Preço do aluguel de salas e conjuntos comerciais sobe 0,32% em abril

Nova alta do índice foi impulsionada pelo crescimento nos preços em Curitiba, Rio de Janeiro, Florianópolis, Salvador e São Paulo


■ Análise do último mês: o preço médio de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² apresentou queda de 0,12% em abril de 2021, enquanto o preço médio de locação do segmento avançou 0,32% no mês. Comparativamente, a variação registrada no preço de venda do segmento foi inferior à inflação medida pelo IPCA (IBGE), enquanto o preço médio de locação registrou variação marginalmente superior. No caso específico do preço médio de venda, os recuos registrados em: Brasília (-0,73%), Porto Alegre (-0,47%), Curitiba (-0,39%), Salvador (-0,23%), Belo Horizonte (-0,18%) e São Paulo (-0,10%) se sobrepuseram às variações registradas em: Florianópolis (+0,39%), Campinas (+0,25%), Niterói (+0,17%) e Rio de Janeiro (+0,01%). Já no tocante ao preço médio de locação comercial, as variações positivas foram registradas em: Curitiba (+1,94%), Rio de Janeiro (+0,59%), Florianópolis (+0,48%), Salvador (+0,41%), São Paulo (+0,22%) e Campinas (+0,06%) impulsionaram o Índice FipeZap Comercial em abril, contrastando nesse período com os recuos observados em: Brasília (-1,31%), Belo Horizonte (-0,18%), Porto Alegre (-0,15%) e Niterói (-0,13%).

■ Análise do acumulado em 12 meses: o preço médio de venda comercial acumula uma queda de 1,06% nos últimos 12 meses, enquanto o preço médio de locação apresenta recua 0,47% no mesmo recorte temporal. Comparativamente, os resultados permanecem abaixo das variações do IPCA/IBGE (+6,76%) e do IGP-M/FGV (+32,02%) nesse horizonte. Individualmente, o aumento do preço médio de venda comercial foi observado em: Curitiba (+1,42%), Campinas (+1,34%), São Paulo (+0,79%) e Salvador (+0,12%), em contraste aos recuos registrados em: Brasília (-11,70%), Porto Alegre (-3,90%), Belo Horizonte (-3,68%), Niterói (-3,02%), Rio de Janeiro (-2,34%) e Florianópolis (-1,24%). Quanto ao preço médio de locação, a alta foi observada em: Salvador (+2,05%), São Paulo (+1,54%), Curitiba (+1,29%), Niterói (+1,07%), Florianópolis (+0,86%), Porto Alegre (+0,79%) e Campinas (+0,52%), contrapondo-se às quedas no Rio de Janeiro (-5,75%), em Brasília (-3,17%) e Belo Horizonte (-0,90%).

■ Preço médio de venda e locação: em abril de 2021, o valor médio do m2 de imóveis comerciais anunciados nas cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial foi de R$ 8.418/m2, no caso de imóveis comerciais anunciados para venda, e de R$ 37,29/m2 , entre aqueles destinados para locação. Entre todas as 10 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap Comercial, a cidade de São Paulo se destacou com o maior valor médio tanto para venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 m² (R$ 9.632/m2), quanto para locação de imóveis do mesmo segmento (R$ 44,36/m2). Comparativamente, no Rio de Janeiro, os preços médios de venda e de locação de salas e conjuntos comerciais anunciados foram de R$ 9.293/m² e R$ 37,05/m², respectivamente.

■ Rentabilidade do aluguel comercial*: pela razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis comerciais, é possível obter uma medida da rentabilidade para o investidor que opta por investir no imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel (rental yield). O indicador pode ser utilizado para avaliar a atratividade de salas e conjuntos comerciais em relação a outras opções de investimento disponíveis (como, por exemplo, investimento em imóveis residenciais para obtenção de aluguel ou aplicações financeiras). Em abril de 2021, o retorno médio do aluguel comercial (anualizado) foi calculado em 5,46% ao ano, superando a rentabilidade do aluguel do segmento residencial (4,68% ao ano), assim como o retorno médio real de aplicações financeiras de referência.

Nota (*): os preços considerados no indicador incluem apenas aqueles veiculados em anúncios para novos aluguéis. O Índice FipeZap não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, capta-se de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda pelo aluguel de espaços comerciais ao longo do tempo.