Muitas são as preocupações de quem decide comprar um imóvel na planta: reputação da construtora, preço do m², taxas extras além das combinadas, e claro, o valor do condomínio. Nesse sentido, o Apto, plataforma que conecta potenciais compradores de imóveis novos a construtoras e empreendimentos em todo o Brasil, explica como é calculado o valor do condomínio e se é possível se preparar para não tomar um susto depois que a compra do apartamento já foi feita.
Existem elementos que interferem diretamente no valor da taxa e é possível identificá-los mesmo com o imóvel na planta. Localização, estruturas de lazer do empreendimento e número de apartamentos são alguns itens que contam na hora de encarecer o valor final do condomínio. “É importante lembrar que a quantidade de condôminos tem relação direta com o valor final que será pago por todos, já que quanto maior for o rateio, menor será a mensalidade cobrada. Afinal, o valor será dividido por um número maior de pessoas”, analisa Alex Frachetta, CEO do Apto.
E como a taxa condominial é calculada? Ela é composta de três elementos principais:
Despesas fixas: São aquelas que precisam, invariavelmente, ser pagas mensalmente. Por exemplo, salários dos funcionários, despesas de consumo do condomínio (água, energia e gás) e manutenção (piscina e equipamentos).
Fundo de reserva: É a quantia reservada para gastos emergenciais. Normalmente é recolhido o valor referente a 5% das despesas fixas.
Despesas extraordinárias: Esses gastos devem ser aprovados em Assembleia de moradores e, normalmente, são destinados a melhorias ou reparos nas áreas comuns, como instalação ou troca de câmeras, restauração da fachada ou reparos de danos causados por forças naturais, por exemplo. Mesmo que você compre o seu imóvel na planta, lembre-se de que essa taxa vai ser incluída, mais para frente.
Somados os valores desses três principais itens, o montante é então dividido entre os proprietários de acordo com a fração ideal de cada imóvel, ou seja, o tamanho da propriedade em relação ao tamanho total do empreendimento. “Isso significa que unidades maiores, ou com mais vagas de garagem, pagam um valor maior no rateio, por exemplo. A estimativa da taxa de condomínio tende a ser de R$ 8/m² para empreendimentos antigos e R$ 11/m² para empreendimentos novos. Os residenciais antigos tendem a ter mensalidades mais em conta, por oferecerem menos opções de lazer,”, explica Frachetta.
O custo de vida da região, como transporte, alimentação e serviços também contribuem para agregar valor ao condomínio, assim como as estruturas de lazer, que incluem adicionais como salão de festas, piscina, espaço fitness, SPA, entre outros, o que leva a aumentar os custos com a manutenção destes locais. “Serviços extras como personal trainer, empresa de segurança 24h, pay-per-use e etc, também podem contribuir para valores mais altos. Assim como os valores podem ser menores, caso a maioria dos condôminos votem por reduções como portaria eletrônica ou portaria somente em horários comerciais, por exemplo”, finaliza o CEO.