Construsummit 2025: evento de gestão e tecnologia para a Indústria da Construção abre venda de ingressos e confirma grandes nomes do setor

Sétima edição tem mudança de data, confirmação de Aldo Dórea Mattos, José Carlos Martins e Stéphane Domeneghini e outros 50 especialistas, além de experiências focadas em C-Levels e gestores da construção civil

Construsummit 2025 iniciou as vendas com novidades. Com nova data, antecipada para os dias 4 e 5 de junho, o evento, que será realizado em Florianópolis (SC), chega com um foco ainda maior no networking entre executivos, destacando as mentorias como um diferencial para qualificar a troca de experiências. Entre os primeiros palestrantes confirmados estão Aldo Mattos, engenheiro civil especialista em gestão de obras, José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, e Stephane Domeneghini, diretora executiva da Talls Solutions, responsável por projetos de arranha-céus do Grupo FG.
 

“As mentorias introduzidas na edição do ano passado tiveram resultados fantásticos, atendendo à demanda por conexões reais. Em 2025, queremos promover uma experiência ainda mais rica. Estamos preparando ambientes dinâmicos e discussões sobre temas fundamentais para a eficiência operacional da Indústria da Construção, como a adoção de tecnologias robustas e uso de dados para as tomadas de decisão”, destaca Guilherme Quandt, Diretor de Estratégia e Mercado do Ecossistema Sienge, realizador do evento.
 

O Construsummit é o maior evento de gestão e tecnologia da Indústria da Construção, realizado para executivos e gestores de empresas de construção, incorporação e de setores vinculados à construção civil, com participação das entidades do setor.
 

A última edição do Construsummit reuniu mais de 2 mil pessoas, incluindo 1.400 C-Levels, e contou com a participação de mais de 900 empresas – construtoras, incorporadoras, entidades de classe, instituições financeiras e outros importantes atores do setor. Com mais de 30 horas de conteúdo, a programação abordou temas como o panorama econômico e seus impactos na construção civil, além de dores, demandas e aprendizados do setor.
 

O evento ainda reuniu entidades relevantes, como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e sindicatos da construção civil de diversas regiões do Brasil.
 

Para 2025, a expectativa é manter o evento no CentroSul, em Florianópolis (SC), e superar as marcas anteriores, com destaque para mais de 3 mil oportunidades de novos negócios. O evento irá trazer debates importantes para o futuro do setor como: integração da cadeia da incorporação, industrialização, Lean Construction, orçamento, vendas, gestão de suprimentos, planejamento de obras, dados e tendências, crédito e eficiência financeira, entre outros assuntos.
 

A venda de ingressos está disponível no site oficial do evento.

O Construsummit 2025 tem patrocínio de VMV Group, Makasí, Nydus, Hinc, R2U, Zepp, Otus Tático.

MPD Engenharia anuncia novos diretores para as áreas de operações e financeiro

Bráulio Saraiva Junior e Rafael Abranches Barbosa ocupam os cargos, unindo visão estratégica e experiência de mercado, para impulsionar inovação, eficiência e crescimento estratégico na companhia
 

Na busca por expansão e aprimoramento na qualidade das entregas e processos, a MPD Engenharia, construtora e incorporadora que atua em diversos segmentos da construção civil e no mercado de médio e alto padrão, anuncia a chegada de dois novos executivos. Bráulio Saraiva Junior e Rafael Abranches Barbosa assumem os cargos com foco nas áreas de operações e finanças, respectivamente. Com essas movimentações, a empresa reforça sua estrutura para otimizar o desempenho em diferentes frentes, além de ampliar sua visão estratégica para a marca e com proposta de valores aderentes ao mercado.

Engenheiro civil formado pela Escola de Engenharia de Lins, Bráulio Saraiva tem mais de 38 anos de experiência na gestão de projetos de grande porte nos setores de infraestrutura e energia. Durante sua carreira, liderou projetos complexos no exterior sob diferentes modalidades contratuais. Com passagens por empresas como Camargo Corrêa e ECB – Empresa Construtora Brasil | Grupo Mota – Engil, atualmente, Bráulio integra o board da MPD Engenharia como Diretor de Operações, liderando projetos nas áreas de construção e incorporação da empresa.

Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV, Rafael Abranches Barbosa acumula mais de 15 anos de experiência no setor financeiro. Sua trajetória inclui passagens por empresas como OAS S.A. e BKO Incorporadora. Desde sua entrada na MPD, em 2019, como Gerente de Controladoria e Planejamento Financeiro, Rafael desempenhou um papel fundamental na estruturação e otimização de processos financeiros. Agora, assume o cargo de Diretor Financeiro, responsável por liderar as áreas de controladoria, planejamento financeiro, contábil, fiscal, tesouraria e recebimento fiscal.

“A chegada de Bráulio e a nova posição de Rafael, reforçam o compromisso da MPD Engenharia em evoluir continuamente e consolidar sua posição de destaque no setor. Com a expertise de ambos os executivos, a empresa estará ainda mais preparada para ampliar sua eficiência operacional e financeira, garantindo entregas de alta qualidade e soluções inovadoras nos próximos anos da Companhia. Essa integração fortalece a estratégia de crescimento sustentável da MPD, beneficiando colaboradores, clientes e o mercado como um todo”, destaca Milton Meyer, Copresidente da MPD Engenharia.

Com recursos da poupança em queda, startups abrem caminho para novas opções de financiamento para o mercado imobiliário em 2025

Setor deve ser impactado pelos fatores macroeconômicos e de conjuntura neste ano, mas aproximação com mercado de capitais sinaliza para empresas oportunidades de novos projetos, além da ampliação do crédito para pequenas e médias incorporadoras

O ano de 2025 deve ser de diversificação nas opções de crédito para o mercado imobiliário, incluindo pequenas e médias incorporadoras, que têm hoje mais dificuldade de acessar crédito profissional. Esse cenário se desenha em função da redução constante nos recursos de poupança, que historicamente têm financiado o setor, mas estão cada vez mais escassos. A oportunidade de novas possibilidades de crédito deve vir da aproximação com o mercado de capitais, com a intermediação de startups que usam a tecnologia para criar pontes entre o setor imobiliário e potenciais investidores. 

Caio Bonatto, CEO da Makasí, fintech que tem como missão desbloquear o fluxo de capital para o setor da construção por meio de inteligência de dados, aponta que a tecnologia é uma importante aliada para eliminar essa dor, auxiliando  o mercado de capitais a se aproximar e financiar a construção civil de forma mais segura. “Assim, as construtoras e incorporadoras conseguem acessar outras alternativas e não dependem de  um ou dois bancos apenas. Apesar de 2025 ser um ano de maior cautela no cenário macroeconômico, temos uma demanda enorme por imóveis no Brasil, e um apetite grande do mercado de capitais para participar dessa cadeia. Existem oportunidades para serem aproveitadas” , opina. 

O uso desses recursos deve se intensificar em 2025, opina Caio, e é uma boa oportunidade para pequenas construtoras, que, juntamente com os construtores individuais, são responsáveis por 80% de tudo que é construído no Brasil. Ao mesmo tempo que têm esse grande impacto no setor, 80% das incorporadoras do Brasil nunca acessaram financiamento profissional – e nesse dado, se inserem em especial as empresas menores, locais ou com menos tempo de mercado.

Tecnologia amplia capacidade de acompanhar projetos

Quando uma incorporadora busca financiamento, os grandes bancos costumam avaliar a empresa para entender o risco da operação. Nessa lógica, empresas menores, locais e empresas com menos tempo de mercado, ainda que com projetos sólidos, acabam ficando à margem das oportunidades de crédito profissional.

Com o uso da tecnologia, é possível acompanhar um número maior de projetos de perto, de forma facilitada e mais ágil, avaliando o risco daquele empreendimento e dando mais confiabilidade ao processo.  

“A tecnologia permite que a gente olhe para um portfólio grande de operações, menores. Dessa forma, se um investidor tem R$ 500 milhões para aportar, podemos destinar esse recursos para 100 obras de R$ 5 milhões, usando recursos tecnológicos para ter um total acompanhamento e controle das etapas do projeto”, aponta. 

Dentro da plataforma da Makasí, por exemplo, a construtora consegue comprovar os avanços na obra, verificar o fluxo e fazer a gestão dos recursos, além dos pagamentos de fornecedores, através de uma conta bancária embutida. Já o credor consegue ter, através da plataforma, segurança do uso do recurso, acompanhando todo processo. Com o uso de machine learning e IA, a plataforma consegue precificar as operações e permitir que o investidor faça uma gestão de risco. 

Um ano para focar em eficiência

O ano começou com notícias que indicam um momento de maior cautela para as empresas, com economistas projetando aumento do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em 2025, assim como a projeção para a Selic (taxa básica de juros). Assim, o mercado imobiliário pode ter um 2025 mais cauteloso em termos de crescimento, mas também pode aproveitar esse período para identificar e corrigir pontos que estejam impactando a eficiência da empresa.

Caio, que já acumula mais de 15 anos de experiência no setor de construção, acredita que as empresas, em 2025, devem focar em lançar projetos realmente diferenciados e com grande potencial, e olhar menos para um grande e rápido crescimento e mais para “organizar a casa”, preparando a empresa para as próximas ondas de crescimento. Isso significa melhorar a governança, a gestão financeira, a contabilidade, identificar dores e buscar caminhos de melhoria. Muitas vezes, a tecnologia pode ser esse caminho, mas o CEO da Makasí indica a importância da transformação digital ser feita de forma a realmente trazer mais eficácia. 

“É comum o empreendedor adotar uma tecnologia por estar na moda, por estar sendo muito falada e usada, mas ele não avalia se ela realmente soluciona o que a empresa mais precisa, Meu conselho é que sejam identificados os desafios da empresa, os gargalos do negócio, e, a partir disso, buscar tecnologias que possam ajudar na resolução do problema”, ensina.  

Para Caio, o mercado de imóveis voltados para a classe média é o que pode ser mais impactado por fatores como inflação, juros e alta do dólar. “O mercado de luxo acaba sendo mais resiliente quando olhamos para fatores macroeconômicos e os empreendimentos voltados para famílias de baixa renda também sofrem menos impacto, pois temos recursos subsidiados e uma demanda muito mais alta”, pontua. 

Rooftops chegam a valorizar em 20% prédios corporativos em São Paulo e Campinas

Tendências nos projetos arquitetônicos, os rooftops podem ser espaços de lazer e convivência e que proporcionam um descanso revigorante dos ambientes fechados dos escritórios


O topo dos prédios costumavam ser locais pouco aproveitados em um projeto arquitetônico e após os anos 80 passaram a virar uma tendência nos Estados Unidos, também em edifícios comerciais e corporativos, como espaços de lazer e entretenimento. Um local diferenciado que passou a receber apresentações, restaurantes e eventos ao ar livre.
 

Com o objetivo de garantir um espaço de convivência, descanso e lazer, os rooftops tomaram conta dos prédios corporativos, que tem privilegiado o aproveitamento mais qualificado dos terraços no projetos de novos empreendimentos. De acordo com o economista e CEO da 3z Realty Franco Pasquali, os rooftops chegam a valorizar prédios corporativos em 20% o m². “Esses espaços chegam com força e podem servir como extensão dos ambientes de convivência, um lugar para relaxar, socializar e também propício para receber um restaurante ou café, ou até uma confraternização das empresas”, afirma o economista.
 

A 3Z Realty, empresa do segmento imobiliário de Campinas, tem investido nessa tendência em quatro projetos de edifícios corporativos construídos em São Paulo e Campinas. Um dos projetos, o Guatá Office Tower, localizado no Jabaquara, traz um conceito de rooftop com paisagismo, que torna o espaço mais agradável e adequado para uma pausa mais revigorante do que do ambiente fechado dos escritórios.

Qual a diferença entre o Rooftop e a cobertura?

Entre as diferenças fundamentais de um rooftop para uma cobertura, podemos citar a planta do telhado da edificação. No caso do rooftop, podemos contar com uma área de lazer completa, moderna e sofisticada.

Trata-se de uma construção semelhante ao terraço, porém, com melhorias que valorizam o imóvel e proporcionam mais exclusividade aos usuários. Já as coberturas são consideradas imóveis localizados no último andar do edifício, que pode contemplar uma área livre contendo piscinas e outros espaços de lazer ou não. As coberturas podem ser lineares, duplex, triplex ou penthouse.

Além disso, a cobertura é de uso privado, enquanto que o rooftop não tem moradores, sendo uma área comum com espaço de convivência e socialização, podendo ter um café, bar e restaurante.

Segurança

O aproveitamento do terraço na implementação de rooftops atrativos requer uma infraestrutura adequada e que cumpra algumas normas de segurança e conforto. Por exemplo, uma delas refere-se ao elevador. Em novos projetos, o elevador já chega direto ao rooftop. Já nos prédios antigos para chegar ao último andar, é preciso subir dois vãos de escada, que tem que ser protegida pelo Corpo de Bombeiros. Há também os acessos à caixa de máquina do prédio, caixa d ‘água e para-raio, que precisam ser isolados, para que o terraço fique em condições de uso.

Além disso, é importante respeitar as normas de segurança, como a ABNT NBR 14.718 de Guarda-corpo, que prevê a necessidade de instalação de um corrimão superior a 1,10m.

Setor de Incorporação cresce e ganha força diante de desafios econômicos, aponta relatório

Pesquisa da Grant Thornton Brasil indica aumento de 27% na receita e melhora da margem bruta no 3º trimestre de 2024, em comparação com mesmo período em 2023

A última edição da pesquisa “Incorporadoras – Uma análise contábil das empresas do Novo Mercado”, conduzido pela Grant Thornton Brasil, uma das maiores empresas de consultoria, auditoria e tributos do mundo, revela um crescimento significativo do setor no terceiro trimestre de 2024, tanto em receita quanto em margem bruta.

O estudo, realizado com empresas listadas na bolsa de valores mobiliários (B3) no segmento do Novo Mercado, apontou que as companhias apresentaram um crescimento de 27% na receita combinada, atingindo R$ 12,1 bilhões, e uma melhora de 3% na margem bruta, em comparação com o mesmo período em 2023. Os dados ainda mostram que esse desempenho é mais significativo considerando o aumento de 21,8% nos custos dos imóveis vendidos, superior ao índice de inflação do setor. Apesar do crescimento das despesas administrativas, 8%, e comerciais, 16,8%, o lucro líquido das incorporadoras aumentou 366% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 1,236 bilhão.


Para Maria Regina Abdo, sócia de Auditoria e líder de Real Estate & Construção da Grant Thornton Brasil, “o crescimento das contas a receber e dos empréstimos, embora expressivo, indica um bom momento de captação de recursos para financiar novos projetos. A estabilidade da dívida sobre o patrimônio, em 78%, reforça a solidez financeira das companhias, apresentando uma melhora significativa em relação aos 88% de dezembro de 2022″, comenta.

A combinação da redução de estoques com o aumento de 20,1% nos lançamentos, em relação à 2023, demonstra a eficiência das incorporadoras em transformar seus produtos em vendas, indicando uma gestão ágil e eficiente da produção. A sócia da Grant Thornton explica que, apesar de um cenário econômico desafiador, marcado por altas taxas de juros e incertezas, o setor imobiliário brasileiro tem demonstrado uma resiliência notável, com as incorporadoras encontrando novas oportunidades de crescimento.

Lei do Distrato e Adaptação às Novas Realidades Impulsionam o Crescimento

O aumento do INCC-DI, de 6,33% nos últimos 12 meses, representa um desafio significativo para o setor de incorporação imobiliária. Essa alta de custos pressiona as margens das empresas e pode impactar a demanda por imóveis. No entanto, a sócia da Grant Thornton destaca que a busca por ativos reais e a adaptação das empresas às novas condições de mercado podem gerar oportunidades de crescimento. “A expectativa de forte geração de caixa e a resiliência demonstrada pelo setor nos últimos trimestres são sinais positivos, mas a evolução do cenário econômico ainda apresenta incertezas”, finaliza.
 

A sócia da Grant Thornton também atribui à Lei 13.786/2018, conhecida como Lei do Distrato, o otimismo do setor, já que proporciona maior segurança jurídica para as incorporadoras continuarem lançando novos projetos. “A regulamentação estabeleceu novas regras para a resolução de contratos de compra e venda de imóveis em construção. Antes dessa lei, os distratos eram sensíveis para as construtoras, as regras eram pouco claras e os processos judiciais eram longos e incertos”, finaliza.

Vitacon entrega empreendimento no Brooklin, o primeiro de sete previstos para o ano

Companhia finaliza projeto de apartamentos compactos situado na avenida Santo Amaro, a poucos minutos da estação Brooklin do metrô

Referência em investimentos imobiliários, a Vitacon começou o ano de maneira acelerada e entrega nesta semana o ON Brooklin, o primeiro projeto imobiliário finalizado em 2025. A companhia planeja concluir um total de sete empreendimentos ao longo do ano, em bairros como Jardins, Vila Madalena, Vila Olímpia e Vila Mariana. Além disso, tem como meta colocar outros nove projetos no mercado, todos em áreas nobres e com alta rentabilidade e valorização.

Situado na avenida Santo Amaro, 5200, a poucos minutos da estação Brooklin do metrô e próximo ao Aeroporto de Congonhas, o empreendimento tem 20 pavimentos, totalizando 429 unidades e cinco lojas. O ON Brooklin conta com studios inteligentes e inúmeras opções de áreas comuns de serviços e lazer, proporcionando conforto e comodidade aos moradores.

Além disso, o bairro é reconhecido pelo fácil acesso ao transporte público e das principais vias de deslocamento da cidade, além de contar extensa variedade de de comércio, lazer, gastronomia e serviços de qualidade. E, ao mesmo tempo, é uma área tranquila, com ruas arborizadas e silenciosas. Tudo isso faz do Brooklin uma região com demanda elevada e alto potencial de valorização.

“O Brooklin é uma região que está passando por um crescimento acelerado e com demanda aquecida por imóveis compactos, sendo uma excelente opção para quem pretende investir e ter uma renda extra com o aluguel. É um bairro com enorme potencial, ótima infraestrutura urbana e acesso facilitado a importantes vias da cidade”, afirma o CEO da Vitacon, Ariel Frankel.

A localização privilegiada não é o único diferencial do ON Brooklin, que se destaca ainda pelas inúmeras áreas comuns destinadas a lazer e serviços, proporcionando praticidade e comodidade, bem como uma conexão genuína entre os moradores que fazem uso dos espaços compartilhados.

Dentre as áreas comuns presentes no edifício estão espaços para a prática de atividades físicas, incluindo área para a prática de pilates, fitness space by life fitness e bicicletário. O empreendimento também oferece cokitchen, grab & go (sistema de atendimento com produtos já embalados e prontos), laundry share, spa, coworking, delivery room, megalounge e concierge.

Outro diferencial do empreendimento é o Innovation Pack by Vitacon, que inclui desde portas com fechaduras inteligentes, até sistema de aquecimento central de água. Como opcional, as unidades podem ser entregues decoradas e equipadas Powered by Housi, facilitando a vida do investidor. A proptech também pode fazer a gestão completa do imóvel.

Companhia bate recordes históricos

O ano passado foi marcado ainda pelo recorde de empreendimentos entregues. Foram oito projetos concluídos pela Vitacon em 2024 e mais de 3,4 mil unidades entregues em bairros como Vila Olímpia, Jardins, Moema e Vila Mariana. O volume é mais que o triplo das 920 unidades finalizadas no ano passado e mais um recorde nos 15 anos da companhia.

A Vitacon também lançou cinco projetos no ano passado, todos em áreas estratégicas de São Paulo e próximos a estações de transporte público e das principais vias de acesso da cidade. Dentre eles está o Vitacon Vila Olímpia, desenvolvido em parceria com o G4 Educação e que teve a totalidade das unidades comercializadas em apenas cinco dias.

Incentivos da nova Lei de Zoneamento impulsionam construção de edifícios que favorecem a “fruição pública” em Curitiba

Empreendimentos privados com espaços de livre acesso no térreo – como edifício em construção no Alto da Glória, que terá área inspirada no antigo boulevard da João Gualberto – contribuem para a mobilidade, segurança e resgate da vida ao ar livre

Considerados uma evolução urbanística de cidades adensadas, os empreendimentos com espaços de passagem e convivência no térreo estão entre as principais tendências da construção civil nas capitais brasileiras. Em Curitiba (PR), o setor recebeu um estímulo da administração municipal, com a Lei 15.824, complemento da nova Lei de Zoneamento de Curitiba que prevê benefícios aos novos edifícios que favoreçam a “fruição pública”. O conceito está associado à ampla oferta de áreas qualificadas para o uso público, que privilegiem os pedestres e promovam o desenvolvimento de atividades com valor social, cultural e econômico nas cidades. 

Com o estímulo da legislação, os projetos privados que criam espaços abertos e de livre circulação nos pavimentos de acesso à rua já começam a sair do papel na capital paranaense. No bairro Alto da Glória, a incorporadora AGL iniciou, em 2024, as obras do Moní, edifício residencial que terá o pavimento térreo aberto, destinado aos usos privado e público, com área de convivência inspirada no antigo boulevard da João Gualberto. “Tomamos a decisão de criar, no pavimento térreo do Moní, um espaço aberto e acolhedor, que incentiva a convivência. Não será apenas uma passagem para pedestres, mas uma área pensada para atrair as pessoas. A proposta é descontinuar uma lógica de isolamento que torna as cidades hostis”, afirma o diretor executivo e sócio-fundador da AGL, Luiz Antoniutti. 

O empreendimento é um dos primeiros a se beneficiar da legislação municipal sobre “fruição pública”, que representa um passo importante para alinhar o desenvolvimento urbano de Curitiba às diretrizes do Plano Diretor da cidade. Mas, ao contrário da lei, o conceito de fruição pública, em si, não é novo, de acordo com o arquiteto e urbanista Andrei Crestani, um dos sócios fundadores da Urbideias, estúdio responsável pela consultoria em inteligência de dados urbanos e projeto de arquitetura paisagística do Moní. 

A ideia passou a ser defendida no movimento urbanista a partir da década de 1960, em contraponto ao pensamento progressista modernista que ocorria naquele momento em cidades como Nova Iorque (EUA), Londres (Inglaterra) e Hong Kong (China). “As cidades passaram a se preocupar mais com o efeito da propriedade privada sobre a vida urbana, fechada em relação à rua, e com o estímulo desmedido ao trânsito veicular”, conta.

Várias décadas depois, capitais brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba criaram, em seus Planos Diretores e Leis de Zoneamento e Uso do Solo, mecanismos para impulsionar a construção deste tipo de empreendimento de uso misto e fachada aberta, e o conceito de “fruição pública” passou a ser também instrumentalizado em forma de lei . “A partir de 2021, com a mudança na Lei, Curitiba passou a ter a fruição pública como mais um incentivo para viabilizar que os projetos contemplem uma maior integração entre o ‘dentro e o fora do lote’, e, com isso, as incorporadoras recebem uma contrapartida relacionada ao potencial construtivo de seus lotes”, explica.

Segundo o arquiteto, um dos desafios da expansão da aplicação do conceito de “fruição pública” no Brasil, até aqui, está relacionado à segurança. “Muitas pessoas ainda acreditam que estarão mais protegidas se estiverem atrás de muros, ou dentro de condomínios hiper vigilados, mas o que estudos e exemplos nacionais e internacionais mostram, é que o que agrega segurança e vitalidade a um local é a presença social”, avalia. 

O projeto paisagístico da urbideias para o pavimento térreo aberto do Moní tem o aval de consultoria de segurança privada e patrimonial e prevê o uso de técnicas de proteção baseadas na arquitetura predial, que incluem estratégias com estruturas vegetais distintas, iluminação e de visibilidade do espaço. O edifício também terá sistema de controle de acesso com biometria e circuito de videomonitoramento de última geração. “No térreo do Moní haverá um café, que vai motivar o fluxo e a presença de pessoas constantemente por ali. Não precisamos ir para Europa ou para os Estados Unidos para reconhecer como a ideia da fruição pode funcionar bem. Podemos aplicar esse conceito por aqui”, conclui.  

Entre as soluções de “fruição pública” do Moní estão o acesso principal ao empreendimento na esquina, valorizando a vista do edifício e a integração urbana; a conversão do espaço de estacionamento em praça aberta ao público, incentivando a integração urbana; substituição do jardim frontal por um boulevard público com espaço para permanência; bicicletário para incentivar a mobilidade sustentável para o público externo e interno; áreas verdes que mitigam o desconforto acústico; rua compartilhada, que permite o uso pelo pedestre; mobiliário urbano de acordo com as diretrizes do IPPUC, que estimula a permanência no local.

Mercado da construção está otimista para 2025

Com demanda aquecida, entidades do setor projetam crescimento da construção no Brasil e destacam importância da realização da FEICON, de 8 a 11 de abril, neste contexto favorável

FEICON será realizada de 8 a 11 de abril, em São Paulo

O setor da construção civil sempre foi um pilar fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Para 2025, as perspectivas positivas para este mercado estão intrinsecamente ligadas às tendências de inovação tecnológica, sustentabilidade e às transformações socioeconômicas do país. Neste cenário, a mais importante feira do setor de construção civil e arquitetura da América Latina, a FEICON – que abre o calendário do setor no país e oferece oportunidades para todo o mercado fechar os melhores negócios -, será realizada entre os dias 8 e 11 de abril de 2025, em São Paulo, trazendo novidades, dados relevantes e conhecimento para toda a cadeia.

Para o economista Jaime Vasconcellos, do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo (Sincomavi), é esperado que o setor se mantenha em ascensão em 2025, mesmo com os juros mais elevados que acabam inspirando mais cautela.

“Com uma demanda aquecida, intrinsecamente ligada ao mercado de trabalho resiliente e que deve ser base inclusive do próprio desempenho positivo da economia brasileira ano que vem, espera-se que continuemos em uma trajetória de crescimento da construção no país, seja em desempenho de novos negócios, seja consequentemente em empregabilidade. A evolução poderá até não ser tão significativa, mas não deixará de ser percebida”, afirma ele, destacando que a importância da realização da FEICON neste contexto é imensa, visto ser um lugar de novidades, negócios e conhecimento. “A FEICON exerce uma função mais que fundamental na aproximação dos players de diferentes locais da cadeia setorial da construção e também junto ao mercado consumidor”, reforça.

Boas oportunidades

Para Luiz Henrique Ferreira, CEO & Fundador da Inovatech Engenharia, o mercado da construção terá um ano de 2025 com boas oportunidades. “Isso devido ao desemprego em mínimas históricas, o que em tese aumenta o apetite por imóveis, mas por outro lado, é bastante desafiador pela elevada taxa de juros e inflação persistente”, diz. “No cenário específico do nosso setor, as oportunidades irão girar em torno do aumento de produtividade, industrialização e digitalização, uma vez que a escassez de mão de obra é irreversível”, completa.

Para ele, a FEICON é o grande ponto de encontro para conhecer novos produtos e ideias para construir um Brasil mais eficiente e com construções de maior qualidade para as pessoas.

Recuperação no faturamento

O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Rodrigo Navarro, destaca que o ano de 2024 apresentou uma recuperação no faturamento da indústria de materiais de construção (aprox. 4,5% segundo projeções da FGV).

“Para 2025 queremos manter esse crescimento de forma sustentável para os próximos anos. Muitos fatores devem contribuir para isso. A resiliência da indústria, com investimentos em inovação e digitalização; programas de Governo como o Minha Casa Minha Vida, obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Nova Indústria Brasil (em especial a Missão 3), marco do saneamento e retomada de obras paradas; a continuidade do crescimento do setor imobiliário; e a recuperação do varejo”, lista.

Segundo ele, as oportunidades e desafios são muitos, e durante a FEICON será possível discutir o que vem pela frente e trabalhar para mais um ano de sucesso, contribuindo de forma efetiva para o crescimento do país por meio da atração de investimentos, geração de empregos e renda.

Ano de desafios

Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), comenta que 2024 foi um ano positivo para a indústria da construção e, apesar dos muitos desafios, a expectativa é fechar com 3,5% de expansão no PIB do setor. “O mercado imobiliário teve um papel essencial nesse desempenho, impulsionado por ações das empresas e uma conjuntura favorável”, afirma.

Para ele, 2025 será mais um ano com desafios. Por isso, a realização de grandes eventos, como a FEICON, será essencial para demonstrar a importância do setor da construção para a economia e a qualidade de vida da população. “A FEICON será uma oportunidade relevante de mostrar o que acontece de novidade na nossa indústria”, destaca.

Mudança positiva no varejo

De acordo com a coordenadora do Instituto de Pesquisas da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Katia Ratnieks, o varejo de material de construção vive um novo patamar desde os anos de 2019 e 2020, quando o crescimento nominal do faturamento foi de 16,8% e 27,7%, respectivamente. Nos anos seguintes, a variação foi de 2,4% positiva e 2,8% negativa.

O Tracking Anamaco, realizado desde 2011, indica uma mudança positiva nos resultados do varejo. Em 2024, lojas com aumento nas vendas tendem a superar lojas com quedas nas vendas. “Alguns fatores, como a menor inflação, a queda na taxa de desocupação nos últimos quatro anos e a redução no percentual de famílias endividadas, favorecem um aumento no consumo”, explica.

Para ela, ainda é difícil falar sobre 2025, já que algumas medidas que impactam a economia estão sendo discutidas. “No entanto, tendo a olhar positivamente para um cenário onde deve haver incentivos para o brasileiro morar melhor. A casa passou a ter outro significado e o varejo busca alternativas para obter bons resultados, avaliando e optando por produtos e marcas que ofereçam qualidade, mas também preço competitivo e bons serviços”, conclui.

 Vendas líquidas da Cury Construtora crescem 57,4% no quarto trimestre de 2024 e alcançam R$ 1,4 bilhão no período

A Cury Construtora, uma das empresas líderes no segmento residencial no Brasil, apresentou ao mercado nesta quarta-feira, 15/1, a prévia dos resultados operacionais do quarto trimestre de 2024 e do acumulado do ano de 2024. A companhia superou marcos históricos no desempenho operacional.

A construtora produziu 3.225 unidades no 4T24, 14,5% acima da produção no 4T23. Também houve crescimento no acumulado do ano: 14.019 unidades em 2024, ou seja, 2.181 unidades a mais que em 2023.

As vendas líquidas da Cury Construtora totalizaram R$ 1,4 bilhão no 4T24, crescimento de 57,4% em comparação com o 4T23. Em 2024, o total de vendas líquidas atingiu VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 6,2 bilhões, 48,5% acima do registrado em 2023. O preço médio de vendas registrado no 4T24 foi de R$ 317,7 mil, aumento de 12,4% em relação ao 4T23. Na comparação entre os acumulados de 2024 e 2023, houve um aumento de 9,9% no preço médio de vendas.

Sete empreendimentos foram lançados pela companhia no último trimestre do ano passado: cinco em São Paulo e dois no Rio de Janeiro, totalizando R$ 1,4 bilhão de VGV, 63,4% superior ao registrado no quarto trimestre de 2023. No acumulado de 2024, os lançamentos alcançaram R$ 6,6 bilhões em VGV, 48,2% acima do valor total em 2023.

O preço médio das unidades lançadas no 4T24 foi de R$ 344,7 mil, aumento de 25,7% em relação ao 4T23, em razão do mix de produtos lançados no trimestre. Na soma de 2024, o preço médio das unidades lançadas chegou a R$ 316,9 mil, um crescimento de 11,9% em relação ao ano anterior.

“Os resultados da prévia mostram que 2024 foi um ótimo ano para a Cury, com crescimento em vendas, em lançamentos e em geração de caixa”, afirma Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da companhia.

A geração de caixa operacional foi positiva no 4T24, alcançando R$ 150 milhões. O montante ficou 14,6% abaixo dos R$ 176 milhões registrados no mesmo trimestre de 2023. O acumulado de 2024 é de R$ 467 milhões, 10,0% superior aos R$ 424 milhões gerados em 2023. “Este resultado reflete a eficiência operacional da companhia, alcançada sem a necessidade de antecipação de recebíveis”, ressalta o executivo.

No último trimestre de 2024, houve um crescimento de 8,2% no VGV repassado em relação ao mesmo período de 2023. As unidades repassadas evoluíram de 3.017 no 4T23 para 3.156 no 4T24, uma alta 4,6%. Ao comparar o desempenho anual, o VGV repassado da companhia cresceu 32,8%, avançando de 13.266 unidades repassadas em 2023 para 16.115 em 2024.

Com o encerramento do quarto trimestre de 2024, o saldo a receber de repasses realizados pela construtora somou R$ 46,0 milhões. Para Mesquita, “a mudança de regra da Caixa Econômica Federal, que deixa de depositar os recursos para a incorporadora no momento do repasse, passando a creditá-los somente após o registro do contrato em cartório, fez com que os valores ainda não fossem computados como geração de caixa”.

O estoque da construtora no 4T24 foi de R$ 1,8 bilhão, com 98,6% de unidades lançadas ou em construção e 1,4% de unidades concluídas.

Resultados recordes

O banco de terrenos alcançou R$ 20,1 bilhões em VGV potencial no 4T24, considerando lançamentos recentes e aquisições, aumento de 38,7% em relação à carteira no 4T23. Essa evolução é mais um recorde histórico da Cury Construtora, que totaliza 69.554 unidades. Atualmente, o banco de terrenos da companhia é composto por de R$ 14,4 bilhões em São Paulo e de R$ 5,7 bilhões no Rio de Janeiro.

A Venda sobre Oferta (VSO) também atingiu um recorde histórico em 2024: 77,1%, o que representa um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação a 74,5% apresentada no 4T23 e +1,7 pontos percentuais na comparação com o 3T24. No 4T24, a VSO trimestral líquida foi de 43,7%, ante 38,9% no 4T23 e 43,9% no 3T24.

A companhia informa em sua prévia de resultados que, por serem preliminares, os dados estão sujeitos a revisões e ajustes.

Preço médio de lançamentos, vendas e VSO (Venda sob Oferta)

  • No 4T24, foram lançados sete empreendimentos, cinco em São Paulo e dois no Rio de Janeiro, com VGV total de R$ 1,4 bilhão, aumento de 63,4% em relação ao 4T23.
  • Em 2024, a Cury lançou 34 empreendimentos (20 em SP e 14 no RJ), que alcançaram R$ 6,6 bilhões em VGV, 48,2% acima do valor somado em 2023.
  • O preço médio das unidades lançadas no 4T24 foi de R$ 344,7 mil, aumento de 25,7% em relação ao 4T23. Na soma de 2024, o preço médio das unidades lançadas chegou a R$ 316,9 mil, um aumento de 11,9% em relação ao ano anterior.
  • A VSO trimestral líquida do 4T24 foi de 43,7%, ante 38,9% no 4T23. Nos últimos doze meses, a VSO chegou a 77,1%, recorde histórico, um crescimento de 2,6 p.p. em relação aos 74,5% apresentados no 4T23.

VGV repassado e geração de caixa

  • No 4T24, a Geração de Caixa operacional foi de R$ 150 milhões, 14,6% menor que os R$ 176 milhões registrados no 3T23. No acumulado de 2024, atingiu R$ 466,7 milhões, 10,0% superior aos R$ 424 milhões gerados em 2023.
  • O VGV repassado cresceu 8,2% no 4T24, em relação ao 4T23. As unidades repassadas aumentaram de 3.017 no 4T23 para 3.156 no 4T24, uma alta 4,6%. Considerando os 12M24, o VGV repassado cresceu 32,8%, avançando de 13.266 unidades repassadas em 2023 para 16.115 em 2024.

Banco de terrenos

  • A Cury encerrou o 4T24 com carteira de terrenos de R$ 20,1 bilhões em VGV potencial, 38,7% maior que o número registrado no 4T23, totalizando 69.554 unidades.
  • Atualmente, a Cury concentra R$ 14,4 bilhões em bancos de terrenos em São Paulo e R$ 5,7 bilhões no Rio de Janeiro.

Varejo de materiais de construção apresentou crescimento no mês de outubro, indica estudo 

Seguindo as estimativas mais positivas para o PIB da construção civil em 2024 – que, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), deve fechar aquele ano em 4,1%, e, de acordo com Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), deve atingir 4,4% no período -, o setor varejista de materiais de construção (matcon) voltou a apresentar fôlego no último mês de outubro.
 

É o que aponta o último Termômetro JS+ Anamaco, um dos mais completos estudos sobre performance e tendências do varejo, elaborado pela vertical de inteligência da Juntos Somos Mais, joint venture da Votorantim Cimentos, Tigre e Gerdau, que atua no processo de digitalização do setor da construção, junto do Instituto de Pesquisas Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (ANAMACO).
 

O indicador de mercado se baseia na análise de dados do histórico de transações on-line e off-line do comércio varejista de matcon, bem como pesquisa de relacionamento junto ao setor.
 

Em sua última edição, o Termômetro mostra que, no mês outubro, a percepção de crescimento nas vendas em relação ao mês de setembro pulou de 43% para 48% entre os varejistas da construção civil. Na comparação anual, a percepção de variação positiva nas vendas também cresceu, com aumento de 23% em todo o país em relação ao mesmo período do ano passado.
 

No recorte regional, a região Nordeste do país assumiu, por mais um mês consecutivo, a dianteira do crescimento setorial, respondendo pelo maior grupo de lojas com incremento nas vendas no período (53%) – em setembro, a alta foi de 52% – enquanto o Centro-Oeste apresentou o menor percentual (39%). Na comparação entre o mês de outubro de 2024 com o de 2023, todas as regiões apresentaram resultados positivos, com destaque para o Sul do país.
 

Quanto à expectativa de vendas para os próximos três meses, o levantamento mostra que o otimismo entre varejistas de matcon teve uma leve retração, saindo de 71%, em setembro, para 68%, em outubro. No recorte por segmento de vendas, destacam-se os generalistas (aqueles que não possuem foco em determinada cesta de produtos), com 75% de otimismo, e as mais focadas em revestimentos cerâmicos, com 70%.

Sell-in e materiais de construção 

O estudo da Juntos Somos Mais e da ANAMACO também levantou dados de sell-in (venda do fabricante para o lojista), indicando aumento de 10,6% nas vendas de outubro frente o mês de setembro. No comparativo anual, também houve crescimento nas vendas, que subiram 6%. Quando comparados os dados do período acumulado ano versus ano, a pesquisa identificou uma queda de 7,5%.
 

Quanto à evolução dos preços dos materiais de construção, a pesquisa revelou uma queda de 1,6% de setembro a agosto, após dois meses seguidos de alta (de 2,2% e 2,3%, em agosto e em setembro, respectivamente), e um aumento de 5,5% no intervalo de um ano. De janeiro a outubro de 2024, os preços desses itens subiram 6,2% em todo o país.
 

O Termômetro ainda mostrou um aumento do pessimismo nas expectativas dos varejistas do setor de matcon em relação às ações do governo para os próximos 12 meses. O sentimento negativo foi de 19%, em setembro, para 22%, em outubro. Por outro lado, o grupo dos otimistas cresceu de 46%, em setembro, para 49%, em outubro.