Mesmo em meio à crise causada pelo coronavírus, para muita gente o sonho de ter uma casa própria não mudou. O que mudaram foram as necessidades quanto a espaço e localização. Dados do Homer , plataforma que oferece soluções tecnológicas aos corretores de imóveis de todo o Brasil, mostram que, para 45% dos profissionais do setor entrevistados, os imóveis que estarão no topo do ranking de procura neste ano serão os residenciais, com espaço para home office, e em regiões mais centrais. 43% também apostam nos imóveis residenciais um pouco maiores para oferecer conforto no trabalho à distância, mas longe dos grandes centros, número bem superior aos 10% que acreditam que a busca por compactos/estúdios será maior, e 3% que apostam nos imóveis comerciais.
Livia Rigueiral, CEO do Homer, afirma que a pandemia acabou acelerando uma mudança no comportamento das pessoas que o mercado imobiliário já vinha notando. o home office, especificamente, despertou nelas a necessidade de mais espaço para abrigar o “escritório”, e mais áreas de lazer para aproveitar os momentos de folga em tempos de distanciamento social. “O mercado precisa se adaptar rapidamente para atender essa nova demanda”, comenta a executiva.
E os incentivos para quem quer adquirir um imóvel neste momento não poderiam ser melhores. “Através do financiamento da Caixa Econômica Federal, por exemplo, há carência de seis meses para começar a pagar as parcelas, há descontos de 50% a 75% na parcela do financiamento e redução das taxas – com o teto indo de 8,5% para 8% (mais a taxa referencial), e o piso de 6,5% para 6,25% (mais a taxa referencial)”, explica Lívia Rigueiral.
Um levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança – ABECIP – revelou que entre janeiro e dezembro de 2020, os financiamentos de imóveis com uso de recursos da poupança bateram R$124 bilhões, crescimento de 58% em relação a 2019. Não à toa, os corretores de imóveis estão otimistas quanto às vendas agora em 2021. 70% apostam que o aumento na compra de propriedades vai variar de 20% a até mais de 50%. “Quem quer enfim ter um lar, ou está pensando em investir, a hora é agora”, conclui a CEO do Homer.