Goiânia e Recife lideraram valorização do m² entre as capitais brasileiras em 2023, aponta pesquisa ABRAINC

Goiânia (GO) e Recife (PE) despontam como as cidades com a maior valorização no preço do metro quadrado de imóveis entre as capitais brasileiras pesquisadas, de acordo com o segundo estudo sobre a evolução do m² de novos imóveis, realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) com dados da plataforma GeoBrain.
 

Os números referem-se às vendas de lançamentos residenciais verticais em seis dos dez municípios mais populosos do país – São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ) e Fortaleza (CE).
 

No último ano, a capital do Estado de Goiás registrou um aumento de 13,9% no valor médio do metro quadrado dos novos imóveis vendidos, saltando de R$ 7.022 (2022) para R$ 7.997 (2023). O crescimento ocorreu em todos os segmentos pesquisados, com destaque para os imóveis mais acessíveis, que tiveram a maior valorização (18%). Essa tendência reflete diretamente os impactos do novo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A capital goiana tem experimentado nos últimos anos um grande processo de valorização no mercado imobiliário, refletindo o sólido crescimento econômico do estado e a consolidação da capital como um polo que oferece tanto oportunidades de emprego quanto qualidade de vida.
 

Já Recife sofreu uma valorização média de 10,3%, saindo de R$ 8.760 (2022) para R$ 9.658 (2023). Nesse caso, o maior crescimento deu-se nos imóveis de alto padrão (19%), que ajudaram a elevar o preço do m² vendido. Essa é uma tendencia que reflete uma recuperação do mercado de Médio e Alto Padrão (MAP) na capital pernambucana, e reflete também uma recuperação econômica da região Nordeste que em 2023 cresceu acima da média nacional.

As demais capitais pesquisadas também apresentaram crescimento no valor médio do metro quadrado vendido. Fortaleza apresentou um aumento de 9,1%, com um valor médio de R$ 9.957 no metro quadrado; Rio de Janeiro teve uma alta de 8,7%, alcançando um valor médio de R$ 10.543 por metro quadrado; São Paulo teve um aumento de 8,2% no preço médio do metro quadrado, atingindo R$ 13.668; e Belo Horizonte cresceu 6%, com R$ 12.474 no preço médio do m².
 

O presidente da ABRAINC, Luiz França, salienta que os dados da pesquisa refletem a dinâmica do mercado imobiliário brasileiro em diversas regiões do país, indicando que investimentos imobiliários seguem atrativos a investidores que buscam um retorno sólido em seus ativos.

“No contexto geral, os imóveis de padrão econômico demonstraram melhor desempenho em comparação aos demais segmentos, com todas as cidades registrando uma boa valorização do preço médio do m2. Esse movimento, impulsionado pelas melhorias implementadas pelo novo programa MCMV, foi verificado mais fortemente em Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto isso, o m2 dos imóveis de Médio e Alto Padrão teve crescimento mais acentuado em Recife, Fortaleza e Belo Horizonte, o que demonstra a diversidade e versatilidade do mercado imobiliário brasileiro”, destaca o executivo. Para ele, “a continuidade no processo de queda da taxa Selic pode estimular ainda mais o mercado, criando oportunidades para investidores e impulsionando o desenvolvimento econômico em diferentes partes do país.”