O mercado de condomínios logísticos no Brasil iniciou 2025 com recordes positivos e ritmo constante de crescimento, segundo aponta o estudo “RealtyCorp Analytics – T1 2025”, elaborado pela RealtyCorp. A taxa de vacância caiu para 7,64% no primeiro trimestre do ano – o menor patamar já registrado desde o início da série histórica – em um movimento puxado pela alta ocupação no território nacional e pela crescente demanda de empresas por espaços voltados à logística, armazenagem e distribuição.
No total, o estoque ocupado no Brasil chegou a 36.924.286 m², o que representa 92% de um estoque total de 39.978.802 m². A absorção líquida foi de 495.806 m² no período, enquanto a absorção bruta – que contabiliza as movimentações contratuais – alcançou 1.194.350 m².
“Estamos diante de um cenário de crescimento regular e contínuo no mercado logístico, com taxa de vacância em patamar mínimo e aumento consistente na ocupação. Esses dados indicam não apenas um bom momento, mas também um ambiente propício para decisões estratégicas de expansão e investimento”, afirma Marcos Alves, CEO da RealtyCorp.
O número de condomínios logísticos também aumentou: foram 955 empreendimentos registrados em todo o país no primeiro trimestre, frente aos 943 do período anterior. São Paulo segue como líder nacional, com 605 condomínios, seguido por Minas Gerais (91), Rio de Janeiro (54) e Espírito Santo (32).
Desempenho moderado em São Paulo e estabilidade no Rio de Janeiro
No recorte estadual, São Paulo mantém posição de protagonismo com desempenho sólido. A ocupação total atingiu 17.859.603 m², equivalente a 91% do estoque, e a taxa de vacância caiu de 8,56% no quarto trimestre de 2024 para 8,35% no primeiro trimestre de 2025.
Apesar disso, a absorção líquida em São Paulo foi de 74.751 m², o menor avanço desde o quarto trimestre de 2017. A retração é atribuída à baixa entrega de novo estoque no período, o que limita a movimentação do mercado mesmo diante de uma demanda crescente.
“A demanda reprimida começa a se tornar evidente em regiões como São Paulo, onde a limitação de novo estoque tem restringido movimentos maiores. O alto volume de obras em andamento, no entanto, sinaliza que o mercado está se preparando para uma retomada ainda mais forte nos próximos trimestres”, destaca Alves.
Atividade construtiva impulsiona otimismo
A atividade construtiva segue aquecida em diversas regiões, com contratos de pré-locação funcionando como um importante termômetro do setor. Os dados indicam que o mercado está se posicionando para capturar uma possível onda de expansão nos próximos trimestres, à medida que novos empreendimentos forem entregues.
Segundo o IPEA, o setor de condomínios logísticos representa aproximadamente 10% do PIB nacional, e as atividades imobiliárias como um todo cresceram 3,3% em 2024, praticamente em linha com o avanço do PIB brasileiro no mesmo período, de +3,4%.
Rio de Janeiro avança lentamente, mas mantém estabilidade
No Rio de Janeiro, o mercado logístico segue em trajetória mais moderada. A taxa de vacância recuou levemente, fechando em 10,59%, e a ocupação alcançou 2.738.444 m², ou 89% do estoque total estadual. A absorção líquida foi positiva, porém discreta, mantendo o ritmo estável observado nos trimestres anteriores.
Sem a entrega de novo estoque e com pouca atividade construtiva, o estado segue com dinâmica mais contida. Atualmente, o Rio representa cerca de 15% do estoque total de São Paulo, mas responde por apenas 5% da atividade construtiva, o que evidencia um mercado menos aquecido no curto prazo.
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