Termômetro JS+ Anamaco mostra que percepção de alta nas vendas subiu 4% na comparação com novembro, indo de 47% a 51%
Em meio às expectativas sobre o desempenho econômico da construção civil no ano passado, que deve ser conhecido no próximo dia 07 de março, quando o IBGE divulgar os dados oficiais do PIB de 2024, o saldo do balanço do setor imobiliário é, por enquanto, positivo. De acordo com números divulgados recentemente pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários com recursos da poupança totalizaram R$ 186,7 bilhões no último ano, ou um crescimento de 22,3% em relação a 2023.
A performance do segmento ajudou a impulsionar o setor varejista de materiais de construção (matcon), que teve um salto de vendas no último mês de 2024. É o que indica a mais recente edição do Termômetro JS+ Anamaco, um dos mais completos estudos sobre performance e tendências do varejo, elaborado pela vertical de inteligência da Juntos Somos Mais, joint venture da Votorantim Cimentos, Tigre e Gerdau, que atua no processo de digitalização do setor da construção, junto do Instituto de Pesquisas Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (ANAMACO).
O indicador de mercado se baseia na análise de dados do histórico de transações on-line e off-line do comércio varejista de matcon, bem como pesquisa de relacionamento junto ao setor.
O Termômetro revela que, no último mês de 2024, a percepção de crescimento nas vendas em relação ao mês anterior saltou de 47% para 51% entre os varejistas da construção civil. A pesquisa ainda mostra um predomínio, em todas as regiões do país, do percentual de lojas com aumento nas vendas de dezembro, com exceção da região Sul do país, em que a percepção de elevação das vendas foi equivalente à percepção de estabilidade.
Ainda a nível regional, o Nordeste se destacou com o maior saldo nas vendas (crescimento menos retração), com uma diferença de 40% entre a percepção de aumento das vendas e a impressão de queda. Todas as regiões cresceram expressivamente na comparação de dezembro de 2024 com dezembro de 2023, com ênfase para o Norte, cuja percepção de crescimento nas vendas foi de 30%, em 2023, para 52%, no ano passado.
Em relação à expectativa de vendas para os próximos três meses, incluindo o mês de março de 2025, o levantamento indica que o sentimento de crescimento nas vendas apresentou uma melhora tímida entre os lojistas de matcon, indo de 54%, em novembro, para 55%, em dezembro, após um desânimo expresso na última medição, quando desabou de 68%, em outubro, para 54% no mês seguinte.
As lojas mais focadas em material hidráulico são as mais pessimistas em relação aos próximos três meses do ano, sendo que 18% apostam na queda das vendas e 43% indicam uma manutenção. Já os pontos de venda mais focadas em material para pintura estão otimistas, com 55% dos seus vendedores apostando no aumento das compras para os próximos meses.
Sell-in e materiais de construção
O estudo da Juntos Somos Mais e da ANAMACO também levantou dados de sell-in (venda do fabricante para o lojista), que voltaram a apresentar queda nas vendas. O tombo foi de 14,3% em relação a novembro, após retração de 6% na comparação daquele mês com outubro. No comparativo anual, o recuo nas vendas disparou de 1,7%, na relação novembro vs. outubro, para 2,6%, na comparação de dezembro vs. novembro. Já quando comparados os dados do período acumulado ano vs. ano, a pesquisa aponta para uma queda de 6,7% no intervalo de novembro a dezembro.
Ainda em dezembro de 2024, os preços do setor tiveram alta de 0,7% em relação a novembro. No acumulado do ano, os preços cresceram com maior velocidade do que 2023 – o salto foi de quase 7% de janeiro a dezembro. Já no intervalo anual, houve um salto de 6,1% nos preços desses itens.
O Termômetro ainda mostrou que, no final de 2024, voltou a crescer o otimismo dos lojistas quanto às expectativas das ações do governo federal nos próximos 12 meses. O sentimento positivo foi de 42%, em novembro, para 54%, em dezembro. Enquanto isso, o grupo dos pessimistas cedeu de 26%, em novembro, para 16%, no mês seguinte.
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