Programa de fidelidade do varejo da construção mais que triplica de tamanho em 2019

Notebooks, software de gestão e uma plataforma de inteligência de mercado. Esses são apenas alguns dos benefícios disponíveis para os varejistas participantes do Juntos Somos +, o maior programa de fidelidade do varejo da construção civil. O programa pertence à empresa Juntos Somos Mais, que também é detentora da maior plataforma de marketplace B2B do setor.

Em 2019, o Juntos Somos+ saltou de cerca de 120 mil membros para mais de 400 mil, crescendo mais de 3 vezes. O número inclui lojistas, vendedores de lojas e profissionais de obra, todos engajados no programa que visa a contribuir para o desenvolvimento e modernização do setor no Brasil. São ao todo mais de 65 mil lojas participantes – considerando que o Brasil conta com quase 140 mil lojas de construção, mais de 4 em cada 10 delas já estão cadastradas no programa.

O bom desempenho do programa não é algo novo: foi graças a seus resultados que passou de um projeto interno da Votorantim Cimentos, onde foi criado em setembro de 2014, a uma empresa independente que agregou a participação acionária da Tigre e da Gerdau em novembro de 2018.

Atualmente, o Juntos Somos + conta com 23 empresas participantes. Além das 3 acionistas, as empresas de serviços Santander, GetNet e Linx e outras companhias relevantes do setor de construção fazem parte do programa, como Vedacit, Eternit, Suvinil, Bosch, Casa do Construtor, Ciser, Ourolux, Cozimax, Corfio, Schneider Electric, Portal Solar, Marluvas, Brasforma, RenoveJá, Assa Abloy, Henkel e Instituto da Construção.

Em sua trajetória de crescimento, que envolverá o investimento de R﹩ 50 milhões até 2020, a Juntos Somos Mais tem buscado verticalizar suas operações. Neste ano, investiu mais de 19 mil horas na internalização de toda sua plataforma de pontos, que antes era operada por terceiros. Assim, passou a atuar plenamente como empresa de tecnologia e ganhou agilidade para implementar melhorias e novas funcionalidades em sua plataforma.

“Todas as nossas ações são voltadas para o cumprimento de nosso propósito, que é desenvolver o varejo de material de construção e transformar a vida dos profissionais que constroem sonhos. Enxergamos a Juntos Somos Mais como um canal importante de reinvestimento neste que é um dos principais setores da economia brasileira e pretendemos contribuir para ampliar as vendas e gerar mais produtividade para os varejistas da construção, os profissionais de vendas e os profissionais da obra”, explica Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos Mais.

O esforço mira um cenário em que, de acordo com Raio-X do setor realizado pela própria empresa em 2019, mais de 50% das lojas de construção brasileiras não contam com gestão profissionalizada. A pesquisa levou em conta itens como atendimento, sistemas de informação e profissionalização dos vendedores.

A gestão familiar é adotada em 87% das lojas analisadas – dentre as quais mais da metade (51%) não têm profissionais capacitados para atuar no varejo. Além disso, apesar de 93% das lojas possuírem computador e internet, apenas 33% contam com leitor de código de barras e 45% possuem software de gestão.

Com base nesses dados, a Juntos Somos Mais escolheu oferecer prêmios como empilhadeiras, notebook, sistema de gestão, serviços financeiros e cursos profissionalizantes e aumentou seu portfólio em 40 vezes no último ano, por meio de parceria com a Vertem. Agora já são mais de 20.000 itens, voltados principalmente para o desenvolvimento profissional dos integrantes do programa.

Além disso, a empresa também desenvolveu o SIM (Sistema de Inteligência de Mercado), plataforma de business intelligence que gera insights sobre o consumo local e pode ser acessada pelos varejistas cadastrados de forma gratuita.

Os números mostram o engajamento conquistado pela empresa: a quantidade de resgates saltou em cerca de 50% no comparativo com o ano anterior. Outro aumento impressionante aconteceu no número de profissionais de obra, que no momento da abertura do programa para esse público, em 2018, ficava na casa das poucas centenas e atualmente ultrapassa 250 mil.

A Juntos Somos Mais, empresa detentora do programa cujas acionistas são Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre, também opera o maior marketplace B2B do setor, que conecta lojistas a indústrias, agilizando e digitalizando o processo de compras e reposição de estoque. A Loja Virtual, como é chamada, movimentou mais de R﹩ 6 bilhões nos últimos 12 meses.

Juntos Somos Mais em números:

65+ mil lojas cadastradas

250+ mil profissionais cadastrados

1.2 bilhão de pontos emitidos

350+ mil resgates

23 empresas participantes do programa de relacionamento: Votorantim Cimentos,

Gerdau e Tigre (fundadoras), Santander, GetNet, Linx, Vedacit, Eternit, Suvinil, Bosch,

Casa do Construtor, Ciser, Ourolux, Cozimax, Corfio, Schneider Electric, Portal Solar, Marluvas, Brasforma, RenoveJá, Assa Abloy, Henkel e Instituto da Construção

60+ profissionais com habilidades e background diversificados no time

R﹩ 30 milhões já investidos – R﹩ 50 milhões em investimentos até 2020

Kazzas ganha relevância no segmento econômico

Criada em 2015, a Kazzas atua exclusivamente no segmento econômico, atendendo famílias para as faixas 2 e 3. Como spin off de Kallas, a incorporadora e construtora investe em terrenos bem localizados no que diz respeito à infraestrutura viária, comercial, de serviços e modais de transporte público. Os projetos são desenvolvidos com o padrão Kallas no que se refere à atenção e qualidade.

“Todo o conceito dos lançamentos utiliza a experiência e background de Kallas, mas com foco nos produtos econômicos. O plantão de vendas, a atuação da equipe comercial, a campanha publicitária e todos os itens envolvidos na estratégia de vendas dos produtos também foram desenvolvidos para garantir uma experiência de compra para o cliente final, acima do que ele encontra no mercado comprando imóveis de ticket médio semelhante”, afirma Gil Vasconcelos, diretora de incorporação da Kazzas.

A Kazzas possui sete empreendimentos já lançados – dois em Taboão da Serra: Parque da Serra, com 51m², e Bosque da Serra, com 47m²; em Osasco: Art Home, com 48 a 49m²; no Jardim Umarizal: Via Araucária, com 48 a 49m²; na Freguesia do Ó: Fábula Freguesia, com 42m²; no Socorro: Fábula Socorro, com 42m²; todos com 2 dormitórios, e no Tatuapé: Be Live, com 26 a 40m² e opção de studio ou 1 dormitório. Em 2019, Kazzas lançou em VGV R﹩ 200 milhões e a expectativa para 2020, é o lançamento de 15 empreendimentos, com projeção de VGV de R﹩ 1 bilhão.

Diferenciais

Ter mais lazer pelo mesmo preço, vagas autônomas, conceito de fachada e plantas acima das expectativas e preços dos concorrentes é a proposta da Kazzas. O objetivo é garantir preços muito atrativos, mas com o mesmo cuidado dos empreendimentos de alto padrão.

Para quem procura o primeiro imóvel, a linha Poema, atende a essa demanda, possuindo sempre um valor dentro do teto do programa Minha Casa Minha Vida e com a alta qualidade da marca Kazzas. “São apartamentos mais compactos, mas com localização privilegiada e lazer”, explica Gil. “Ainda temos a linha Fábula, que conta com um projeto que parte da visão de que a educação tem o poder de transformar a sociedade. Desenvolvemos a Bibliotecativa, que são espaços pensados para que o empreendimento tenha ambientes integrados com acesso a livros, computadores e diferentes jogos que estimulam o raciocínio e a criatividade de todos que frequentam o espaço”, continua.

Os espaços contam com a parceria de especialistas em educação, sendo um potencial transformador nas vidas das crianças e jovens que residirão no empreendimento. “A linha Fábula se propõe a entregar mais do que o cliente espera e está acostumado a ver nos similares. Os prédios são próximos das principais vias de acesso de São Paulo, possuem fácil acesso ao transporte público, investimos em lazer completo com piscina, biblioteca, salão de festas, churrasqueiras e muito mais”, completa a Diretora de incorporação da Kazzas.

Além disso, as construções utilizam a plataforma BIM, tecnologia que permite o desenvolvimento de um projeto mais eficiente, com redução de custos de obra e otimização da segurança, resultando em entregas em menor tempo, menos manutenções e alta qualidade. As plantas são bem dimensionadas, o que evita áreas perdidas. Outro ponto forte é a sustentabilidade: luz de LED nas áreas comuns, reuso de água, reciclagem e painéis de energia solar.

Após bater meta do ano, Credihome projeta atingir volume de crédito de R$ 20 bi em 2020

A startup Credihome, plataforma online de soluções de crédito para compradores e proprietários de imóveis, encerrou o mês de novembro com R﹩ 4,131 bilhões em volume de crédito – 64% acima da meta estabelecida para 2019, que era de R﹩ 2,5 bilhões. Com o ritmo de crescimento acelerado, a companhia estima agora encerrar o ano com cerca de R﹩ 5 bilhões em originações e quadriplicar em 2020, chegando a R﹩ 20 bilhões.

De acordo com Bruno Gama, CEO da Credihome, o cenário de juros mais baixos favorece o ritmo de expansão da plataforma. “Há três anos, os juros para financeiro imobiliário rondavam o patamar de 12% ao ano e hoje já chegam a 6,5%. É uma queda brusca que estimula o mercado em diversas frentes, desde a inserção de famílias com renda menor que hoje já conseguem encaixar a parcela nos 30% da renda, aumentando a demanda por investimentos em imóveis, como na procura por portabilidade para buscar taxas mais atrativas em financiamentos já existentes, entre outros”, explica. De acordo com cálculos da Credihome, a cada 0,5 ponto percentual de queda da taxa de juros Selic, cerca de 4 milhões de consumidores tem o potencial de acessar o mercado.

Apenas no mês de novembro, foram quase R$ 1 bilhão em volume entre financiamento imobiliário e crédito com garantia de imóveis movimentados na plataforma que funciona tanto como um marketplace – agrupando as ofertas dos principais bancos – como com soluções próprias de crédito.

Criadas para sanar gargalos de ofertas ainda inexistentes no mercado imobiliário, entre os exemplos de produtos próprios da Credihome que ganham cada vez mais tração na base de empréstimos da plataforma estão soluções como o “Price Light”, financiamento para aquisição de imóveis que permite pagar um valor reduzido das parcelas nos três primeiros anos de financiamento, a possibilidade de uso de até 5 CPFs para compra coletiva de imóveis, além do “Compra Garantida”, produto criado para quem já tem casa própria, mas quer vender para compra de outro imóvel, liberando até 40% do valor do bem em recursos para dar entrada na compra do novo bem e prazo de até três anos para vender com calma. Ao longo dos 36 primeiros meses, o cliente ainda paga apenas 20% do valor das parcelas.

“Entendemos muito rapidamente que a maneira de se fazer negócios e os tipos de produtos de crédito para cadeia imobiliária precisavam se adaptar às reais necessidades do consumidor. Entender o ciclo financeiro dos nossos clientes, as necessidades de liquidez e criar soluções que atendam esses perfis”, diz Gama.

Outra vantagem é a forma como a Credihome faz a avaliação de crédito em seus produtos próprios. Diferente dos grandes bancos, a startup utiliza um método próprio que dá um peso de 60% para a avaliação do imóvel e de apenas 40% para o mutuário. “Projetar como estará a situação financeira de uma pessoa daqui 30 anos é um exercício de fé, enquanto avaliar a valor do imóvel é muito mais preciso. Queremos capturar esses falsos negativos de outras instituições nesses casos de imóveis com liquidez, bem localizados e com potencial de valorização”.

Confiança da Construção avança e atinge o maior nível desde junho de 2014

O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, subiu 3,3 pontos em dezembro, para 92,3 pontos, atingindo maior nível desde junho de 2014 (92,9). Em médias móveis trimestrais, o índice registra alta de 1,7 ponto, mantendo a tendência ascendente iniciada em junho deste ano.

“Em um ano marcado por paralisação de obras do Minha Casa Minha Vida, liberação dos recursos do FGTS, queda na taxa de juros e expansão do crédito habitacional, o indicador da confiança setorial registrou altos e baixos, mas alcançou em dezembro o melhor patamar desde 2014. O indicador de Situação Atual ainda não recuperou o patamar do final de 2014, mas registrou uma melhora expressiva no segundo semestre, o que corrobora as projeções de que em 2019, o setor terá encerrado um ciclo de cinco anos de retração”, avaliou Ana Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV IBRE.

Mais informações sobre os resultados abaixo. Dados completos no Portal IBRE, no link.

Loft inaugura novo escritório de tecnologia em São José dos Campos

A Loft, plataforma digital que utiliza a tecnologia para simplificar a compra e venda de apartamentos, inicia seu projeto de expansão e inaugura seu novo escritório em São José dos Campos, interior de São Paulo. O escritório contará com 50 funcionários do time de tecnologia da empresa.

Localizado na região conhecida pelo Parque Tecnológico, o novo escritório conta as mesmas características e facilidades da sede, em São Paulo, e está com cerca de 40 vagas abertas nas áreas de BI, produto e tecnologia.

A companhia tem se destacado desde seu lançamento pelo uso inteligente de tecnologia aplicada no setor imobiliário. “A Loft está reinventando a forma de procurar, precificar, vender e comprar um imóvel por meio da tecnologia e análise de dados. O novo escritório reforça nosso investimento em continuar inovando e transformando o setor”, afirma Mate Pencz, co-CEO de Loft.

Conheça o novo escritório .

Mais informações sobre as vagas disponíveis no site da Loft: http://loft.com.br/

Aporte do Goldman Sachs avalia Melhortaxa em R$ 100 milhões

Avaliada em R$ 100 milhões, a Melhortaxa – maior plataforma digital especializada em crédito imobiliário do Brasil – acaba de receber novo aporte do Goldman Sachs e fecha o ano com crescimento de 200% no volume total de financiamentos contratados por seu intermédio em 2019. Este é o terceiro aporte feito na fintech brasileira pelo Goldman Sachs europeu (sócio minoritário) através do seu braço de private equity, a Holding Finizy – controladora da homônima da Melhortaxa na Europa, a Meilleurtaux.com.

De acordo com Sasso, a decisão de aumentar a participação pela segunda vez este ano visa o posicionamento líder online da Melhortaxa no Brasil e as perspectivas do mercado brasileiro com o objetivo de buscar sempre a melhor oferta e sem conflito de interesses, além de reforçar a missão atual da empresa de transformar o mercado de crédito imobiliário no país por meio do uso de tecnologia e transparência. Lançada em 2014, a empresa já se aproxima da marca de R$ 700 milhões em contratos de crédito efetivados.


“Em 2018, recebemos mais de 30 mil pedidos online de crédito imobiliário. Em 2019 já foram mais de 50 mil pedidos, mas com uma taxa de conversão superior com mais de R$ 200 Milhões em contratos assinados. A expansão da Melhortaxa no Brasil é acelerada, o objetivo é triplicar a operação em 2020 e o início recente da operação no México representa mais um passo na estratégia do grupo de se tornar um player regional na América Latina”, afirma Rafael Sasso, cofundador da Melhortaxa.

Com o recente cenário brasileiro e a queda significativa da SELIC, as expectativas para o mercado imobiliário foram decisivas para o aumento da participação do banco de investimentos. “O Goldman Sachs identificou um grande potencial de crescimento no nosso modelo de negócios por meio de uma de suas investidas na Europa, a francesa Meilleurtaux.com. Já tivemos uma experiência bem-sucedida e essa parceria vai consolidar ainda mais a nossa atuação. Pretendemos fechar 2020 com ao menos R$ 900 milhões em originação acumulada de crédito imobiliário no Brasil”, conta Julien Desvergnes, CEO e cofundador.

Controlada pelo Goldman Sachs Europa, a Finizy é uma Holding criada em 2013 que concentra diversos players de comparação de produtos do mercado bancário para o consumidor final. Detém empresas como Meilleurtaux.com (referência francesa do crédito e de seguros para o credor), Meilleurbanque.com (comparador de tarifas bancárias), Meilleurassurance.com (comparador de seguros) e Meilleurtauxsolution.com (especialista na recompra de créditos).

QuintoAndar inaugura nova sede na Vila Madalena para acompanhar crescimento das operações

O QuintoAndar, imobiliária digital que está redesenhando o mercado imobiliário brasileiro, está de casa nova. O Campus QuintoAndar tem o objetivo de fomentar a integração e troca entre os times e, assim, se firmar como um polo de inovação e tecnologia para o mercado imobiliário. Composta por três torres no bairro da Vila Madalena, em São Paulo, a nova sede tem capacidade para 1.600 pessoas e se soma ao escritório de desenvolvimento instalado em Campinas.

O QuintoAndar triplicou o número de funcionários no último ano, acompanhando o acelerado crescimento de sua operação, que já está em 30 cidades de 9 das principais regiões metropolitanas do país.

“Já somos mais de mil. Precisávamos de um espaço maior, que acomodasse todo mundo e deixasse os times mais próximos”, explica Gabriel Braga, co-fundador e CEO do QuintoAndar. “Nem bem chegamos e já dá para ver essa maior interação entre times funcionar, de forma natural, exatamente como a gente queria, para continuarmos focados em criar as melhores soluções para quem busca um lugar para morar ou tem um imóvel para alugar ou vender.”

A nova sede será administrada pela WeWork utilizando a solução oferecida pela empresa para projetar, construir e operar o ambiente de trabalho de médias grandes companhias de maneira customizada.

Além do novo Campus, o QuintoAndar mantém seu escritório em Campinas, anunciado em maio deste ano. Lá, a empresa concentra parte de seu time de tecnologia.

O mercado imobiliário está pronto para o consumidor 3.0?

Por Glauco Farnezi


Num passado, não muito distante, quem ditava as regras eram as empresas. Hoje em dia, são os consumidores que mandam. Com um smartphone e o acesso à internet na palma da mão, eles estão munidos de informações para distinguir o melhor produto, serviço ou atendimento. Exigentes e, principalmente, conectados, os chamados consumidores 3.0 entram em cena!

Neste novo cenário de negócios, as empresas estão se reestruturando para atender às demandas dos consumidores, com o objetivo de se destacar dentre os concorrentes. Aí que nasce, ou melhor, se fortalece a experiência do cliente. De acordo com o Gartner, em poucos anos, 89% das empresas irão competir no âmbito da experiência do consumidor. Afinal, será isso que determinará a finalização de uma compra.

A necessidade de adaptação ao perfil do consumidor 3.0 não é diferente no mercado imobiliário. Aliás, é até mais latente, visto que este setor é mais atrasado na Transformação Digital. Dito isso, quais são as mudanças que as construtoras, loteadoras e incorporadoras precisam realizar para acompanhar o mercado e as necessidades deste novo cliente?

Antigamente, o processo de venda de imóveis era mais simples. Bastava que os corretores aguardassem os clientes aparecerem nos pontos de vendas. Estes, sem acesso à informação, dependiam dos classificados para buscar os dados da tão sonhada casa própria. Mas hoje, a negociação é complexa e o interessado está familiarizado com as inúmeras formas de acessar as informações referentes aos imóveis, como os seus valores, o que, há algum tempo, não era transparente. Inclusive, em alguns casos, estes clientes sabem mais do que os corretores.

De acordo com uma pesquisa da Accenture, o número de pessoas que pesquisam informações sobre produtos e serviços na internet, antes da tomada de decisão, aumentou em 73% nos últimos três anos. No passado, o renome da marca possuía um grande peso para a decisão de compra, mas, hoje em dia, o que vale são as experiências dos clientes e as recomendações.

Isso porque este novo perfil de consumidor não dá valor apenas às suas experiências, mas também considera a opinião que os demais compartilham no dia a dia, ou até mesmo em suas redes sociais, sobre uma determinada aquisição.

O cliente mudou. E, agora, ele é digital! Os processos burocráticos e exaustivos não combinam com este consumidor 3.0, inclusive o do mercado imobiliário.

Imediatistas e acostumados com a rapidez da internet, eles esperam que suas necessidades, como a da compra de um imóvel, sejam sanadas dentro do tempo que estabelecem. E este tempo é curto. Portanto, para atender às necessidades dos novos consumidores, é necessário o investimento em tecnologias que proporcionem uma (boa) experiência digital para os clientes.

E, já que o objetivo é fornecer um processo de venda que seja tecnológico, que tal oferecer um processo de venda 100% digital? Há ganhos em todos os pontos de contato, para quem vende e quem compra, por meio de uma solução que ofereça mais controle para gestores comerciais, da abertura até o fechamento da venda. Tudo por meio de um smartphone na palma da mão.

Portanto, nesta corrida do mercado imobiliário, contar com o apoio da tecnologia para realizar a gestão de vendas dos imóveis não é mais um diferencial, mas, sim, uma necessidade para as construtoras, loteadoras e incorporadoras que busquem se manter competitivas e não ultrapassadas.
*Glauco Farnezi é CEO da Facilita, desenvolvedora do app Facilita, primeiro aplicativo para gestão digital de venda de imóveis

Portanto, nesta corrida do mercado imobiliário, contar com o apoio da tecnologia para realizar a gestão de vendas dos imóveis não é mais um diferencial, mas, sim, uma necessidade para as construtoras, loteadoras e incorporadoras que busquem se manter competitivas e não ultrapassadas.
*Glauco Farnezi é CEO da Facilita, desenvolvedora do app Facilita, primeiro aplicativo para gestão digital de venda de imóveis

Glauco Farnezi, CEO da Facilita, desenvolvedora do app Facilita, primeiro aplicativo para gestão digital de venda de imóveis ,

Queda nos juros, construção aquecida e adoção do BIM no plano estratégico

Por Marcus Granadeiro

Chegando no final do ano temos novamente a Caixa anunciando a redução da taxa básica de juros para o financiamento imobiliário. Com a medida, o setor de construção que já estava reaquecendo neste último trimestre ganhou um novo impulso. Hora de planejar 2020! Neste período, tradicionalmente as empresas preparam seu plano estratégico para o ano seguinte, uma atividade que é fundamental e todos os empresários entendem e executam.

Mas no setor da construção, há uma questão importante que não tem sido colocada: se é preciso planejar, por que a maioria das implantações de BIM (Building Information Modeling), que promove projetos e construções com mais qualidade, menos desperdício, retrabalho e, consequentemente menor custo, estão de certa forma descoladas dos planos estratégicos? E vale dizer: a adoção da plataforma BIM é tão importante que o Governo Federal, com a entrada do decreto n. 9.377, passará a exigir o uso dessa tecnologia a partir de 2021 em todo o âmbito nacional.

Não utilizar o BIM no planejamento estratégico de uma obra é uma observação empírica muito fácil de se constatar.Quase todas as implantações, independentemente do tipo de empresa, nascem e focam inicialmente na fase de projeto. Construtoras, incorporadoras, gerenciadoras, órgãos governamentais, varejistas, indústrias e até mesmo as projetistas fazem implantações nascendo com o projeto.

Não é possível que para todos eles a prioridade de foco seja o projeto e que a principal dor seja nesta área. Viabilidade, planejamento, produto, obra e operação não estão à frente do projeto para ninguém? Há certamente um descompasso entre as estratégias das implantações e as estratégicas de negócio nas empresas.

O motivo não é a cronologia. O processo não nasce na fase de projeto, mas sim antes, no qual o BIM poderia ser utilizado. Nestas implantações, os programas de necessidade continuam desassociados do processo BIM, seguindo do modo tradicional. Em grande parte dos players acima, esta fase inicial é bem mais sensível e envolve muito mais stakeholders internos, sendo que a fase de projeto é normalmente terceirizada.

O motivo não é ser o projeto necessário para implantar as demais etapas. Um exemplo seria de uma construtora que poderia definir um bom documento com requisitos para receber os projetos em BIM e focar sua implantação na fase de obra, nos controles tecnológicos, nos processos de mitigação de risco e no monitoramento remoto utilizando BIM.

A visão que tenho é que este descompasso tem como razão uma série de pequenos vetores. Eles vão desde o fato do projeto ser o elemento mais tangível, das iniciativas em BIM normalmente nascerem no departamento de projeto ou, até mesmo, pelo projeto ser o foco a ser atacado por decisão de marketing dos maiores fabricantes.

Este descolamento de visão se estende além da empresa e acaba prejudicando a velocidade da adoção do BIM no mercado. É muito comum ouvir queixas de que o cliente não quer mais pagar pelo BIM e, assim, se forma uma barreira objetiva para sua implantação.

Por um lado, temos o projetista, que utiliza o BIM para fazer detecção de interferências, reclamando que a construtora não quer pagar mais pelo BIM, sem entender que o projeto livre das interferências já era responsabilidade dele muito antes do BIM. Do outro lado está a construtora implantando BIM para otimizar o processo de orçamento e reclamando que o seu cliente não se importa com a tecnologia, sem perceber que não é esta a aplicação do BIM que ele teria interesse.

Este é um convite para uma reflexão: a sua estratégia de BIM está realmente alinhada com a sua estratégia de negócio?

Marcus Granadeiro, engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).

Como a sustentabilidade pode atrair mais investimentos para o mercado imobiliário brasileiro?

Por Fabiano Cordaro

A preocupação com melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) é uma tendência mundial que vem ganhando força no Brasil e movimentando a indústria de gestão de ativos. Segundo estimativas, um terço dos ativos em nível global já são voltados para investimentos sustentáveis.

O conceito leva em conta questões corporativas, como emissão de carbono, impacto ambiental, cidadania e desenvolvimento de capital, para a tomada de decisão sobre investimentos. Os critérios ESG também funcionam como moderadores de risco, pois dão mais credibilidade aos investidores sobre as companhias em que estão alocando capital, o que garante o retorno do investimento.

Para as empresas, a preocupação com o meio-ambiente e políticas sociais também reflete em uma reputação mais positiva entre os consumidores e, com isso, um em melhor desempenho financeiro. E para o mercado imobiliário, não é diferente. Após um período de crise, o setor começou a se recuperar este ano e vive uma janela de oportunidade.

Apenas no estado de São Paulo houve 575.043 operações de compra e venda de imóveis nos últimos 12 meses até junho de 2019, montante 1,55% maior do que no acumulado dos 12 meses encerrados em junho de 2018, de acordo com o levantamento Indicadores de Registro Imobiliário, divulgado pela Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo (Arisp) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Aliado a esse cenário, outro dado também chama a atenção: o Brasil está entre os cinco países com maior déficit habitacional do mundo. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas FGV), seria necessário construir 1,2 milhão de imóveis ao ano para atender a demanda por moradia na próxima década. O déficit em unidades habitacionais cresceu 7% em apenas 10 anos, de 2007 a 2017, atingido 7,78 milhões em 2017.

Aproveitando esse movimento, o ESG pode ser um importante aliado da indústria de imóveis para conquistar investimentos e impulsionar o setor. Inclusive, investidores estrangeiros já vêm apostando nesse diferencial. Um relatório publicado pela Harvard Business Review apontou que, a partir do início de 2018, a cada US$ 4 trilhões investidos nos EUA, US$ 1 trilhão foi encaminhado para investimentos sustentáveis. No ano passado, esse valor chegou a US$ 11,6 trilhões, um aumento de US$ 9 trilhões em comparação a 2010.

E não só a economia ganha com esses investimentos, mas a sociedade também. O crescimento da adoção de princípios ESG traz à tona a melhoria do sistema como um todo, já que aumenta a entrega de práticas sociais e ambientais positivas.

Pensando no mercado imobiliário, esse retorno para a população chega ao oferecer residências que aliam arquitetura, tecnologia, sustentabilidade e práticas de engajamento social. Já pensou viver em um condomínio hi-tech, com uma série serviços e soluções integradas no âmbito do imóvel e do prédio, como sensores e medidores inteligentes, Wi-Fi em todos os ambientes, horta urbana, gestor social, biblioteca e até creche para as crianças?

Esse novo conceito tem como foco a economia compartilhada, que faz com que os moradores tenham maior interação. O objetivo é entregar um novo tipo de moradia, que tem como centro principal melhorar a vida das pessoas com projetos inteligentes, ao mesmo tempo que atraem novos investidores e fortalecem a economia.

E engana-se quem acredita que esses imóveis são voltados apenas para classes mais altas, pelo contrário, hoje já é possível financiar um apartamento com esse conceito até pelo programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal. Isso porque, com a aposta em inovação e tecnologia, essas moradias contam com soluções que não são normalmente aplicáveis aos produtos de interesse social. Há menos desperdício de materiais e maior agilidade nos processos, o que reduz os custos de construção de uma forma geral. A inovação também permite, inclusive, diminuir os gastos com condomínio, internet, energia e até TV a cabo.

Em um mundo globalizado essas iniciativas estão cada vez mais presentes e o desafio é que todas as pessoas possam ter acesso a esse novo jeito de viver de agora em diante. O investimento nesses novos empreendimentos desencadeia um grande potencial de crescimento para todos os envolvidos, e essa é a verdadeira sustentabilidade.

Fabiano Cordaro, CFO da InLoop Desenvolvimento Imobiliário SA, que atua com participações em incorporação e construção de empreendimentos há quatro anos.