Sienge e Grant Thornton Brasil lideram estudo inédito sobre uso do BIM na construção brasileira

O uso do BIM (Building Information Modeling) será obrigatório para obras públicas no Brasil a partir de janeiro de 2021, conforme decreto nº 9.377. Dentre os benefícios, a metodologia traz ganhos de produtividade, redução de desperdícios, desempenho e controle mais afinado da obra e da operação das edificações. A expectativa é que a obrigatoriedade logo se desdobre para o setor privado. 

Entretanto, o Brasil ainda se encontra num estágio muito incipiente de adoção da metodologia. Diante deste cenário, o Sienge, solução líder no País em gestão na área de construção civil, em parceria com a Grant Thornton Brasil – empresa global de auditoria e consultoria – realizam uma pesquisa pioneira para avaliar a maturidade das empresas brasileiras na adoção da metodologia BIM. A iniciativa conta com o apoio da ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e do Sinduscon/CE. 

O estudo será dividido em três etapas. A primeira, em andamento entre os dias 29 de junho e 24 de julho, tem o objetivo de mapear as empresas que já utilizam ou planejam utilizar a metodologia BIM. A intenção, neste momento, é atingir o máximo de profissionais da construção para ter um raio-X preciso do mercado. Para participar basta responder ao formulário disponível no site: http://www.sienge.com.br/mapeamento-de-maturidade-bim-brasil/

Já na segunda fase, prevista para ocorrer no mês de agosto, a pesquisa terá como foco entender a maturidade de uso do BIM nas empresas que já adotaram a metodologia ou planejam adotar. Na terceira e última etapa, em novembro, teremos o lançamento deste mapeamento ao mercado. A partir dos dados coletados pelo estudo será possível entender quais os desafios a serem superados e os passos necessários ao longo do processo de maturação do BIM no País. 

Para Giseli Anversa, Lead Product Manager do Sienge, a metodologia BIM é a alavanca que trará a transformação digital para o canteiro de obras. “Realizar este mapeamento é, ao mesmo tempo, um desafio e um marco na história do BIM em nosso País. É um olhar atento à realidade da Indústria da Construção para apoiar e incentivar o aumento da maturidade BIM no Brasil. Apesar do Governo Federal já ter estabelecido prazos para adoção do BIM em obras públicas, há uma grande pressão por parte do mercado, em todo mundo. O Brasil ainda se encontra num estágio muito incipiente de adoção da metodologia. 

“O setor da construção no país precisa se preparar para inovações disruptivas, de acordo com as tendências da Construção 4.0. A metodologia BIM faz parte desta tendência global e está progressivamente, se tornando um agente importante para preencher as lacunas necessárias relacionadas à melhoria na transformação digital e consequentemente, na produtividade do setor”, afirma Luiz Iamamoto, líder do setor de Infraestrutura e Projetos de Capital da Grant Thornton Brasil. 

Dados de mercado

De acordo com a CMAA Emerging Technologies Committee Members: Soad, mais de 30% dos custos globais na Construção Civil são gastos em campo devido a erros de coordenação, desperdício de material, ineficiência do trabalho e outros problemas na abordagem atual da construção. Para melhorar esta situação, a iniciativa do governo pretende aumentar em dez vezes a implantação do BIM. 

Com isso, espera-se que 50% do PIB da construção civil utilize a metodologia até 2024. Por meio de protótipos e simulação da construção, o BIM permite criar melhores projetos e reduzir retrabalhos e desperdício de material e mão de obra. O BIM permite construir obras virtualmente, da concepção à demolição, passando por toda a operação ao longo de sua vida útil.