O universo de NFTs rapidamente se tornou um mercado de bilhões de dólares. De obras de arte até imóveis, qualquer item único pode se tornar um token não fungível com diversas possibilidades de uso, passando por investimento, acesso a benefícios exclusivos, coleções e, agora, até garantia.
Pela primeira vez no Brasil, tokens NFT foram usados como garantia de crédito. A iniciativa, que é uma das primeiras desse tipo no mundo, é resultado da parceria entre a netspaces, PropLegalTech que digitalizou o imóvel, e a Rispar, fintech que estruturou o crédito com garantia no token.
Tokenização amplia possibilidades no mercado
A novidade cria um novo uso para os imóveis tokenizados ao gerar liquidez aos ativos em um processo rápido e fácil. Além disso, adiciona a facilidade na avaliação, gestão e eventual liquidação do ativo, ao proporcionar benefícios significativos em relação a financiamentos imobiliários tradicionais.
“Com nossa parceria contemplamos todos os perfis que financiam um imóvel no mercado tradicional, seja para morar ou investir, de forma mais rápida e com taxas mais atrativas. A grande diferença desse modelo é que conseguimos substituir um processo que pode ser demorado por outro que dura 15 minutos para a aprovação do crédito com garantia no imóvel e NFT” explica o CPO da netspaces, Jonathan Doering Darcie.
A primeira transação de home equity tokenizado foi feita com dois imóveis da cidade de Porto Alegre.
“A Rispar amplia as possibilidades no mercado de crédito no Brasil trazendo uma inovação em um mercado que movimentou mais de R$200 bilhões em 2021. A netspaces nos apresentou um projeto sólido que garante as principais propriedades de uma garantia imobiliária tradicional adicionando a agilidade e liquidez de um criptoativo”, explica Rafael Izidoro, CEO e fundador da Rispar.
Com isso, todo o estoque de propriedades digitais da netspaces – ao todo 46 imóveis que totalizam R$30 milhões – ficam disponíveis para operações tanto de financiamento imobiliário como de home equity. Agora a startup inicia a preparação de mais 500 propriedades digitais de imóveis adquiridos em carteira, o que deve totalizar R$ 290 milhões em tokens blockchain aplicados ao setor imobiliário nos próximos meses no Brasil.