FGV: Confiança dos empresários da construção está próxima do patamar pré-covid

O Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, avançou 4,1 pontos, alcançando 87,8 pontos em agosto. Após quatro meses consecutivos de alta, o índice recuperou 82% dos pontos perdidos em março e abril desse ano.

“A Sondagem mostra que a confiança dos empresários da construção está próxima do patamar pré-covid, refletindo a evolução favorável de seus dois componentes. Contudo, mesmo com a retomada a um cenário anterior de atividades, o ciclo produtivo foi afetado, uma vez que durante a pandemia muitos negócios foram adiados ou cancelados. Para 35,6% das empresas, os negócios continuam fracos, contra 29% em fevereiro, o que significa que a retomada está sendo mais difícil para algumas empresas. “, observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

Neste mês, o resultado positivo do ICST foi influenciado por perspectivas menos pessismitas para os próximos meses e principalmente pela melhora da situação corrente. O Índice de Situação Atual (ISA-ST) aumentou 5,8 pontos, para 81,8 pontos, ficando 4,9 pontos abaixo de fevereiro (86,7 pontos), o maior valor desse ano. O indicador de situação atual dos negócios subiu pelo terceiro mês consecutivo e foi o quesito que mais contribuiu para a recuperação do ISA-CST em agosto ao variar 6,8 pontos para 84,0 pontos. Além disso, o indicador de carteira de contratos avançou 4,9 pontos para 79,8 pontos. Apesar da melhora, ambos permanecem abaixo do nível pré pandemia.

O Índice de Expectativas (IE-CST) aumentou 2,4 pontos, para 94,1 pontos, recuperando 87,5% das perdas sofridas no bimestre março e abril. Os indicadores de demanda prevista e tendência dos negócios avançaram 1,9 ponto e 2,7 pontos, para 94,0 pontos e 94,1 pontos, respectivamente.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) subiu 3,6 pontos percentuais (p.p.), para 73,5%. Pelo terceiro mês consecutivo, a maior contribuição veio do NUCI de Mão de Obra, que avançou 3,8 p.p., para 75,2%. Já o NUCI de Máquinas e Equipamentos aumentou 2,6 p.p. para 64,5%.Fatores limitativos

Um aspecto importante a ser destacado nessa sondagem é a queda expressiva de assinalações no quesito Demanda Insuficiente como fator de limitação – depois de alcançar 60,3% em abril, caiu para 44,4% em agosto. Esse é o menor percentual desde fevereiro de 2015 (44,1%) e está, em grande parte, relacionado ao bom desempenho recente das vendas no mercado imobiliário residencial. Vale registrar também o aumento de assinalações em Escassez de Material e/ou Equipamentos, que alcançou 7,8%, o maior percentual desde setembro de 2010 (9,8%). É provável que essa dificuldade esteja relacionada ao crescimento expressivo da demanda de materiais por parte das famílias, que vem sendo registrado pelo comércio varejista, avaliou Ana Castelo.

Retomada do setor imobiliário: Bossa Nova Sotheby’s tem crescimento de 50% em vendas

Desde o mês de junho, a Bossa Nova Sotheby’s International Realty (BNSIR), principal imobiliária de alto padrão, teve crescimento de 50% em vendas na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a demanda por imóveis de praia e campo superou aumento de 600% . Preço de lotes e casas nessas localidades também tiveram alta.

No primeiro trimestre, a companhia registrou aumento de 35% no volume de vendas. Em abril e maio, mesmo nos meses mais críticos devido à pandemia, a queda foi de apenas 18%. Em junho e julho, a BNSIR viu a rápida retomada do mercado quando ultrapassou o VGV (Valor Geral de Vendas) de 2019 em 50% e 53%, respectivamente. No consolidado, os sete meses registraram uma elevação de 28%.

A recente alta nos números veio pela demanda reprimida das pessoas que se sentiam inseguras em realizar investimentos no início da pandemia e também, principalmente, pelo aumento na procura por imóveis de praia e campo. A histórica Selic a 2% e as facilidades dos bancos nas taxas de financiamentos também encorajaram essa demanda.

A maior busca tem sido por condomínios de alto padrão a um raio de até 100 quilômetros da cidade de São Paulo, como Fazenda da Grama, Fazenda Boa Vista, Quinta da Baronesa e Terra de São José. Em segundo lugar, estão os imóveis da Serra Fluminense, especialmente em Itaipava.

Com isso, veio também a elevação do valor dessas propriedades. Desde o início da pandemia, o preço de lotes e residências de campo aumentaram cerca de 35%. Em alguns casos, chegaram a 50%.

No último ano, a BNSIR obteve mais de R﹩ 700 milhões em VGV, 25% a mais que em 2018. Para 2020, a meta era R﹩ 1,1 bilhão. Devido à pandemia, as expectativas foram revisadas. Ainda assim, a empresa deve ultrapassar os números de 2019, com a previsão de um VGV entre R﹩750 milhões e R﹩800 milhões. Desde 2015, a Bossa Nova Sotheby’s cresceu sete vezes.

Venda e aluguel de imóveis usados em julho tem crescimento de 44% comparado a pré-pandemia

Em meio a crise do coronavírus, o mercado imobiliário aponta sinais de retomada com aumento de venda e aluguel de usados, com dados, inclusive, superiores ao período pré-pandemia. De acordo com o levantamento do Painel Mercado Imobiliário, da proptech inGaia, a venda e aluguel de imóveis usados em julho teve crescimento de 44% comparado a fevereiro – quando não havia casos confirmados de Covid-19 no país. A plataforma acompanha o impacto da pandemia no mercado imobiliário por meio de sua base de dados, que atualmente possui mais de 7,2 mil imobiliárias e administradoras de locação e 40 mil usuários.

Em julho, o número de propostas realizadas também teve um aumento de 22% comparado a junho e os sites das imobiliárias receberam 1,3 milhão de acessos a mais no mesmo período, um crescimento de 17%. Além disso, o número de visitas também teve um aumento de 20% comparado ao mês anterior. “O aumento gradual nos negócios ao longo dos últimos meses mostra não só uma recuperação, mas também o crescimento do setor imobiliário de usados. As imobiliárias e administradoras de locação também estão reconhecendo a importância da digitalização para que os negócios avancem durante o isolamento social, o que ajuda neste impulsionamento”, destaca José Eduardo de Andrade Junior, CEO da inGaia.

Demanda reprimida no setor

O levantamento da inGaia mostra ainda que a venda e aluguel de imóveis usados em julho cresceram 60% (2,6 mil contra 4,1 mil) se comparado ao mesmo período do ano passado. Para o presidente da proptech, o crescimento está relacionado a fatores como juros baixos e uma demanda reprimida no setor.

“A pandemia do coronavírus vai ter um impacto enorme na economia do país, no entanto, nós temos uma demanda reprimida pelos cinco anos de recessão que enfrentamos no Brasil, juros de 2% e redução das taxas para financiamento de imóveis. Esses fatores colaboram para o aquecimento do setor, que irá crescer muito nos próximos anos”, explica Mickael Malka.

Com três milhões de imóveis listados em sua plataforma e base de dados que representa 25% do mercado secundário imobiliário, de janeiro a dezembro de 2019, a inGaia acompanhou o valor geral de R﹩ 13,5 bilhões nas transações de compra e venda e R﹩ 1,2 bilhão no valor geral das operações de locação.

inGaia PMI

O Painel do Mercado Imobiliário (PMI) mostra os impactos da pandemia nas quatro etapas que compõem o funil de vendas de imóveis: o acesso aos sites de imobiliárias, visitas concluídas, propostas e o fechamento de transações, em comparativos semanais, mensais, anuais e, também, de acordo com a evolução da pandemia no Brasil. Os panoramas regionais de 13 estados também são apresentados.

Casa Verde e Amarela: novo programa atenderá cerca de 1,6 milhão de famílias de baixa renda

Governo Federal lançou, nesta terça-feira (25), o Programa Casa Verde e Amarela que vai atender cerca de 1,6 milhão de famílias de baixa renda com financiamento habitacional até 2024. O programa conta com taxas de juros mais baixas e ampliação da regularização fundiária no País para garantir moradia digna à população.

“Esse programa leva em consideração a criatividade, a eficiência do serviço público, a necessidade de utilizar os recursos com proficiência, com cuidado, e aplicar, de tal maneira, que faremos muito mais, com muito menos”, disse o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho durante cerimônia no Palácio no Planalto em que Presidente Jair Bolsonaro assinou Medida Provisão de criação do Casa Verde e Amarela.

“Nós estamos lançando, hoje, um programa que vai permitir que o Brasil tenha a menor taxa de juros da história em um programa habitacional”, ressaltou Marinho. “Vamos permitir que mais de um milhão de famílias no Brasil possam participar do sistema habitacional”, disse Marinho.

O programa prevê, ainda, a retomada e continuidade de obras e melhoria habitacional. A previsão é que, ainda neste ano, sejam publicados os primeiros editais para a contratação de regularização fundiária e melhorias habitacionais. O ministro Rogério Marinho informou que ainda deverá ser viabilizada a renegociação de dívidas do financiamento habitacional para as famílias de baixa renda.

A ideia é disponibilizar, até o fim do ano, mais R$ 25 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 500 milhões do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) para o programa. Os empreendimentos devem gerar, até 2024, mais de 2,3 milhões de novos postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional.

Norte e Nordeste

As regiões Norte e Nordeste, que concentram os maiores déficits habitacionais do País, terão redução na taxa de juros para financiamento habitacional e outros benefícios. “Teremos um tratamento diferenciado para as regiões que, historicamente, têm uma condição menor em relação aos seus índices de desenvolvimento humano, que são o Norte e Nordeste”, explicou Rogério Marinho.

O Norte e o Nordeste terão taxas de juros reduzidas em até meio ponto percentual para famílias com renda até R$ 2 mil por mês e 0,25 para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil. Os juros poderão chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS enquanto nas demais regiões até 4,5%.

Além disso, as regiões ainda terão uma parcela mais abrangente de famílias beneficiadas, com rendimento de até R$ 2,6 mil ao mês. E ampliação no limite de valor dos imóveis financiados.

Regularização fundiária e melhoria habitacional

O objetivo é dar o título que garante o direito real sobre o lote das famílias. A medida dá segurança jurídica, reduz conflitos fundiários e amplia o acesso ao crédito. A meta é regularizar 2 milhões de moradias até 2024.

Serão contempladas, principalmente, áreas ocupadas por famílias com renda de até R$ 5 mil mensais que vivam em núcleos urbanos informais. Não poderão ser incluídas casas localizadas em áreas não passíveis de regularização ou de risco.

Segundo o ministro Rogério Marinho, a regularização fundiária vem enfrentar um problema histórico no País. “Entendemos que o deficit habitacional é uma realidade. Não ficamos omissos, vamos apoiar os municípios para que possam fazer seu trabalho. Pela primeira vez em 20 anos o Governo Federal se incomoda em fazer um programa de âmbito federal dessa magnitude para apoiar a ação dos municípios brasileiros nesse esforço de regularização e de entregar ao cidadão mais humilde a escritura pública de sua residência que acresce, de imediato, de 40% a 50% o valor do seu imóvel. Isso é transferência de renda na veia”, disse.

Para melhoria habitacional, serão atendidos proprietários de imóveis nos núcleos urbanos selecionados para regularização fundiária, com renda mensal de até R$ 2 mil. Esse eixo do programa prevê reformas e ampliação do imóvel para tornar a moradia mais digna, como construção de banheiros, quartos e instalação elétrica. A expectativa é que sejam feitas melhorias em 400 mil moradias até 2024.

Para participar, é necessário estar no CadÚnico do Governo Federal, não ter outros imóveis no território nacional e o proprietário deve ser maior de 18 anos ou emancipado.

Com as estratégias de regularização fundiária e melhoria habitacional, o Governo Federal espera atender um número maior de pessoas já que o investimento gira em torno R$ 500 a R$ 20 mil, enquanto o custo para construção de uma unidade habitacional é de, em média, R$ 80 mil.

Retomada de Obras

Para garantir a continuidade das obras de 185 mil unidades habitacionais contratadas, a retomada de 100 mil residências e os empreendimentos de urbanização em andamento, há a previsão de R$ 2,4 bilhões do Orçamento Geral da União (OGU) para o próximo ano.

Desde 2019, o Governo Federal investiu R$ 5,78 bilhões na continuidade das unidades habitacionais contratadas e retomada das obras paralisadas. Desse total, R$ 5 bilhões foram para as moradias destinadas às famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil.

Fonte: Agência Brasil

Franquias de casa e construção apresentam crescimento expressivo na pandemia

A Pormade Portas, pioneira no setor de franchising na fabricação e venda de kits prontos e avulsos de portas, rodapés, biombos, papéis de parede, fechaduras e outros acessórios, cresceu 63% em números de unidades desde o início da pandemia, em março de 2020. Em dezembro do ano passado, eram 19 lojas e, em julho último, esse número totalizou 30 lojas, sendo 10 delas franqueadas. O aumento também refletiu no faturamento da rede, que apresentou um incremento de 266% em seis meses.

A franquia Pormade Portas atua tanto com o público B2B quanto com o consumidor final, já que as vendas, em todas as lojas e nos outros 11 modelos de negócios, são realizadas por meio do e-commerce da marca. O resultado positivo de crescimento se deve ao fato de a Pormade Portas ser uma microfranquia, com baixo valor de investimento inicial, R﹩ 40 mil. Dados da pesquisa “Microfranquias” divulgada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram que o número de marcas atuando com modelos mais econômicos cresceu 14% nos últimos quatro anos, se tornando uma boa oportunidade de entrada no mundo dos negócios para quem sempre desejou empreender.

O setor de Casa e Construção, do qual a companhia faz parte, também sofreu pouco impacto na pandemia. Outro fator importante para o crescimento, segundo o diretor-presidente da Pormade, Claudio Zini, é que no isolamento social, com as famílias passando mais tempo em casa, seja a trabalho ou praticando o distanciamento social por conta da Covid-19, o ambiente residencial passou a ser visto com novos olhos. “Aquela reforma que vinha há tempos sendo adiada, de repente, aconteceu em um momento de preços mais em conta e tempo livre para acompanhamento de obra, decisão de compra, etc. As pessoas perceberem que as suas casas precisavam de mudanças na estrutura, na decoração e viram uma oportunidade para tirar os projetos do papel”, reforça o executivo.

Das lojas que abriram em 2020, algumas já começaram a negociar em final de 2019, porém, a procura de novos franqueados, com intenção de investir na rede, também tem chamado atenção. Atualmente, estão sendo negociadas mais 7 franquias. As lojas da Pormade estão localizadas em cidades estratégicas no Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. O foco central da marca é ampliar a atuação para todo o Brasil.

O futuro das moradias pós-pandemia

A inesperada pandemia do coronavírus que se espalhou por todo o mundo nos fez mudar diversos hábitos e costumes, principalmente os relacionados à higiene e limpeza. Entretanto, muitas pessoas estão mudando até mesmo os pensamentos sobre onde e como gostariam de morar em um futuro próximo, pós-coronavírus.

O isolamento social fez com que ficássemos muito mais tempo em nossas casas o que nos fez atentar para as necessidades dos ambientes e como tirar maior proveito de onde moram. Por conta disso, a prioridade dos espaços disponíveis no imóvel se tornou mais importante. De acordo com um levantamento do Grupo Zap sobre os impactos da COVID-19 no mercado imobiliário, 60% dos entrevistados consideram que ter uma varanda no apartamento é muito relevante, 37% acha que espaços de lazer são de importância, 36% gostariam de um ambiente reservado para trabalhar e, 65% procuram por apartamentos próximos a comércios e serviços, e dos principais meios de transporte.

Pensando no futuro da moradia antes mesmo da pandemia, a Danpris, construtora com forte atuação em Minha Casa Minha Vida na região metropolitana de São Paulo inovou ao transformar as varandas em ambientes aconchegantes e reservou espaços nos empreendimentos para área gourmet, piscina, churrasqueira, sauna, espaço homem e mulher, fitness indoor, espaço kids e espaço coworking, buscando assim facilitar a vida de moradores, além de proporcionar a manutenção do regime de home office mesmo depois da pandemia.
“Incluímos varanda gourmet em todos os empreendimentos. Pensamos em construir tudo o que a família busca para viver em um ambiente harmônico. Antes possuir uma varanda gourmet era um luxo para poucos, hoje, buscamos implementar essa qualidade de vida em todos nossos empreendimentos”, conta Dante Seferian, CEO da Danpris.

Como apresentado pela pesquisa, uma boa localização também é prioridade na hora de escolher um novo apartamento, por isso Dante afirma que esse é outro ponto de atenção da construtora, que busca construir próximo aos principais centros de comércio com supermercados, hospitais, shoppings e escolas e transporte.

A Companhia está empenhada na Campanha de documentação grátis desde o início da pandemia para os imóveis Minha Casa Minha Vida, fazendo com que os compradores economizem pelo menos 3% no valor total do imóvel.

Venda de imóveis na Newcore cresce 47,3% no segundo trimestre

A Newcore – aplicativo que aproxima potenciais compradores a corretores autônomos de imóveis – registrou um crescimento de 47,3% nas vendas, no segundo trimestre, período mais crítico da economia em função da pandemia de Covd19, ante os primeiros três meses do ano. No primeiro semestre, as vendas foram 27% superiores ao segundo semestre de 2019.

A captação de novos imóveis na plataforma também apresentou dados positivos, com uma elevação de 36%, no primeiro semestre ante o último do ano anterior. Mesmo em meio à retração da economia, em função da pandemia, 27,6 mil novos imóveis foram cadastrados nos seis primeiros meses de 2020, ante os 20,2 mil de julho a dezembro do ano passado. Ao todo, são mais de 55 mil imóveis à venda em sua plataforma.

O segundo semestre começou sinalizando o mesmo movimento de alta, já que, em julho, foram captados 4.262 novos imóveis e, apenas nas duas primeiras semanas de agosto, foram 1.521 entradas.

“As quedas consecutivas das taxas de juros têm impulsionado o interesse por imóveis, com financiamentos cada vez mais acessíveis. Esse cenário colocou novamente imóveis como uma boa alternativa de investimento, seja para moradia, na comparação da parcela com o aluguel, seja para auferir rendimentos com locação”, reforça Luiz Moraes, CEO da Newcore. O financiamento imobiliário cresceu 34% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Home office altera perfil de imóveis procurados

O isolamento social e a adoção do sistema de home office, durante o primeiro semestre deste ano, alterou o perfil dos imóveis procurados em São Paulo. A demanda por casas ou apartamentos de 3 dormitórios, que correspondia a 34,7% do total, na primeira quinzena de março, subiu para 38,5%, em julho. Também aumentou a parcela dos compradores que buscaram por imóveis com 4 ou mais dormitórios, de 3,8% para 5,9%, no mesmo período de comparação. No sentido inverso, a procura por imóveis com 2 dormitórios passou de 50,8% para 47,8%, e por 1 dormitório, de 10,6% para 7,8%.

“Essa mudança no perfil de demanda reflete basicamente um dos efeitos do isolamento, que foi a adoção do home office e a necessidade de mais espaço e conforto em casa. Essas mudanças devem deixar um legado daqui para frente, com a continuidade das jornadas flexíveis mesmo após o fim da pandemia”, afirma Arthur Nasser, COO e co-fundador da Newcore.
Dados do IBGE apontaram que, em maio, 19,8 milhões de pessoas estavam trabalhando em home office no Brasil. No final do primeiro semestre, com o afrouxamento das medidas de restrição, esse número foi reduzido para 12,5 milhões. No entanto, grandes corporações, como Google, Coca-Cola, CVC e Twitter, decidiram adotar o sistema de home office, se não em definitivo, pelo menos até dezembro.

Imóveis: como aspectos regionais impactam os projetos

O Brasil é um país com vários países dentro dele. Quem nunca ouviu essa frase? Apesar de compartilhar muitas características em comum, cada região possui suas próprias particularidades. Muitas vezes, isso impede que o mesmo projeto residencial possa ser replicado em diferentes estados e que obtenha o mesmo sucesso. Pensando nisso, o Apto, plataforma que conecta potenciais compradores de imóveis novos a construtoras e empreendimentos em todo o Brasil, levantou alguns pontos importantes sobre como diferentes aspectos regionais impactam nos projetos de cada estado.

1. Barreiras culturais: os traços e preferências de cada estado ditam a direção que o projeto deve tomar. Por exemplo, no Rio de Janeiro, os cariocas valorizam muito mais a face norte, ou seja, o sol da manhã. Em contrapartida, não possuem a mesma objeção a banheiros sem ventilação natural.

2. Barreiras legais: as diretrizes legais também indicam as diferentes direções de alguns mercados: São Paulo aprovou mudanças no último Plano Diretor que encorajam a oferta de unidades pequenas e, em muitos casos, sem vaga de garagem. Houve lançamento de unidades de 10m², por exemplo. Já no Rio de Janeiro, mesmo com o Novo Código de Obras aprovado, o tamanho mínimo de unidade se limita a 25m² e 25% das unidades precisam ter vaga.

3. Tamanho do imóvel: a unidade pequena é um conceito muito forte, principalmente em São Paulo, mas que não é muito aplicado em Salvador, na Bahia. O imóvel com essa estrutura visa atender o público solteiro e, por isso, reduz o tamanho das áreas privativas. No entanto, em Salvador, esse modelo de empreendimento não é o preferido.

4. Modelos de construção: o modelo construtivo de alvenaria estrutural, aquele sistema em que as paredes do edifício fazem a função estrutural, ainda não é muito conhecido pelo público do Norte e Nordeste. Assim como no uso do drywall, que não é tão usual até o momento nessas regiões.

5. Ar-condicionado: em regiões mais quentes do país, como norte, nordeste e centro-oeste é muito comum que os imóveis tenham infraestrutura para colocar ar-condicionado. Isso porque o item é considerado necessário para esses moradores. Por isso, é raro encontrar lançamentos sem esse espaço já determinado.

6. Churrasqueira: a prova de que existem características únicas em cada região são as churrasqueiras. Os gaúchos, por exemplo, valorizam muito esse item, inclusive dentro da sala. “Fazendo um gancho com a questão regional é interessante citar que, no Rio Grande do Sul, buscamos mostrar empreendimentos que possuem churrasqueira no apartamento ou na infraestrutura do condomínio. Nos casos em que a churrasqueira fica localizada dentro do apartamento, a ideia é sempre tentar deixá-la o mais próximo possível da sala de estar, de maneira que o churrasqueiro não fique isolado dos seus convidados”, analisa Alex Frachetta, CEO do Apto.

Mesmo com a pandemia, a busca por imóveis novos continua. Segundo a Abrainc, Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, as vendas de imóveis novos somaram 10.085 unidades em maio, sinalizando uma alta de 2,7%. “O segundo semestre promete ser de recuperação para o setor, em todo o país. Aos poucos, estamos conseguindo retomar os lançamentos com segurança e estamos observando um movimento maior de pessoas na busca por esses imóveis”, explica o executivo.

Airbnb limita a 16 número máximo de pessoas por estadia

O Airbnb anuncia hoje que vai limitar a 16 o número máximo de pessoas permitido em acomodações reservadas via plataforma, mesmo em casas capazes de acomodar mais do que esse total. A medida, válida no mundo todo, visa evitar aglomerações e contribuir para estadias responsáveis no contexto da pandemia. Festas e eventos de qualquer natureza também estão proibidos.

Festas não autorizadas sempre foram proibidas no Airbnb, e 73% das acomodações oferecidas na plataforma globalmente já têm restrições a festas de qualquer tipo nas Regras da Casa. Historicamente, era permitido aos anfitriões realizarem ou autorizarem pequenas festas, como chás de bebê e comemorações de aniversário, desde que adequadas à sua casa e às regras da sua vizinhança. Quando a pandemia foi declarada, porém, e o distanciamento social se tornou um elemento importante na promoção da saúde pública e de viagens responsáveis, atualizamos nossas políticas. Começamos removendo o filtro de pesquisa “amigável para eventos” de nossa plataforma, bem como quaisquer Regras da Casa para “festas e eventos permitidos”. Além disso, introduzimos uma política exigindo que todos os usuários cumpram as recomendações locais de saúde pública em relação à COVID-19.

Agora, estamos limitando as estadias via Airbnb a 16 pessoas, com potenciais exceções sendo avaliadas para locais como hotéis-boutique. Os usuários serão informados sobre a política anti-festa do Airbnb e as consequências legais cabíveis em caso de descumprimento das regras. Essa nova política terá impacto em todas as reservas futuras, e estamos no processo de comunicá-la à nossa comunidade global de anfitriões e hóspedes.

Bcredi e Ame Digital fazem parceria para oferecer crédito com garantia de imóvel

A Bcredi, fintech com mais de 12 anos de experiência em crédito imobiliário, e a Ame Digital, plataforma de negócios mobile, fizeram uma parceria com o objetivo de ampliar o acesso a opções de crédito de uma maneira simples e sem burocracia. Agora, em um ambiente online e 100% seguro, a Bcredi oferece o crédito, com garantia de imóvel, diretamente pelo aplicativo da Ame.

As solicitações de empréstimo podem ser feitas para valores a partir de R﹩ 30 mil com limite de até R﹩ 2 milhões. As autorizações estão sujeitas a análises do perfil do requerente. O parcelamento pode ser feito em até 180 vezes com taxas a partir de 0,80% ao mês.

Desde sua criação, a partir de um spin-off do Banco Barigui, a Bcredi construiu uma carteira sob gestão de R﹩ 700 milhões e conta com um portfólio de mais de 50 parceiros e afiliados em plataforma white-label para concessão de crédito com garantia de imóvel e financiamento imobiliário.

O processo feito pela Bcredi é 100% online e conta com tecnologia proprietária na hora de analisar o score de crédito dos clientes. “Nossa plataforma tem uma inteligência duas vezes mais assertiva do que a do mercado em geral e isso ajuda na credibilidade agregada ao business do parceiro. Além do benefício de ampliar a carteira de produtos e viabilizar uma relação de longo prazo com o cliente”, conta Frederico Spagnol, VP de produtos da Bcredi.

A oferta de empréstimo com garantia de imóvel é mais uma opção da linha de crédito pessoal lançada pela Ame Digital no último mês de maio. Pelo aplicativo, também é possível solicitar empréstimos a partir de R﹩ 35, sem necessidade de garantia, para situações emergenciais, como quitar uma pequena dívida ou pagar um boleto. Em todas as opções de crédito pessoal, a proposta da Ame é desburocratizar o empréstimo, sempre com o objetivo de oferecer praticidade, segurança e rapidez na aprovação dos pedidos.