Seja em pequenas reformas realizadas no modo “faça você mesmo” ou contratando profissionais, a pesquisa faz um retrato de como se deu a ressignificação da relação que os habitantes têm com suas casas. No estudo, realizado pela Casa do Construtor – maior rede franqueadora de locação de equipamentos para construção civil e soluções para o dia a dia da América Latina – em parceria com a empresa de pesquisas, AGP, foram ouvidas mais de 400 pessoas de todo o país, no último mês.
Deste total, 68% dos entrevistados realizaram algum tipo de reforma em suas residências nos últimos 12 meses. Neste universo, o predomínio se dá na classe AB, com 78% ante 54% da C.
Já com relação aos motivos que levaram às reformas, os “novos hábitos decorrentes da pandemia” somam 38%. Mas, na classe AB isso é ainda mais expressivo (47%).
Já para os próximos seis meses, a classe AB também pretende realizar mais reformas que a C, 77% ante 60%. Neste caso específico, sala de estar/jantar e quarto aparecem empatados no primeiro lugar nas intenções (35%). Cozinha e banheiro (32% e 30%, respectivamente) vêm em seguida.
Faça você mesmo versus trabalho profissional
Ainda de acordo com o levantamento, 71% dos entrevistados contrataram um prestador de serviços, ante 16% que optaram pelo “faça você mesmo”. Os 13% restantes contaram com a participação de um profissional contratado em apenas parte dos serviços.
Para as reformas a serem realizadas nos próximos seis meses, 74% pretendem contratar mão de obra especializada. Comparados, o percentual que pretende botar a mão na massa é maior na classe C (22% X 12%). Quanto ao aluguel dos equipamentos, 14% dos entrevistados fizeram esta opção. Entre os mais citados estão andaime, betoneira e caçamba.
Mas, não apenas estes. Em 2020, a Casa do Construtor registrou um aumento de 49,9% no volume de aluguéis de ferramentas manuais, de 31,1% de equipamentos para marcenaria, de 19,3% para jardinagem e de 17,5% para limpeza. Entre os reflexos deste movimento estão a expansão que, somente no primeiro trimestre de 2021, foi de 38,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“Sentimos o impacto em relação ao aumento do volume de aluguéis decorrente da pandemia e da vontade de morar em um lugar mais bonito e confortável. Prova é que identificamos uma procura maior por pessoas físicas não ligadas à construção civil, cerca de 52%”, diz o CEO e um dos sócios-fundadores da Casa do Construtor, Altino Cristofoletti Junior.
Aluguel se estende também a equipamentos de limpeza
E como limpeza também é uma parte importante para manter a casa mais agradável, no último ano, a extratora – equipamento que lava estofados, colchões, tapetes e cortinas – foi o item mais locado (48%). A lavadora a vapor e o soprador de ar (30% e 21%) vêm logo em seguida.
“Muitos ainda desconhecem que equipamentos usados a cada dois ou três meses podem ser locados, não havendo mais a necessidade de aquisição. Como exemplos, neste hall entram extratoras e lavadoras a pressão. A economia compartilhada é um fenômeno que veio para ficar. Com isso, percebemos que o mercado da locação de equipamentos é promissor e estamos trabalhando para suprir esta lacuna”, conta Altino.
Para os próximos seis meses, metade dos entrevistados informou planos de realizar uma limpeza profunda em suas residências. Para 25%, o quarto é a prioridade, seguido do sofá (24%). Mais: para este procedimento 64% pretendem contratar um prestador de serviço para realizar a limpeza e 21% pretendem alugar algum equipamento para um trabalho solo. Extratora e Wap lideram o ranking, com 12%. Empatados na segunda posição, com 7%, estão aspirador, cortador de grama e lavadora a vapor.