Construção civil puxa novo aumento de demanda por alumínio no Brasil

O consumo de produtos de alumínio totalizou 386,9 mil toneladas, que corresponde a um aumento de 6,3% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados levantados pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Este resultado marca o segundo trimestre consecutivo de crescimento interanual, e sinaliza a possibilidade de encerramento de um ciclo de crescimento marginal observado desde o final de 2021.
 

De acordo com o levantamento, os segmentos de produtos do metal que mais puxaram a demanda para cima foram construção civil, seguido por transportes, setor elétrico e de bens de consumo:
 

  • Extrudados (10,8%) – utilizado principalmente no segmento de construção civil, que registrou crescimento de 15,9%;
     
  • Cabos (13,4%) – puxado principalmente por investimentos em linhas de transmissão, o produto consumido pelo setor de elétrico, que cresceu cerca de 14,4%;
     
  • Laminados (5,2%) – o crescimento deste segmento foi puxado sobretudo pela demanda dos mercados de bens de consumo, que aumentou 13,9%, e transportes, que subiu 5,4%;
     
  • Fundidos (0,7%) – impulsionado pelo setor de transportes, que cresceu 5,4%;
     
  • Pó/Uso Destrutivos/Outros (13,7%) – consumido no segmento de ferroligas e siderurgia.


As exceções ficaram para as quedas registradas nos segmentos de máquinas e equipamentos (-13,8%) e embalagens (-1,2%).


“Se por um lado, o recuo da demanda de produtos de alumínio em 2023 reflete um processo de acomodação da atividade industrial após um longo período que oferece elementos de comparação atípica, por outro lado, a melhoria de alguns indicadores econômicos, como redução da taxa de juros, recuperação do mercado de trabalho e o aumento da renda das famílias favorecem as perspectivas de um cenário mais positivo de recuperação, mas que ainda precisa ser confirmado nos próximos trimestres” conclui Janaina Donas da Abal.

Com alta superior a 60% na venda de lotes no 1º Tri, condomínios fechados aquecem mercado de loteamentos em Minas

Perspectiva 3D do Empreendimento Belvedere, em Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais, da Construir Loteamentos

O condomínio fechado é a bola da vez no mercado de desenvolvimento urbano em Minas Gerais. A última edição do “Estudo de Mercado de Loteamentos”, referente ao 1º trimestre de 2024, apontou que as vendas de lotes fechados registraram alta de 28,8% em comparação ao mesmo período do ano passado, subindo de R$ 229 milhões para R$ 295 milhões. Esse tipo de empreendimento representou 60,6% do Valor Global de Vendas (VGV) no período. Em igual base de comparação, as vendas de loteamentos abertos caíram 44,7%, de R$ 347 milhões para R$ 192 milhões. Essa modalidade representou 39,4%. 

O presidente da Aelo-MG, vice-presidente de loteamentos do Sinduscon-MG e diretor de Loteamentos do CMI/Secovi-MG, Flávio Guerra, explica que esse resultado reflete uma tendência de consumo. “O empreendimento de lote nos últimos anos tem ganhado protagonismo, principalmente após a pandemia e, especialmente o condomínio fechado, passou a ser um produto desejado, por atributos que o associam à qualidade de vida”, explica Flávio, que também é especialista em gestão de negócios imobiliários e empresário do setor.   

Novos empreendimentos – Já o lançamento de loteamentos fechados representou  65,6% de participação no total novos empreendimentos, no 1º trimestre de 2024. É quase o dobro do montante de lançamentos de loteamentos abertos (34,4%). Em razão dos estoques e ajustes de mercado, o Valor Global Lançado (VGL) verificou queda de 59,9% nos loteamentos fechados, caindo para R$ 317 milhões, e de 84,5% nos loteamentos abertos, para R$ 70 milhões.

Flávio Guerra explica que, para além das preferências, a queda nos lançamentos de loteamentos é reflexo do baixo estoque de empreendimentos, o que, por sua vez, também é sintoma da demora na aprovação de projetos e licenciamentos ambientais de loteadoras no estado. “Se o estoque de lotes mantiver o ritmo atual de aprovações e não houver alterações nesse cenário, o mercado mineiro pode sofrer escassez de lotes em breve, gerando inflação”, alerta.

Desenvolvida pela consultoria Brain a pedido da Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano de Minas Gerais (Aelo-MG), do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), o estudo foi realizado em 300 cidades mineiras, o que representa 40% da população e mais de 55% do PIB do estado.

BRZ anuncia captação de R$ 200 milhões via CRI para expandir atuação no setor de construção

Construtora que já entregou mais de 27 mil moradias vai usar os recursos para expandir sua atuação no país

A BRZ, construtora com mais de 13 anos de excelência no mercado imobiliário nacional, anuncia a realização de uma importante captação de recursos no valor de R$ 200 milhões por meio da emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Esta operação financeira, coordenada pela Caixa Econômica Federal (CEF) e securitizada pela True Securitizadora S.A., tem um prazo de cinco anos.

O principal objetivo dessa captação é garantir os recursos necessários para o capital de giro dos empreendimentos imobiliários da BRZ, além de proporcionar segurança financeira para o crescimento operacional da empresa. Os recursos serão utilizados para suportar diversos empreendimentos imobiliários em desenvolvimento nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Eduarda Tolentino, CEO da BRZ, explica que a captação contempla a distribuição primária de até 200 mil Certificados de Recebíveis Imobiliários, sendo 100 mil CRI da classe sênior e 100 mil CRI da classe subordinada, cada um com valor nominal unitário de R$ 1 mil.

“Este movimento financeiro reflete o compromisso da BRZ em continuar expandindo suas operações e consolidando sua posição no mercado imobiliário, além de garantir solidez e sustentabilidade para seus projetos em andamento e futuros”, destaca Eduarda.

Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são títulos de dívida lastreados em créditos imobiliários, ou seja, são instrumentos financeiros emitidos por empresas securitizadoras e garantidos por recebíveis originados de operações imobiliárias. Esses certificados são utilizados para captar recursos no mercado financeiro como forma de financiamento para o setor imobiliário.

Já é a 3ª captação da história da BRZ no mercado, similares a atual, totalizando cerca de R$ 525 milhões. Atualmente, uma dessas captações se encontra totalmente liquidada, e a 2ª no valor remanescente, aproximado, de R$ 100 milhões possui último vencimento para janeiro de 2025. Além das captações citadas anteriormente, também foi realizada operação de cessão de recebíveis da ordem de R$50 milhões.

Desde sua fundação, em 2010, a BRZ expandiu sua atuação para mais de 27 cidades no país, lançando mais de 35 mil unidades e entregando mais de 27 mil moradias. Atualmente a empresa é uma das principais construtoras do Brasil, destacando-se pela entrega de lares de alta qualidade com padrão premium.

A construtora é conhecida por seus condomínios fechados que oferecem segurança, conforto e áreas de lazer completas, todas entregues mobiliadas e equipadas. Os projetos são desenhados para garantir amplitude e qualidade de vida, com foco na acessibilidade financeira para seus clientes. Além disso, a empresa mantém um forte compromisso com a ética, transparência e inovação, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e meritocrático.

Segunda edição do Prêmio Elas na Construção busca dar continuidade no reconhecimento e na inclusão feminina no setor

Evento será realizado no Distrito Anhembi, maior centro de convenções da América Latina

1º Prêmio Elas na Construção – Foto: Marcelo Matusiak

O 7º Congresso Latino-Americano de Steel Frame e Construção Industrializada, promove, o 2º Prêmio Elas na Construção no Distrito Anhembi, em São Paulo, reconhecendo e incentivando a crescente participação feminina no ramo. O Prêmio homenageia arquitetas, engenheiras, construtoras, empreendedoras, educadoras e pesquisadoras que têm impactado a construção industrializada, celebrando sua força, dedicação e inovação. 

Para Silvia Scalzo, arquiteta responsável pela curadoria do evento, a expectativa para a 2ª edição do prêmio é de continuar promovendo a inclusão e o reconhecimento do trabalho das mulheres no ramo.

“Nossa expectativa é a mais alta possível, pois na primeira tivemos uma diversidade entre as mulheres vencedoras do prêmio, nas profissões que elas escolheram, nas idades, tínhamos representantes muito jovens e representantes maduras, experientes, então foi muito bonito ver isso colocado no palco, representando a inclusão, a diversidade, e é isso que queremos repetir. Além disso, queremos que isso seja ainda mais completo nessa edição, mostrando o profissionalismo de todas essas mulheres que estão presentes no mundo da construção a seco, e temos certeza de que essa expectativa será atendida’’, relata.

Sandra Bellei, engenheira que atuou na comissão julgadora da primeira edição, espera que ainda mais trabalhos qualificados sejam apresentados.

“Foi uma honra avaliar os trabalhos recebidos na última edição e perceber como as mulheres estão atuando em vários campos diferentes, foi muito enriquecedor. A minha expectativa para essa edição é que tenha ainda mais inscrições do que a primeira, muitos trabalhos interessantes vão aparecer, com certeza’”, destaca.

O evento ocorrerá durante os dias 24 e 25 de outubro. A solenidade do 2º Prêmio Ela s na Construção será realizada no dia 24 de outubro.

Empreendimento quer unir prédio multifamily a aluguel short stay

Gestora de locações short stay Conviva idealiza prédios criados para receber hóspedes de AirBnB e outras plataformas


Um prédio com localização estratégica, idealizado para receber locatários de curta temporada (como AirBnB, Booking.com e Expedia), com apartamentos especialmente planejados para essa finalidade, e áreas comuns e de lazer voltadas especificamente para as necessidades desse público. Essa é uma das apostas da Conviva, gestora profissional de locações short e long stay que tem no comando o empresário Rafael Rossi.
 

O conceito alia um segmento em alta no mundo (o aluguel de curta temporada) a uma prática consolidada nos Estados Unidos (os empreendimentos multifamiliares, surgidos há mais de um século e, hoje, responsáveis por 80% dos aluguéis e pela movimentação de US$ 200 bilhões por ano naquele país).
 

“No Brasil, estamos começando a implementar a cultura do multifamily. As propriedades ficam nas mãos de um fundo ou de um investidor, servindo como ativo de renda. Quando o empreendimento é projetado assim, desde sua execução, traz grandes vantagens de governança, já que é todo pensado para reduzir o custo operacional. Agora, queremos trazer esse conceito para o short stay”, explica Rossi.
 

Para dar vazão ao projeto, o empresário conta com uma incorporadora por trás, a Huma, empresa do mesmo grupo da Conviva. Rossi afirma que já está negociando a compra do primeiro terreno para o projeto de “multifamily short stay”. “Para nós, é estratégico buscar a concentração da gestão do portfólio em menos endereços. A operação fica mais fácil e mais barata. Com isso, a qualidade do serviço aumenta para o hóspede”, afirma Rossi.
 

Oportunidade brasileira

Segundo dados do AirBnB, por exemplo, o interesse do brasileiro no aluguel de curta temporada cresceu 31% entre 2021 e 2022, chegando ao faturamento de US$ 5,2 bilhões (cerca de R$ 26,4 bilhões) em transporte, compras, atividades de entretenimento e restaurantes.
 

“É um ganha-ganha entre investidor, locatário e Conviva. Os primeiros conseguirão terceirizar a gestão de aluguel de curta temporada desde a aquisição ‘na planta’, sem burocracia e com ganhos maximizados. Os segundos terão uma estadia especialmente idealizada para suas necessidades, a preços mais baixos. E a Conviva reduz seus custos operacionais ao administrar imóveis em um só lugar”, resume o empresário.
 

Fundada em 2016, a Conviva estima alcançar uma receita bruta de R$ 30 milhões em 2024. Com uma receita média de R$ 8.350 ao mês por imóvel, a empresa consegue, através de uma taxa média de ocupação de 80%, aumentar a rentabilidade dos proprietários e oferecer estadias mais baratas e confortáveis aos hóspedes.

Primeiro reality show da construção civil do país, o ‘The Real Estate Brasil’, estreia em julho, na RedeTV! 

O programa, que contará com 12 episódios, pretende mergulhar no universo da construção civil e irá destacar o talento e a inovação dos profissionais brasileiros

Os reality shows são um fenômeno mundial, que atraem milhões de telespectadores seja na televisão aberta ou nas diversas plataformas de streaming. No Brasil, o segmento ganhou força com programas de confinamento, coragem, força e até talento. Porém, a partir do dia 22 de julho, às 23h, na RedeTV!, os brasileiros vão poder acompanhar um reality inédito, que despertará o empreendedor que existe dentro de cada um de nós. O ‘The Real Estate Brasil’ será o primeiro reality nacional dedicado ao universo da construção e reforma, com o objetivo de apresentar ao público toda a dinâmica do setor imobiliário, ao acompanhar os desafios e conquistas dos profissionais do segmento, em todo o processo de uma obra de grande porte. Após a exibição na televisão aberta, o programa também ficará disponível no Prime Vídeo, uma das maiores plataformas de streaming do mundo, presente em 187 países. O ‘The Real Estate Brasil’ é uma coprodução entre RedeTV! e Angeli Filmes. 

Segundo Vinícius Motta, CEO da Minha Casa Financiada (MCF), e um dos idealizadores do reality, o programa vai proporcionar aos telespectadores aprendizados valiosos. Com um conteúdo cheio de ensinamentos de mercado aliado a provas, competições e uma boa dose de humor, a proposta é trazer ao público um entretenimento inédito na televisão brasileira. “O ‘The Real Estate’ se propõe a impulsionar o desenvolvimento da construção civil no Brasil. Com desafios reais, lições inspiradoras e prêmios tentadores, será como uma plataforma educativa e de entretenimento, que vai cativar desde entusiastas que sonham em construir ou reformar suas casas, até profissionais do setor, como engenheiros, empreiteiros e arquitetos”, destaca o executivo. 

Reality terá 15 participantes e três equipes

Nesta primeira edição do ‘The Real Estate’, profissionais da construção civil realizaram suas inscrições de forma on-line e foram recebidos mais de 3000 cadastros. Faziam parte dessa seleção cinco áreas específicas: arquitetos, designers de interiores, corretores de imóveis, incorporadores e construtores. Com um total de 12 episódios, o time de jurados terá de selecionar logo nos cinco primeiros episódios, os 15 melhores profissionais das áreas participantes. 

Formada por três equipes, os times terão um participante de cada área da construção civil que serão separados por três cores: branco, vermelho e preto. Ao longo do programa, os competidores precisarão cumprir os desafios em equipe, ou seja, não competirão individualmente. Os jurados avaliarão os participantes, com notas de 0 a 10, nos quesitos pró-atividade, conhecimento técnico, assertividade, liderança e gestão de projetos. Na grande final, haverá cinco vencedores, um de cada segmento.

Como prêmio, cada vencedor das cinco áreas da primeira edição do ‘The Real Estate’ receberá 1% do projeto, a casa Vernon, se tornando sócio da Sociedade de Propósito Específico (SPE). Já o corretor campeão, receberá 5% do valor de transação do imóvel ou caso não ocorra a venda, receberá 1% do projeto, assim como os demais.

Para Motta, os desafios vão além do trabalho em equipe. “As equipes vão precisar colocar a mão na massa, literalmente! Será um processo de construção real e sob pressão o tempo todo. No caso dos corretores, por exemplo, eles terão que negociar a venda da casa Vernon ao longo do programa. A casa fica a 10km do centro de Alphaville, em São Paulo, região valorizada e muito cobiçada. Quem conseguirá a melhor venda?”, enfatiza um dos idealizadores do reality.   

Teaser do “The Real Estate Brasil”: 

Mercado vai movimentar R$2,7 trilhões até 2030

Em 2022, o mercado da construção civil movimentou quase R$200 bilhões em financiamentos. O Brasil é o 4º país no mundo em circulação financeira para fins imobiliários. O estado de São Paulo, por exemplo, é o 26º mercado do mundo. Para comercializar milhões de metros quadrados anualmente, o Brasil possui aproximadamente 400 mil corretores de imóveis. Segundo estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e a Deloitte, até 2030, os setores da cadeia da construção vão investir R$2,7 trilhões, gerando milhares de empregos e investindo em tecnologia para otimizar processos.    

Já Diego Carielo, sócio na startup Minha Casa Financiada e um dos idealizadores do ‘The Real Estate Brasil’, destaca que o reality é uma junção de entretenimento e aprendizado. “Será uma chance espetacular de ensinar ao público sobre o mercado imobiliário. Ao longo dos 12 episódios, vamos conduzir os telespectadores a uma jornada por dentro do setor da construção civil. Queremos apresentar as diversas formas de explorar o potencial de investimento e as oportunidades desse mercado vibrante”, afirma o empresário. 

Para conduzir o público através dessa jornada construtiva, o ‘The Real Estate Brasil’ selecionou um time de peso. Além de contar com os apresentadores Vinícius Motta e Diego Carielo, fundadores da MCF, participam do programa João Angeli, especialista em arrematar casas, terrenos e apartamentos, em leilões extrajudiciais e judiciais e sócio da TRExx, com 20 anos de experiência profissional; e João Gondim, empresário imobiliário – incorporador, consultor, loteador, investidor e mentor com mais de R$1 bilhão em projetos realizados no Brasil.

Em paralelo a estreia do reality na televisão, ocorrerá o lançamento do podcast do ‘The Real Estate Brasil’, onde os sócios fundadores da Minha Casa Financiada e idealizadores do programa, Vinícius Motta e Diego Carielo, receberão os participantes eliminados, convidados especiais e personalidades do setor.  

‘The Real Estate’

Data: a partir do dia 22 de julho (toda segunda-feira)

Emissora: RedeTV!

Horário: 23h

Como o crescimento das vendas de imóveis impulsiona as fintechs do setor imobiliário

Ebran Theilacker, CEO da Versi

Real estate fintechs, proptechs e construtechs se mostram como oportunidade para investidores
 

Dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostram que o Brasil registrou um crescimento de 6% nas vendas de unidades residenciais no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Houve crescimento em diversos segmentos, mas um se destacou: os imóveis ligados ao Minha Casa Minha Vida, com crescimento de 21,3%.
 

De acordo com os dados da CBIC, que analisou 220 cidades do Brasil — incluindo todas as capitais —, foram vendidas no período 81.376 unidades residenciais, sendo 31.407 ligadas ao programa Minha Casa Minha Vida. Com isso, esse segmento imobiliário ampliou sua fatia de mercado passando de 33,7% para 38,59%.
 

Sem dúvida alguma são dados relevantes e que demonstram um aquecimento de todo o mercado imobiliário, mas principalmente desse segmento ligado a faixas mais econômicas. E o que isso nos sinaliza para o restante de 2024? Que as incorporadoras estão confiantes para lançar novos empreendimentos e, consequentemente, acelerar seu crescimento. Há uma expectativa positiva de que as vendas continuem crescendo e que se intensifique o volume de novos empreendimentos, o que irá exigir ainda mais capital para lançamento.
 

E é aqui que entram as fintechs ligadas ao setor. O Brasil possui diversas soluções inovadoras para o segmento: real estate fintechs, como a Versi, proptechs e construtechs que ajudam a alavancar o mercado. São empresas que já atuam em proximidade com as incorporadoras e, em um cenário aquecido, tendem a ser ainda mais procuradas para ampliar negócios, o que também as posiciona em um lugar de interesse para investidores.
 

Na prática, podemos afirmar que estamos em um momento ideal para investimentos ligados ao setor da construção. Os últimos empreendimentos legados da pandemia estão sendo entregues e os novos lançamentos apresentam possibilidade de recuperação de margem líquida, resultado da soma de dois fatores: INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) estável com custo de obra mais previsível e um mercado comprador com boa correção de preços.
 

Dentro do segmento das construções ligadas ao Minha Casa Minha Vida, há um gap de investimentos que muitas vezes é corrigido graças ao trabalho das fintechs. Nenhum capital privado hoje consegue substituir o financiamento pelo FGTS e as verbas liberadas pela Caixa Econômica Federal, porém esse dinheiro chega às incorporadoras somente após uma série de validações da obra já em andamento. Há uma demanda crescente por crédito para ajudar que essas incorporadoras, especialmente de pequeno e médio porte, consigam iniciar as obras antes da chegada dos recursos federais.
 

Todos esses pontos ajudam a criar um cenário perfeito para o investimento no setor, tanto quanto falamos das incorporadoras e construtoras, quanto ao meu foco aqui: as fintechs que ajudam a alavancar esse crescimento, manter o mercado aquecido e trazer inovação ao setor.
 

*Ebran Theilacker é CEO da Versi, real estate fintech que tem como propósito apoiar incorporadoras do segmento econômico em seus desafios. Gerenciando investimentos e atuando com funding, pioneira ao ser 100% dedicada a impulsionar empreendimentos em todo o Brasil ligados a programas como o Minha Casa Minha Vida.

Setor de construção teve alta de 4,5% no volume de vendas no 1º semestre

Levantamento da Senior Sistemas com os maiores players da Construção no Brasil mostra resultados do setor no primeiro semestre do ano. Estudo também indica cautela sobre o número de distratos comerciais e mostra avanço na geração de empregos 

No primeiro semestre de 2024, o setor de construção civil registrou alta em diversas vertentes, como no volume de vendas de imóveis, valorização imobiliária e geração de empregos. É o que aponta o Senior Index, relatório que monitora indicadores de mercado, publicado pela Senior Sistemas, multinacional brasileira referência em soluções de gestão para diversos setores, como construtoras e incorporadoras.

Divulgado nesta sexta-feira (19), o índice considera as operações de contratos de vendas de imóveis novos gerenciados através das soluções da Senior, que, de acordo com o Ranking INTEC, engloba mais de 45 das 100 maiores construtoras do país.

Movimentação financeira acelerada 

Segundo o relatório, o setor teve alta de 4,5% no volume de vendas de imóveis no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. “Em contrapartida, o número de distratos comerciais aumentou 11,4% com relação ao primeiro semestre do ano passado, o que levanta um ponto de atenção para o segmento”, sinaliza Marcelo Xavier, Diretor do Segmento de Construção na Senior Sistemas.
 
Quando avaliado o Valor Geral de Vendas (VGV) dos empreendimentos analisados pelo Senior Index, a performance nas vendas representa um aumento de 9,1% na movimentação financeira na economia do segmento.

Centro-oeste se destaca em valorização imobiliária 

O Senior Index traçou pela primeira vez um panorama do valor do metro quadrado dos imóveis negociados no Brasil no período. De acordo com o levantamento, os imóveis estão valendo mais. É o caso de Brasília, no qual o preço do metro quadrado (m²) chega a R$ 10.857,82, e Goiânia (GO), negociado por R$ 10.699,78, dependendo da região.

Na sequência aparecem São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Uberlândia (MG), com o valor do m² custando R$ 9.997,69, R$ 9.498,06 e R$ 5.232,88 por metro quadrado, respectivamente.

Maior empregabilidade na Construção 

O Senior Index também acompanha o movimento do mercado de trabalho no segmento e mostra que houve aumento de 7,32% no saldo de vagas de emprego na construção. Dentre as regiões com melhor performance, o relatório destaca o Distrito Federal, com alta de 22,9%, e os estados do Paraná e São Paulo – com crescimento de 18,6% e 7,8% no volume de empregos, respectivamente.

Com aporte previsto de R$30 milhões, Juntos Somos Mais lança solução de inteligência de mercado focada no varejo da construção civil

Juntos Inteligência promete revolucionar a análise de segmento e fornecer dados para tomada de decisões estratégicas, bem como para melhor direcionamento de recursos 

A Juntos Somos Mais, joint venture da Votorantim Cimentos, Tigre e Gerdau, que atua na digitalização e na propagação de benefícios para o setor da construção civil, lança a sua mais recente iniciativa, a vertical de inteligência de mercado Juntos Inteligência. Com um investimento projetado de 30 milhões de reais até 2027, a nova área promete transformar a maneira como empresas do setor se planejam e tomam decisões estratégicas, com base em dados de pesquisas, transacionais e de opinião.

“O lançamento da nossa vertical de inteligência marca um novo capítulo na Juntos Somos Mais. Estamos empenhados em fornecer às empresas do setor de construção civil insights valiosos que possibilitem um planejamento direcionado e melhores resultados. Nossa capacidade de reunir e analisar dados em uma escala sem precedentes para o segmento nos posiciona como o parceiro ideal para todas as necessidades de inteligência de mercado”, afirma Juliana Carsoni, CEO da Juntos Somos Mais.

A Juntos Inteligência oferece um portfólio completo de soluções. Entre os produtos disponíveis está o Panorama do Varejo da Construção Civil, o estudo mais abrangente do segmento, que apresenta dados de consumo, comportamento e tendências, além dos índices exclusivos de Digitalização e Expectativa do Varejo.

Os contratantes também terão à disposição pesquisas como a Jornada do Varejista e o Perfil dos Balconistas, que vão fornecer conhecimentos profundos sobre o comportamento e as necessidades do varejo de construção civil. Além disso, estão previstos pelo menos cinco novos estudos a serem lançados até o final deste ano, abordando temas como a Jornada do Shopper, Market Share e Pricing.

Para complementar, a vertical de inteligência oferece uma gama de soluções de pesquisas, como NPS, tracking de marca, top of mind, além de possibilidades de incluir perguntas específicas nos diversos estudos recorrentes operacionalizadas pelos especialistas da Juntos Somo Mais.
 

Alcance nacional  

A abrangência da empresa de tecnologia dá conta do potencial dessa nova solução. De acordo com o relatório RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) de 2022, o Brasil tem um total 152.960 lojas varejistas de material de construção em plena operação. Destes, mais de 100.000 lojistas, ou 65% do total, estão integrados ao ecossistema Juntos Somos Mais, que movimenta, anualmente, mais de R$ 10 bilhões em GMV (Volume Bruto de Mercadoria) direto e indireto.

Além disso, a companhia detém a capacidade exclusiva de reunir e analisar dados transacionais de sell-in (B2B) e sell-out (B2C), correlacionando-os com indicadores de mercado e pesquisas de opinião de alto alcance. Este poder de análise é amplificado pelo uso de Inteligência Artificial (IA), que otimiza o processamento de grandes volumes de dados para identificar tendências e fornecer suporte à tomada de decisão.

Em 2024, a empresa prevê acessar informações de R$ 4 bilhões em transações de sell-out. Das 50 redes mais relevantes do setor, segundo ranking elaborado pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), todas utilizam soluções da Juntos Somos Mais, como o programa de fidelidade Juntos Somos + e a Loja Virtual.

“Estamos muito empenhados na transformação do setor e, por isso, para além do dinheiro investido, estamos focados em trazer ferramentas de disrupção e que auxiliem na jornada de nossos parceiros e, consequentemente, dos clientes. Vamos fomentar levantamentos sobre a jornada do varejista, o market share e a experiência de compras, que terão um potencial de aderência grande, fornecendo informações inéditas no mercado”, finaliza Juliana.

Mercado de escritórios de alto padrão no Rio de Janeiro tem saldo positivo de locação no 2º trimestre de 2024, revela Colliers

Taxa de vacância segue tendência de queda e encerra o trimestre em 27%

A Colliers, líder global em serviços imobiliários e administração de investimentos, acaba de divulgar uma pesquisa para o mercado de escritórios corporativos de alto padrão na cidade do Rio de Janeiro, com dados do segundo trimestre de 2024.


Segundo o estudo, a taxa de vacância continua seguindo a tendência e encerra o trimestre em 27%. De acordo com a CEO da Colliers, Paula Casarini, isso se deve a ausência de um novo inventário no estado e a consecutivos trimestres com absorção líquida, saldo entre novas locações e devoluções, positiva. As regiões que apresentam as menores taxas de vacância são Orla e a Zona Sul, com 10% e 0%, respectivamente. Já o Centro e a Orla registraram 87% do inventário locado entre abril e junho de 2024.


A absorção bruta, nos empreendimentos de Classe A+ e A, foi de 18.669 m² e a área devolvida foi de 7.985 m², fechando assim o trimestre com uma absorção líquida – o saldo entre locação e devolução – positiva, com 10.684 m².


Ainda sobre as movimentações, a pesquisa da Colliers aponta que os principais setores que alugaram área de empreendimentos Classe A+ e A no segundo trimestre de 2024 foram financeiro, educacional e de tecnologia. Já para os ativos de Classe B, o destaque de locação ficou por conta dos segmentos de telecomunicação, publicidade e tecnologia, enquanto as devoluções ocorreram em setores distintos da economia.


O preço médio pedido na cidade para escritórios de Classe A+ e A também se manteve estável, em R$ 83 /m²/mês. As regiões de Orla, Porto e Centro superaram essa média, com R$ 98 /m²/mês, R$ 88 /m²/mês e 87 /m²/mês, respectivamente. Já para a Classe B, o preço médio pedido foi de R$ 60 /m²/mês, também mantendo a mesma perspectiva dos trimestres anteriores. A região que supera é a Zona Sul, com o preço médio pedido de R$ 171 /m²/mês.


A pesquisa indica que a cidade não deverá receber novos empreendimentos este ano. Para a CEO da Colliers, esse período sem novas entregas dará tempo ao mercado para que ele consiga absorver o inventário vago, reduzindo, gradativamente, a taxa de vacância.


“Estamos acompanhando as movimentações nos escritórios corporativos com otimismo. As principais locações foram de empresas ligadas à atividade financeira, educacional e de tecnologia. Isso nos chama atenção visto que, historicamente, os setores de óleo e gás e instituições públicas lideraram este ranking. Além disso, percebemos uma redução na área devolvida com queda na taxa de vacância em toda cidade. A área devolvida neste semestre, inclusive, foi a menor já registrada desde 2016. Ou seja, foi um período muito ativo para o mercado e esperamos que siga neste ritmo até o final do ano”, finaliza Paula Casarini.