Com ajuda de software, Saint-Gobain monitora execução de obras em tempo real

Software Autodesk BIM 360 permite monitoramento e avaliação de instalações online por meio de celulares ou tablets

Em uma obra, são inúmeros os procedimentos executivos de montagem e instalação que precisam ser acompanhados, o que pode ser um empecilho na produtividade de execução e liberação da construção. Pensando em criar uma solução efetiva para esse desenvolvimento, a equipe responsável por soluções de fachadas leves compostas por produtos das marcas Quartzolit, Brasilit, Placo e Isover – todas do Grupo Saint-Gobain – têm inovado no mercado ao substituir anotações manuais pelo uso do software Autodesk BIM 360. A ferramenta digital, selecionada com a consultoria da AX4B, reduz em mais de 50% o tempo gasto no monitoramento dos trabalhos, além de gerenciar o fluxo de produção, mitigar riscos de projetos parados e auxiliar no cumprimento de prazos de entregas.

A solução é destinada, principalmente, às obras de médio e grande porte com fachadas altas que utilizam os sistemas leves Glasroc X ou Nextera, com placas de gesso para fachadas e placas cimentícias, respectivamente. Sua funcionalidade auxilia desde projetos para residências até aeroportos, e empresas, como Gafisa e Impacto Engenharia, já estão utilizando a nova ferramenta para monitorar suas construções.

“Antes, com os relatórios manuais, levávamos mais tempo para gerenciar os projetos, porque era necessário um período maior entre a vistoria e a entrada de informações no sistema”, explica Vitor Miranda, consultor técnico da Saint-Gobain. O software também identifica os profissionais responsáveis pelas etapas da obra e gera alertas de acordo com as fases das atividades.

Depois da implantação do BIM 360, as equipes de acompanhamento de obras têm feito o monitoramento e todos os registros do projeto pelo celular ou tablet. Com todas as fotos, indicações de local e tipo de eventual problema encontrado na avaliação, o relatório é fornecido aos parceiros de negócio logo após o fechamento do processo de vistoria. Em seguida, com a solução em mãos, o instalador da construtora envia novas imagens da correção e o relatório atualizado para análise e fechamento das requisições.

Além do registro de todas as informações feitas pelo técnico, a Unidade de Negócios especializada em Fachadas da Saint-Gobain completa o monitoramento com drones que coletam novos dados da construção, enriquecendo o relatório final do acompanhamento das obras.

“Em grandes obras gastávamos em média 4 dias para fazer a avaliação e o acompanhamento. Se algum problema era reparado, acabava ficando ‘em aberto’ até a próxima visita, quando o técnico fechava a requisição”, conta Fábio Andrade, Coordenador Técnico da Saint-Gobain. “Hoje, esse processo é feito online, em tempo real, reduzindo mais do que a metade do tempo gasto anteriormente”, afirma.

A AX4B, parceira da Autodesk, tem apoiado consultivamente a Saint-Gobain nestes processos e trabalhado também na otimização de fluxos para aperfeiçoar a gestão completa da obra. “A Saint-Gobain sempre teve um DNA de inovação e objetivos bem claros. O que entendemos juntos foi que algumas atividades poderiam se tornar mais ágeis. Colocamos nossos consultores em contato com eles para aprimorar esses processos e escolher a melhor solução para o Grupo”, explica Anderson Santos, BIM Manager da AX4B.

Priorizando a inovação na construção civil, a Saint-Gobain tem como uma de suas metas continuar expandindo o uso do portfólio de soluções Autodesk para otimizar ainda mais os processos de engenharia, construção e acompanhamento, resultando uma entrega rápida, com padrão de qualidade e custos menores.

Alunos do IFPR-Biopark desenvolvem aplicativo que facilita acompanhamento de obras

Proporcionar o acesso a uma educação focada em desafios práticos e que estimulem o pensamento crítico, visão ágil e com foco na resolução de problemas, são pilares defendidos pelo Biopark. Por meio da metodologia ativa de ensino, os estudantes são estimulados a aplicar inovação enquanto atuam em projetos reais. 

Os resultados já impactam positivamente o ecossistema e a comunidade como um todo. Um dos exemplos é o Super Builder Advisor, um aplicativo desenvolvido na disciplina “Projeto integrador” do curso técnico de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Instituto Federal do Paraná (IFPR), por meio do Centro de Referência Educacional IFPR-Biopark. 

“Sempre fomos motivados a pensarmos em soluções para atendimento de demandas do próprio ecossistema, de forma que nós também pudéssemos contribuir para o desenvolvimento, crescimento e consolidação do território da inovação”, explica o aluno Alexandre Klock Ernzen, que desenvolveu a solução juntamente com os colegas, Gervásio Bartnik, Jhonata Fucks e Murilo Morato com orientação de Rafael Luiz Bartz. 

O primeiro cliente do aplicativo será o próprio Biopark que testará a ferramenta em sua área de Engenharia Civil. A solução vai contribuir para o acompanhamento mais ágil do andamento das obras. “Será possível efetuarmos o registro diretamente na obra, em tempo real, e todas as informações são transmitidas para os responsáveis, melhorando a gestão e tornando a tomada de decisões mais ágil, garantindo melhor eficiência no emprego de materiais, mão de obra e tempo”, explica o gerente de engenharia do Biopark, Rodolfo Domingues Possani.  

Ainda de acordo com Alexandre, a ideia é tornar este projeto uma startup que possa ingressar no programa de residência de empresas do Biopark ou na incubadora do parque, melhorando a solução e disponibilizando a mesma para outros envolvidos no ecossistema. “Sabemos que há muito desenvolvimento por vir com novas obras de prédios, indústrias, espaços comerciais, entre outros, e esperamos que nosso aplicativo possa auxiliar em todas essas obras”, acrescenta. 

O bom desempenho da equipe no desenvolvimento do aplicativo também foi notado pelo empreendedor Clóvis Wichoski, da Mapperidea – empresa residente no Biopark. Após participar da banca de avaliação do trabalho, Clóvis cedeu aos alunos um ano de acesso à plataforma da empresa, que usa inteligência artificial para o desenvolvimento de softwares. “Gostei muito do projeto e alunos nota 10 merecem nosso apoio. Demos a licença de uso do Mapperidea como uma forma de incentivo para que outros alunos do ecossistema pensem em soluções como essa”, acrescenta.  

Instituições de ensino 

Atualmente o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do Centro de Referência IFPR-Biopark está com 26 estudantes. Atuam também no ecossistema a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTPFR) e a Faculdade Biopark que oferta cursos técnicos, de graduação, pós-graduação, além do Clube de Ciências voltado ao público de 8 a 15 anos.