O mercado imobiliário primário, que engloba a comercialização de imóveis novos diretamente por construtoras ou incorporadoras, manteve ritmo acelerado em 2024. Foram lançadas 167 mil novas unidades, representando um crescimento de 8,5% em comparação a 2023. Os dados, coletados pela plataforma Geoimovel, foram divulgados na terceira edição do Anuário DataZAP, elaborado pela fonte de inteligência imobiliária do Grupo OLX. O volume de unidades transacionadas também registrou aumento, passando de 151 mil para 162 mil imóveis, um incremento de 7,4%.

A categoria de imóveis econômicos foi a principal responsável por esse crescimento, com cerca de 93 mil unidades lançadas. Entre as capitais analisadas, Goiânia se destacou com um aumento de 22% no número total de lançamentos. Curitiba obteve melhor desempenho no segmento econômico, com uma alta de 66%. O Rio de Janeiro teve uma expansão significativa nas faixas de médio alto padrão e luxo, com elevações de 33% e 49%, respectivamente. A cidade registrou um dos maiores preços na categoria de luxo, com o metro quadrado atingindo R$ 21,1 mil, enquanto São Paulo e Florianópolis se destacaram com valores ainda maiores, alcançando R$ 22,8 mil e R$21,6 mil, respectivamente.
“Em 2024, os imóveis econômicos, especialmente aqueles enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida, lideraram a demanda, atendendo a uma parcela considerável da população. Ao mesmo tempo, o mercado de luxo demonstrou resiliência, atraindo um público de maior poder aquisitivo. Essa combinação reflete um mercado imobiliário com forte polarização de comportamento, atendendo tanto às demandas populares quanto às de alto padrão”, comenta Coriolano Lacerda, gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado do Grupo OLX
Para 2025, as previsões indicam um cenário promissor para o setor de luxo, que poderá ser estimulado pelas incorporadoras, especialmente as de capital aberto, que têm metas de lançamento. A recuperação econômica, com PIB superior a 2% e taxa de desemprego abaixo de 7%, deve elevar os rendimentos dos consumidores de alta renda, impulsionando a demanda por imóveis de alto padrão. Esse segmento, menos sensível às variações nas taxas de juros de financiamento, continuará a ser sustentado por compradores que geralmente utilizam recursos próprios ou condições de pagamentos diferenciadas.
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