De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 90% das empresas brasileiras são familiares. A grande questão que envolve esse expressivo pilar da economia – que representa 65% do PIB (Produto Interno Bruto) – é a sucessão. Especialistas apontam que menos de 30% das empresas conseguem passar o negócio para os descendentes.
Executivos como Paulo Fernandes, sucessor da principal imobiliária de Brasília, Beiramar Imóveis, provam o contrário. O empreendedor liderou a transformação digital da empresa enquanto CIO e conquistou aumento de 45% nas locações, além de conseguir dobrar sua margem líquida. Os resultados demonstram o valor de renovar lideranças e expôr as empresas a ideias novas, gerando um ambiente mais favorável para a inovação.
Com isso, se inspirou para a startup RuaDois, que realiza a transformação digital de imobiliárias para fazer frente aos concorrentes nativos digitais.
“Participo do setor imobiliário desde que nasci e comecei a ver uma transformação muito grande, diversas notícias falavam sobre players que poderiam acabar com as imobiliárias. Entre resistir cegamente e estudar o necessário para consolidar uma ideia com potencial de mudar esse cenário, preferi a segunda opção”, conta Fernandes.
A vontade de inovar não parou por aí: além de seguir no cargo de CIO da Beiramar, Paulo se inspirou para criar a startup RuaDois, que realiza a transformação digital de imobiliárias para que elas consigam fazer frente a seus concorrentes nativos digitais.
Para o cientista e empreendedor Silvio Meira, autor do livro Novos Negócios Inovadores de Crescimento Empreendedor no Brasil, para alcançar um bom desempenho, é preciso unir a cultura do desempenho à cultura da inovação. Assim, é possível aumentar consideravelmente a interação entre a equipe e, por conseguinte, a criação de novas ideias.
Empresas consolidadas e respeitadas no mercado crescem e inovam em seus serviços, principalmente graças à chegada de mentes jovens e disruptivas, que estão transformando seus negócios.
“Para crescer em um cenário de extrema concorrência, é preciso preservar a integridade da marca – já consolidada pela família – com grandes noções de gerenciamento, ao mesmo tempo em que acompanha as modificações e tendências do cenário. Para isso, é preciso ter preparo e estar sempre atento ao que o cliente precisa de fato”, afirma Paulo.