afirma Matheus Siqueira, da equipe de Relação com Investidores da TG Core.
Segundo Siqueira, os fundos da gestora contam com investimentos pulverizados por todo o país e muitos deles pegam carona no momento positivo do agronegócio. “Nosso foco abrange localizações com atuação pujante do agronegócio na economia local e nacional, como o MATOPIBA (estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), considerado a grande fronteira agrícola nacional da atualidade, respondendo por grande parte da produção brasileira de grãos e fibras”, afirma.
Além do MATOPIBA, a gestora também trabalha com projetos em outras regiões com grande potencial de valorização, como o Cinturão da Soja (estados do Pará, Amapá, Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul), caracterizado por forte produtividade e escoamento de grãos através da BR-163, além do estado de Goiás, Triângulo Mineiro e interior paulista.
Agro cresce também demanda sobre habitação
Um dos principais objetivos dos fundos de investimento imobiliários da TG Core é fortalecer a oferta de projetos residenciais em locais ainda pouco explorados e com grande crescimento. A intenção é propiciar o desenvolvimento de projetos habitacionais ao mesmo tempo em que traz rentabilidade para os investidores. É aí que o agro se destaca. “Buscamos investimento em regiões fora dos grandes centros, principalmente banhadas pelo agronegócio. O Brasil é um país com déficit habitacional de cerca de oito milhões de moradias, o que torna cada vez mais atrativa a urbanização no interior do país”, destaca Matheus.
Para a gestora, o agro é um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico dessas regiões. “Devido ao desenvolvimento do agronegócio, diversos empreendedores regionais estão crescendo e, com isso, aumenta também a demanda por imóveis. São áreas pouco exploradas e, por isso, oferecem possibilidades de maiores retornos nos investimentos. Pretendemos seguir com essa tese em 2021”, finaliza.