O segundo levantamento exclusivo feito pela DataZAP, braço de inteligência imobiliária do Grupo ZAP, sobre o mercado imobiliário e os efeitos do coronavírus no setor, revela uma melhora no comportamento de busca por imóvel, desde o início da pandemia. No primeiro levantamento, realizado em abril, o número era de 78% dos que disseram que diminuiu as buscas, agora passa a ser 64%, uma queda de 14 pontos percentuais.
O estudo “A Influência do Coronavírus no Mercado Imobiliário” mostra que houve crescimento nos respondentes que disseram que as buscas por imóveis permaneceram iguais, que ficou em 22% nessa segunda onda contra 18% na anterior, realizada no final de março. Já os que responderam que a busca aumentou agora representam 15% dos consumidores, um crescimento de 11 pontos percentuais em relação ao primeiro levantamento no início da pandemia (antes era de apenas 4%).
Para Deborah Seabra, economista do Grupo ZAP, existe uma adaptação a este momento. “Estamos entrando no ‘novo normal’, onde são pessoas já estão se acostumando com o novo cenário e já não tem mais o choque do início. Elas começam a manter uma rotina de consumo, como anteriormente, mas pensando de uma forma diferente e encontrando soluções para busca de imóvel”, explica a economista.
Razões de mudança
O estudo perguntou sobre as razões para mudança na busca. Insegurança financeira (18%) e impossibilidade de realizar visitas (16%) seguem sendo as duas maiores razões para mudança no processo de busca desde o início da pandemia. A impossibilidade de realizar visitas aparece como principal motivo para aqueles que buscam imóvel para locação (17%).
Por sua vez, a preocupação do usuário que busca imóvel para compra está pautada na insegurança financeira, que ocupa na primeira posição para este perfil (21%).
Percepção dos consumidores sobre preços dos imóveis
O estudo entrevistou também 902 profissionais que atuam no mercado imobiliário. Os dados revelam que 8 em cada 10 entrevistados acreditam que os preços de locação dos imóveis irá diminuir durante a pandemia. Já em compra, 7 em casa 10 acreditam que os preços vão diminuir.