Instituição bancária fornece linha de financiamento imobiliário especial visando economia sustentável
Cada vez mais o conceito ESG e o tema da sustentabilidade consolidam sua importância na pauta das empresas e investimentos, principalmente em construtoras, que até bem pouco tempo atrás eram uma das que mais produziam resíduos em seus processos. Algumas empresas estão fazendo a lição de casa e começam a colher os frutos de todo cuidado aplicado ao longo dos últimos anos nos canteiros de obras, nos empreendimentos e em suas cadeias produtivas. Esse é o caso da construtora Trisul, que há mais de 40 anos atua no setor construção civil de São Paulo.
Por conta das ações focadas na economia ambiental, muitas originadas do Programa de Sustentabilidade das Obras (PSO) da Trisul, a empresa tornou-se referência para o tema. São ações como destinação correta de latas de tintas, utilização de agregado reciclado, uso água de reuso para limpeza das obras, compra de materiais sustentáveis, controle do ruído; ações sociais direcionadas a comunidade do entorno das obras; educação ambiental e terreno sustentável, além da conquista de selos que garantem uma obra sustentável, como Selo Aqua e selo Procel.
Resultante destes cuidados, a empresa obteve financiamento pelo Plano Empresário Verde do Itaú BBA, produto que é resultado de uma parceria do banco com a International Finance Corporation (IFC) e consiste em oferecer condições especiais de financiamento aos empreendimentos que atingirem economias de pelo menos 20% em água, energia e energia embutida em materiais. O plano envolve também a capacitação técnica para incorporadoras imobiliárias clientes do banco e serviços de consultoria para identificação de oportunidades no mercado de edifícios sustentáveis. Inclui, ainda, a certificação EDGE , uma inovação da IFC que tem como base um software que fornece soluções técnicas para adaptar o projeto do empreendimento a uma construção verde, com resultados ambientais e financeiros.
Ao longo das obras, serão realizadas quatro verificações para garantir que tudo está de acordo com os requisitos do Plano Empresário Verde. Apenas quando é averiguado que as normas estão sendo devidamente cumpridas que a redução da taxa de financiamento é garantida – o objetivo é checar se o canteiro de obras está operando conforme as condições pré-determinadas para alcançar a certificação final, o que garante o benefício da taxa. Todas essas ações possibilitam cada vez mais a expansão dessa parceria, trazendo benefícios em novas obras. “Nossa meta é reciclar 100% dos resíduos de obra. Também promovemos a destinação correta de lâmpadas queimadas, fazemos a proteção de árvores da calçada, utilizamos redutores de vazão, realizamos a coleta seletiva com a comunidade e temos parcerias com cooperativas“, diz Roberto Jr, diretor técnico responsável pelas obras da Trisul.
“Estar presente na jornada ESG dos nossos clientes, oferecendo soluções financeiras e produtos alinhados aos seus negócios, faz parte do nosso compromisso em participar do processo de transição para uma economia mais sustentável”, afirma Bruno Bianchi, diretor Comercial responsável pelo setor Imobiliário no Itaú BBA.
Certificações reconhecidas
Com a certificação EDGE, os imóveispoderão utilizar uma placa de obra diferenciada, indicando que se trata de um empreendimento greenbuilding.
O Itaú BBA é a primeira instituição financeira do Brasil a receber os serviços de consultoria da IFC para construções ecoeficientes.”. Essa parceria está alinhada aos Compromissos de Impacto Positivo do Itaú Unibanco, mais especificamente ao compromisso de Financiamento de Setores de Impacto, uma vez que oferece um produto financeiro que direciona todo o setor para melhores práticas.
Há pelo menos 10 anos a Trisul vem investindo em novas tecnologias e em processos sustentáveis, o que facilitou essa parceria pioneira junto ao Itaú BBA. A construtora já possui o selo AQUA de economia de água e o selo PROCEL de eficiência energética. A construtora conta com um sistema on-line de gerenciamento de dados para acompanhamento e geração de indicadores econômico-ambientais do uso racional da água, da energia e da gestão de resíduos em seus canteiros de obra. O investimento em edifícios verdes tem importante papel para estimular o crescimento da economia de baixo carbono e assegurar a transição para energia limpa. Ele representa uma das maiores oportunidades de investimento na próxima década – US﹩ 24,7 trilhões em cidades de mercado emergente até 2030, segundo estudos globais da IFC.