O mercado imobiliário é um dos mais tradicionais, afinal desde que o mundo é mundo as pessoas precisam ter onde morar. Com a crescente busca por adquirir um imóvel próprio a discussão em torno dos novos modelos de negócios também está mudando: hoje as buscas são realizadas em poucos minutos em sites e apps de imóveis.
Neste cenário, se discute sobre novas tecnologias e os novos hábitos de moradia nos últimos anos e as proptechs e as construtechs que provocam uma disruptura do mercado e abrem as portas (e janelas) para a inovação do setor.
A Casafy – proptech de venda de imóveis direto com o proprietário — é uma dessas startups disruptivas e por isso patrocina diversos eventos de inovação do setor imobiliário do país, entre eles, a Construtech Conference – feira voltada à startups e empresas de tecnologia que promove a discussão sobre inovação em diversas áreas do setor. Neste ano estiveram presentes importantes executivos de inovação, fundos de investimentos e aceleração da construção civil e imobiliária, ambiente que propiciou novas ideias à uma área tão tradicional do mercado
Parceiro da Casafy, Guilherme Sawaya, Diretor de Transformação Digital da Cyrela – construtora com mais de 60 anos de atuação – em seu painel apresentou abordagens relacionadas ao impasse das empresas em inovar. “Entre as grandes dificuldades das empresas para inovar, 40% dos executivos apontaram que a incerteza sobre o resultado é o principal motivo, segundo pesquisa da KPMG”, explica Guilherme. O executivo destacou que apostar e correr riscos é parte essencial da inovação e provoca “por que a Cyrela criou uma área dedicada à inovação? Para encher o saco. É somente com o questionamento constante da forma que as coisas sempre foram feitas que se impulsiona a inovação”.
No mercado de compra e venda, Renato Orfaly, CEO da Casafy, aposta no corretor 3.0 e destaca que o corretor tradicional que era o “gatekeeper” de uma vasta cartela de imóveis precisa mudar de posicionamento para atender as expectativas do mundo digital. “O mercado é livre e a legislação permite aos proprietários optarem pelo formato de compra e venda direta, fazendo com o que os corretores justifiquem a taxa de corretagem que varia de 5% a 10% em São Paulo”. Para o executivo, o corretor do futuro terá que tratar o imóvel como seu e focar no atendimento exclusivo e de qualidade. Além de utilizar recursos tecnológicos para facilitar o processo, valorizar suas características individuais como profissional, e não depender mais da quantidade de sua cartela de imóveis para garantir seus lucros no fim do mês.